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Brasil reúne as 35 maiores economias para pedir metas climáticas mais ambiciosas antes da COP30 | Café com ESG, 23/04

Brasil pede metas climáticas mais ambiciosas para grandes economias; Silveira vai a China para discutir transição energética

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em alta, com o IBOV e o ISE avançando 0,6% e 0,7%, respectivamente.

• De olho em governança corporativa, a Klabin anunciou ontem que acionistas minoritários fizeram um pedido para adoção do procedimento de voto múltiplo para a eleição do conselho de administração da empresa - de acordo com a companhia, as participações conjuntas dos acionistas que fizeram o pedido representam mais de 5% do capital votante.

• Na política, (i) o presidente Lula, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, agendaram uma reunião hoje para dialogar com líderes das 35 maiores economias do mundo sobre compromissos de redução de emissões mais robustos - o Brasil, como anfitrião da COP30, tem como principal objetivo persuadir a Europa, a China e outras economias em desenvolvimento a se comprometerem a reduzir as emissões o suficiente para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius; e (ii) em viagem a China, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vem participando de uma série de agendas bilaterais com executivos chineses de empresas nos setores de energia, mineração e mobilidade - nesta terça (22/4), foi recebido em Xangai por executivos do China Baowu Steel Group Corporation e da Vale.

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Brasil

Empresas

Minoritários fazem pedido de voto múltiplo para conselho de administração da Klabin

"A Klabin (KLBN11) anunciou nesta terça-feira que acionistas minoritários fizeram pedido para adoção do procedimento de voto múltiplo para a eleição do conselho de administração da fabricante de papel e celulose. A companhia não identificou em aviso aos acionistas quais investidores fizeram o pedido, mas afirmou que em conjunto suas participações na empresa representam mais de 5% do capital votante. “Portanto…a eleição do conselho de administração da companhia, a ser realizada na assembleia geral ordinária convocada para o dia 24 de abril poderá ser realizada com a adoção de tal processo”, afirmou a Klabin no aviso."

Fonte: InfoMoney; 22/04/2025

Porto do Açu e Repsol Sinopec Brasil firmam acordo para estudar uso de CO2 em combustível para navegação

"O Porto do Açu e a Repsol Sinopec Brasil firmaram um acordo para realização de estudos técnicos voltados para a descarbonização dos setores marítimo e portuário. A parceria trata da combinação de tecnologias que capturam gás carbônico diretamente do ar, mitigando as emissões, e utilizam o CO2 para produção de combustíveis renováveis. O combustível com menor pegada de carbono, segundo as empresas, pode ser destinado para embarcações e para a aviação. A expectativa, estimam o Porto do Açu e a Repsol Sinopec, é que a planta-piloto seja capaz de capturar 5 mil toneladas de CO2 por ano e produza o equivalente a cerca de 300 litros de combustível sustentável por dia, que pode ser diretamente testado e validado nas embarcações de apoio. O projeto foi uma das 43 propostas selecionadas em uma chamada pública conjunta da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para desenvolver e implantar projetos de produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) e combustíveis para navegação, de um total de 76 inscrições, disseram as companhias. "Este é um marco para a indústria brasileira e global, pois representa um avanço significativo na captura de CO2 e na utilização dessa tecnologia para a produção de combustíveis", disse Eugenio Figueiredo, presidente do Porto do Açu, em comunicado. "Investir em parcerias, como essa com o Porto do Açu, é a chave para impulsionarmos uma transição energética justa", acrescentou Alejandro Ponce, presidente da Repsol Sinopec Brasil."

