Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e ISE recuando 0,32% e 0,61%, respectivamente.
• Do lado das empresas, os principais frigoríficos brasileiros aderiram a uma iniciativa voluntária que acaba de ser lançada para padronizar práticas e exigências de conformidade ambiental para os fornecedores de carne do Cerrado, um dos focos de desmatamento por atividade pecuária no país – a iniciativa é conhecida como o Protocolo Voluntário de Fornecedores de Gado do Cerrado e coordenado pelas organizações Proforest, Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e National Wildlife Federation (NWF).
• Na política, (i) a regulamentação da reforma tributária prevê que, nas alíquotas específicas por unidade de medida do IBS e da CBS, que os biocombustíveis “consumidos na sua forma pura” e o hidrogênio de baixa emissão de carbono deverão ter tributação inferior a dos combustíveis fósseis – segundo o Valor Econômico, o texto lista 11 tipos de combustíveis e ainda prevê outros tipos definidos pela ANP relacionados na legislação; e (ii) na União Europeia, a Diretiva de Due Diligence de Sustentabilidade Corporativa foi aprovada pelo Parlamento Europeu nesta quarta-feira (24), sinalizando um passo significativo em direção a práticas empresariais mais responsáveis e sustentáveis em escala global – a Diretiva vem atraindo grande interesse no mercado frente ao seu potencial de impactar as operações de negócios em todo o mundo.
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Brasil
Empresas
Montadoras e produtores de etanol se unem em defesa de políticas para híbridos
“Estudo encomendado pelo Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono (MBCB) defende políticas de estímulos aos veículos elétricos híbridos (HEVs, na sigla em inglês), que associam eletrificação com motores a combustão. A cooperação reúne montadoras como BYD, Stellantis, Volkswagen e Toyota, além de empresas dos setores de etanol e biometano, representadas por associações como a Unica e ABiogás, entre outros. O trabalho liderado pelo economista e ex-presidente do BNDES nos governos do PT (2007-2016), Luciano Coutinho, conclui que a maior adoção de HEVs é mais eficiente na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) e agregação de valor à indústria nacional, quando comparada com a predominância de veículos 100% elétricos (BEVs, na sigla em inglês). “Os veículos híbridos permitem um processo de manutenção da agregação de valor que os motores a combustão já têm (…) Na convergência com veículos elétricos, a progressiva supressão do motor a combustão vai tendo impactos de supressão também na cadeia de valor”, afirmou Coutinho, durante apresentação do estudo, na terça (23/4).”
Fonte: Epbr, 24/04/2024
Grandes frigoríficos aderem a regras para compra de gado do Cerrado
“Os principais frigoríficos brasileiros aderiram a uma iniciativa voluntária que acaba de ser lançada para padronizar práticas e exigências de conformidade ambiental para os fornecedores de carne do Cerrado, um dos focos de desmatamento por atividade pecuária no país. Trata-se do Protocolo Voluntário de Fornecedores de Gado do Cerrado, coordenado pelas organizações Proforest, Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e National Wildlife Federation (NWF). Segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas da Amazônia, o Cerrado concentra cerca de 60 milhões de cabeças de gado, representando cerca de 36% de todo o rebanho nacional. O bioma convive há décadas com o desmatamento de sua área pelo avanço da atividade agropecuária. Entre 1985 e 2020, o Cerrado perdeu 26,5 milhões de hectares de vegetação nativa, segundo levantamento do projeto MapBiomas. Quase toda a área foi destinada à atividade pecuária.”
Fonte: Capital Reset, 24/04/2024
Energia renovável: Cade aprova investimento do Itaú Unibanco em projetos da Casa dos Ventos
“A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições ato de concentração entre Itaú Unibanco e Casa dos Ventos, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 24. A operação aprovada consiste em investimento, pelo Itaú Unibanco em empresa a ser constituída pela Casa dos Ventos, por meio da subscrição de ações preferenciais resgatáveis de emissão da nova companhia. O parecer do negócio divulgado pelo Cade não explicita o valor nem os porcentuais acionários da operação. De acordo com o documento, a nova empresa será constituída como uma subsidiária e passará a deter as participações societárias da Casa dos Ventos em sociedades de propósito específico (SPEs) operacionais de geração de energia elétrica. As empresas não listam quais são essas SPEs, apenas informam que todas elas estão localizadas na Região Nordeste. “Como justificativa para a realização da operação, as requerentes explicam que, para o Itaú Unibanco, a operação representa uma boa oportunidade de investir em projetos de energia renovável no Brasil. Para o Grupo Casa dos Ventos, por sua vez, a operação representa oportunidade de investimento de uma importante instituição financeira brasileira para expandir e desenvolver seus projetos de energia renovável no Brasil”, cita o parecer.”
