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União Europeia mira projetos de combustível renovável para aviação na África | Café com ESG, 28/08

Estudo da FGV aponta razões para investir em índices ESG; Fundo de infraestrutura Global Gateway, afirma interesse em projetos de combustível de aviação limpa

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• Na semana passada, o Ibov fechou a primeira semana positiva de agosto, com alta de +0,4%, enquanto o ISE operou em queda de -1,2%. Já o pregão de sexta-feira fechou em território negativo, com os índices recuando -1,0% e -1,4% respectivamente. 

• No Brasil, (i) um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas apontou que, apesar do índice Ibovespa acumular retornos maiores que índices atrelados à temáticas ESG, desde que o ISE foi criado, em 2005, sua variação anual conseguiu superar a do Ibovespa em 11 anos; contudo, o fato de termos poucas empresas na Bolsa brasileira no relativo do mundo faz com que seja mais difícil criar um índice bem segmentado e ver um efeito significativo no resultado dele; e (ii) um estudo sobre a remuneração média mensal dos conselheiros de administração, realizado pela Vila Nova Partners e Drixx IT Advisors, registrou um aumento relevante na média de remuneração nos últimos dois anos, com alta de quase 25%, acima da inflação do período, passando de R$ 64.603 em 2021 para R$ 80.562 em 2023.

• No internacional, o fundo de infraestrutura Global Gateway da União Europeia afirmou interesse em projetos de combustível de aviação limpa na África – o fundo já apoiou usinas renováveis, bem como iniciativas de hidrogênio verde, e agora relata estar investigando o potencial do continente sobre o combustível de aviação sustentável (SAF). 

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Brasil

Empresas

ESG dá retorno? Índices de sustentabilidade perdem do Ibovespa, mas há boas razões para se investir

“A B3 lançou recentemente o Idiversa, índice que reúne empresas com diversidade no seu quadro de funcionários. Esse será mais um dos índices de companhias alinhadas às condutas ESG, sigla em inglês que se refere ao meio ambiente, social e governança. Mas embora o discurso seja de que empresas mais sustentáveis têm mais longevidade e resultados melhores devido às suas boas práticas, os números mostram que esses índices ainda perdem do Ibovespa. Segundo especialistas, no entanto, isso não invalida os benefícios de se investir em ESG. Nos últimos dez anos, de dezembro de 2012 até 23 de agosto de 2023, o Ibovespa acumula uma alta de 93,82%. O ISE, que reúne as companhias com as melhores práticas de sustentabilidade, subiu metade disso no mesmo período: 44,18%. O índice de carbono eficiente (ICO2), que reúne ações de empresas que aceitaram adotar práticas transparentes com relação a suas emissões de gases efeito estufa, subiu 83,56% no intervalo, ainda dez pontos percentuais a menos que o Ibovespa. Os números, no entanto, têm uma contrapartida: desde que o ISE foi criado, em 2005, sua variação anual conseguiu superar a do Ibovespa em 11 anos. Apenas nos outros seis anos, o principal índice da bolsa bateu o de sustentabilidade, segundo um levantamento feito pelo pesquisador William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas.”

