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Subsídios aos veículos elétricos e baterias ficam de fora do orçamento dos EUA | Café com ESG, 05/05

Novo orçamento da Casa Branca; Aumento das vendas de elétricos e híbridos na Europa

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou a semana passada em alta, com o Ibovespa e o ISE avançando 0,29% e 0,66%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira fechou em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,04%), enquanto o ISE recuou 0,15%.

• Do lado das empresas, (i) de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, no primeiro trimestre deste ano, 60,8% do total de veículos vendidos na Europa foram de elétricos ou híbridos - a venda de elétricos cresceu 28% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto os híbridos cresceram 20,5%; e (ii) o presidente da divisão de hidrogênio da Toyota, Mitsumasa Yamagata, alertou que o mercado de veículos movidos a hidrogênio verde pode ser dominado por grupos chineses nas cadeias de suprimentos e exportações - o executivo destacou que a China está assumindo a liderança na infraestrutura para caminhões de hidrogênio, reduzindo os custos de combustível e construindo rapidamente estações de reabastecimento.

• No internacional, a Casa Branca divulgou oficialmente na última sexta-feira (2) a prévia da proposta final do orçamento dos EUA para o ano fiscal de 2026 - entre as propostas de destaque, vale notar o encerramento de subsídios aos fabricantes de veículos elétricos e baterias, bem como o cancelamento do Ato de Financiamento e Inovação da Infraestrutura de Transporte de Dióxido de Carbono, ambos programas implementados pelo ex-presidente Joe Biden.

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Brasil

Empresas

Startups fecham primeiros negócios de crédito de carbono de pó de rocha

"É um tanto difícil imaginar que uma rocha triturada até se tornar pó, ao ser jogada sobre a terra onde acontece o cultivo agrícola, possa capturar carbono da atmosfera e estocá-lo no solo – e com isso gerar créditos de carbono. Em meio à comprovação do potencial da técnica, duas startups que testam a tecnologia no Brasil fecharam seus primeiros negócios. A InPlanet emitiu e vendeu seus primeiros créditos de um projeto na cidade de Rio Claro, interior de São Paulo. Foram 235 toneladas de carbono removidas, das quais 90 foram entregues à empresa de tecnologia holandesa Adyen por um preço de US$ 200 a US$ 300. Os créditos foram auditados pela Eco Engineers. Fundada pelos alemães Felix Harteneck e Niklas Kluger, a InPlanet desenvolveu uma metodologia a quatro mãos para gerar os créditos com a Isometric, uma plataforma inglesa de registro de remoção de carbono que tem entre seus clientes grandes compradores de créditos de carbono, como Frontier, Google e Microsoft. A técnica utilizada se baseia no intemperismo acelerado de rochas (ERW, na sigla em inglês). Depois de pulverizadas, rochas como o basalto são despejadas sobre a terra e “dissolvidas” com a água da chuva. Esse pó reage com o CO2 presente no solo, gerando sólidos de bicarbonato, que desce às camadas mais profundas do solo. Com o tempo, esses depósitos entram nos lençóis freáticos, migram para os rios e se assentam no fundo do mar – em tese, para sempre. Por esse motivo, a técnica é considerada uma remoção permanente de carbono."

Fonte: Capital Reset; 02/05/2025

Grupos ambientais criticam a aprovação da listagem da JBS nos EUA; Wall Street a elogia

"A aprovação, no mês passado, pelo regulador financeiro dos EUA, de uma proposta do maior frigorífico do mundo, a JBS, para listagem na Bolsa de Valores de Nova York, está atraindo fortes críticas de grupos de direitos climáticos e animais, mas recebendo elogios de Wall Street. Após 22 de abril, quando a JBS do Brasil anunciou que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) havia autorizado seu plano de listagem dupla para ampliar seu grupo de investidores e elevar sua avaliação para mais perto de seus pares, ativistas ambientais e lobbies de direitos dos animais desencadearam uma campanha de condenação. Eles citaram investigações criminais em andamento sobre a JBS e seus controladores no Brasil e nos EUA, além de preocupações com o desmatamento da Amazônia e o papel significativo da empresa como grande emissora global de gases de efeito estufa em decorrência de suas operações. “Dado o longo histórico de conduta ilegal e corrupta da empresa, é difícil ver como a SEC pode ter confiança de que a JBS não enganará os investidores americanos”, afirmou Glenn Hurowitz, CEO da Mighty Earth, um grupo de defesa com sede em Washington D.C., em um comunicado. A JBS esteve profundamente envolvida em um escândalo de suborno em 2017, que abalou o cenário político e econômico do Brasil. Nos EUA, a empresa ou partes relacionadas foram multadas em milhões de dólares em 2020 por corrupção no Brasil e por suborno relacionado à sua aquisição em 2009 da Pilgrim’s Pride, outra importante empresa de carnes dos EUA."

