Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,4% e 0,6%, respectivamente.
• No Brasil, (i) após reunião com ministros ontem, o presidente Lula indicou o embaixador André Aranha Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, como o presidente da COP30, que acontecerá em novembro, em Belém - a secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, também foi anunciada como diretora-executiva da conferência; e (ii) a Tegra Incorporadora levantou R$ 322 milhões com a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) verdes - a empresa se comprometeu a aplicar os recursos, preferencialmente, no desenvolvimento de empreendimentos com características de “prédios verdes”, que tenham certificações do mercado imobiliário sustentável.
• No internacional, a Microsoft disse ao Financial Times que assinou um acordo para comprar 3,5 milhões de créditos de carbono ao longo de 25 anos da Re.green, uma start-up brasileira que restaura terras agrícolas e pecuárias das floresta amazônica - o acordo, que segundo estimativas poderia valer cerca de US$ 200 milhões, ocorre no momento em que grupos como Microsoft, Google e Amazon investem pesadamente em data centers para lidar com a enorme demanda decorrente do crescimento da IA generativa.
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Brasil
Empresas
Vibra inicia abastecimento com mistura de biodiesel e HVO em caminhões no aeroporto de Guarulhos
"A Vibra anunciou, nesta terça-feira (21/1), que começou a abastecer os caminhões da BR Aviation no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo (SP), com uma mistura que contém 10% de diesel renovável HVO (sigla em inglês para óleo vegetal hidrotratado). A mistura combustível tem, ainda, 14% de biodiesel, além do diesel derivado de petróleo. É o segundo aeroporto em que esse abastecimento é implementado. Desde dezembro de 2022, os caminhões da BR Aviation no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro (RJ), também recebem o diesel verde. O HVO é produzido por meio do processamento de matérias-primas renováveis como óleo vegetal e gordura animal e pode ser usado sem necessidade de adaptações nos equipamentos de armazenagem e motores. A empresa estima que a utilização do diesel verde no aeroporto paulista vai levar a uma redução equivalente a aproximadamente 80 toneladas de CO2 por ano em emissões, o que corresponde a uma queda de cerca de 90% das emissões de gases de efeito estufa em comparação ao diesel derivado do petróleo. A iniciativa faz parte do compromisso da Vibra de zerar até 2025 as emissões de escopo 1 e 2. “Com essa alternativa, nossos clientes podem implementar metas graduais de descarbonização de suas operações, sem necessidade de adaptações nos motores diesel convencionais.”, afirma o vice-presidente executivo de Comercial B2B e Aviação da Vibra, Juliano Prado."
Fonte: Eixos; 21/01/2025
"A Petrobras recebeu certificação internacional ISCC EU RED para a comercialização de “bunker” (óleo combustível para navegação) com adição de óleo renovável no Terminal de Rio Grande (Terig), no Rio Grande do Sul. O selo foi obtido na semana passada. A ISCC EU RED é uma certificação internacional aplicável para rastreabilidade e cálculo das emissões de gases de efeito estufa de matérias-primas e bioprodutos sustentáveis, segundo a empresa. A companhia já negocia em outras partes do país o “bunker” com adição de 24% de biodiesel certificado. Em julho do ano passado, a estatal recebeu autorização da autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a venda de combustível marítimo com conteúdo renovável. “Em comparação ao bunker 100% mineral, o VLS B24 tem o potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em, aproximadamente, 20%, dependendo da matéria-prima utilizada na produção do biodiesel e considerando o ciclo de vida completo do produto”, disse a Petrobras, em comunicado."
Fonte: Valor Econômico; 21/01/2025
Tegra levanta R$ 322 milhões com emissão de CRIs verdes
"A Tegra Incorporadora levantou R$ 322 milhões com a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) verdes. Segundo o banco BV, que foi coordenador líder, foi o primeiro da categoria do segmento de construção civil no país. A incorporadora se comprometeu a aplicar os recursos, preferencialmente, no desenvolvimento de empreendimentos com características de “prédios verdes”, que tenham certificações do mercado imobiliário sustentável. O papel foi ofertado com taxa de CDI mais 0,60% ao ano e atraiu 376 pessoas físicas, dois fundos de investimentos e duas instituições financeiras. Nesta primeira fase, os recursos irão para construção e incorporação de cinco empreendimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro. De acordo com Rogério Monori, diretor executivo de atacado do banco, o mercado está cada vez mais receptivo aos investimentos sustentáveis. "Nossa expectativa é que, a curto prazo, estruturemos mais CRIs verdes na construção civil e em outros setores, sempre priorizando projetos que beneficiem o negócio e o planeta”, afirmou ele, em comunicado oficial do banco. Em 2021, o BV firmou compromissos de sustentabilidade, com a publicação do documento “Pacto para um Futuro mais Leve 2030”. O banco informa já compensar 100% do CO2 emitido pelos veículos financiados e diz que vai compensar 100% das emissões de gases de efeito estufa diretas até 2030. O banco anunciou, em outubro de 2024, a captação de R$ 60 milhões, em conjunto com o banco de investimento francês Natixis Corporate & Investment Banking (Natixis CIB)."
