Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE em queda de 0,65% e 1,15%, respectivamente.
• No lado das empresas, (i) a Orizon e o grupo Urca, que controla a Gás Verde, vão formar duas sociedades para investimentos na produção de biometano na Região Metropolitana do Rio de Janeiro – por um lado, a parceria está em linha com os planos da Gás Verde de buscar investidores para ajudar a bancar seu plano de expansão, por outro, a Orizon amplia sua carteira de ativos de biometano e diversifica sua base parceiros estratégicos; e (ii) de olho no objetivo da Arábia Saudita em transformar sua matriz energética e aumentar a descarbonização de sua economia até 2030, o vice-presidente da Raízen, Paulo Neves, ofereceu a empresários sauditas parcerias na produção de etanol, biodiesel renovável e biogás – durante a “Brazil Saudi Arabia Conference”, realizada pelo Lide na sede da Federação das Câmaras de Comércio Saudita, em Riad, o executivo destacou que o Brasil e a Arábia Saudita têm muitas oportunidades para explorar o setor de energia no comércio bilateral.
• Nos fundos de investimento, diante do cenário de queda de juros no longo prazo e inflação sob controle, o diretor da Previc, Ricardo Pena, quer ampliar o cardápio de investimentos dos fundos de pensão e permitir aplicações em debêntures de infraestrutura, crédito de descarbonização (CBIO), ativos de crédito de carbono e fundos de investimentos em cadeias agroindustriais (Fiagro) – a expectativa é que essas mudanças sejam apreciadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) até junho.
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Brasil
Empresas
Banco asiático quer ampliar investimento verde para o Brasil
“Em visita ao Brasil para participar do encontro de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G20 e uma série de reuniões bilaterais com empresários e autoridades, o presidente Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), Jin Liqun, diz que o Brasil tem um grande potencial fora da Ásia para receber investimentos nas área de transição energética, conectividade entre a Ásia e o resto do mundo e acesso à tecnologia.Ao Valor, o executivo deixou claro que o banco está pronto para fornecer “um grande volume de recursos, desde que existam bons projetos” de infraestrutura no Brasil, como energias renováveis, ferrovias, aeroportos e portos, entre outros. Ontem, o executivo se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD, na sigla em inglês), Dilma Rousseff, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).Entre 2022 e 2023, o banco já aportou mais de R$ 1,7 bilhão em três projetos ligados a energias renováveis no Brasil. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) tem um limite de crédito aprovado de U$ 100 milhões para que empresas possam financiar programas de geração de energia renovável ou negócios que tenham conectividade com a Ásia, em especial os de infraestrutura.”
Fonte: Valor Econômico, 05/03/2024
Raízen sinaliza aos sauditas parcerias em biocombustíveis
“De olho no objetivo da Arábia Saudita em transformar sua matriz energética e aumentar a descarbonização de sua economia até 2030, o vice-presidente da Raízen, Paulo Neves, ofereceu a empresários sauditas parcerias na produção de etanol, biodiesel renovável e biogás. “Já oferecemos soluções para descarbonização da indústria de transporte e de energia em mais de 50 países”, destacou o executivo da Raízen, em palestra a empresários dos dois países na “Brazil Saudi Arabia Conference”, realizada pelo Lide na sede da Federação das Câmaras de Comércio Saudita, em Riad. O vp da Raízen lembrou que o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, mas ainda depende da importação de derivados, chegando a 20% da necessidade anual de diesel. “Isso demonstra a complementaridade entre nossos países. O Brasil e a Arábia Saudita têm muitas oportunidades para explorar o setor de energia no comércio bilateral”, completou.”
Fonte: Exame, 04/03/2024
Orizon e Urca se unem para investir em plantas de biometano no Rio de Janeiro
“A Orizon Valorização de Resíduos e o grupo Urca, que controla a Gás Verde, vão formar duas sociedades para investimentos na produção de biometano na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A parceria prevê uma produção inicial estimada de 180 mil m3/dia nos aterros de Nova Iguaçu e São Gonçalo. A Orizon informou, nesta segunda (4/3), que o acordo já foi submetido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo a Orizon, as sociedades estão em fase avançada de discussão. Pelos termos da negociação, a Orizon Energia e Gás Renovável Limitada (BioE), controlada pela Orizon VR, deterá 50% das sociedades; e a GN Verde, holding não-operacional da Urca Comercializadora, a outra metade. A parceria está em linha com os planos da Gás Verde de buscar investidores para ajudar a bancar seu plano de expansão, que ficou mais robusto em 2023, com a compra da ENC Energy. Com a aquisição, a Gás Verde incorporou ao seu portfólio oito térmicas a biogás, numa operação da ordem de R$ 600 milhões (incluindo investimentos) que se somou aos planos já em curso da empresa de converter as plantas as termelétricas a biogás de São Gonçalo e Nova Iguaçu em plantas de produção de biometano.”