Fonte: Valor Investe, 28/08/2023

Remuneração de conselheiros sobe acima da inflação

“A remuneração média mensal dos conselheiros de administração no Brasil registrou um aumento relevante nos últimos dois anos, passando de R$ 64.603 em 2021 para R$ 80.562 em 2023. O incremento foi de quase 25%, acima da inflação do período. Os dados são da pesquisa “Liderança Empresarial: Um estudo sobre CEOs e Conselhos de Administração”, realizada pela Vila Nova Partners e Drixx IT Advisors, obtida pelo Valor. Para Fernando Carneiro, sócio sênior da Vila Nova Partners, o aumento da remuneração reflete uma maior demanda de tempo dos conselheiros e a busca por profissionais mais qualificados. “Um conselheiro que não consiga falar sobre sustentabilidade e diversidade, seja qual for sua área de formação, fica fora”, analisa. Além de conhecimento para analisar o negócio da empresa e a governança, observa. “As transformações de tecnologia estão aí, e conselheiros e CEOs têm que estudar para acompanhar as mudanças, em qualquer setor”, diz. Célia Assis, sócia-diretora da Drixx IT Advisors, pontua que a base de comparação para esses salários é pós-covid (2021), “único período em que se viu uma pequena baixa de remuneração” para esses profissionais. Ainda de acordo com a pesquisa, os conselhos de administração no Brasil tiveram 16,9 reuniões em 2022, sendo que 30% das empresas realizaram mais de 20. “O Brasil tem muitas reuniões, e isso impacta também a remuneração”, diz Carneiro, mencionando ainda a carga de responsabilidade atribuída a esses profissionais. Os CEOs, por sua vez, apresentam uma remuneração média anual de R$ 15,3 milhões – e esse valor é 2,9 vezes o montante recebido pelos demais membros da diretoria. No caso dos conselhos, a remuneração do líder do “board” é, na média, 4,1 vezes a quantia paga aos demais membros do grupo, alcançando uma média de R$ 334 mil mensais, acima dos R$ 308,9 mil registrados em 2021. Para se chegar aos dados, foram avaliadas 83 empresas com ações listadas no Índice Bovespa da B3, totalizando 84 CEOs, já que uma das empresas tem dois, e 801 posições em conselhos. A falta de diversidade, tanto em CEOs quanto nos conselhos, é um ponto que chama atenção. Entre os executivos-chefes, somente 4% são mulheres, 44% têm formação em engenharia, 27% em administração, 14% em economia e 43% estão na faixa etária entre 50 e 59 anos, sendo a idade média 53,1 anos. Exceção se faz no setor de tecnologia, no qual a idade média do executivo-chefe é 44 anos.”

Fonte: Valor Econômico, 28/08/2023

Fundação Tide Setubal destinará R$ 1,5 milhão a organizações que promovam saúde mental

“A Fundação Tide Setubal, ONG com foco em justiça social e desenvolvimento sustentável de periferias urbanas, em parceria com a Fundação José Luiz Egydio Setúbal, dedicada à causa da saúde infantojuvenil, acaba de lançar um edital para apoiar 10 organizações paulistas que promovam a saúde mental. Serão distribuídos R$ 150 mil para cada uma entidade e elas receberão acompanhamento técnico durante dois anos. Esta é a segunda edição do programa, chamado Edital Territórios Clínicos.O foco na democratização do acesso à saúde mental está alinhado com o contexto social. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2019 quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com transtorno mental. A depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia e, no Brasil, só a depressão afeta 12 milhões de pessoas. No início de agosto, o novo Índice Instituto Cactus, o Atlas de Saúde Mental (iCASM), identificou que, entre os brasileiros, a sanidade mental é mais atingida em mulheres, pessoas trans, jovens e entre os desempregados. Diante disso, o foco da fundação é diminuir as desigualdades, principalmente no campo do acesso à saúde mental a grupos minorizados. Podem se candidatar coletivos e organizações com ou sem CNPJ, mas que tenham sido fundados(as) e desenvolvam ações dentro do Estado de São Paulo. O programa valoriza a participação de equipes multiprofissionais, sendo consideradas um diferencial na avaliação da proposta iniciativas com a presença de diversidade racial, indígena, gênero e de território ou que prestem atendimento a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.”

Fonte: Valor Econômico, 25/08/2023

Tem um projeto inovador na área de alimentos? Esta fundação dará até R$ 185 mil para ideias sustentáveis