Fonte: Valor Econômico; 21/01/2025
Política
Aneel vai pautar com celeridade processo sobre 13 projetos de hidrogênio, afirma diretor-geral
"O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou nesta terça-feira (21/1) que o processo sobre a autorização de 13 projetos de hidrogênio de baixa carbono, na modalidade de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI), deve retornar ao plenário o “mais rápido possível”. A área técnica do regulador teve manifestação favorável aos projetos, com a perspectiva de R$ 1,49 bilhão de investimentos para aplicação em segmentos industriais como siderurgia, fertilizantes, alimentos, mobilidade, petroquímica e outros. Sandoval havia pedido vista do processo. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (21) Sandoval Feitosa também comentou que há perspectiva de bandeira tarifária verde ao longo do ano, mas disse que só no fim do período úmido haverá uma previsão mais assertiva. Em relação à Amazonas Energia, o diretor-geral disse que há concordância sobre a necessidade de solução definitiva para a concessionária. “Não é possível que um serviço público contínuo, que é o serviço de distribuição de energia elétrica, fique na insegurança de uma decisão de um juiz de primeira instância”, declarou. Para atender determinação judicial, a Aneel aprovou o plano para a Âmbar Energia assumir o controle da concessionária, tendo flexibilizações que serão cobertas pela Conta de Consumo de Combustíveis(CCC) de aproximadamente R$ 14 bilhões pelos próximos 15 anos, além de aporte de capital de R$ 6,5 bilhões para a redução do endividamento da Amazonas Energia."
Fonte: Eixos; 21/01/2025
Decreto estabelece diretrizes para usos de recursos do mar
"O governo federal aprovou o XI Plano Setorial para os Recursos do Mar (PSRM), documento que traz as diretrizes para o setor até 2027. O decreto que institui o plano é bastante amplo e trata desde ações de pesquisa científica à conservação e uso sustentável de recursos marinhos vivos e não vivos. O documento traz, ainda, regras para a prevenção e mitigação dos impactos da poluição; monitoramento oceanográfico, do clima e outras ações. Além dos aspectos ambientais e científicos, o PSRM também trata de temas econômicos e logísticos. Um deles é o fortalecimento de ações voltadas para a implantação do Planejamento Espacial Marinho (PEM). Conforme as diretrizes da Marinha, o PEM busca o uso compartilhado, harmônico e sustentável das riquezas marinhas. O mapeamento das atividades permite identificar sinergias e mitigar os eventuais conflitos que ocorram. O decreto lista a exploração sustentável de diversos recursos energéticos no mar, incluindo o setor de petróleo e gás natural e as eólicas offshore. Também contempla a energia por meio das ondas, marés e sol. Outro aspecto do plano diz respeito aos impactos decorrentes da sobrepesca e da introdução de espécies invasoras, além do turismo desordenado. O combate a espécies invasoras, como é o caso do coral-sol, é pré-requisito para a operação de plataformas em regiões livres da espécie, que contaminou o litoral brasileiro e pode migrar, presa a navios. A versão mais recente do PSRM também visa a pesquisa do potencial mineral da Plataforma Continental e dos fundos marinhos internacionais, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre os recursos minerais e permitir a celebração de contrato com a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês)."