Fonte: Reuters; 02/05/2025

Internacional

Empresas

Carros elétricos e híbridos já representam 60% das vendas na Europa

"No Brasil, as vendas de carros eletrificados (híbridos e elétricos) ainda são tímidas. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), no primeiro trimestre (janeiro a março), somaram 39.924 unidades. Por outro lado, em países desenvolvidos, além de as pessoas já não terem mais tantas ressalvas, os carros em si são mais baratos e o governo incentiva - enquanto por aqui, só dificulta - as vendas. O resultado disso é nítido. Na Europa, a categoria já soma mais da metade dos emplacamentos de carros em geral. No primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), o mercado de carros no Velho Continente como um todo subiu 2,8% no primeiro trimestre. Foram, no total, 1.442.628 unidades. Deste montante, modelos com motorização eletrificada (elétricos e híbridos) representaram cerca de 60,8% do total das vendas. No acumulado do ano (janeiro a março), os elétricos lideraram em crescimento. Subiram, desse modo, 28% em relação ao mesmo período do ano passado, com quase 600 mil emplacamentos. Os híbridos cresceram 20,5%, mas têm volume maior de vendas: 1.214.728. Já os híbridos plug-in registaram desempenho positivo, mas com números mais modestos. Venderam 267.544 unidades e cresceram 5,6% nos emplacamentos no período. Enquanto isso, carros com motor 100% a combustão continuam a perder relevância na Europa. Até mesmo pela redução progressiva da oferta. Os modelos com motor a diesel foram os que mais caíram no primeiro trimestre."

Fonte: Estadão; 04/05/2025

Toyota alerta que rivais precisam correr para evitar domínio da China em carros a hidrogênio

"O chefe de hidrogênio da Toyota alertou que veículos movidos pelo combustível verde podem sofrer o mesmo destino dos carros elétricos movidos a bateria, com o domínio dos grupos chineses nas cadeias de suprimentos e exportações, a menos que outros países aumentem os investimentos na tecnologia. Mitsumasa Yamagata, presidente da divisão da montadora japonesa, disse que a China está assumindo a liderança na infraestrutura para caminhões de hidrogênio, reduzindo os custos de combustível para um terço do que o Japão gasta e ainda está construindo rapidamente estações de reabastecimento. A China já responde pela maior parte das vendas mundiais de veículos comerciais a hidrogênio. "Todos os interessados agindo simultaneamente é a coisa mais importante para reduzir o custo do hidrogênio", apontou Yamagata. "A China é a mais avançada do mundo em caminhões a hidrogênio. O motivo pelo qual estão tão avançados é porque o governo chinês ordenou a transformação das principais rotas logísticas em rodovias de hidrogênio." Células de combustível de hidrogênio —que geram eletricidade através de uma reação química com oxigênio, emitindo apenas vapor de água— oferecem grande promessa para o transporte de longa distância, pois as baterias são consideradas muito pesadas e requerem muita recarga para veículos comerciais. Montadoras asiáticas, incluindo a Toyota e a sul-coreana Hyundai, apostaram no hidrogênio como combustível do futuro, mesmo enquanto os veículos movidos a bateria estão em alta e reduzem a oportunidade de mercado para o gás incolor."

Fonte: Folha de São Paulo; 04/05/2025

Política

Casa Branca: orçamento encerra subsídios aos fabricantes de veículos elétricos e baterias

