Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado terminou a semana passada em território misto, com o Ibovespa andando de lado (+0,07%), enquanto o ISE avançou 0,93%. Em linha, o pregão de sexta-feira também fechou em território misto, com o IBOV andando de lado (-0,02%) e o ISE recuando 0,12%.
• No Brasil, a Suzano firmou um acordo comercial com a startup israelense Marvin, que utiliza inteligência artificial (IA) para gestão do uso da terra e da cadeia de suprimentos - com a parceria, a companhia espera fortalecer suas operações em resposta às mudanças climáticas, incluindo produtividade, gestão de recursos hídricos, medição e verificação da pegada de carbono, além de otimização e rastreamento da cadeia de suprimentos.
• No internacional, (i) segundo a Agência de Informações sobre Energia dos EUA, o crescimento da geração de energia no país nos próximos dois anos deve ser impulsionado principalmente por novas usinas solares - a agência lembrou que, em 2024, o setor de energia elétrica adicionou um recorde de 37 GW de capacidade de energia solar, quase o dobro das adições de 2023; e (ii) o governo francês solicitou formalmente à União Europeia (UE) a suspensão da Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDDD), uma diretiva de sustentabilidade aprovada pelo bloco em março de 2024 - de forma geral, a diretiva exige que as companhias e seus parceiros, incluindo fornecedores, produção e distribuição, previnam ou reduzam o impacto negativo de suas operações nos direitos humanos e no ambiente, abordando questões como trabalho infantil, perda de biodiversidade e poluição.
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Brasil
Empresas
Financiamento e agenda internacional no Brasil dominam planos do etanol
"Após uma sucessão de vitórias no Congresso Nacional, que consolidou políticas para a bioenergia, o setor sucroenergético se volta às discussões internacionais que serão sediadas no Brasil e fechar lacunas de financiamento para ampliar a participação do etanol no mercado. “Talvez, nesse ano, seja um pouco menos intenso o trabalho no Congresso e mais intenso o trabalho no Executivo. Nesse momento, o esforço regulatório é maior”, avalia Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da Unica – que representa grandes produtores do setor sucroenergético –, em entrevista à agência eixos. A entidade prevê uma forte agenda na regulamentação e busca por financiamento para projetos de combustível sustentável de aviação (SAF) e biometano, além de discussões em defesa dos biocombustíveis na Cúpula dos Brics e na COP30, ambas sob a presidência brasileira e sediadas no Brasil este ano. As condições macroeconômicas deterioraram com a interrupção do breve período de queda da taxa básica de juros, em 2024, elevando custos de financiamento para indústria. Por outro lado, o Congresso aprovou oito leis que consolidaram o protagonismo da bioenergia na transição energética brasileira. Isso vai exigir exigir um forte trabalho de diálogo com o Executivo e com as agências reguladoras, em especial a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). E também com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma novidade para o setor do etanol, por conta da entrada do SAF na pauta, depois da aprovação das metas de descarbonização do transporte aéreo doméstico, estabelecidas no Combustível do Futuro, a partir de 2027, explica Rodrigues."
Fonte: Eixos; 24/01/2025
Setor de carvão comemora sanção do Paten e prevê investimentos em projetos de descarbonização
"O setor de carvão teve uma vitória com a sanção do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), que manteve a previsão de investimentos em projetos em regiões carboníferas. Iniciativas de descarbonização já estão mapeadas pelo segmento. Segundo a Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), um dos projetos possíveis é o eco distrito de inovação em Criciúma, Santa Catarina, e também são citadas iniciativas para a captura e estocagem de carbono. O projeto de eco distrito prevê instalações adequadas para startups e empresas multinacionais de tecnologia. A ideia é atrair investidores internacionais para desenvolver novos modelos de negócio. A Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC) assinou contrato com a BaseCamp, empresa israelense que tem projetos no país de origem, Alemanha, Coréia do Sul e China, para uma consultoria de implantação do eco distrito. Apenas em Israel, a multinacional gera mais de 3 mil empregos qualificados. A região Sul concentra as únicas cidades brasileiras com polos carboníferos, minas e térmicas. Na geração de energia, sofreu um revés com o veto do governo Lula à recontratação das usinas, na sanção da lei das eólicas offshore. O presidente da ABCS, Fernando Luiz Zancan, pondera que os projetos de transição energética dependem da manutenção do funcionamento de usinas termelétricas a carvão. “O Paten, para nós, é futuro. Não tem futuro se você não tiver presente. Como é que ficam as regiões mineiras? Transição energética é um processo, não é uma virada de chave. Então, tu tem que contratar as usinas, tem que deixá-las operando. Nesse meio tempo, você vai criando e desenvolvendo esses projetos”, disse."
