Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 0,44% e 0,40%, respectivamente.
• No Brasil, (i) o conselheiro da Petrobras (PETR4), Rafael Dubeux, afirmou que a estatal não está disposta a ser uma das primeiras petroleiras a abrir mão do petróleo, devido ao fato de que a empresa se enquadra no grupo das produtoras que tem petróleo a um menor custo que as demais, e com intensidade de carbono por barril reduzida; e (ii) as importações de módulos fotovoltaicos atingiram o recorde de 5,6 GWp no primeiro trimestre de 2024, com 30% do total sendo direcionado à geração centralizada - na visão da consultoria Greener, 2024 será um ano aquecido em termos de investimentos em grandes usinas.
• Na política local, o Plenário do Senado deve analisar nesta terça-feira um projeto de lei que estabelece normas para a formulação de planos de adaptação às mudanças climáticas (PL 4.129/2021) - a proposta complementa a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.187, de 2009) em relação às medidas para a redução da vulnerabilidade e da exposição a riscos ante os efeitos atuais e esperados.
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Brasil
Empresas
‘Petrobras tende a não ser uma das primeiras a deixar de produzir petróleo’, diz novo conselheiro
"Colocado no conselho de administração da Petrobras em meio à disputa em torno do pagamento dos dividendos extraordinários, o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, chega ao colegiado como representante maior da agenda de transição ecológica do governo. Sua atuação, contudo, terá a marca do pragmatismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não está disposto a abrir mão das reservas de petróleo e gás do país. Na primeira entrevista desde que foi aprovado para o conselho, há 20 dias, ele disse que a Petrobras será uma das últimas petroleiras do mundo a abandonar a produção de combustíveis fósseis. “Aquelas que têm um petróleo a um custo menor e com a intensidade de carbono por barril produzido menor tendem a ser as que vão ficar por mais tempo produzindo”, disse ele sobre a estatal."
Fonte: Valor Econômico, 14/05/2024
ANP: abertura do mercado de gás será prejudicada por cortes
"O processo de abertura do mercado de gás natural será prejudicado pela falta de pessoal e pelos cortes orçamentários da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), disse o diretor-geral Rodolfo Saboia, em entrevista ao estúdio epbr durante a Offshore Technology Conference (OTC) 2024, em Houston (Texas). “Não temos como não acreditar que isso vai acontecer, porque não há braços, não há braços e pernas. E agora, soma-se a isso, uma restrição também de caráter orçamentário inédita, que não é um mérito contingenciamento, é um corte orçamentário de 18%“, disse Saboia. O problema foi levantado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou os efeitos da falta de recursos humanos na agência sobre a regulamentação do mercado de gás – a agência tem solicitado concurso para pelo menos 120 cargos efetivos, sem sucesso."
Fonte: Epbr, 13/05/2024
Brasil importa recorde de 5,6 GWp de painéis solares no primeiro tri de 2024
"As importações brasileiras de módulos fotovoltaicos alcançaram 5,6 GWp nos três primeiros meses de 2024, maior índice registrado na avaliação trimestral, de acordo com mapeamento da consultoria Greener. Desse total, 1,7 GWp (30%) foi destinado à geração centralizada. A expectativa da Greener é de um ano aquecido em termos de investimentos em grandes usinas. “O último ano foi bastante desafiador para os negócios. Por outro lado, nunca tivemos uma demanda tão grande de módulos fotovoltaicos como neste primeiro trimestre, o que indica um 2024 bastante promissor em termos de investimentos no setor, com previsão de 5 GW em implantações”, avalia Marcio Takata, CEO da Greener. Em 2023, foram 17,5 GW de módulos nacionalizados, uma leve redução de 1,7% em comparação com o ano anterior."
Fonte: Epbr, 14/05/2024
Política
Enchentes no Sul ditam encontro dos judiciários do G20
"A tragédia no Rio Grande do Sul, assolado por enchentes que deixaram 147 mortos no Estado, foi um dos principais assuntos debatidos na reunião dos presidentes e representantes das Supremas Cortes de países do G20, grupo de maiores economias do mundo. Os magistrados dos tribunais constitucionais se reuniram nesta segunda-feira (13), no Rio, no J20 (Justice 20), grupo de engajamento do fórum voltado ao Judiciário. Os representantes dos 18 países que participaram do evento falaram sobre a situação do Rio Grande do Sul e alertaram sobre a necessidade de medidas para combater as mudanças climáticas. O assunto foi abordado em painel cujo tema foi o papel do Judiciário no desenvolvimento sustentável e na litigância climática. O termo se refere à responsabilização de governos e empresas por ações que acelerem o aquecimento global."