“Está na reta final de inscrições o desafio de inovação O Grande Redesenho de Alimentos, lançado pela Fundação Ellen MacArthur em maio deste ano para mobilizar a indústria de alimentos a criar alimentos que tragam impacto positivo ao meio ambiente. O desafio consiste em repensar os alimentos existentes ou criar novos produtos para incluir os princípios de design circular, evitando desperdícios e favorecendo à preservação e restauração da natureza. Ao entrar no desafio, os participantes terão acesso à conteúdo e poderão trocar ideia com outras empresas sobre como os alimentos podem regenerar a natureza, enfrentar as mudanças climáticas e restaurar a biodiversidade. Os participantes são convidados a criar alimentos baseados em design circular, regenerando a natureza e combatendo mudanças climáticas. As equipes bem-sucedidas poderão levar suas ideias à fase de produção e apresentar seus produtos a varejistas.Com mais de 140 participantes, incluindo gigantes como Nestlé, Unilever e Danone, além de startups e pequenas e médias empresas. No Brasil, 19 empresas, incluindo Unilever, Danone, Ambev, BRF, Puravida e Mãe Terra, já se inscreveram. As empresas, incluindo as pequenas, que apresentarem propostas de desenvolvimento de produtos elegíveis poderão se aplicar para receber o subsídio de até 30 mil libras (na conversão, cerca de R$ 185 mil) para desenvolver um produto alimentício com base no design circular. Ao todo, o programa conta com 510.000 de libras em subsídios.”

Fonte: Valor Econômico, 26/08/2023

Conheça 5 programas que dão dinheiro para desenvolvimento de projetos sociais e ambientais

“Os novos desafios sociais e ambientais que o mundo enfrenta exige criatividade, inovação e tecnologia para serem enfrentados. Para estimular este tipo de conhecimento e sua aplicação em soluções viáveis, diversas entidades e empresas estão com editais abertos para aplicar recursos que variam de R$ 10 mil a R$ 185 mil. Há oportunidades para entregadores de delivery, pesquisadores de biodiversidade, agricultores quilombolas, organizações com foco em saúde mental e designer e engenheiros de alimentos. iFood distribuirá R$ 1 milhão para ações sociais de entregadores. CONAQ oferece até R$ 30 mil a agricultores quilombolas. BioParque dará bolsas para pesquisadores de biodiversidade no Rio. Fundação Tide Setubal vai distribuir R$ 1,5 milhão para projetos de saúde mental. Fundação Ellen MacArthur dará até R$ 184 mil para ideias sustentáveis de produtos alimentícios.”

Fonte: Valor Econômico, 26/08/2023

Tem CO2 no SAP

“A aguardada proposta do governo para a criação de um mercado regulado de carbono no Brasil foi anunciada esta semana. Depois de anos de expectativas frustradas, a sensação entre os observadores é que agora, finalmente, vai. Mas a maioria dos negócios, agora ou mais tarde, terá de medir seu impacto climático. E isso se faz com software. O diesel que abastece a frota de caminhões, o gás natural usado para aquecer a caldeira da fábrica ou o metano liberado numa estação de efluentes – todos esses dados terão de ser organizados e contados de forma precisa e íntegra. Enquanto o Vale do Silício lida com enxugamentos e empresas fechando as portas, essa nova categoria de “contabilidade de carbono” está em rápida expansão. O mercado desse tipo de software movimentou cerca de US$ 12,7 bilhões no ano passado e pode chegar a US$ 64,4 bi no final desta década, segundo estimativa da empresa de pesquisa Fortune Business Insight. Dependendo do ponto de vista, esse número pode ser pequeno. Caso a pegada de carbono se transforme em um dos atributos fundamentais dos investimentos, como muitos esperam, haverá alguns de trilhões de dólares que precisarão ter suas emissões contabilizadas. Brasileiros aqui e no exterior ocupam lugar de destaque nessa intersecção entre clima e tecnologia digital. A consultoria climática WayCarbon, adquirida no ano passado pelo Santander, lançou em 2015 a primeira versão de seu software Climas. Hoje, a ferramenta faz parte da rotina de quase 6.000 pessoas espalhadas por 40 países. A maior parte dos clientes são empresas brasileiras, e muitas delas têm operações no exterior.A lógica é parecida com a de um SAP ou Oracle, que reúne as informações mais essenciais do negócio para os tomadores de decisão. Mas, em vez de números de faturamento, medem-se emissões.”