Fonte: Eixos; 24/01/2025
Ambipar e Ministério dos Povos Indígenas firmam acordo para emergências climáticas
"A multinacional brasileira Ambipar e o Ministério dos Povos Indígenas assinaram um acordo para promover ações voltadas ao desenvolvimento sustentável e prevenção à emergências climáticas em terras indígenas, como forma de resposta efetiva a incêndios e desastres. Com pelo menos 80% da biodiversidade do Brasil nestas terras, os povos indígenas são considerados seus grandes guardiões e protetores. A parceria abrange cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, o que representa aproximadamente 14% do território brasileiro -- uma área equivalente à soma da França e da Inglaterra. Como parte da estratégia do governo brasileiro, a iniciativa busca alinhar o setor privado à preservação das terras indígenas e inclui projetos de reflorestamento, promoção da bioeconomia e economia circular. Também estão previstos suporte técnico e capacitação para prevenção de eventos climáticos extremos e a gestão de resíduos sólidos. Além de fortalecer a resiliência ambiental, a parceria busca gerar renda para as comunidades por meio da formação profissional de jovens indígenas e da valorização dos serviços ecossistêmicos da floresta. As ações, realizadas junto às comunidades indígenas, seguem os princípios da convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelece o direito à consulta prévia. Eloy Terena, secretário-executivo do MPI, reforçou que o acordo “é uma ferramenta para consolidar políticas públicas culturalmente adequadas e a proteção dos direitos dos povos originários, garantindo que os benefícios cheguem efetivamente às comunidades”."
Fonte: Exame; 24/01/2025
Suzano e startup israelense vão acelerar IA no setor florestal
"A Suzano celebrou um acordo comercial de longo prazo com a startup israelense Marvin, que utiliza inteligência artificial (IA) para gestão de uso da terra e cadeia de suprimentos. Ao mesmo tempo, o braço de corporate venture capital (CVC) da Suzano, conhecido como Suzano Ventures, também concluiu uma segunda rodada de investimento (follow-on, no termo em inglês) na startup. Em 2023, o CVC já havia realizado um investimento inicial na Marvin. Somados, os aportes totalizam US$ 1 milhão, cerca de R$ 6 milhões na cotação atual. Com a parceria, a gigante brasileira de celulose espera fortalecer pontos centrais para o desenvolvimento de suas operações em tempos de mudanças climáticas — como produtividade, gestão de recursos hídricos, medição e verificação de pegada de carbono, além de otimização e rastreamento da cadeia de suprimentos. “A Marvin está ajudando a Suzano a se tornar muito mais eficiente quando se trata de lidar com todos os aspectos do nosso negócio”, afirma Julio Ramundo, diretor de novos negócios da Suzano. Logo após assinar o primeiro investimento, em 2023, as duas empresas estabeleceram um Joint Development Agreement (JDA) para o desenvolvimento conjunto de um produto, conta Ramundo. “Eles [time da Marvin] trabalharam junto com pessoas de diferentes partes do negócio, incluindo sustentabilidade, P&D [Pesquisa e Desenvolvimento], novos negócios e gestão florestal, para fazer isso acontecer”, disse o executivo. Depois de dois anos e meio, o produto foi testado e validado pela Suzano, e agora se tornou realidade."