Fonte: Valor Econômico; 22/04/2025

Política

Na China, Silveira negocia com setores de energia, baterias e mobilidade

"O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), segue na China, em uma série de agendas bilaterais com executivos chineses de empresas nos setores de energia, mineração e mobilidade. A agenda antecede a visita oficial de Lula (PT) à China, prevista para o mês que vem. Nesta terça (22/4), foi recebido em Xangai por executivos do China Baowu Steel Group Corporation e da Vale. O grupo chinês é o maior cliente da mineradora brasileira e pretende aprofundar a colaboração em soluções de baixo carbono para a cadeia produtiva do aço. Durante a reunião, o ministro destacou o compromisso do Brasil em consolidar sua presença no maior mercado de minério de ferro do mundo, ao mesmo tempo em que busca inovação e sustentabilidade. Há um memorando de entendimento firmado entre a Baowu Steel e a Vale, em 2021, que prevê o desenvolvimento conjunto de biocarvão para uso em altos-fornos, substituindo fontes fósseis por materiais neutros em carbono. Também estão em andamento tratativas para um possível investimento da Vale em uma planta piloto de biocarvão da Baowu. No domingo (20/4), Silveira e o vice-presidente da BYD na América Latina, Oscar Su, se reuniram para alinhar investimentos de expansão de carros elétricos e de soluções de baterias para estabilização do Sistema Interligado Nacional (SIN) no Brasil. “Esses recursos são fundamentais para que o Brasil fortaleça sua liderança dentro da transição energética global, transformando ainda mais a nossa energia e a nossa mobilidade”, disse Silveira."

Fonte: Eixos; 22/04/2025

Projeto suspende norma que acabou com benefício tributário para inversor fotovoltaico

"O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 107/24, em análise na Câmara dos Deputados, suspende resolução do governo, de 2024, que revogou regimes de ex-tarifários para inversores fotovoltaicos. O ex-tarifário (sigla para exceção tarifária) é um mecanismo que permite a isenção temporária do Imposto de Importação (II) para os bens de capital e de informática. Até a Resolução Gecex 573/24, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a importação dos inversores fotovoltaicos recebia esse benefício fiscal. O inversor é um item indispensável no sistema de energia solar, convertendo a energia elétrica gerada pelos painéis de corrente contínua para corrente alternada, utilizada na rede elétrica. A revogação dos ex-tarifários para inversores fotovoltaicos é criticada pelo deputado Delegado Caveira (PL/PA), autor do projeto. Segundo ele, a decisão do governo vai comprometer a expansão da energia solar no Brasil, podendo levar ao cancelamento de projetos já contratados. “Estamos diante do risco iminente de perda de cerca de mais de R$ 20 bilhões em investimentos, os quais são fundamentais para impulsionar o crescimento e a expansão do setor de energia solar no Brasil”, alerta Caveira. O projeto será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário. Para virar lei, a proposta também precisa ser aprovada pelo Senado."

Fonte: Eixos; 22/04/2025

Brasil pede metas de emissões mais ambiciosas antes da cúpula climática, dizem fontes

"O Brasil, anfitrião da cúpula climática das Nações Unidas deste ano, tem como principal objetivo persuadir a Europa, a China e outras economias em desenvolvimento a se comprometerem a reduzir as emissões de gases de efeito estufa o suficiente para manter o aquecimento global bem abaixo de 2 graus Celsius, disseram à Reuters três pessoas com conhecimento dos planos do país. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, agendaram uma reunião online fechada na quarta-feira para dialogar com os líderes das 35 maiores economias do mundo sobre compromissos mais robustos. O embaixador brasileiro e presidente da COP30, André Correa do Lago, esteve em Pequim na semana passada, onde discutiu as promessas nacionais com autoridades chinesas. Ele afirmou que alinhar as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) com o Acordo de Paris não é uma meta estritamente brasileira, uma vez que cada nação estabelece suas próprias metas, mas o Brasil está incentivando os países a alcançarem esse objetivo. “Não estamos onde Paris recomendou”, acrescentou. “Esperamos que os números se aproximem.” O Ministério das Relações Exteriores do Brasil não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A cúpula climática global deste ano, COP30, que será realizada na cidade amazônica de Belém em novembro, marca o 10º aniversário do Acordo de Paris, quando os signatários concordaram em limitar o aquecimento a bem menos de 2 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais."