Fonte: Epbr, 04/03/2024
Política
Combustível do Futuro não terá diesel coprocessado, diz relator Arnaldo Jardim
“O relator do projeto de lei do Combustível do Futuro (4516/2023), deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), espera fechar nesta terça-feira (5/3) um texto negociado entre Câmara, governo e os setores envolvidos, dos biocombustíveis ao setor automotivo. O parlamentar concedeu uma entrevista exclusiva para assinantes do político epbr na última sexta-feira (1/3), em que reforçou sua posição de não incluir o diesel coprocessado – em que óleos vegetais são processados junto com o petróleo na refinaria – no mandato do biodiesel. O relatório prevê a ampliação da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel para 20% até 2030, com margem de até 2 pontos percentuais, definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Na entrevista, Arnaldo Jardim falou também sobre a obrigação de compra de biometano prevista no Programa Nacional de Biometano, entre outros pontos do projeto.”
Fonte: Epbr, 04/03/2024
Previc quer debêntures, agro e carbono nos fundos de pensão
“Diante do cenário de queda de juros no longo prazo e inflação sob controle, o diretor da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Ricardo Pena, quer ampliar o cardápio de investimentos dos fundos de pensão e permitir aplicações em debêntures de infraestrutura, crédito de descarbonização (CBIO), ativos de crédito de carbono e fundos de investimentos em cadeias agroindustriais (Fiagro). A expectativa é que essas mudanças sejam apreciadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) até junho. A possibilidade de permitir destinação de recursos para criptomoedas ou aumentar os limites para investimentos no exterior, no momento, estão fora de cogitação. “Não pensamos em admitir ‘cripto’ pois achamos que a regulação baixa, e nem alargar limites para investimentos no exterior”, disse em entrevista ao Valor.”
Fonte: Valor Econômico, 05/03/2024
Internacional
Empresas
Shell fecha contrato de suprimento de gás natural com a Gasmig
“A Shell fechou um contrato de suprimento de gás natural com a Gasmig, distribuidora mineira de gás canalizado. O acordo, válido até o fim de 2025, prevê a entrega de 210 mil m3/dia este ano e 150 mil m3/dia no ano que vem. Com isso, a Shell atinge a marca de 1 milhão de m3/dia contratados junto às distribuidoras estaduais em 2024. Presente em Tupi, dentre outros campos do pré-sal, a multinacional monetizou parte de seus volumes na UTE Marlim Azul, parte com as distribuidoras e outra parcela no mercado livre. No mercado de distribuição, tem contratos ativos também com a Cegás (CE), PBGás (PB), Sergas (SE) e Comgás (SP). O acordo com a Gasmig prevê 11,35% de fator Brent – percentual da cotação do petróleo ao qual o preço do gás está indexado. Já a Gasmig dá mais um passo na diversificação de sua base de supridores. A concessionária mineira possui contratos com a Shell, Galp, Equinor e Logás, além da Petrobras – principal fornecedora da companhia.”
Fonte: Epbr, 04/03/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
Análise ESG Empresas (Radar ESG)
Moura Dubeux (MDNE3): De tijolo em tijolo construindo uma agenda promissora(link)
Unipar (UNIP3) e Braskem (BRKM5): Entendendo os desafios (e oportunidades) do setor petroquímico no Brasil(link)
Smart Fit (SMFT3): O segredo para progredir é dar o primeiro passo(link)
Outros relatórios de destaque
Cosan (CSAN3): Principais destaques ESG do Investor Day(link)
Carteira ESG XP: Sem alterações no nosso portfólio para setembro (link)
ESG na Expert XP 2023: As três principais mensagens que marcaram o tema no evento(link)
Relatórios Semanais (Brunch com ESG)
RAIZ4 de olho na produção de SAF; Montadoras e os grandes investimentos em carros elétricos, apesar dos desafios (link)
1° título verde soberano do Brasil avança; ORVR3 emite SLB no valor de R$130M; Bancos públicos de desenvolvimento se encontram (link)
Expert XP 2023 coloca transição energética em pauta; Marco legal de captura de carbono avança; Investidores pressionam BlackRock (link)
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