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Fim do 3T23: Quantas vezes o termo ‘ESG’ foi mencionado pelas empresas durante a temporada?

Ao longo deste relatório, abordamos como as companhias brasileiras mencionaram o termo ESG nas apresentações de resultados do 3T23!

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Temas ambientais prevalecem sobre os sociais e de governança; Menções gerais ao termo “ESG” caem vs. trimestre anterior

temporada de resultados do terceiro trimestre de 2023 (3T23) no Brasil já terminou e, com o objetivo de entender se e como as companhias abordaram a agenda ESG durante o período, neste relatório nós analisamos: (i) dados da Bloomberg sobre o número de vezes que o termo ‘ESG’ foi mencionado nas teleconferências de resultados das empresas que fazem parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE); e (ii) os documentos de resultados das empresas que compõem a Carteira ESG XP. De forma geral, identificamos que os temas ambientais continuam predominando sobre os sociais e de governança, ao mesmo tempo em que as menções ao termo ‘ESG’ caíram -21,1% vs. o trimestre anterior e -13,6% ano contra ano, embora notemos que 6 das 10 empresas que fazem parte do nosso portfólio (60%) tenham divulgado informações ESG em seu release de resultados.


Menos menções ‘ESG’ sequencialmente, com temas ambientais em destaque. De acordo com dados da Bloomberg¹, o tema “ESG” foi citado 161 vezes nas conferências de resultado das empresas do ISE no 3T23, registrando uma queda de -21,1% em relação ao trimestre anterior e de -13,6% ano contra ano. Do ponto de vista dos pilares, as iniciativas ambientais foram as mais mencionadas (67%), seguidas pelas sociais e de governança (19% e 14% do total, respectivamente). Dentre os temas ambientais, destacamos três tópicos principais (i) questões relacionadas à meio ambiente; (ii) mudanças climáticas; e (iii) emissões de gases de efeito estufa.

Bom nível de divulgação por parte dos nomes da Carteira ESG XP.
Analisando as empresas que fazem parte do nosso portfólio para novembro (link), 6 das 10 empresas (60%) divulgaram conteúdo ESG em seu documento de resultado do 3T23, assumindo a liderança na divulgação dessa agenda, mesmo considerando que a B3 não exige atualmente a divulgação ESG obrigatória. Contudo, temos visto um impulso regulatório crescente em direção à maior transparência – como por exemplo via o anúncio da CVM de que adotará como obrigatória, a partir de 2027, as normas de divulgação de informações de sustentabilidade previstas pelo Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB, na sigla em inglês) – acesse aqui nosso relatório para mais detalhes sobre os padrões relacionados à sustentabilidade.

Dando um zoom nas empresas. Do ponto de vista das companhias, vale destacar: a RENT3 divulgou a aprovação da contratação de empréstimo no valor de R$1 bilhão junto a Corporação Financeira Internacional² (IFC, na sigla em inglês) com o objetivo de impulsionar ações relacionadas à descarbonização, além de terem compartilhado detalhes sobre o lançamento do grupo de afinidade 50+; a TOTS3 informou que começou a fazer parte do Índice IDIVERSA da B3 (acesse aqui para mais informações sobre o 1º índice de diversidade da América Latina); a ORVR3 descreveu iniciativas chave alcançadas no 3T: (i) lançamento de uma política de sustentabilidade detalhada para orientar as ações da empresa; (ii) desenvolvimento da Superintendência de Operações Ambientais para centralizar iniciativas; e (iii) obtenção de um financiamento por 8 anos no valor de R$130 milhões para emitir seu 1º empréstimo vinculado à sustentabilidade junto ao IFC², sendo o 1º para o setor de gestão de resíduos em mercados emergentes; a SUZB3 encerrou o 3T23 com 40% do total de sua dívida vinculada à instrumentos ESG, além de estabelecer um guia interno para quantificar o potencial de um projeto para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, visando apoiar sua curva de descarbonização e a tomada de decisões sobre novos investimentos; o ITUB4 compartilhou que foi escolhido pelo Tesouro Nacional como um dos bancos responsáveis pela emissão do primeiro título soberano sustentável do país, levantando US$2 bilhões para canalizar fundos para a agenda de sustentabilidade do governo; e por fim, a VIVT3 lançou seu Plano de Ação Climática, detalhando a estratégia referente à clima em relação aos ODS³.

¹Usando informações do 4T23 da Bloomberg, uma vez que ele abrange o período entre 1º de outubro e 31 de dezembro, quando as empresas publicam seus resultados do terceiro trimestre; ²instituição membro do Grupo Banco Mundial voltada para o fortalecimento do setor privado nos países em desenvolvimento; ³metas de desenvolvimento sustentável, também conhecidas como Metas Globais, adotadas pelas Nações Unidas em 2015.

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