Fonte: Eixos; 21/01/2025
Lista de prioridades de Haddad até 2026 tem finanças sustentáveis como eixo
"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, definiu 25 prioridades para a agenda econômica do governo Lula entre 2025 e 2026, até o fim do mandato. Delas, oito estão ligadas ao plano de transformação ecológica e a ferramentas das finanças sustentáveis. A lista foi apresentada nesta segunda-feira (20), durante uma reunião ministerial comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como é de se esperar, os itens ligados à “Estabilidade macroeconômica: política fiscal e justiça tributária” encabeçam a listagem. Aqui, está inclusa a regulamentação da reforma tributária, com a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para aqueles que ganham até R$ 5 mil e a tributação sobre milionários, por exemplo. A “Melhoria do ambiente de negócios” no Brasil, por sua vez, deve ser promovida por ações como o fortalecimento da proteção a investidores no mercado de capitais e a regulamentação das big techs. É no eixo batizado de “Novo Brasil: Plano de transformação ecológica” que entra o apoio à economia verde. Todos os itens tratam da continuação de ações adotadas pelo governo nos dois últimos anos. No exterior, o Brasil fez sua primeira emissão de dívida sustentável soberana ao fim de 2023, e repetiu a dose sete meses depois. Internamente, o Tesouro contemplou nove bancos por meio do Eco Invest, programa que vai fornecer R$ 6,8 bilhões em capital catalítico para projetos da economia verde. A pasta de Haddad desenhou a taxonomia sustentável do Brasil – que segue aberta para consulta pública até o dia 31, enquanto o Congresso finalmente entrou em um consenso sobre o mercado regulado de carbono, que virou lei."
Fonte: Capital Reset; 21/01/2025
Potencial da matriz energética do Brasil será pauta com investidores em Davos, diz Silveira
"O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, nesta terça-feira (21), que o Brasil deve capturar oportunidades em combustíveis renováveis, na esteira do discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, que deve focar na exploração de petróleo. Silveira chegou à tarde ao Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), em Davos, Suíça. "O Brasil já é o grande celeiro das energias limpas e renováveis. Nós temos uma matriz elétrica 90% limpa, o que contribui muito com a sustentabilidade global, além da floresta, além dos biocombustíveis, e estamos investindo muito nessas políticas." Em Davos, Silveira pretende conversar sobre oportunidades para transição energética. Questionado sobre o descasamento dos preços do petróleo nas refinarias com o mercado internacional, Silveira disse que a Petrobras tem completa independência para decidir aquilo que é melhor para a saúde econômica e financeira da empresa. Ou seja, essa não é uma discussão para o conselho de administração da estatal. "A executiva Magda Chambriard é extremamente responsável e sabe o que é preciso fazer", disse ele, sem dizer qual deve ser o direcionamento sobre os preços dos combustíveis. Silveira é o único ministro do governo brasileiro a participar do evento em Davos. Marina Silva, do Meio Ambiente, cancelou sua participação por conta da reunião ministerial convocada pelo presidente Lula (PT), na segunda-feira (21). Segundo o ministro, o presidente reforçou que é preciso focar nos resultados do governo. “Ele acredita no resultado e quer os ministros focados em mostrar os frutos de todas as políticas que nós implementamos nesses dois anos, e os resultados começam a ser colhidos agora.”"
Fonte: Valor Econômico; 21/01/2025
Embaixador André Corrêa do Lago é o presidente da COP30
"Depois de muita expectativa, o embaixador André Aranha Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o presidente da COP30, a Conferência sobre Mudança Climática das Nações Unidas que acontecerá em novembro, em Belém, capital do Pará. A economista Ana Toni, secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, será CEO e diretora-executiva da COP30. A indicação de Corrêa do Lago, 65 anos, um dos mais experientes diplomatas brasileiros em negociações climáticas, era esperada no Brasil e no exterior. Economista, é diplomata desde 1983. Negocia clima e desenvolvimento sustentável há 25 anos. É negociador-chefe do Brasil em todas as reuniões ambientais internacionais desde o início do governo Lula. O presidente da COP30 é conhecido no mundo diplomático também pela altura e pelo bom-humor. Às vezes junta as duas características ao se queixar de negociadores habilidosos de outros países e com posições contrárias às do Brasil. “E além de tudo é irritantemente mais alto do que eu”, reclama, às gargalhadas. A decisão foi tomada nesta terça-feira (21), em reunião de Lula com quatro ministros – Rui Costa (Casa Civil), Maria Laura da Rocha (ministra substituta das Relações Exteriores), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Sidônio Palmeira (Comunicação Social), além de Celso Amorim, assessor especial do Presidente da República, Miriam Belchior (secretária-executiva da Casa Civil) e Valter Correia."