Fonte: Reuters; 23/04/2025

Internacional

Empresas

O grupo petrolífero Equinor deve explicar a discrepância climática, dizem os proprietários minoritários

"O conselho da norueguesa Equinor deve explicar como o plano da empresa para aumentar a produção de petróleo e gás se alinha com seu compromisso declarado com o Acordo de Paris sobre a redução das mudanças climáticas, afirmou um grupo de acionistas minoritários na terça-feira. A Equinor, que é 67% de propriedade do governo norueguês, juntou-se este ano a empresas como Shell e BP ao prometer maior produção de petróleo e reduzir investimentos em energias renováveis. Em uma resolução a ser votada na assembleia geral anual da Equinor em 14 de maio, os acionistas minoritários destacaram que existem “inconsistências materiais” entre a estratégia climática da empresa e as expectativas políticas expressas por seu acionista majoritário. Essas expectativas, estabelecidas pelo governo norueguês há dois anos, incluem a definição de metas e a implementação de medidas pela Equinor para reduzir as emissões de gases de efeito estufa “tanto no curto quanto no longo prazo”, em conformidade com o Acordo Climático de Paris de 2015. “Outros acionistas têm expectativas razoáveis de que a empresa se alinhe com as expectativas do acionista majoritário. Em vez disso, a Equinor seguiu na direção oposta”, declarou Brynn O’Brien, diretor do Australasian Centre for Corporate Responsibility (ACCR), que foi coautor da moção. A diretoria da Equinor, no entanto, pediu aos acionistas que rejeitassem a moção, que também foi apresentada pelo fundo de pensão dinamarquês Sampension e pelo fundo de pensão sueco Folksam."

Fonte: Reuters; 22/04/2025

Política

EPA inicia demissões de funcionários da área de justiça ambiental

"A Agência de Proteção Ambiental (EPA) enviou avisos de demissão na terça-feira para funcionários que trabalham em programas de justiça ambiental em sua sede e em escritórios regionais, informando que seu trabalho não está mais alinhado com a missão da agência. As cartas de redução de força foram enviadas a quase 200 funcionários do Escritório de Justiça Ambiental e Direitos Civis Externos, que haviam sido colocados em licença administrativa em fevereiro e, em seguida, reintegrados, aguardando contestações legais. Os avisos de RIF (Reduction in Force) agora entregues entrarão em vigor em 31 de julho. “Esta ação é necessária para alinhar nossa força de trabalho com as necessidades atuais e futuras da agência e para garantir a operação eficiente e eficaz de nossos programas”, afirma a carta, vista pela Reuters, que foi enviada aos funcionários na segunda-feira. O escritório de justiça ambiental tinha a missão de integrar a equidade e os direitos civis à formulação de políticas ambientais, além de proteger as minorias e as pessoas de baixa renda que correm maior risco de poluição do ar e da água. “Reduzir nossa agência e a força de trabalho da Justiça Ambiental vai contra nosso juramento de proteger a saúde humana e manter nosso planeta saudável e habitável para as gerações futuras”, disse Joyce Howell, vice-presidente executiva do Conselho 238 da AFGE, que representa mais de 8.400 funcionários da EPA em todo o país."

Fonte: Reuters; 22/04/2025

EUA impõem tarifas elevadas sobre importações de energia solar do Sudeste Asiático

"Os EUA ampliaram sua disputa comercial com a China ao impor tarifas elevadas sobre as importações de energia solar de quatro países do sudeste asiático, onde os fabricantes da região instalaram fábricas nos últimos anos. As tarifas de até 3.521% sobre as importações de células solares do Camboja, Tailândia, Vietnã e Malásia tornariam os produtos efetivamente não comercializáveis para os consumidores americanos. Essa medida segue uma investigação de um ano do Departamento de Comércio dos EUA sobre as alegações de produtores americanos de que empresas chinesas nesses países estavam praticando dumping de células e painéis solares nos EUA a preços artificialmente baixos. A China se tornou o principal alvo em uma guerra comercial que os EUA iniciaram este ano, em resposta ao que consideram práticas comerciais injustas utilizadas pela maioria de seus parceiros comerciais, incluindo muitos aliados de Washington. As respostas tarifárias da Casa Branca e de Pequim estão ameaçando paralisar grande parte do comércio entre as duas maiores economias do mundo. As tarifas sobre energia solar, anunciadas na segunda-feira, ilustram a preocupação dos EUA de que a China poderia evitar o pagamento de tarifas punitivas aumentando as exportações por meio de uma rede global de fábricas que ela expandiu nos últimos anos. No ano passado, o Comitê de Comércio da Aliança Americana para Manufatura Solar apresentou uma petição de proteção contra o que considerava “práticas comerciais prejudiciais” da China."

Fonte: The Wall Street Journal; 22/04/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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