Fonte: Exame, 24/04/2024
Política
Regulamentação prevê tributação menor para os biocombustíveis
“A regulamentação da reforma tributária prevê que, nas alíquotas específicas por unidade de medida do IBS e da CBS, que os biocombustíveis “consumidos na sua forma pura” e o hidrogênio de baixa emissão de carbono deverão ter tributação inferior a dos combustíveis fósseis. O Valor teve acesso ao conteúdo do material, que ainda não foi divulgado oficialmente. O texto lista 11 tipos de combustíveis e ainda prevê outros tipos definidos pela “Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, relacionados na legislação”. Os tipos previstos no texto são: gasolina, etanol anidro combustível, óleo diesel, biodiesel B100, GLP inclusive o derivado de gás natural, etanol hidratado combustível, querosene de aviação, óleo combustível, gás natural processado, biometano e gás natural veicular (GNV).”
Fonte: Valor Econômico, 24/04/2024
Japão e Brasil assinarão acordo de descarbonização em reunião de líderes em maio
“O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, deverá assinar um acordo de cooperação sobre descarbonização com o Brasil durante uma viagem ao país no início de maio, incluindo o desenvolvimento de tecnologias de biocombustíveis e o combate ao desmatamento. Kishida e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, concordarão com a Iniciativa de Parceria Verde. Ele será o primeiro líder japonês a visitar o Brasil desde a viagem do falecido ex-premiê Shinzo Abe, em 2016. Kishida também visitará o Paraguai. O primeiro-ministro também trará uma delegação representando pelo menos 40 empresas, visando maiores investimentos japoneses no Brasil para reforçar a cooperação bilateral em tecnologias verdes.”
Fonte: Valor Econômico, 25/04/2024
Lira avalia incluir taxação de comércio eletrônico no projeto de lei do Mover
“O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), discute com parlamentares e empresários aprovar o fim da isenção do imposto de importação para remessas internacionais de até US$ 50 para empresas do comércio eletrônico. O assunto seria incluído dentro do projeto de lei do Mobilidade e Logística Sustentável de Baixo Carbono (Mover), nova política para a indústria automobilística. A proposta tramita em regime de urgência na Câmara e tranca a pauta a partir do dia 6 de maio. Portanto, deve ser votada em plenário em cerca de duas semanas. “Vamos fazer discussão sobre taxação do e-commerce. Se vai ter apoio ou não, não sabemos [ainda]”, afirmou Lira, ao participar reunião na Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).”
Fonte: Valor Econômico, 25/04/2024
Opinião
Empresas brasileiras devem se preparar para nova legislação europeia de due diligence corporativa
“Após uma espera de mais de dois anos, a Diretiva de Due Diligence de Sustentabilidade Corporativa da União Europeia finalmente foi aprovada pelo Parlamento Europeu nesta quarta-feira (24). Este marco, alcançado após intensas negociações e revisões ao longo do tempo, sinaliza um passo significativo em direção a práticas empresariais mais responsáveis e sustentáveis em escala global. A Diretiva desperta grande interesse no mercado, dado o impacto potencial que suas disposições podem ter nas operações de negócios em todo o mundo. Sua relevância é comparável à da General Data Protection Regulation (GDPR), que transformou as práticas de privacidade de dados globalmente. Aprovada em março pelo Conselho da União Europeia, a Diretiva representa um marco significativo no âmbito da sustentabilidade empresarial, estabelecendo, enfim, o dever de diligência em questões relacionadas aos direitos humanos e ambientais, com o objetivo de impulsionar práticas empresariais responsáveis e sustentáveis em todas as cadeias de suprimentos globais.”