Fonte: Valor Econômico; 24/01/2025
Cotação do níquel explica revisão de ativos da Vale no Canadá
"O anúncio de que a mineradora Vale iniciou uma “revisão estratégica” das operações da subsidiária Vale Base Metals, no Canadá, incluindo a possível venda de ativos de exploração e mineração em Thompson, está, segundo analistas, alinhado a um movimento de grandes mineradoras diante da sobreoferta de níquel no mercado global. Os preços do metal caíram quase pela metade desde o início de 2022. O anúncio foi feito na noite de quinta-feira (23). Além de níquel, a Vale produz no país cobre, cobalto e metais do grupo da platina de baixo carbono. Isso ocorre porque a Indonésia vem ampliando sua produção de níquel, um dos principais componentes das baterias para veículos elétricos, de forma significativa nos últimos anos, o que derrubou os preços do minério no mercado internacional. Em resposta a esse cenário de excesso do minério e preços mais baixos, gigantes da mineração têm enfrentado desafios para manter a competitividade e estão paralisando operações. O comunicado da empresa brasileira afirma que a “revisão de Thompson [na província canadense de Manitoba] faz parte de um processo de otimização da base de ativos da Vale Base Metals, visando garantir a competitividade de seu portfólio de níquel integrado, e sua conclusão é esperada no segundo semestre de 2025”. Ao Valor, Rafael Marchi, sócio-diretor da A&M Infra de Mineração, disse que a companhia está avançando no processo de separação do negócio de metais básicos, focando em desmembrar operações não relacionadas ao ferro, como as de níquel e cobre, dentro do portfólio da empresa."
Fonte: Valor Econômico; 24/01/2025
Vibra capta R$ 1 bilhão com debêntures incentivadas para projetos da Comerc
"A Vibra captou nesta semana R$ 1 bilhão com debêntures. O recurso levantado com os papéis incentivados será utilizado em dois projetos da Comerc, que consistem na implantação e exploração de centrais geradoras fotovoltaicas em Minas Gerais. A emissão foi feita em série única, com vencimento em nove anos. A remuneração dos papéis será de 15,13% ao ano, com amortização em quatro parcelas, sendo a primeira em 2030. Em 2024, a Vibra fez três emissões de debêntures que, juntas, somam R$ 4,8 milhões. A mais recente delas, de R$ 2 milhões, foi concluída em novembro."
Fonte: Valor Econômico; 24/01/2025
Clarissa Sadock é a nova diretora-presidente da Comerc Energia
"Clarissa Della Nina Sadock Accorsi é a nova diretora-presidente da Comerc Energia, após renúncia de Andre Dorf. Em reunião realizada em 16 de janeiro — dia em que a Vibra Energia concluiu a aquisição de 50% da Comerc, controladora da empresa —, Dorf e mais dois executivos renunciaram a seus cargos. Também deixaram suas funções Fernando Souza Oliveira, que atuava como diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores, e Edvaldo Marcelo Ávila, diretor vice-presidente de soluções em energia. Em substituição, Bruno de Araujo Soares foi nomeado para assumir a diretoria financeira e de RI. E Eduardo dos Santos Soares assume como diretor vice-presidente de geração de energia renovável distribuída e centralizada. Clarissa deixou a vice-presidência de Energia Renovável da Vibra para assumir o comando da Comerc Energia. Anteriormente, foi diretora-presidente da AES Brasil, entre 2021 e 2023. Em 16 de janeiro, a Vibra concluiu a compra dos 50% restantes da Comerc, ao adquirir 358.309.951 ações ordinárias, por R$ 3,73 bilhões, tornando-se titular da empresa. O valor total da aquisição foi de R$ 7,05 bilhões."