Fonte: Capital Reset, 28/08/2023

Política

Marco temporal sobre terras indígenas: o que está em jogo

“O projeto de lei que impõe a tese do marco temporal como critério para demarcações, em tramitação no Congresso, pode representar a maior ameaça à soberania e aos direitos indígenas brasileiros desde a promulgação da Constituição Federal, que estabeleceu novos marcos sobre as relações entre o Estado e os povos originários. A bancada ruralista se articula para aprovar o texto do projeto de lei 2903/2023, que determina que somente as ocupações indígenas que existiam no dia de promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, podem ser reconhecidas e homologadas. No Supremo Tribunal Federal, ministros retomam nesta semana o julgamento de um processo que trata do mesmo tema. Para tentar se adiantar à conclusão do processo na suprema corte, senadores ruralistas querem a tramitação acelerada do projeto de lei 2903/2023, que já passou pela Câmara. O que este projeto propõe, no entanto, é uma revisão drástica não apenas do processo de reconhecimento e homologação das terras indígenas, mas também de tudo o que passa a ser permitido nestas áreas tradicionais, mexendo, principalmente, com interesses do agronegócio e infraestrutura.”

Fonte: Capital Reset, 28/08/2023

Internacional

Empresas

Alemã Augustus Global Investment planeja construir usina de hidrogênio na Indonésia

“A alemã Augustus Global Investment planeja investir 500 milhões de dólares na província indonésia de Aceh para construir uma usina de hidrogênio verde no próximo ano, disse seu presidente-executivo, Fadi Krikor, nesta segunda-feira. A instalação planejada teria uma capacidade de produção anual de 35 mil toneladas métricas de hidrogênio verde, hidrogênio produzido usando energia renovável, disse Krikor a repórteres em Jacarta. A empresa assinou um acordo inicial com a empresa estatal indonésia de fertilizantes PT Pupuk Indonesia e PT Pupuk Iskandar Muda e a empresa estatal de serviços públicos PT Perusahaan Listrik Negara para fornecimento de energia e local de construção para o investimento planejado. “Esperamos que a construção comece no próximo ano, em 2024, e esperamos iniciar a produção em 2026”, disse Krikor, acrescentando que o hidrogénio produzido no projecto poderá ser exportado para a Alemanha, Japão e outros países do Sudeste Asiático. O CEO da Pupuk Iskandar Muda, Budi Santoso Syarif, disse que a fábrica seria construída em uma área industrial pertencente à sua empresa.”

Fonte: Reuters 28/08/2023

Refinaria indiana BPCL gastará US$ 18,16 bilhões em petróleo e energia verde em 5 anos

“A refinaria indiana Bharat Petroleum Corp planeja investir US$ 18,16 bilhões ao longo de cinco anos para expandir seus negócios de petróleo e expandir seu portfólio de energia renovável, pois visa uma meta zero líquida de 2040, disse o presidente G Krishnakumar na segunda-feira. As empresas na Índia, o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, estão investindo bilhões de dólares para reduzir suas emissões, mas também estão investindo em combustíveis fósseis, já que a expansão econômica da Índia deve impulsionar a demanda petroquímica e de combustíveis. A nação estabeleceu uma meta para atingir o zero líquido até 2070. Muitos países ocidentais estabeleceram uma meta de meados do século para atingir o zero líquido, embora a pressão política tenha colocado alguns de seus planos de descarbonização em risco. “A empresa estabeleceu um gasto de capex planejado de cerca de 1,5 trilhão de rúpias (US$ 18,16 bilhões) nos próximos cinco anos, o que permitirá que a BPCL crie valor a longo prazo para nossas partes interessadas, preservando nosso planeta para as gerações futuras”, disse Krishnakumar em uma reunião anual de acionistas. Ele não especificou quanto seria gasto em negócios principais de petróleo versus projetos de combustível limpo. Krishnakumar, no entanto, disse que a BPCL investiria 1 trilhão de rúpias entre agora e 2040 para projetos que incluem hidrogênio verde, captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e na melhoria da eficiência energética para reduzir as emissões. A empresa espera possuir 1 gigawatt (GW) de capacidade de energia renovável até 2025 e 10 GW até 2040.”