Fonte: Valor Econômico, 24/04/2024
Estabilidade financeira? Coloque risco climático e capital natural na conta
“Na primeira parte deste artigo, publicada na semana passada, tratei dos avanços regulatórios do Banco Central para o reporte ambiental e climático dos bancos. Nesta segunda parte, trato da relação entre sustentabilidade e mudanças climáticas e a estabilidade do sistema financeiro. Em 2018, fiz uma capacitação para ocupar assentos em conselhos de administração e, na aula de economia, fui apresentada aos relatórios de inflação dos bancos centrais no mundo. Me dediquei à análise comparativa de alguns, tendo como base o Relatório de Inflação do Banco Central do Brasil de setembro daquele ano. O assunto principal avaliado era a greve dos caminhoneiros e seu impacto na economia brasileira. A greve tinha sido motivada pelo aumento do preço do diesel. Diesel, combustível fóssil, com alta emissão de gases de efeito estufa. Mas, o relatório não continha sequer uma linha sobre a variável ambiental aplicável àquele cenário, seja no viés de riscos, seja no viés de oportunidades. De lá pra cá, muita água rolou e mantive minha curiosidade sobre como o novo contexto da dimensão Sustentabilidade na Agenda BC# iria se refletir nos relatórios de inflação. Para minha satisfação – e para a saúde da nossa economia –, as avaliações de sustentabilidade são hoje parte integrante desses relatórios.”
Fonte: Capital Reset, 24/04/2024
Internacional
Empresas
“Cerca de 200 lobistas do setor químico e de combustíveis fósseis planejam participar das negociações desta semana nas Nações Unidas sobre o primeiro tratado global para reduzir a poluição por plásticos – um salto de 37% em relação ao encontro anterior, em novembro, segundo uma análise divulgada na quinta-feira. O salto no número de representantes registrados do setor nas negociações em Ottawa, Canadá, ocorre no momento em que as negociações entram em um estágio crucial. Resta apenas uma rodada de negociações para chegar a um texto final com o qual todos os países concordem até o final do ano. O objetivo é criar um tratado juridicamente vinculativo que abranja todo o ciclo de vida do plástico, desde a produção até o descarte ou reutilização. No entanto, alguns grupos do setor de combustíveis fósseis e petroquímicos, bem como países que dependem desses setores, se opõem a qualquer tratado da ONU que imponha limites rígidos de produção ou eliminação gradual de produtos químicos ou produtos. Embora mais de 4.000 pessoas tenham se registrado para participar das negociações, grupos da sociedade civil disseram que a forte presença de representantes de setores que seriam alvo de novas regulamentações poderia prejudicar o processo de negociação.”
Fonte: Reuters, 25/04/2024
As energias renováveis geram um terço da eletricidade australiana no primeiro trimestre de 2024
“As fontes de energia renovável geraram mais de um terço da eletricidade fornecida pela concessionária da Austrália durante o primeiro trimestre de 2024, uma participação recorde para os parques solares e eólicos durante o primeiro trimestre do ano e o período de pico de demanda de verão da Austrália. Os parques solares geraram 13,11 terawatts-hora (TWh) de eletricidade durante o primeiro trimestre de 2024, um aumento de 13,5% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados do think tank de energia Ember. A energia eólica gerou 7,53 TWh de eletricidade, um aumento de 6,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, elevando a produção total de fontes renováveis para 20,64 TWh durante o trimestre e o maior total registrado no primeiro trimestre. Os totais de produção solar e eólica foram os segundos mais altos de todos os tempos em uma base trimestral, depois do último trimestre de 2023, e indicam que a construção da capacidade de geração de energia limpa em escala de serviços públicos na Austrália está tendo um impacto profundo no mix de geração do país.”
Fonte: Reuters, 25/04/2024
Enel descumpre meta e é obrigada a pagar mais juros em títulos de dívida ESG
“A italiana Enel vai aumentar os juros que paga aos investidores em vários títulos de dívida atrelados ao cumprimento de metas de sustentabilidade. A empresa foi penalizada por não atingir suas metas de emissões de gases de efeito estufa em 2023. Com isso, os títulos da Enel no valor de cerca de US$ 11 bilhões agora pagarão cerca de 83 milhões de euros (US$ 89 milhões) em juros adicionais, de acordo com um cálculo fornecido pela Bloomberg Intelligence. É a penalidade mais significativa até agora em um mercado cujo primeiro título foi emitido pela Enel em 2019. Também mostra como a crise energética, desencadeada pela invasão da Rússia à Ucrânia, está prejudicando os compromissos climáticos das empresas. Outro emissor dos chamados “sustainability-linked bonds” (SLB) que sentiram os efeitos são a Public Power Corp. da Grécia, que já perdeu uma meta semelhante. “Devido à crise sem precedentes enfrentada pelo sistema energético europeu em 2022 e 2023, as reduções de emissões do grupo em 2023 não foram suficientes”, disse a Enel. “Apesar dessas circunstâncias sem precedentes, a intensidade de emissões do grupo em 2023 permaneceu alinhada com a trajetória de 1,5ºC” à qual a Enel se comprometeu, afirmou.”