Fonte: Valor Econômico; 21/01/2025
"A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris terá um "impacto significativo" na preparação da COP30, em Belém, disse a jornalistas o recém-nomeado presidente do evento, embaixador André Corrêa do Lago. "Estamos todos ainda analisando as decisões do presidente Trump, mas não tem dúvida alguma de que terá um impacto significativo na preparação da COP e na maneira como nós vamos ter que lidar com o fato de que um país tão importante está se desligando desse processo", disse Corrêa do Lago em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. "Os EUA continuam membros da Convenção do Clima. Então, há vários canais que continuam abertos. Mas não há a menor dúvida de que é um anúncio político de muito impacto." Questionado sobre se convidaria o presidente Trump para participar da COP, ele respondeu com ironia: "Essa pergunta eu não estava preparado para responder." Corrêa do Lago afirmou que os EUA são "ator essencial" nas negociações climáticas, por serem a maior economia e os maiores emissores de gases de efeito estufa. Mas também por serem "um dos países que têm trazido respostas à mudança do clima com tecnologia". "Os EUA têm empresas extraordinárias e também tem vários Estados e cidades americanos que estão muito envolvidos nesse debate", disse. Corrêa do Lago disse não acreditar que o governo Trump atue para atrasar as negociações na COP. "Nós ainda não conversamos com eles sobre esse tema. E nós vamos ver com eles de que maneira esse processo pode acontecer de maneira mais construtiva", disse."
Fonte: Valor Econômico; 21/01/2025
Internacional
Empresas
Banco de desenvolvimento do Reino Unido se une à JV de energias renováveis do Sudeste Asiático
"A British International Investment (BII), instituição financeira de desenvolvimento do Reino Unido, formou uma joint venture de energia renovável com foco no Sudeste Asiático, de acordo com um comunicado divulgado com seus parceiros na quarta-feira. Os parceiros da BII na Sustainable Asia Renewable Assets Company (SARA) são o banco holandês de desenvolvimento empresarial FMO e o gerente de investimentos em infraestrutura SUSI Partners, com sede na Suíça. A BII e a FMO estão investindo US$ 70 milhões e US$ 50 milhões, respectivamente, na empresa, enquanto a SUSI contribuirá com o parque eólico Dam Nai, no Vietnã, que adquiriu em outubro do ano passado como um ativo fundamental, disseram os três no comunicado. A SARA tem como objetivo construir um portfólio de 500 megawatts de projetos de energia renovável greenfield em todo o Sudeste Asiático, uma região que tem dependido principalmente de combustíveis fósseis para atender à crescente demanda de energia impulsionada pela expansão populacional e sua posição como um centro industrial e de manufatura global em crescimento. A Agência Internacional de Energia projeta, abre nova guia, que a região será responsável por mais de um quarto do crescimento da demanda global de energia até 2035."
Fonte: Reuters; 21/01/2025
Microsoft fecha acordo para restaurar a floresta amazônica e compensar as emissões de IA
"A Microsoft pagará para restaurar partes das florestas amazônica e atlântica do Brasil em troca de créditos de carbono no valor de centenas de milhões de dólares, tornando-se a mais recente empresa de grande tecnologia a apostar que as soluções baseadas na natureza podem compensar o aumento das emissões de gases de efeito estufa impulsionado pela inteligência artificial. A empresa norte-americana de US$ 3,2 trilhões disse ao Financial Times que assinou um acordo para comprar 3,5 milhões de créditos ao longo de 25 anos da Re.green, uma start-up brasileira que compra terras agrícolas e pecuárias. Ela restaura a terra plantando espécies de árvores nativas, em projetos financiados por créditos de carbono e vendas de madeira. Nenhuma das empresas divulgou um valor para o negócio, mas uma análise recente do mercado sugere que ele poderia valer cerca de US$ 200 milhões. As recentes negociações da Microsoft a tornaram uma das maiores compradoras de remoções de carbono baseadas na natureza em todo o mundo. O acordo ocorre no momento em que grupos como Microsoft, Google e Amazon investem pesadamente em data centers para lidar com a enorme demanda decorrente do crescimento da IA generativa. Mas a construção está levando a um aumento no uso de energia e complicando suas promessas aos investidores de reduzir as emissões. O novo governo do presidente Donald Trump reduziu a prioridade da redução das mudanças climáticas e, em vez disso, declarou uma “emergência energética” para aumentar a produção de combustíveis fósseis nos EUA, citando os desafios enfrentados pelos data centers para atender às demandas de energia."
