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Haddad confirma a desoneração de investimentos ligados a data centers no Brasil | Café com ESG, 06/05

Haddad propõe a desoneração de investimentos ligados a data centers; Empresa de baterias da Volvo cortará 50% da força de trabalho

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em queda, com o IBOV e o ISE caindo 1,2% e 1,1%, respectivamente.

• No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda (5/5) que o governo federal vai propor a desoneração total de investimentos e exportações de serviços ligados a data centers no país em texto que será enviado ao Congresso Nacional - a desoneração, segundo ele, antecipa os efeitos da reforma tributária já aprovada pelo Congresso Nacional e integra o lançamento da Política Nacional de Data Centers.

• No internacional, (i) o setor de data centers dos EUA alertou que a repressão do governo Trump às energias renováveis ​​pode desacelerar seu crescimento e minar o objetivo de Washington de vencer a corrida global pela inteligência artificial - segundo especialistas, para as empresas de tecnologia que buscam garantir a oferta de energia para alimentar a IA, a resistência às energias renováveis ​​pode criar gargalos de energia, aumentar os custos e empurrar as operadoras para uma energia mais poluente; e (ii) a empresa de baterias Novo Energy, da Volvo Cars, disse ontem que cortará sua força de trabalho em 50% para reduzir custos após falência da Northvolt da Suécia, que originalmente era coproprietária do empreendimento - em comunicado, Adrian Clarke, CEO da Novo Energy, reforçou que os atuais desafios econômicos e as condições de mercado tornaram impossível manter as operações na escala atual.

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Brasil

Empresas

Presidente do IBP defende que setor de petróleo deve ser aliado da transição energética

""A transição energética não significa abandonar o petróleo de uma vez, ainda vamos precisar dele por décadas. O setor terá um papel importante na descarbonização. Nós somos parte da solução", disse em entrevista exclusiva à EXAME, Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). Ex-diplomata brasileiro com mais de 30 anos de experiência em relações governamentais e temas relacionados à indústria, o executivo também foi diretor de relacionamento institucional e sustentabilidade da Petrobras e desde maio de 2022, está à frente do IBP, principal organização do setor. Enquanto o mundo mira a expansão de renováveis e o abandono dos combustíveis fósseis, Roberto é incisivo ao defender que a transição não é um confronto de setores e sim um processo gradual de "evolução" -- e que irá depender da indústria petrolífera. "Vamos precisar do petróleo por muitos anos ainda, seja para as petroquímicas, produção de fertilizantes, ou para atender a demanda crescente de energia ao fornecer fontes mais limpas e eficientes", destacou. "Não se trata de uma corrida de 100 metros, mas sim uma maratona", reiterou. Um estudo recente realizado pela consultoria Catavento em parceria com o IBP e o Instituto Clima e Sociedade (ICs) reforça o papel do petróleo e gás na transição energética, ressaltando que acoexistência dessas fontes com energias renováveis é fundamental para atender ao aumento projetado de 24% no consumo global de energia até 2050."

Fonte: Exame; 05/05/2025

Justiça torna Carrefour réu por crime ambiental após vazamento de óleo em Santos

"A Justiça Federal tornou réu o grupo varejista Carrefour por crimes ambientais causados pelo vazamento de óleo diesel aditivado em Santos, no litoral paulista. O evento ocorreu na madrugada do dia 4 de maio de 2021, quando 2 mil litros de óleo diesel aditivado vazaram de um sistema de geradores de uma das lojas do Carrefour e foram parar em galerias pluviais, atingindo diversas praias de Santos e causando a morte de animais aquáticos. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), autor da ação contra o Carrefour, o crime ambiental ainda provocou distúrbios respiratórios em moradores das proximidades devido ao forte cheiro. O vazamento foi provocado pelo rompimento de uma braçadeira enferrujada, desgastada por falta de manutenção, informou o órgão. Para o MPF, a empresa foi omissa na adoção de medidas preventivas e também nas providências emergenciais necessárias para evitar que o produto se espalhasse. “A conduta esperada da ré seria efetuar o monitoramento do local, a manutenção e a substituição periódica preventiva da braçadeira e da tubulação, em vez de manter a braçadeira enferrujada. Também era conduta esperada comunicar o vazamento do óleo imediatamente ao Poder Público, em vez de, para evitar que fosse identificada como a causadora da poluição, ocultar o fato e limpar o local, destinando o óleo para o ralo que drenava para a galeria e ao escoamento das águas pluviais que deságuam no mar”, apontou o procurador da República Antonio José Donizetti Molina Daloia."

