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Reforma do Novo Mercado da B3 é rejeitada; BYD inicia produção de carros elétricos no Brasil | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Sem apoio de empresas para reforma, regras do Novo Mercado da B3 permanecem inalteradas

Na mídia. Empresas rejeitam mudanças no Novo Mercado da B3 - Valor Econômico, 1 de julho (link)

Nossa visão. Nesta semana, a B3 concluiu sua quinta tentativa de reformar as regras do Novo Mercado, principal segmento de listagem com foco em governança corporativa do Brasil - acesse aqui nosso relatório temático com mais detalhes sobre a primeira rodada de propostas. Lançada em 2024, a proposta exigia a aprovação de dois terços das empresas listadas para ser implementada, ou a rejeição por um terço delas para ser barrada. Dos 152 votos recebidos, 74 empresas rejeitaram integralmente a proposta e 70 se opuseram a itens específicos, o que foi suficiente para bloquear o avanço da reforma. Entre os pontos mais controversos, destacam-se: (i) a criação do selo “Novo Mercado Alerta” para sinalizar empresas que não atendem a determinados padrões - rejeitado por 90% das companhias votantes, refletindo tanto preocupações reputacionais quanto um ceticismo mais amplo sobre sua aplicação prática; e (ii) o aumento do percentual mínimo de conselheiros independentes de 20% para 30% - rejeitado por 79%, frente à potenciais receios em termos do número ainda limitado de profissionais qualificados para exercer a função de conselheiro independente no país e dos riscos de overboarding. Embora a análise detalhada da votação ainda esteja pendente, os conselhos de companhias como Equatorial, Armac, Magazine Luiza, Ecorodovias, GPA, Panvel, Odontoprev, Direcional e Blau se manifestaram publicamente contra o pacote completo, citando os custos regulatórios e operacionais como entraves. Por outro lado, Vale e Lojas Renner estiveram entre os 8 nomes que aprovaram integralmente todas as propostas. Em nossa visão, apesar do resultado desfavorável, o processo funcionou como um termômetro relevante da disposição do mercado para assumir novos compromissos de governança. Olhando adiante, futuras tentativas de reforma poderão demandar uma abordagem mais gradual e baseada em um diálogo mais amplo com os agentes de mercado para alcançar maior adesão.

#2. BYD inicia produção local de veículos elétricos no Brasil na fábrica de Camaçari

Na mídia.BYD começa a montar carros elétricos e híbridos no Brasil com meta ambiciosa - InfoMoney, 1 de julho (link)

Nossa visão. Na terça-feira, a BYD anunciou a produção das primeiras unidades de teste em sua nova fábrica localizada em Camaçari (Bahia) – um marco importante para a industrialização da mobilidade elétrica no Brasil. Embora ainda dependa da liberação final de licenças regulatórias e ambientais, a operação teve início no formato semi-knocked down, e a empresa projeta a fabricação de 50 mil veículos em 2024, aumentando para 150 mil em 2026 e até 600 mil unidades por ano até 2030. Com um investimento de R$ 5,5 bilhões, a planta deve se tornar a maior instalação dedicada à produção de veículos elétricos da América do Sul. Além de modelos 100% elétricos, a fábrica também produzirá veículos híbridos com tecnologia flexfuel, solução particularmente adequada à infraestrutura brasileira baseada em etanol. Em nossa visão, a nacionalização da produção está alinhada com os objetivos da política industrial do país, principalmente ao ancorar uma cadeia de valor mais sofisticada, reduzir a dependência de importações, estimular a geração de empregos qualificados e fomentar a potencial transferência de tecnologia. Ao longo do tempo, espera-se que a fabricação local contribua para ampliar a acessibilidade dos veículos eletrificados, acelerando sua adoção entre consumidores e viabilizando soluções adaptadas às condições regionais. Por outro lado, o avanço da BYD pode acirrar a concorrência entre os fabricantes locais, uma vez que suas metas ambiciosas de escala e o modelo de integração vertical devem representar um desafio competitivo relevante às montadoras tradicionais, especialmente em termos de preço e agilidade operacional.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.



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