Fonte: Financial Times; 22/01/2025
Investidor dos mercados de carbono lança plano de proteção da Amazônia de US$ 1,5 bilhão em Davos
"Um investidor dos mercados de carbono apoiado pela casa de comércio suíça Mercuria disse na quarta-feira que se uniu a duas organizações sem fins lucrativos para levantar um valor inicial de US$ 1,5 bilhão para ajudar a proteger a Amazônia, trabalhando com estados brasileiros, agricultores e comunidades locais. A “Corrida para Belém”, uma referência à cidade brasileira que sediará a próxima rodada de negociações climáticas globais em novembro, tem como objetivo vender créditos vinculados à preservação da maior floresta tropical do mundo. A iniciativa é a primeira grande campanha da Silvania, um veículo de investimento de US$ 500 milhões em natureza e biodiversidade, que trabalha com a Conservation International e a The Nature Conservancy. Em um esforço para evitar as críticas que alguns projetos anteriores enfrentaram em relação ao seu impacto no mundo real, o novo plano buscará o acordo de todos os níveis de governo, agricultores e comunidades afetadas, e será realizado em uma área muito maior. A medida ocorre após o recorde de altas temperaturas em todo o mundo no ano passado, o que está levando a Amazônia a se aproximar do ponto em que se tornará um emissor líquido de emissões de carbono, tornando ainda mais difícil atingir a meta acordada mundialmente de limitar o aquecimento global. Isso também ocorre dias depois que o presidente dos EUA, Trump, retirou a maior economia do mundo do Acordo de Paris e em um cenário de enfraquecimento dos compromissos corporativos, uma vez que os governos estão se movendo muito lentamente para promulgar políticas que ajudarão a atingir sua meta."
Fonte: Reuters; 22/01/2025
Nos EUA, Oracle, OpenAI e SoftBank vão investir em IA até US$ 500 bi
"O diretor-executivo da OpenAI, Sam Altman, o diretor-executivo da SoftBank, Masayoshi Son, e o presidente e diretor de tecnologia da Oracle, Larry Ellison, se juntaram ao presidente Donald Trump, nesta terça-feira (21), para anunciar um investimento de até US$ 500 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial nos Estados Unidos. A joint venture, chamada Stargate, começaria com um centro de dados no Texas. Trump afirmou que isso criaria “mais de 100 mil empregos americanos quase que imediatamente”. Os detalhes do anúncio foram reportados anteriormente pela CBS News. Masayoshi Son, presidente da nova joint venture, afirmou que o Stargate começaria com um investimento inicial de US$ 100 bilhões e gastaria até US$ 500 bilhões nos próximos quatro anos. “Isso não é apenas para negócios”, disse ele. “Isso ajudará a resolver muitas, muitas questões com o poder da IA.” Son elogiou a joint venture como “o início de uma era de ouro”. "Veremos doenças curadas a uma taxa sem precedentes”, com a ajuda da IA, disse Larry Ellison. Ellison afirmou que o Stargate poderia manter registros eletrônicos de saúde, permitir que médicos se comuniquem e colaborem via IA, ajudar pesquisadores a detectar cânceres usando testes de sangue e até desenhar vacinas específicas para indivíduos. “Veremos doenças curadas a uma taxa sem precedentes”, afirmou ele. Os US$ 100 bilhões incluem projetos que empresas de tecnologia já haviam anunciado, disseram as fontes. Ellison disse que os “data centers” estão atualmente em construção, incluindo um em Abilene, Texas."
Fonte: Valor Econômico; 22/01/2025
Política
Chave para segurança energética é diversificação de fontes, diz diretor da IEA em Davos
"O diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), Fatih Birol, destacou que a diversificação de fontes de energia é a chave para garantir a segurança energética no futuro. A declaração foi feita durante o Fórum Econômico Mundial em Davos. Birol citou como exemplo a crise enfrentada pela Europa há cerca de dois anos devido à alta dependência do gás russo. “Dependências podem se tornar verdadeiras vulnerabilidades”, afirmou. Para ele, a transição energética é essencial nesse processo de diversificação, com as energias renováveis desempenhando um papel crucial. “Transição energética não é só reduzir emissões de carbono, mas também buscar aumentar a segurança energética”, complementou. Birol também alertou sobre as incertezas políticas e econômicas que o mundo enfrenta, mas enfatizou a importância de focar em algumas certezas, como a realidade das mudanças climáticas e a necessidade de uma transição energética global. “Não devemos perder perspectivas com incertezas”, disse ele, destacando que os principais desafios atualmente estão relacionados à exploração de petróleo e gás natural e à segurança energética. “As mudanças climáticas são reais, estão acontecendo e vão piorar se não mudarmos nossas políticas. Isso é uma certeza.”"
Fonte: Eixos; 21/01/2025
Von der Leyen: “Acordo de Paris continua sendo a melhor esperança para a humanidade”
"O acordo climático de Paris continua a ser a melhor esperança para toda a humanidade, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta terça-feira (21), no Fórum Econômico Mundial em Davos. O presidente dos Estados Unidos Donald Trump retirou mais uma vez o país do acordo na segunda-feira (20). “A Europa manterá o curso e continuará trabalhando com todas as nações que desejam proteger a natureza e deter o aquecimento global”, disse ela."
Fonte: InfoMoney; 21/01/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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