Fonte: Valor Econômico; 05/05/2025

Política

Nos EUA, Haddad defende "reglobalização sustentável" e diz que Brasil está em posição privilegiada

"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta segunda (5/5), durante participação no Milken Institute Global Conference, em Los Angeles, que o Brasil está em posição privilegiada para liderar uma nova fase da globalização baseada em princípios sustentáveis. Ele destacou o papel do país na promoção do multilateralismo e disse que o êxito da presidência brasileira no G20 no ano passado deve fortalecer a atuação do país na COP30, que será realizada em Belém, no fim de 2025. “O Brasil está numa posição, independentemente dos desafios globais, muito favorável. Porque os princípios que o Brasil defende no mundo são princípios completamente aderentes à necessidade de uma reglobalização sustentável“, afirmou Haddad. Para o ministro, o protagonismo do Brasil se deve ao histórico da diplomacia multilateral brasileira e à rede de relações consolidadas com grandes blocos econômicos, bem como às oportunidades para receber investimentos em soluções limpas. “O Brasil defende o multilateralismo. O Brasil tem todas as parcerias consolidadas com o Sudeste Asiático, com a Europa, com Estados Unidos, Mercosul. Tem ótimas relações com os grandes blocos econômicos. Acabamos de fechar um acordo com a União Europeia”, pontuou. Haddad disse que há interesse em aprofundar os laços com os Estados Unidos, independentemente de quem está à frente do governo. “Fizemos isso na administração Biden, faremos isso na administração Trump. Há complementaridades importantes entre as nossas economias que podem ser exploradas e devem ser exploradas”."

Fonte: Eixos; 05/05/2025

Haddad confirma desoneração para data centers

"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda (5/5) que o governo federal vai propor a desoneração total de investimentos e exportações de serviços ligados a data centers no Brasil em texto que será enviado ao Congresso Nacional, para implementação de um marco legal para data centers, como antecipado pela agência eixos. A desoneração, segundo ele, antecipa os efeitos da reforma tributária já aprovada pelo Congresso Nacional e integra o lançamento da Política Nacional de Data Centers. “Viemos aqui especificamente para o pré-lançamento da política nacional data center. Nós, para a área de data center, resolvemos antecipar os efeitos da reforma tributária já aprovada pelo Congresso Nacional, por emenda constitucional, ou seja, uma coisa absolutamente sólida do ponto de vista institucional”, afirmou Haddad durante participação no Milken Institute Global Conference, em Los Angeles. Haddad foi aos Estados Unidos promover o programa de atração de investimentos em centros de dados, em agenda envolvendo reuniões com executivos da Google e da Amazon e da fabricante de processadores e chips, NVDIA, que dominou o mercado voltado aos sistemas de inteligência artificial. De acordo com o ministro, a decisão de antecipar a implementação da reforma para o setor permitirá desoneração total tanto de investimentos (capex) quanto das exportações de serviços digitais. “A antecipação dos efeitos da reforma tributária vai permitir que todo investimento no Brasil, no setor, seja desonerado e toda exportação de serviços a partir dos data centers também sejam absolutamente desonerados."

Fonte: Eixos; 05/05/2025

Haddad: Governo quer apresentar na COP30 “arranjos financeiros avançados” para pagar serviços ambientais

"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo federal quer apresentar na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) “alguns arranjos financeiros avançados” que permitam o “pagamento de serviços ambientais para países pobres manterem florestas tropicais em pé”. “Começamos a esboçar um modelo de mercado internacional de crédito de carbono”, acrescentou. As afirmações foram feitas nesta segunda-feira em evento promovido pelo Milken Institute, em Los Angeles. A COP30 será realizada em novembro em Belém, no Pará."

Fonte: Valor Econômico; 05/05/2025

Internacional

Empresas

TotalEnergies busca autorização para projeto de hidrogênio verde de US$ 16 bilhões no Chile

"Subsidiárias da grande empresa de energia TotalEnergies solicitaram uma licença ambiental para um projeto de hidrogênio verde e amônia no valor de US$ 16 bilhões no sul do Chile, conforme um documento regulatório divulgado na segunda-feira. O projeto, administrado pela subsidiária chilena TEC H2 MAG, deve começar a operar em 2030 e inclui um parque eólico, sete centros de eletrólise para hidrogênio verde, uma usina de dessalinização, uma usina de amônia e infraestrutura marítima para transporte. A nação andina tem promovido o desenvolvimento de hidrogênio limpo, mas algumas empresas afirmam que a demora no licenciamento e a falta de infraestrutura fizeram com que o país perdesse a vantagem que tinha no hidrogênio verde. De acordo com o site do projeto, espera-se que o processo de licenciamento ambiental leve dois anos, com a construção iniciando em 2027. A planta de amônia, que será comissionada em etapas, produzirá até 10.800 toneladas métricas por dia."