Fonte: Valor Econômico; 24/01/2025
Política
Em encontro com Silveira, Bill Gates reafirma intenção de vir para a COP30 no Brasil
"Bill Gates tem a intenção de comparecer à 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA) em novembro de 2025. A informação foi confirmada ao InfoMoney pela assessoria do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após uma conversa entre os dois nesta sexta-feira (24) durante o Fórum Econômico Mundial em Davos. Durante a conversa, Silveira e Gates também discutiram temas relacionados à energia nuclear, incluindo os chamados “small reactors” – pequenos reatores que, embora capazes de produzir energia nuclear, oferecem mais facilidade de construção e transporte. O ministro também estendeu um convite a Bill Gates para participar da Casa Brasil de Energia durante a COP30; o bilionário manifestou sua intenção de comparecer ao evento. Gates é um entusiasta e apoiador da energia nuclear. Ainda em 2019 o bilionário escreveu uma carta compartilhando sua intenção de convencer os líderes dos Estados Unidos a avançar na agenda de energia atômica. Em meio ao aquecimento global e as mudanças climáticas causadas por ele, o bilionário defende a energia nuclear como uma alternativa importante, já que essa matriz energética não produz carbono, tem escalabilidade e está disponível 24 horas por dia. Gates já investiu US$ 1 bilhão na TerraPower, uma planta nuclear localizada em Wyoming, EUA, onde está sendo construído um novo reator nuclear. Segundo Silveira, o fundador da Microsoft se mostrou animado com a possibilidade de aumentar o parque nuclear no Brasil."
Fonte: InfoMoney; 24/01/2025
Brasil aposta em atrair investimento verde na nova era Trump
"O governo federal começou a articular um plano para atrair investimentos verdes que tendem a não serem mais realizados nos Estados Unidos, depois de o presidente americano, Donald Trump, cancelar uma série de políticas adotadas por seu antecessor, Joe Biden. As conversas envolvem atores como Ministério da Fazenda, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é o gestor do Fundo Clima, e Ministério de Minas e Energia. Segundo o Valor apurou, investidores e representantes de fundos também já comunicaram ao Palácio do Planalto que, diante da perspectiva de menos subsídios e juros reduzidos para programas verdes nos Estados Unidos, o Brasil pode atrair recursos na área. Parte desses recados foi dada no contexto da sanção da lei que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), realizada na quarta-feira 22. Outra aposta é a estruturação, o mais rápido possível, do mercado de crédito de carbono. A lei que institui esse sistema foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de 2024, mas ainda faltam algumas regulamentações administrativas que não precisam passar pelo Congresso. Uma das possibilidades que vêm sendo trabalhadas pelo Executivo é a criação de uma secretaria específica para tratar do mercado de carbono, o que poderia, na visão de autoridades ouvidas pelo Valor, dar tração a esses procedimentos. Um dos desenhos possíveis é que essa secretaria fique inicialmente dentro do Ministério da Fazenda."
Fonte: Valor Econômico; 27/01/2025
Internacional
Empresas
"A Agência de Informações sobre Energia dos EUA espera que o crescimento da geração de energia nos EUA nos próximos dois anos seja impulsionado principalmente por novas usinas solares, informou na sexta-feira. A EIA disse em uma nota que as empresas de serviços públicos e os produtores independentes de energia dos EUA devem adicionar 26 gigawatts (GW) de capacidade solar em 2025 e outros 22 GW até 2026. Em 2024, o setor de energia elétrica adicionou um recorde de 37 GW de capacidade de energia solar, quase o dobro das adições de 2023. A agência prevê que as aposentadorias de carvão nos EUA serão aceleradas, removendo 6% (11 GW) da capacidade de geração de carvão do setor de eletricidade dos EUA em 2025 e outros 2% (4 GW) em 2026."