Fonte: Valor Econômico, 24/04/2024
Mais de um a cada cinco carros vendidos em 2024 será elétrico, estima IEA
“Relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) estima que mais de um em cada cinco carros vendidos em todo o mundo este ano será eletrificado, com as vendas atingindo cerca de 17 milhões até ao final do ano. A expectativa é que o aumento da procura por veículos elétricos ao longo da década também ajude a reduzir significativamente o consumo de petróleo para o transporte rodoviário. Caso os compromissos energéticos e climáticos anunciados pelos países sejam cumpridos na íntegra e antecipadamente, a IEA estima que dois em cada três automóveis vendidos serão elétricos até 2035. Neste cenário, a rápida adesão evitará a necessidade de cerca de 12 milhões de barris de petróleo por dia –, equivalente à demanda atual do transporte rodoviário na China e Europa. Publicado na terça (23/4), o relatório mostra que, no primeiro trimestre de 2024, as vendas cresceram cerca de 25% em comparação com o mesmo período de 2023 – semelhante à taxa de crescimento observada no mesmo período do ano anterior, mas a partir de uma base maior.”
Fonte: Epbr, 24/04/2024
Noruega estuda armazenamento de CO2 em escala de gigatoneladas
“O Conselho de Pesquisa da Noruega divulgou na terça (23/4) que vai investir 180 milhões de coroas norueguesas (equivalente a cerca de R$ 84,5 milhões) na criação de um centro de pesquisa dedicado à tecnologia de captura, transporte e armazenamento de carbono (CCS) em escala. Chamado gigaCCS, o projeto quer desenvolver tecnologias para viabilizar o armazenamento de bilhões (giga) de toneladas do gás de efeito estufa. “A implantação de CCS em escala de gigatoneladas é vital para uma transição justa e sustentável para emissões líquidas zero,” disse a diretora de Pesquisa do SINTEF Energy Research e diretora do Norwegian CCS Research Centre (NCCS), Mona Mølnvik, que também liderará o gigaCCS. Com um cronograma de oito anos, de 2025 a 2032, o gigaCCS dará continuidade aos trabalhos do NCCS, mirando inovação e capacitação de uma nova geração de especialistas em CCS.”
Fonte: Epbr, 24/04/2024
Sumitomo planeja rede de baterias de US$ 1,3 bi para armazenar energias renováveis no Japão
“A trading japonesa Sumitomo gastará 200 bilhões de ienes (US$ 1,3 bilhão) para instalar baterias em todo o Japão para armazenar o excesso de energia gerada por parques eólicos ou solares, apurou o “Nikkei Asia”. A Sumitomo já fez uma instalação de armazenamento de 6 megawatts-hora em terra ao longo da linha ferroviária de Kyushu, na província de Kumamoto. O plano é construir mais instalações na região de Kyushu para aumentar a capacidade total de armazenamento para 40 MWh. A rede fornecerá energia à região, além de vender eletricidade diretamente às fábricas de semicondutores com uso intensivo de energia que estão sendo construídas na área. A Sumitomo também planeja desenvolver redes de armazenamento de energia semelhantes em outros lugares, como em Hokkaido e na região de Tohoku, no nordeste do Japão. A capacidade geral em todo o país chegará a 2 gigawatts-hora até março de 2031.”
