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Eólica offshore no Brasil: O que esperar adiante?

Veja aqui as principais mensagem da reunião com a Associação Brasileira de Energia Eólica

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Destaques da reunião com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABBEólica)

Na semana passada (20 de janeiro), o Research ESG da XP, em conjunto com o time de Energia e Saneamento, realizou uma reunião com a Sra. Elbia Gannoum, CEO da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABBEólica). Poucos dias após a sanção do marco legal das eólicas offshore (Lei nº 15.097/2025), a Sra. Elbia compartilhou suas expectativas para a implementação da lei e a possibilidade da derrubada dos vetos pelo Congresso Nacional. De modo geral, a reunião destacou o potencial inexplorado do Brasil para a geração de energia eólica offshore e discutiu as perspectivas para o setor de energia. Abaixo, apresentamos as principais mensagens do encontro.

Longo processo de implementação. Após a sanção do marco legal das eólicas offshore no dia 10 de janeiro, a Sra. Elbia comentou sobre a transição do mercado para a fase atual de implementação, que deve se desdobrar em três etapas: (i) leilão de cessão do uso do mar (2º semestre de 2025¹): a ABBEólica está trabalhando para que o governo realize o leilão ainda este ano, estrategicamente programado para antes da COP30; (ii) licenciamento e regulamentação (2026-2028): os vencedores do leilão precisarão obter licenças e autorizações do IBAMA, um processo que deve levar de 2 a 3 anos; e (iii) construção e operações (2028 em diante): a fase final envolve a construção de parques eólicos offshore, com contratos de compra de energia disponíveis no mercado livre de energia a partir de 2028.

Próximas passos no Congresso. Quando questionada sobre a possibilidade de o Congresso derrubar os vetos (conhecidos como “jabutis”), a Sra. Elbia comentou que ainda é “muito cedo para saber”. Na sua visão, essa incerteza decorre da complexidade das negociações políticas, tornando difícil prever de antemão se o governo terá força suficiente no Congresso para mantê-los. Do ponto de vista técnico, ela expressou apoio aos vetos, ressaltando que os artigos em questão poderiam criar distorções desnecessárias no preço da energia e gerar custos adicionais para os consumidores. O prazo para o Congresso derrubar esses vetos é 10 de fevereiro, uma semana após a eleição para presidente do Senado, marcada para 1º de fevereiro.

Demanda e excesso de oferta (não custo) como principais desafios. Ao discutir os custos associados à instalação de parques eólicos offshore, a Sra. Elbia enfatizou que eles devem diminuir com o tempo, à medida que o setor amadurece e se beneficia de avanços tecnológicos. Segundo ela, os custos já caíram 40% nos últimos três anos. Dessa forma, outras reduções são esperadas à medida que os projetos se aproximam de suas datas de implementação (2028). De modo geral, a Sra. Elbia destacou que o sucesso dos projetos eólicos offshore depende de dois desafios principais: o crescimento da demanda de energia e a superação do atual excedente de energia.

O desafio do curtailment². A Sra. Elbia expressou preocupação com o impacto do curtailment imposto pelo operador da rede elétrica brasileira em 2024. Embora reconhecendo a complexidade da questão, ela argumentou que colocar o ônus financeiro das restrições sobre os geradores é “irracional” e que os produtores devem ser compensados financeiramente pelos cortes. Caso contrário, os geradores podem acabar precificando esses riscos em seus contratos, o que levaria a custos de energia mais altos para os consumidores.

Perspectivas desanimadoras para 2025. A Sra. Elbia compartilhou uma perspectiva desanimadora para o setor de energia em 2025, com os riscos contínuos de curtailment pesando sobre ele. Na frente regulatória, ela expressou confiança de que avanços importantes poderiam ser alcançado até o fim do ano, embora seja improvável que resultados tangíveis se materializem antes de 2027-2028. No entanto, ela apresentou uma visão mais otimista de longo prazo, impulsionada pelo aumento da demanda de energia, especialmente devido a: (i) maiores estímulos para a descarbonização; e (ii) expansão dos data centers no Brasil, que exigem adições significativas de capacidade de energia, inclusive eólica offshore.

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