Fonte: Reuters; 24/01/2025
BNP Paribas repensa ESG para se concentrar em finanças sustentáveis e lucrativas
"O BNP Paribas (BNPP.PA), abre nova aba, está repensando as finanças sustentáveis para se concentrar em negócios lucrativos e na redefinição do que considera sustentável, disse uma executiva sênior, ao se tornar o mais recente banco a se distanciar do rótulo ESG. A mudança na divisão de bancos corporativos e institucionais (CIB) do banco francês visa garantir que as finanças sustentáveis não sejam feitas às custas da lucratividade, disse Constance Chalchat, diretora de sustentabilidade da divisão. Após o entusiasmo inicial com os investimentos ambientais, sociais e de governança (ESG), os retornos abaixo do esperado levaram a uma ampla reformulação. Os ativistas contra o ESG ganharam ímpeto com o retorno do presidente dos EUA, Donald Trump, à Casa Branca. Em seus primeiros dias no cargo, Trump tem se posicionado contra as áreas de ESG, como a diversidade. Na quinta-feira, ele acusou o Bank of America e o JPMorgan Chase de não fazerem negócios com conservadores. Chalchat disse que o banco queria manter os investimentos ligados a um futuro sustentável e ajudar as empresas e sociedades a se adaptarem às mudanças climáticas, mas precisava garantir o retorno dos investidores. “Queremos permanecer relevantes no longo prazo, mesmo para os investidores dos EUA, e realinhar a lucratividade e a sustentabilidade”, disse Chalchat. Muitos grandes bancos reavaliaram sua abordagem em relação ao financiamento climático em face da pressão política, especialmente de grupos conservadores nos Estados Unidos, e da necessidade de segurança energética após a invasão da Ucrânia pela Rússia."
Fonte: Reuters; 24/01/2025
Política
O governo Trump pede à Suprema Corte que suspenda os casos enquanto reconsidera sua política
"O governo do presidente Donald Trump solicitou à Suprema Corte dos EUA, na sexta-feira, que suspendesse os argumentos planejados em uma tentativa dos produtores de combustível de contestar os padrões da Califórnia para emissões de veículos e carros elétricos sob uma lei federal de poluição do ar. O novo governo republicano também fez solicitações semelhantes em três outros casos envolvendo as ações de agências federais, dando uma indicação inicial de que dará uma nova olhada em várias questões legais perante o tribunal e possivelmente mudará as posições do antecessor democrata de Trump, Joe Biden. As mudanças esperadas na posição do governo podem ser um ajuste ideológico mais próximo para a maioria conservadora de 6 a 3 da Suprema Corte, que inclui três juízes nomeados por Trump. A disputa sobre os padrões de veículos da Califórnia está centrada em uma exceção concedida a esse estado em 2022 pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA durante a presidência de Biden para os padrões nacionais de emissão de veículos estabelecidos pela agência de acordo com a lei antipoluição Clean Air Act. Embora os estados e municípios geralmente sejam impedidos de promulgar seus próprios limites, o Congresso permitiu que a EPA renunciasse à regra de impedimento para permitir que a Califórnia estabelecesse determinados regulamentos mais rígidos do que os padrões federais. Ao pedir que a Suprema Corte pausasse o caso, a procuradora-geral interina Sarah Harris disse em um documento: “Após a mudança na administração, o administrador interino da EPA determinou que a agência deveria reavaliar a base e a solidez da decisão de reintegração de 2022”."