Fonte: Valor Econômico, 24/04/2024
Política
O governo Biden pretende limpar o setor de energia com regras renovadas
“O governo Biden anunciou na quinta-feira que finalizou as regras voltadas para a poluição de carbono, ar e água de usinas de energia que, segundo ele, poderiam cortar mais de 1 bilhão de toneladas métricas de emissões de carbono até 2047, mesmo com o aumento da demanda por eletricidade. A Agência de Proteção Ambiental reforçou uma proposta para reduzir as emissões de carbono das usinas de carvão existentes e das novas usinas de gás, e atualizou e finalizou regras de longa data para reduzir o mercúrio e os poluentes tóxicos do ar e limpar as águas residuais e o descarte de cinzas de carvão. “A EPA está reduzindo a poluição e, ao mesmo tempo, garantindo que as empresas de energia possam fazer investimentos inteligentes e continuar a fornecer eletricidade confiável para todos os americanos”, disse o administrador da EPA, Michael Regan, em um comunicado. Regan havia dito em 2022 que pretendia assumir várias regulamentações em conjunto para reduzir as emissões de carbono das usinas de energia e ajudar os estados, as empresas de serviços públicos e os operadores de usinas a tomar melhores decisões de investimento e aposentadoria de usinas.”
Fonte: Reuters, 25/04/2024
UE vota para deixar o tratado de energia enquanto regras verdes são aprovadas
“Os legisladores da UE votaram de forma esmagadora para que o bloco saísse de um controverso tratado internacional que é visto pelos ativistas como protetor dos investimentos em combustíveis fósseis, em uma série de votos positivos sobre a legislação verde. As votações sobre os pontos críticos da ambiciosa legislação climática da UE na última sessão do parlamento antes das eleições de junho foram realizadas diante de um desafio cada vez maior de uma variedade de grupos de interesse políticos, industriais e investidos. Em 2019, a UE estabeleceu a tarefa de tornar a Europa o primeiro continente do mundo neutro em relação ao clima, provocando reclamações de oponentes políticos e grupos do setor de que o bloco estava sufocado pela burocracia legislativa. A vitória dos defensores do clima veio na votação de 560 a 43, na quarta-feira, que decidiu que o bloco deveria deixar o Tratado da Carta de Energia. O tratado foi criado por países europeus que queriam proteger os investimentos na antiga União Soviética no final da Guerra Fria, mas, mais recentemente, foi usado por empresas de energia para questionar os governos sobre mudanças na legislação relacionadas à mudança climática.”
Fonte: Financial Times, 24/04/2024
Parlamento da UE apoia repressão a embalagens plásticas de uso único
“Na quarta-feira, o Parlamento Europeu aprovou uma proposta de lei que proibiria determinadas embalagens plásticas de uso único, como minifrascos de xampu em hotéis e sacolas plásticas finas para mantimentos, em uma tentativa de conter a onda crescente de desperdício de embalagens. A política da União Europeia – que ainda precisa da aprovação formal final dos países da UE – introduziria mudanças radicais nos tipos de embalagens permitidas para uso por empresas de alimentos e bebidas, restaurantes e varejistas on-line. Ela proibiria na UE, a partir de 2030, itens de embalagem plástica de uso único para frutas e legumes, condimentos em restaurantes de fast food, sacolas plásticas finas para mantimentos e mini frascos de cosméticos em hotéis. Os países também seriam obrigados a garantir que pelo menos 90% das garrafas e latas de plástico de uso único fossem coletadas todos os anos a partir de 2029, por meio de sistemas de devolução de depósitos, em uma tentativa de garantir que mais garrafas sejam recicladas em vez de colocadas em aterros sanitários.”
Fonte: Reuters, 24/04/2024
Opinião
Nova regulação da União Europeia pode trazer avanços em diretos humanos
“O Regulamento da União Europeia para Produtos Livre de Desmatamento (EUDR – European Union Deforestation-Free Regulation) tem levantado polêmica sobre o caráter unilateral da sua criação e acumulado questionamentos sobretudo ao desafio de rastrear e monitorar a cadeia produtiva para comprovar que as commodities foram produzidas em áreas livres de desmatamento. Entretanto, a regulação também demanda informações que atestem que o produto foi feito respeitando direitos laborais e humanos protegidos internacionalmente, bem como as consultas livres, prévias e informadas a povos indígenas, conforme a resolução OIT número 169. Esses são aspectos altamente relevantes, dado o contexto de violação de direitos humanos nas cadeias produtivas no Brasil.”
Fonte: Valor Econômico, 24/04/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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