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Novo Mercado da B3 em pauta: Copel aprova listagem, enquanto Irani rejeita as propostas da revisão | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Conselho de Administração da Copel aprova migração para o Novo Mercado

Na mídia. Copel inicia migração para Novo Mercado da B3 - Valor Econômico, 23 de junho (link)

Nossa visão. No início desta semana, a Copel anunciou, por meio de Fato Relevante, que seu Conselho de Administração aprovou a migração da empresa para o Novo Mercado da B3, o segmento de listagem com o mais alto padrão de governança corporativa do Brasil – que reúne cerca de 70% dos constituintes do Ibovespa. A proposta será agora submetida à aprovação dos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária agendada para o dia 4 de agosto de 2025. De forma geral, os principais tópicos da migração incluem: (i) a criação de uma nova classe de ações preferenciais resgatáveis ​​(Classe C, ou PNC); (ii) a conversão obrigatória de todas as ações preferenciais Classe A e B em ações ordinárias e ações preferenciais Classe C, resultando em uma transação não dilutiva para os acionistas considerando o capital social total da companhia; e (iii) uma estrutura de capital pós reorganização composta exclusivamente por ações ordinárias e uma ação especial (golden share, em inglês) detida pelo Estado do Paraná. Segundo a empresa, a reestruturação visa simplificar sua estrutura acionária e aumentar a transparência, o que deve proporcionar melhor liquidez de suas ações ordinárias e atrair uma base de investidores mais ampla. Conforme descrito na nota do time de Utilities do Research da XP (acesse aqui), vemos a decisão como um passo positivo, principalmente ao eliminar a estrutura diferenciada entre as classes de ações e garantir direitos de voto iguais para todos os acionistas. Além disso, também marca um passo concreto em direção à melhoria da governança, principalmente em um momento em que a B3 trabalha para revisar e fortalecer o regulamento do Novo Mercado.

#2. Irani rejeita propostas de mudanças nas regras do Novo Mercado do B3

Na mídia.Irani rejeita todas as propostas da B3 para revisão do Novo Mercado - Valor Econômico, 24 de junho (link)

Nossa visão. Esta semana, o Conselho de Administração da Irani anunciou que rejeitou por unanimidade todas as 25 propostas de alteração ao regulamento do Novo Mercado da B3. De forma geral, as alterações, que permanecem abertas para votação até 30 de junho, visam alinhar as empresas listadas às melhores práticas globais em termos de governança corporativa e transparência – veja aqui nosso relatório temático para uma visão detalhada da primeira rodada de propostas. Em comunicado ao mercado, a Irani enfatizou que a empresa já cumpre o que considera os aspectos "mais relevantes" da estrutura proposta, incluindo: (i) uma maioria do conselho composta por conselheiros independentes; (ii) um comitê de auditoria eficaz; e (iii) a integração das divulgações de denúncias em suas práticas de reporte. De acordo com a Irani, os padrões atuais do Novo Mercado já proporcionam um nível suficientemente alto de governança, o que enfraquece a necessidade de mudança na regulamentação. Em nossa visão, embora a posição da Irani sinalize confiança em sua estrutura de governança existente, sua rejeição total às propostas da B3 – em linha com a posição da Suzano anunciada na semana passada – ressalta uma resistência mais ampla entre os emissores preocupados com os excessos regulatórios e com o próprio processo de votação (que exige maioria de 2/3 para aprovação). Mesmo assim, o resultado da votação pode fornecer um indicador chave da disposição do mercado brasileiro em adotar padrões de governança mais rigorosos, que vale a pena monitorar adiante.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.



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