Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira de forma positiva, com o IBOV e o ISE registrando valorizações de 0,21% e 0,35%, respectivamente.
• Na agenda climática, (i) segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU, o fenômeno El Niño e os efeitos do aquecimento global provocaram um recorde de desastres climáticos na América Latina e no Caribe em 2023 – foi o ano mais quente da região, ressaltou o informe, que também adverte que “uma grande mudança” na distribuição de chuvas causou secas e incêndios florestais, mas também inundações e deslizamentos; e (ii) enquanto a situação no RS se agrava, a maior parte do centro-norte brasileiro enfrenta uma estiagem e segue sem previsão de chuvas nos próximos dias, o que deve reduzir o potencial produtivo da principal safra de milho do país, apontou a EarthDaily Agro – a região, que responde por ~90% da segunda safra de milho do Brasil, receberam apenas 4 milímetros de chuvas entre 20/abril e 7/maio, volume 87,9% abaixo da normalidade.
• Do lado das empresas, a Climeworks inaugurou a maior planta operacional de captura direta de ar (DAC) do mundo para sugar dióxido de carbono da atmosfera, em um cenário em que as preocupações com as mudanças climáticas aumentam e a necessidade de reduzir emissões fica mais nítido – chamada Mammoth, a planta fica localizada na Islândia e está planejada para ser concluída até o final de 2024, tendo capacidade de capturar 36.000 toneladas métricas de CO2 por ano, quase 10x maior do que a atual detentora do recorde.
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Brasil
Empresas
Petrobras e Karpowership avaliam parcerias em gás e energia
“A Petrobras e a Karpowership (KPS) assinaram um memorando de intenções para atuarem em conjunto nos setores de gás natural e energia, informou nesta quarta-feira (8/5) a empresa turca. As companhias estudam parcerias nas atividades de liquefação (flutuante e terrestre) e regaseificação, além de armazenamento de gás natural e gás natural liquefeito (GNL). Soluções flexíveis de fornecimento de gás vêm despertando o interesse no mercado, em meio aos preparativos para o leilão de reserva de capacidade, previsto pelo governo para o 2º semestre. A Petrobras, aliás, cogita participar da concorrência. Em nota, a diretora regional de Operações Comerciais para a América do Sul da Karpowership, Beyza Özdemir, destacou que a parceria com a Petrobras será uma oportunidade de trabalhar em “novas estratégias de negócios” e potencialmente expandir a presença da companhia no Brasil e nas Américas.”
Fonte: Epbr, 08/05/2024
Rede de pesquisa seleciona projetos de inovação sobre SAF
“O terceiro congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação (RBQAV) está com inscrições abertas para trabalhos de pesquisa relacionados aos combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês). As pesquisas podem ser enviadas para avaliação até a próxima sexta (10/5). Os selecionados serão apresentados no evento que ocorre entre os dias 17 e 19 de junho, em Foz do Iguaçu (PR). Coordenadora da RBQAV, a professora Amanda Gondim conta que o tema tem ganhado cada vez mais relevância no país, que discute uma política para introduzir o SAF na matriz energética nacional com o projeto de lei do Combustível do Futuro. Aprovado pela Câmara em março, o PL de iniciativa do governo federal está em discussão no Senado.”
Fonte: Epbr, 08/05/2024
Enquanto RS submerge, seca reduz safra de milho no centro-norte do Brasil, diz EarthDaily
“Enquanto alertas de retorno das tempestades no Rio Grande do Sul indicam novas ameaças para cidades e a zona rural do estado, a maior parte do centro-norte brasileiro enfrenta uma estiagem e segue sem previsão de chuvas nos próximos dias, o que deve reduzir o potencial produtivo da principal safra de milho do país, apontou a EarthDaily Agro, especializada em dados agrícolas e de clima. Os extremos climáticos no Brasil, maior exportador global de milho na última temporada, ocorrem em meio aos efeitos do fenômeno El Niño, que limitou precipitações nas áreas centrais e norte nesta safra 2023/24, mas, como de costume, provocou chuvas mais intensas no sul. Estados do Centro-Oeste, Sudeste e Paraná – área que responde por cerca de 90% da segunda safra de milho do Brasil – receberam apenas 4 milímetros de chuvas entre 20 de abril e 7 de maio, volume 87,9% abaixo da normalidade, segundo dados da EarthDaily Agro. Isso resultará em produtividades menores, afirmou à Reuters a empresa que trabalha com dados climáticos e de satélites para orientar agricultores.”
Fonte: CNN, 08/05/2024
Energia renovável cresce no Brasil, mas subsídios exigem revisão do setor elétrico
“O crescimento da capacidade de geração a partir de fontes renováveis no Brasil é resultado da tendência mundial de redução de custos de equipamentos eólicos e solares, como consequência do movimento de transição energética, e de condições de financiamento menos exigentes, subsídios e a abertura do mercado livre para os consumidores do Grupo A (consumidores atendidos em alta tensão). No mercado livre brasileiro, o novo gerador renovável consegue ser competitivo frente a um gerador hidrelétrico existente, por exemplo, por meio do arranjo comercial da autoprodução de energia por equiparação. Nesse arranjo o consumidor de energia se torna sócio de um projeto de geração renovável e, com isso, garante a isenção da cobrança da maioria dos encargos setoriais. É possível ainda acumular o benefício da autoprodução e o subsídio da energia renovável: desconto na tarifa de transporte de energia de gerador, extensível ao consumidor que compra contratos desse gerador. A depender do tipo de consumidor, o valor total desse arranjo pode chegar a 150 R$/MWh.”
