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Avanço global da covid-19 e tensões políticas americanas trazem cautela aos mercados

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IBOVESPA -1,50% | 123.255 Pontos

CÂMBIO 1,6% | 5,51/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Em meio ao avanço global do coronavírus e às tensões políticas e sinalizações de política monetária que tomam conta do noticiário nos Estados Unidos, o Ibovespa fechou em queda de 1,50% ontem, aos 123.255 pontos. O dólar comercial teve alta de 1,61%, a R$ 5,51.

Por esses mesmos motivos, as taxas futuras de juros fecharam o dia de ontem em alta. Os vértices mais longos sofreram mais com o movimento, levando a aumento da inclinação da curva. DI jan/22 fechou em 3,2%; DI jan/24 encerrou em 5,86%; DI jan/26 foi para 6,88%; e DI jan/28 fechou em 7,46%.

As bolsas internacionais começaram o dia de hoje em leve alta, com EUA (+0,3%) e Europa (+0,3%) se recuperando da queda de ontem enquanto investidores ponderam os efeitos econômico-financeiros da inclinação da curva de juros. Bitcoin (+0,2%) volta a negociar acima dos US$ 35 mil após ficar abaixo dos US$ 31 mil ontem.

Na política internacional, democratas da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos apresentaram nesta segunda-feira uma resolução para a abertura do processo de impeachment do presidente Donald Trump. A presidente da Casa, Nancy Pelosi, disse que a resolução será pautada nesta quarta-feira, a menos que o vice-presidente, Mike Pompeo, invoque a 25a Emenda à Constituição para destituir Trump – o que parece pouco provável após a sinalização de união entre os líderes republicanos ontem.

Lideranças democratas indicam também que o pedido de impeachment já tem apoio da maioria na Câmara. Se aprovado, há dúvidas sobre o encaminhamento no Senado, que poderia ter a agenda bloqueada, impedindo assim a sabatina dos secretários de Joe Biden. Vale destacar que se o impeachment for aprovado, mesmo após o fim de seu mandato, Trump poderia ser impedido de procurar a reeleição.

Com poucas notícias relevantes do lado econômico, os mercados focam nos desdobramentos políticos nos EUA e nos últimos dias do mandato de Donald Trump.

Juros dos títulos de longo prazo do Tesouro Americano seguem em alta, refletindo a incerteza política e o aumento das expectativas de inflação. Neste ambiente, as moedas de países emergentes vêm se depreciando, com destaque para o Real (que já apresenta queda de 5,6% neste ano). As commodities estão em alta, refletindo a retomada da produção industrial global.

No Brasil, os jornais dão ampla cobertura à decisão da Ford de interromper a produção de veículos no país. A montadora cita fatores domésticos, como a carga tributária e o câmbio depreciado. O movimento é parte de uma reestruturação global que vem sendo conduzida pela empresa.

Na política, hoje deve ser mais um dia pautado pelas disputas no Congresso. No Senado, depois de o PT anunciar apoio a Rodrigo Pacheco (DEM), que agora reúne 29 de 81 senadores, o MDB se reúne hoje e pode antecipar a escolha de seu candidato. A decisão recai entre Simone Tebet e Eduardo Braga. Na Câmara, o presidente Jair Bolsonaro cobrou a bancada ruralista a apoiar seu candidato, Arthur Lira (PP), que enfrenta Baleia Rossi (MDB), com apoio de Rodrigo Maia e da oposição. E, depois de ruídos sobre comprometimento das candidaturas com a responsabilidade fiscal, tanto Rossi quanto Lira fizeram ontem discursos de respeito ao teto de gastos.

Destaque hoje para a divulgação do IPCA de dezembro. Esperamos alta de 1,24%, em linha com a mediana das expectativas de mercado (1,21%). Do lado das empresas, o Banco do Brasil anunciou ontem suas intenções de reduzir e digitalizar sua operação de varejo. Consideramos o anúncio como positivo, uma vez que o setor passa por forte concorrência nos serviços de varejo e a redução de custos pode ser uma forma de manter a rentabilidade em altos patamares. Mantemos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 43,0/ação.

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Internacional

  1. Política internacional: Democratas apresentam pedido de impeachment nos EUA
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Empresas

  1. Banco do Brasil (BBAS3): Redimensionamento organizacional


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Internacional

Política internacional: Democratas apresentam pedido de impeachment nos EUA

  • Democratas da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos apresentaram nesta segunda-feira (11) uma resolução para abertura do processo de impeachment do presidente Donald Trump, acusado “incitar insurreição”;
  • A presidente da Casa, Nancy Pelosi, disse que a resolução será pautada nesta quarta-feira (13) a menos que o vice-presidente Mike Pompeo invoque a 25a Emenda à Constituição para destituir Trump – o que parece pouco provável após sinal de união entre os líderes republicanos ontem;
  • Lideranças democratas indicam também que o pedido de impeachment já tem apoio da maioria na Câmara. Se aprovado, há dúvidas sobre o encaminhamento no Senado, que poderia ter a agenda bloqueada, assim impedindo a sabatina dos secretários de Joe Biden. Vale destacar que se o impeachment for aprovado mesmo após o fim de seu mandato, Trump poderia ser impedido de procurar a reeleição.

Empresas

Banco do Brasil (BBAS3): Redimensionamento organizacional

  • O Banco do Brasil anunciou ontem suas intenções de reduzir e digitalizar sua operação de varejo. Consideramos o anúncio como positivo, uma vez que o setor passa por forte concorrência nos serviços de varejo e a redução de custos pode ser uma forma de manter a rentabilidade em altos patamares. Além disso, acreditamos que quanto mais digital se torna a operação de varejo, mais defendido seus clientes estarão contra novos participantes e outros bancos incumbentes;
  • Por fim, reiteramos o Banco do Brasil com recomendação de Compra e como nosso papel favorito com preço-alvo de R$ 43/ação, pois acreditamos que o banco esteja barato, defendido e digitalmente competitivo. Clique aqui para acessar o relatório completo.
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