Fonte: Reuters, 28/08/2023

Política

Fundo de infra-estrutura da UE visa projectos africanos de combustível de aviação limpo

“A União Europeia está explorando a África para apoiar projetos de combustível de aviação limpa sob seu fundo de infraestrutura Global Gateway, disse um funcionário da UE, antes de um boom antecipado na demanda por viagens aéreas ambientalmente sustentáveis. A UE se comprometeu a dedicar metade de seu plano de infraestrutura de 300 bilhões de euros (US$ 324 bilhões), visto como um rival da Iniciativa Cinturão e Rota da China, à África. O fundo já apoiou usinas renováveis, iniciativas de hidrogênio verde, vacinas e projetos de educação na África, e o funcionário disse que agora estava investigando o combustível de aviação sustentável (SAF). “No contexto do Global Gateway, a Comissão está atualmente analisando possíveis mecanismos de cofinanciamento e instrumentos de garantia”, disse Stefan De Keersmaecker, porta-voz da Comissão Europeia. “A produção de SAF no continente africano tem um grande potencial.” Os SAFs são alternativas de combustível de baixo carbono para a indústria da aviação e podem ser feitos a partir de várias culturas, entre outras fontes de matéria-prima. A UE lançará um projeto de capacitação de 4 milhões de euros até 31 de dezembro para apoiar estudos de viabilidade e certificação SAF em 11 países africanos e na Índia. Após estudos de viabilidade, projetos selecionados poderiam sacar fundos do Global Gateway, disse De Keersmaecker.”

Fonte: Reuters, 28/08/2023

Quando a conta do clima chega ao Judiciário

“Os casos de litigância climática que envolvem indenização por perdas e danos ainda são poucos e difíceis de categorizar. Isso se deve, em parte, à falta de uma definição única sobre o que são perdas e danos climáticos, tema que pode ter significados e tratamentos diferentes em cada contexto e jurisdição. Há necessidade urgente de uma estrutura para entender e abordar a questão em suas diversas camadas. Mas isso não tem impedido os litigantes de buscar o Judiciário para obter indenização pelas perdas e danos sofridos em decorrência dos impactos da mudança do clima. No âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e do Acordo de Paris, perdas e danos climáticos são essencialmente uma questão entre  Norte e Sul Global: em resumo, os países em desenvolvimento pedem recursos para enfrentar um problema que eles não causaram.   Já na experiência dos litígios climáticos nem sempre nos deparamos com esse componente de responsabilidade histórica dos países. Isso acontece em casos como o movido pela população da ilha indonésia de Pari, que processou a fabricante de cimentos Holcim em seu país-sede, a Suíça. O aumento do nível do oceano levou a uma maior frequência de inundações e danos a casas, ruas e empresas locais, levando inclusive ao risco de que grande parte da ilha fique submersa nas próximas décadas. Os autores da ação argumentam que a Holcim tem responsabilidade por esses efeitos climáticos, dadas as suas emissões históricas de gases de efeito estufa. Pesquisa do Climate Accountability Institute concluiu que o grupo emitiu mais de 7 bilhões de toneladas de CO2 entre 1950 e 2021 e contribuiu com cerca de 0,42% de todas as emissões industriais globais históricas, o que a classifica com o 47º lugar entre os 100 maiores emissores.”

Fonte: Capital Reset, 28/08/2023

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


Nossos últimos relatórios

Análise ESG Empresas (Radar ESG)

Mineração & Siderurgia: Um setor desafiador, gradualmente buscando oportunidades; Gerdau à frente dos pares (link)

Orizon (ORVR3): Companhia segue como uma das melhores sob a cobertura da XP (link)

Cosan (CSAN3): Fortalecendo governança e impulsionando a agenda ESG em suas subsidiárias (link)

Outros relatórios de destaque

IDIVERSA: O índice da B3 composto pelas empresas melhores posicionadas em diversidade no Brasil (link)

Cúpula da Amazônia: Boas intenções, mas só parte delas traduzidas em metas claras(link)

ESG: Um guia de bolso das principais regulações no Brasil(link)

Carteira ESG XP: Uma alteração para o mês de agosto (link)

Relatórios Semanais (Brunch com ESG)

Cúpula da Amazônia em foco; Regras da UE para desmatamento geram debate; PETR4 e seu apetite para projetos de energia limpa (link)

Emissões ESG ganham força; JBSS3 e sua meta ‘Net Zero’ para 2040; RenovaBio é reforçado (link)

Sigma Lithium estreia BDRs na B3 e outros destaques (link)


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