Fonte: Exame, 08/05/2024
Muitos empregos serão fechados e as perdas são inestimáveis, diz indústria gaúcha
“A indústria gaúcha diz que as perdas geradas pela tragédia climática são inestimáveis e empregos serão perdidos. A avaliação é da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). Em um estudo preliminar, a entidade diz que “como consequência inevitável do caos que se instalou em solo gaúcho, muitos postos de trabalho serão fechados”. O documento menciona que “uma infinidade de empresas teve suas dependências completamente comprometidas”. Além dos prejuízos às instalações e a perda de capital, a federação cita que “os problemas logísticos devem afetar de forma significativa todas as cadeias econômicas do Estado”. “Em boa parte dos casos, não será apenas necessário realizar o trabalho de desobstrução, mas de reconstrução de estradas, pontes, vias férreas e até mesmo o principal aeroporto do Estado está com suas instalações comprometidas”, cita o estudo da FIERGS.”
Fonte: CNN, 08/05/2024
Política
Em meio à catástrofe no RS, Câmara pode afrouxar política ambiental para plantio de eucalipto
“A Câmara dos Deputados aprovou por 325 votos contra 128, nessa terça-feira, 7, a urgência de projeto de lei que exclui a silvicultura da lista de atividades consideradas potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais, o que altera a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981). Entre outras definições, a silvicultura compreende o cultivo de florestas plantadas para fins comerciais, como a produção de eucaliptos, pinus e mognos. Já o pedido de urgência aprovado permite que o tema seja pautado no plenário a qualquer momento, sem ter que passar pelas comissões da Casa. O projeto gera divergência entre grupos do agronegócio e ambientalistas porque ele permite dispensar o licenciamento ambiental prévio para atividades da silvicultura. De acordo com o artigo 10º da Lei 6.938, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente, tal licenciamento é exigido de negócios “utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores”.”
Fonte: Exame, 08/05/2024
Opinião
Caminhos para a colaboração entre concorrentes em prol da sustentabilidade
“À medida que os efeitos das mudanças climáticas se tornam cada vez mais evidentes, há um reconhecimento crescente de que o enfrentamento dessa emergência requer ação imediata de todos os setores da sociedade e forte colaboração. Governos e setor privado tem respondido por meio de metas ambiciosas de sustentabilidade, porém o caminho em direção à adoção de práticas sustentáveis pode ser desafiador. Liderar uma iniciativa sustentável pode implicar custos e riscos bastante altos sem recompensas imediatas. Iniciativas sustentáveis muitas vezes demandam investimentos significativos e geram custos operacionais mais altos que nem sempre são repassáveis aos demais elos das cadeias produtivas. A introdução de novos padrões de mercado, por sua vez, pode gerar insatisfação dos consumidores, como visto quando alguns varejistas anunciaram o fim das sacolas plásticas em supermercados. Diante disso, uma empresa pioneira em uma iniciativa sustentável pode se tornar alvo fácil para a concorrência, o que muitas vezes desencoraja esse tipo de medida.”
Fonte: Valor Econômico, 08/05/2024
Internacional
Empresas
“A equipe de um influente grupo de ação climática corporativa, cujo conselho anunciou um plano para permitir que as empresas compensem as emissões de gases de efeito estufa de sua cadeia de suprimentos com créditos de carbono, descobriu agora que essas compensações são em grande parte ineficazes, segundo um rascunho preliminar confidencial analisado pela Reuters. O que está em jogo é o crescimento do mercado ainda incipiente de compensações voluntárias de carbono. Embora elas sejam usadas por algumas das maiores empresas do mundo, incluindo Microsoft, Salesforce e Amazon, o tamanho do mercado continua pequeno, em torno de US$ 2 bilhões. A iniciativa Science-based Targets (SBTi), uma organização sem fins lucrativos apoiada pela ONU que audita os planos de redução de emissões das empresas, provocou uma revolta entre os funcionários no mês passado ao declarar sua intenção de permitir o uso de créditos de carbono antes de concluir sua pesquisa sobre eles.”
Fonte: Reuters, 09/05/2024
A Climeworks inaugurou a maior planta do mundo para extrair CO2 do ar na Islândia
“A Climeworks inaugurou a maior planta operacional de captura direta de ar (DAC) do mundo para sugar dióxido de carbono da atmosfera, com sua planta Mammoth, na Islândia, quase dez vezes maior do que a atual detentora do recorde. O agravamento da mudança climática e os esforços inadequados para reduzir as emissões levaram os cientistas da ONU a estimar que bilhões de toneladas de carbono devem ser removidas da atmosfera anualmente para atingir as metas climáticas globais. O DAC funciona usando um processo técnico para sugar o dióxido de carbono (CO2) do ar e armazená-lo, geralmente no subsolo. A usina Mammoth DAC tem capacidade para capturar 36.000 toneladas métricas de CO2 por ano e estará totalmente concluída até o final de 2024. É o segundo projeto comercial da Climeworks, depois da usina Orca, também na Islândia, que tem capacidade de 4.000 toneladas por ano e era anteriormente a maior usina operacional do mundo.”
Fonte: Reuters, 08/05/2024
Política
América Latina bate recorde de eventos extremos e vive o flagelo das mudanças climáticas
“O fenômeno El Niño e os efeitos do aquecimento global provocado pelas atividades humanas provocaram um recorde de desastres climáticos na América Latina e no Caribe em 2023, informou, nesta quarta-feira, 8, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU. O ano passado foi o mais quente de que se tem registro na região, ressaltou o informe, que também adverte que a elevação do nível do mar e o recuo das geleiras prosseguiu, e que “uma grande mudança” na distribuição de chuvas causou secas e incêndios florestais, mas também inundações e deslizamentos. “Infelizmente, 2023 foi um ano em que os perigos climáticos bateram recordes na América Latina e no Caribe”, disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, em comunicado.”
Fonte: Exame, 08/05/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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