Fonte: Reuters; 24/01/2025
Administração de Trump interrompe litígios ambientais e afasta advogados, segundo fontes
"O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu todos os litígios ambientais pendentes e remanejou quatro advogados de carreira do Departamento de Justiça focados em questões ambientais, de acordo com três fontes familiarizadas com o assunto e um par de memorandos vistos pela Reuters na sexta-feira. Os memorandos ordenam que a divisão não apresente novas ações judiciais ou outros documentos legais e suspenda todos os acordos e decretos de consentimento pendentes para dar ao novo governo republicano tempo para reconsiderar acordos previamente firmados. A mudança, segundo um dos memorandos, tem o objetivo de garantir que o governo federal “fale com uma só voz em sua visão da lei e que os indicados ou designados pelo presidente tenham a oportunidade de decidir se devem iniciar novos casos”. A decisão de transferir os quatro funcionários, que não são nomeados políticos, da supervisão das seções de recursos naturais, fiscalização ambiental, apelação e crimes ambientais é a mais recente de uma série de ações semelhantes, à medida que Trumpshakes aumenta a força de trabalho de 2,2 milhões de funcionários do governo federal. A Divisão de Meio Ambiente e Recursos Naturais do departamento é responsável por instaurar processos criminais e civis relacionados à poluição do ar e da água, ao bem-estar dos animais e à segurança pública, além de defender em juízo órgãos governamentais como o Departamento do Interior e o Departamento de Energia."
Fonte: Reuters; 24/01/2025
Saída dos EUA do Acordo de Paris deve ser efetivada somente em 2026
"Assim que tomou posse, na última segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto retirando o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Imediatamente, o porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Stephane Dujarric, divulgou uma declaração reconhecendo a relevância do país na liderança de questões ambientais e destacando a importância da continuidade dessa condução por estados e empresas norte-americanas. Oficialmente, a decisão de Trump ainda não chegou às mãos do depositário do tratado internacional, secretário-geral da ONU, António Guterres, conforme prevê o artigo 28 do próprio Acordo de Paris. “A qualquer momento após três anos da data em que este Acordo entrou em vigor para uma Parte, essa Parte pode se retirar deste Acordo mediante notificação por escrito ao Depositário”, diz o documento. No caso dos Estados Unidos, os três anos começaram a contar em 4 de novembro de 2016, como para a maioria dos países signatários que aderiram ao tratado ainda em 12 de dezembro de 2015, quando o instrumento foi adotado oficialmente durante a COP21, em Paris. Por essa razão, apesar de Trump anunciar a primeira saída do país, em 2017, o pedido oficial só foi enviado em novembro de 2019, para que tivesse validade. Da mesma forma, o artigo 28 do Acordo de Paris, também determina que “qualquer retirada entrará em vigor no prazo de um ano a partir da data do recebimento pelo Depositário da notificação de retirada, ou em data posterior conforme especificado na notificação de retirada”."
Fonte: InfoMoney; 26/01/2025
A França pede agora adiamento de uma regra ambiental na UE
"O governo da França pediu para a União Europeia (UE) suspender uma nova diretiva de sustentabilidade corporativa (padrões ambientais e de direitos humanos) que alega ser onerosa demais para as empresas. Tem boa possibilidade de ser atendido, o que teoricamente poderá beneficiar também exportadores brasileiros. Paris eleva as pressões para a Comissão Europeia rever a aplicação das regras de sustentabilidade em meio à estagnação econômica europeia, para tentar melhorar a competitividade em relação aos EUA e a China. Ao mesmo tempo, sob pressão de seus agricultores, continua querendo descarrilhar o acordo comercial União Europeia-Mercosul, alegando justamente que o entendimento não protege suficientemente a área ambiental. A diretiva que o governo Macron quer ver suspensa por tempo indeterminado é conhecida como Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDDD), aprovada em março de 2024. Para o governo francês, essa diretiva na sua forma atual resulta em ‘custos consideráveis’ e é ‘um inferno’ para as empresas. Avalia que a UE foi longe demais nessa lei que complementa um pacote verde que inclui a lei antidesmatamento, o regulamento sobre minerais provenientes de zonas de conflito e o regulamento relativo à proibição de trabalho forçado. A diretiva exige que as empresas e os seus parceiros, incluindo o fornecimento, a produção e a distribuição, previnam, suprimam ou reduzam em suas operações o seu impacto negativo nos direitos humanos e no ambiente. Esse impacto inclui a escravatura, o trabalho infantil, a exploração laboral, a perda de biodiversidade, a poluição ou a destruição do patrimônio natural."
Fonte: Valor Econômico; 26/01/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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