Fonte: Reuters; 05/05/2025

Novo Energy, empresa de baterias da Volvo Cars, cortará metade de sua força de trabalho

"A empresa de baterias Novo Energy, da Volvo Cars, disse na segunda-feira que cortará sua força de trabalho em 50% para reduzir custos após avaliar seus negócios para levar em conta a falência da Northvolt da Suécia, que originalmente era coproprietária do empreendimento. Apesar dos nossos melhores esforços para garantir nossos negócios e da extensa busca contínua por um novo parceiro tecnológico adequado, os atuais desafios econômicos e as condições de mercado tornaram impossível manter nossas operações na escala atual", disse Adrian Clarke, CEO da Novo Energy, em um comunicado. A Northvolt e a Volvo Cars formaram a Novo Energy em 2021 para construir uma fábrica dedicada a baterias em Gotemburgo, na costa oeste da Suécia. A joint venture já havia iniciado medidas de corte de custos em janeiro, incluindo a demissão de 30% de seus funcionários. As demissões anunciadas na segunda-feira eliminariam mais 150 empregos, disse um porta-voz da Novo à Reuters. A Novo afirmou que produzir baterias com um novo parceiro tecnológico na região de Gotemburgo, na Suécia, continua sendo seu principal objetivo de longo prazo. Um porta-voz da Volvo Cars disse à Reuters que compartilhava o objetivo da Novo, mas se recusou a fornecer mais detalhes."

Fonte: Reuters; 06/05/2025

Ataque de Donald Trump à energia verde pode prejudicar os EUA na corrida da IA, alertam os centros de dados

"O setor de data centers dos EUA alertou que a repressão do governo Trump às energias renováveis ​​pode desacelerar seu crescimento e minar o objetivo de Washington de vencer a corrida global pela inteligência artificial. As energias renováveis ​​se tornaram um ponto crítico desde que Donald Trump retornou à Casa Branca, com seu governo suspendendo projetos de energia limpa em terras federais, suspendendo empréstimos federais e, no mês passado, cancelando projetos de alto perfil, como o projeto Empire Wind da Equinor, de US$ 5 bilhões. Para as empresas de tecnologia que lutam para garantir o fornecimento confiável de energia para alimentar e treinar a IA, uma repressão às energias renováveis ​​pode criar gargalos de energia, aumentar os custos e empurrar as operadoras para uma energia mais poluente, afirmam especialistas. Simon Ninan, vice-presidente sênior da Hitachi Vantara, que constrói equipamentos e infraestrutura para data centers, disse que a "abordagem antagônica" do governo Trump em relação às energias renováveis ​​pode tornar "impossível atender ao crescimento de dados que está acontecendo". “Estrategicamente, os EUA correm o risco de minar sua atual posição de liderança na corrida global da IA. A China, por outro lado, adotou uma abordagem proativa em relação à modernização da rede e à distribuição eficiente de energia.” A escassez de energia pode “resultar em cancelamentos ou atrasos na construção de data centers ou atualizações de infraestrutura”, disse ele. O governo Trump alertou que perder a corrida da IA ​​para a China representa uma ameaça maior para o mundo do que o aquecimento global e defendeu o aumento do uso de combustíveis fósseis para abastecê-los. Mas especialistas alertam que será difícil atender à crescente demanda sem aumentar muito mais a capacidade de energia renovável, que é mais rápida e barata de implementar do que construir usinas a gás."

Fonte: Financial Times; 06/05/2025

Política

EUA buscam enfraquecer esforços globais de financiamento ao desenvolvimento, mostra documento da ONU

"Os Estados Unidos buscam enfraquecer um acordo global que visa ajudar os países em desenvolvimento que enfrentam os impactos das mudanças climáticas e outras questões, mostrou um documento interno das Nações Unidas visto pela Reuters. O governo Trump se opõe a projetos de reformas do sistema financeiro mundial que visam ajudar os países em desenvolvimento, incluindo questões relacionadas a impostos, classificações de crédito e subsídios a combustíveis fósseis. Também quer que menções a "clima", "igualdade de gênero" e "sustentabilidade" sejam eliminadas. O documento, ainda não divulgado, esclarece como o governo Trump busca impor uma agenda "América em Primeiro Lugar", incluindo a oposição aos esforços para desacelerar as mudanças climáticas e promover a diversidade, às instituições que estão no cerne da resolução de crises sistêmicas globais. A 4ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FFD4), realizada uma vez por década em Sevilha, Espanha, em junho, visa influenciar a direção estratégica das instituições financeiras de desenvolvimento do mundo. Na FFD3, por exemplo, os países concordaram em ampliar os esforços de cooperação tributária para que os países em desenvolvimento pudessem ajudar a definir as regras e, até maio passado, mais de 140 países estavam envolvidos. "Esta conferência visa reunir os líderes mundiais e definir as regras e prioridades subjacentes para o financiamento das metas de desenvolvimento na próxima década", disse Tom Mitchell, diretor executivo do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, à Reuters. Compilado pelos representantes permanentes do México, Nepal, Noruega e Zâmbia na ONU, com a ajuda do secretariado da ONU, o rascunho de negociação de 11 de abril é anotado com as posições das 193 nações envolvidas nas discussões."

Fonte: Reuters; 05/05/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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