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Vibra mira metanol verde; Hertz recua na estratégia de elétricos; BNDES investe em metais verdes | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Vibra de olho em metanol verde, combustível de baixo carbono para o setor de transporte marítimo

Na mídia: Vibra faz acordo com Inpasa para metanol verde – Epbr, 11 de janeiro (link)

Nossa visão: Com a ação climática ganhando impulso em meio a novos compromissos de emissão líquida zero, o metanol verde, como biocombustível de baixo carbono, se apresenta como uma promissora e sustentável alternativa aos combustíveis fósseis em setores de difícil descarbonização. Entre indústrias que valem destaque, o metanol verde pode ser utilizado principalmente no setor de transporte marítimo, responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa. Nesse contexto, vemos com bons olhos a iniciativa da Vibra de realizar um estudo de viabilidade para investir na produção e comercialização de metanol verde, essencial para (i) criar uma nova demanda de mercado no Brasil, ajudando o país a se beneficiar do crescimento da demanda de biocombustíveis, que deve aumentar 23% até 2028, segundo estimativas da Agência Internacional de Energia; e (ii) incentivar uma mudança gradual para combustíveis de baixo carbono no transporte marítimo, contribuindo para a meta de descarbonização de longo prazo do setor – como referência, a Organização Marítima Internacional tem como meta uma redução de 20-30% nas emissões até 2030, progredindo para 70-80% até 2040.

#2. Hertz, gigante de aluguel de carros, recua na estratégia de veículos elétricos em meio à demanda estagnada

Na mídia: Hertz vai devolver 20 mil carros elétricos e investir em modelos a combustão – Bloomberg Linea, 11 de janeiro (link)

Nossa visão: Emergindo como uma solução para descarbonizar o transporte juntamente com os biocombustíveis, os veículos elétricos (VE) podem contribuir para a redução gradual da dependência de combustíveis fósseis em todo o mundo. No entanto, vale mencionar que a eletrificação exige uma adaptação significativa da infraestrutura existente, além de custos de insumos mais altos (vs. os carros movidos a combustível convencional) – entre outros desafios -, o que acaba limitando a adoção em escala em vários mercados. De forma geral, a decisão da Hertz de recuar em sua estratégia de veículos elétricos mostra sinais de desaceleração da demanda nos EUA.

#3. BNDES e IBRAM avançam em minérios estratégicos de olho em oportunidades na agenda verde

Na mídia: BNDES e Ibram estruturam fundo de projetos de minérios estratégicosValor Econômico, 12 de janeiro (link)

Nossa visão: Metais essenciais (como cobre, lítio, níquel e cobalto) necessários para as novas tecnologias de baixo carbono têm potencial de desempenhar um papel crucial na transição energética global, principalmente frente ao aumento da demanda até 2050, conforme mencionamos em nosso relatório ‘Transição Energética & Metais Verdes: Explorando companhias bem posicionadas‘ (link). Dessa forma, vemos como positiva a iniciativa do BNDES de firmar uma parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e alavancar o Brasil na atração de oportunidades ‘verdes’.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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