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Vale adota normas do IFRS para sustentabilidade; Brasil avança na regulamentação do biometano | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Vale é a primeira empresa brasileira a adotar os padrões de sustentabilidade de acordo com o IFRS, antes do prazo obrigatório da CVM

Na mídia. Vale é 1ª empresa a publicar informações financeiras relacionadas à sustentabilidade sob novos padrões da CVM - Valor Econômico, 2 de junho (link)

Nossa visão. No dia 2 de junho, a Vale se tornou a primeira empresa brasileira a publicar seu relatório com informações financeiras relacionadas à sustentabilidade alinhadas às Normas IFRS S1 e S2 do International Sustainability Standards Board (ISSB), dois anos antes do prazo obrigatório de 2027 estabelecido pela Resolução CVM nº 193/23. Entre os principais riscos reportados, destacamos: (i) exposição à precificação de carbono: um impacto estimado em valor presente de US$ 1 a 3,5 bilhões proveniente de mecanismos de precificação de carbono, incluindo o mercado regulado emergente do Brasil, o Esquema Nacional de Comércio da China, o Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia e o Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono (CBAM, na sigla em inglês), com potencial efeito no lucro e custos operacionais a partir de 2030; (ii) investimentos em transição: alocação contínua de capital para combustíveis e tecnologias de baixo carbono, além de uma transição para energia 100% renovável até 2030; e (iii) riscos de frete: potenciais aumentos nos custos no frete de transporte devido às futuras políticas de precificação de carbono da Organização Marítima Internacional. Em termos de oportunidades, a Vale ressaltou os efeitos oriundos da transição energética global, incluindo a crescente demanda por minério de ferro de qualidade, com menor pegada de carbono no processo de produção de aço, e o crescente apetite global por metais de transição, como níquel e cobre. Em nossa visão, os padrões do ISSB representam um avanço importante na direção de aprimorar a consistência, a qualidade e a comparabilidade das divulgações financeiras climáticas, endereçando uma barreira à integração de critérios ESG nas decisões de investimento, conforme discutido em nossa nota (link). Do ponto de vista da empresa, a adoção antecipada e voluntária da Vale sinaliza um sólido compromisso com a transparência e a governança climática, aumentando sua competitividade em mercados globais onde os padrões de divulgação ESG estão rapidamente avançando. Por fim, vale ressaltar que mais de 56 países – representando mais de 40% da capitalização de mercado global – se comprometeram a adotar a estrutura do ISSB nos próximos anos.

#2. Brasil avança na regulamentação do biometano no âmbito do programa Combustível do Futuro

Na mídia.ANP conclui estudos para regulamentar biometano e inclui tema na agenda 2025-2026 - Eixos, 5 de junho (link)

Nossa visão. Esta semana, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concluiu o trabalho do grupo técnico encarregado de definir parâmetros regulatórios para a mistura de biometano à rede nacional de gás natural. Dentre os principais desdobramentos, destacamos: (i) a introdução de metas individuais de redução de emissões para os participantes do setor, acompanhadas de mecanismos de monitoramento e verificação por terceira parte; e (ii) o lançamento de um sistema de certificação de gás renovável com base na emissão do Certificado de Garantia de Origem do Biometano (CGOB). No âmbito da Lei do Combustível do Futuro (nº 14.993/2024), essas medidas devem entrar em vigor em janeiro de 2026. De modo geral, vemos esses desenvolvimentos de forma positiva, pois aumentam a clareza regulatória e estabelecem as bases para uma integração escalável do biometano, que vale a pena monitorar adiante.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.



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