"A Casa Branca divulgou oficialmente nesta sexta-feira (2/5) a prévia da proposta final do orçamento dos EUA para o ano fiscal de 2026 e, no documento, propõe o encerramento de subsídios aos fabricantes de veículos elétricos e baterias, bem como o cancelamento do Ato de Financiamento e Inovação da Infraestrutura de Transporte de Dióxido de Carbono, programa do antecessor democrata, Joe Biden. “O orçamento cancela mais de US$ 15 bilhões em verbas do programa Green New Scam da Lei de Investimento e Empregos em Infraestrutura (IIJA, na sigla em inglês) e cancela mais US$ 5,7 bilhões em verbas do IIJA fornecidas ao Departamento de Transportes para programas de subsídios para carregadores de veículos elétricos fracassados e desnecessários”, escreve. Outro corte proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, é a redução de US$ 491 milhões — ante o orçamento vigente — para Agência de Cibersegurança e Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês). “O orçamento redireciona a CISA para sua missão principal: defesa da rede federal e aprimoramento da segurança e resiliência da infraestrutura crítica, eliminando, ao mesmo tempo, o desperdício”, acrescenta. Trump também propõe o corte de financiamento para programas de minorias, o que ele classificou como “marxismo cultural”. As principais agências afetadas serão a de Desenvolvimento Internacional (USAid), Fundação Nacional da Ciência e Justiça ambiental. Na contramão, a nota informa que o orçamento inclui um aumento de US$ 134 milhões em investimentos direcionados para fortalecer a fiscalização do comércio e proteger agressivamente a inovação americana."

Fonte: Eixos; 02/05/2025

Novo satélite vai rastrear estoques de carbono florestal

"A Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) lançou esta semana o seu satélite Biomass, em uma missão de monitoramento florestal que vai avaliar os estoques e fluxos de carbono da Terra. Construído pela Airbus, o Biomass usará um radar de abertura sintética de banda P — uma tecnologia de sensoriamento remoto que utiliza ondas para gerar imagens de alta resolução, mesmo em condições de pouca luz ou através de nuvens. O satélite examinará florestas em todo o mundo a uma altitude de 666 km durante sua missão de cinco anos. O objetivo é fornecer “mapas excepcionalmente precisos de biomassa” de florestas tropicais, temperadas e boreais para ajudar cientistas a avaliarem o ciclo do carbono e seus efeitos nas mudanças climáticas, explica a Airbus. Será possível mapear, por exemplo, mudanças na biomassa devido à perda florestal decorrente de desmatamento, assim como ganhos com regeneração. O equipamento também irá medir aquíferos formados há milhares de anos em regiões desérticas, em busca de novas fontes de água em locais áridos. “O Biomass fornecerá aos cientistas e climatologistas dados sem precedentes sobre o estado das florestas do mundo, aprimorando ainda mais a compreensão do ciclo climático. A espaçonave está agora em órbita com segurança e pronta para entregar seus preciosos dados”, disse Alain Fauré, chefe de Sistemas Espaciais da Airbus Defence and Space. Com os mapas em mãos, a iniciativa tende a apoiar projetos de crédito de carbono florestal REDD+, cuja qualidade passou a ser questionada nos últimos anos, em meio a denúncias de fraudes."

Fonte: Eixos; 02/05/2025

Nova Yorque vai na contramão do governo Trump e dá incentivo a carros elétricos

"Nos Estados Unidos, o crédito tributário federal, um incentivo de US$ 7.500 (aproximadamente R$ 39 mil) para veículos elétricos, já convence o público a pensar em um carro elétrico. Mas programas estaduais, como o de Nova York, tornam a compra ainda mais vantajosa. Recentemente, o estado adicionou cerca de US$ 30 milhões (R$ 156 milhões) ao programa Drive Clean Rebate, que oferece descontos diretos na compra de mais de 60 modelos de veículos elétricos e híbridos plug-in. Apesar de obstáculos no âmbito federal, Nova York segue comprometida com a transição para veículos limpos. O programa estadual concede até US$ 2.000 (R$ 10.400) de desconto, dependendo da autonomia e do valor do veículo. Modelos com alcance de 320 km ou mais recebem o valor máximo; os de menor autonomia recebem entre US$ 500 a US$ 1.000 (R$ 2.600 a R$ 5.200). Veículos com preço acima de US$ 42 mil (R$ 218.400) têm direito a no máximo US$ 500 (R$ 2.600). O desconto é aplicado no ato da compra ou leasing em concessionárias participantes. Combinando os incentivos federal e estadual, é possível economizar até US$ 9.500 (R$ 49.400) na aquisição de um carro elétrico em Nova York. Segundo Doreen M. Harris, presidente da NYSERDA, a adoção de veículos elétricos reduz os custos de propriedade e ajuda o estado a cumprir suas metas ambientais. A cidade de Nova York está na vanguarda dessa mudança: dois terços da frota municipal já utilizam combustíveis alternativos, e há metas para eletrificar toda a frota de ônibus escolares até 2035. Também estão previstos 40.000 carregadores de nível 2 e 6 mil de carga rápida até 2030."

Fonte: Estadão; 04/05/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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