Fonte: Valor Econômico, 14/05/2024
Senado vota regras para planos de adaptação à mudança do clima nesta terça (14)
"O Plenário do Senado deve analisar nesta terça-feira (14/5), a partir das 14h, um projeto de lei que estabelece normas para a formulação de planos de adaptação às mudanças climáticas (PL 4.129/2021). A proposta complementa a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.187, de 2009) em relação às medidas para a redução da vulnerabilidade e da exposição a riscos ante os efeitos atuais e esperados. As principais diretrizes gerais previstas incluem a criação de instrumentos econômicos, financeiros e socioambientais que permitam a adaptação dos sistemas naturais, humanos, produtivos e de infraestrutura; e a integração entre as estratégias locais, regionais e nacionais de redução de danos e ajuste às mudanças. O projeto, da Câmara dos Deputados, foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente (CMA) no fim de fevereiro, com voto favorável do relator, senador Alessandro Vieira (MDB/SE). O texto aprovado foi o substitutivo do relator, que sugeriu alterações."
Fonte: Epbr, 14/05/2024
Opinião
Desafios à vista no Projeto de Lei do ‘Combustível do Futuro’
"O Projeto de Lei – “PL” n.º 4516/2023 foi aprovado na Câmara dos Deputados com ampla maioria, recebendo 429 votos a favor, 19 contra e 3 abstenções. Sem dúvida, o projeto representa um avanço significativo para a melhoria na emissão dos Gases do Efeito Estufa – “GEE”, beneficiando consequentemente o meio ambiente. No entanto, deve-se observar com atenção, visto que alguns aspectos poderiam ter sido mais detalhados. A respeito do biodiesel, o texto inicial previa um aumento gradativo no percentual de etanol. Contudo, a proposta inicial já estabelecia um cronograma para essa implementação, o qual foi omitido do texto aprovado, deixando a definição dessa medida a cargo do Conselho Nacional de Política Energética do Ministério de Minas e Energia. O mesmo ocorreu com o aumento gradual do biometano no gás natural, que tem origem fóssil, apesar da existência de um forte movimento no setor, em nível global, para a produção de biometano."
Fonte: Valor Econômico, 13/05/2024
"A narrativa de que o Brasil tem elevado potencial para a economia sustentável não nos serve mais: precisamos celebrar avanços concretos. No entanto, carecemos, primeiro, de qualificar o debate. Nos últimos anos, governo e setor privado têm explorado - de forma genuína, mas por vezes também oportunista - o já famoso “potencial verde” que o Brasil tem. Seja na interlocução com o mundo, ou mesmo domesticamente, esse é um ativo que temos adorado celebrar, aproveitando que o apetite global para o tema da sustentabilidade nunca foi tão grande. Ocorre que, como se sabe, potencial não enche a barriga de ninguém. Já passou da hora de a narrativa das potencialidades ser superada pela celebração de avanços concretos: seja no debate político ou no ambiente de negócios, é preciso que viremos a página. Para isso, contudo, parece que três grandes falácias se colocam como obstáculo."
Fonte: Valor Econômico, 14/05/2024
Internacional
Política
UE finaliza rótulos de fundos de investimento para combater o greenwashing
"O órgão de fiscalização de valores mobiliários da União Europeia confirmou na terça-feira as diretrizes finais sobre quando os fundos de investimento podem se rotular como “sustentáveis” sem serem acusados de lavagem verde. Em todo o mundo, trilhões de dólares foram investidos em investimentos que promovem seus atrativos ecológicos, mas os órgãos reguladores afirmam que alguns fundos exageram nas alegações de sustentabilidade. A Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA) disse que um fundo que tenha qualquer palavra relacionada a meio ambiente, social ou governança (ESG) em seu nome deve ter pelo menos 80% dos ativos que atendam aos objetivos de ESG de acordo com os elementos obrigatórios de sua estratégia de investimento declarada."
Fonte: Reuters, 14/05/2024
Países fazem uma tentativa tardia de salvar a lei da natureza da UE
"Um grupo de 11 países, liderado pela Irlanda, fez uma última tentativa de aprovar a principal política da UE para restaurar a natureza danificada, em meio a preocupações de que a lei poderia ser arquivada após as eleições da UE em junho. A lei estaria entre as maiores políticas ambientais da UE, exigindo que os países introduzam medidas de restauração da natureza em um quinto de suas terras e mares até 2030. Os países da UE haviam planejado aprovar a política em março, mas cancelaram a votação depois que a Hungria inesperadamente retirou seu apoio, eliminando a pequena maioria a favor. “A restauração dos ecossistemas é essencial para mitigar e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas e para proteger a segurança alimentar europeia”, afirmaram os 11 países em uma carta aos ministros do meio ambiente de outros países da UE, publicada na terça-feira."
Fonte: Reuters, 14/05/2024
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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