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Mauricio Tolmasquim é confirmado para o Conselho da Eletrobras e deve deixar a Petrobras | Café com ESG, 02/05

Nova Vice-Presidente de Sustentabilidade da Vivo; Indonésia planeja ampliar capacidade renovável

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira (pré-feriado) em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,01%), enquanto o ISE avançou 0,72%.

• No Brasil, (i) a Vivo anunciou na quarta-feira (30) uma ampla reformulação em sua estrutura de gestão - entre as principais mudanças, destaca-se a promoção de Marina Daineze, que anteriormente ocupava a posição de Diretora de Comunicação e Marca, para a recém-criada Vice-Presidência de Comunicação e Sustentabilidade; e (ii) com a confirmação da eleição do diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, para o conselho de administração da Eletrobras, a petroleira vai dar início ao processo de substituição do executivo no cargo - segundo a Petrobras, como a Eletrobras é considerada concorrente, a ida de Tolmasquim para o conselho poderia colocá-lo num cenário de conflito de interesses.

• No internacional, a Indonésia planeja ampliar significativamente os investimentos em energia renovável até 2040, incluindo introduzir 75 GW de energia solar, eólica, geotérmica e biomassa, além de 10 GW de energia nuclear, segundo um assessor sênior do presidente do país - de forma geral, essa expansão mais do que dobraria a capacidade atual.

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Brasil

Empresas

Entidades doam R$ 1,3 milhão em equipamentos para fiscalizar mistura de biodiesel

"Entidades ligadas ao setor de distribuição de combustíveis e do biodiesel investiram R$ 1,3 milhão para a doação de cinco espectrofotômetros para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reforçar a fiscalização. O espectrofotômetro é um aparelho que permite a identificação de fraudes na mistura do biodiesel ao diesel in loco, além de ser capaz de detectar a presença de metanol na gasolina. A ANP contava com apenas um desses equipamentos, doado pelo Ministério Público do Estado de Sergipe (MPSE). Os equipamentos serão entregues à ANP nas próximas semanas e prometem dar mais agilidade e precisão às inspeções em bombas e tanques. Além da aquisição dos aparelhos, a parceria também prevê compartilhamento de informações de inteligência do setor com o órgão regulador. A doação foi autorizada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) nesta semana. A consulta ao MGI foi necessária por se tratar de doação feita por entes regulados à agência a qual estão sujeitos a fiscalização. Sem o uso do espectrofotômetro, o percentual de biodiesel somente era identificado em laboratório, por meio do Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas (CPT) e da rede de laboratórios contratados via licitação."

Fonte: Eixos; 30/04/2025

Petrobras iniciará substituição de Tolmasquim após sua eleição para conselho da Eletrobras

"Confirmada a eleição do diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, para o conselho de administração da Eletrobras, a petroleira vai dar início ao processo de substituição do executivo no cargo. Em nota ao Valor, a estatal afirmou que vai examinar os encaminhamentos necessários, de acordo com a governança interna e os prazos dos respectivos processos, a partir da confirmação da eleição de Tolmasquim para a Eletrobras. Em razão de a petroleira ser considerada concorrente, a ida de Tolmasquim para o conselho da Eletrobras poderia colocá-lo num cenário de conflito de interesses. O executivo enviou carta à Eletrobras na qual se comprometia a deixar o cargo de diretor da Petrobras caso se elegesse, o que aconteceu. De acordo com o estatuto social da Eletrobras, os conselheiros eleitos devem assinar o termo de posse num período de 30 dias contados a partir da votação. Tolmasquim foi eleito para o conselho da empresa de energia, em conjunto com os ex-ministros de Minas e Energia Silas Rondeau e Nelson Hubner, numa votação para eleger os três membros indicados pela União para o colegiado. Essa eleição foi fruto de um acordo entre a União e a Eletrobras que permitiu direcionar três assentos no conselho de administração da companhia para representantes do governo."

Fonte: Valor Econômico; 30/04/2025

Vivo anuncia reestruturação na alta liderança e tem nova vice-presidente de sustentabilidade

"A Vivo anunciou na quarta-feira, 30, uma ampla reformulação em sua estrutura de gestão. Entre as principais mudanças está a criação do cargo de Chief Operating Officer (COO), uma nova configuração das vice-presidências e a promoção de cinco executivos, incluindo três mulheres que assumem posições estratégicas no alto comando. No cenário de renovação, um dos destaques é a promoção de Marina Daineze, que anteriormente ocupava a posição de Diretora de Comunicação e Marca, para a recém-criada Vice-Presidência de Comunicação e Sustentabilidade. Em janeiro deste ano, ela liderou o lançamento da campanha "Futuro Vivo", um dos grandes indicativos de como a agenda ESG avança com maior protagonismo na estratégia da corporação deste ano. À época, Marina declarou que a ação, que contemplou a criação de um logo sonoro e experiências imersivas em grandes festivais, era "um convite para todos repensarem a relação com o planeta, abraçando um futuro sustentável, tendo a preservação ambiental e a Amazônia como eixo central". Há mais de 15 anos na companhia, a executiva abraça agora responsabilidades mais abrangentes, incluindo a liderança da Marca, Terra e Vivo Ads, Comunicação interna e externa, Fundação Telefônica Vivo e a área de Sustentabilidade. Suas atribuições serão distribuídas, com as relações institucionais migrando para a área de Breno Oliveira, Vice-Presidente Jurídico, que passa a ser responsável pelo relacionamento com entidades de classe e tomadores de decisão na esfera pública."

Fonte: Exame; 01/05/2025

Internacional

Empresas

Plano de energia de Trump causou a perda de 20.000 empregos nos EUA, diz grupo climático

"Os cortes do governo Trump no setor de energia limpa resultaram na perda de 20.000 empregos nos EUA e ameaçaram quase US$ 70 bilhões em investimentos em projetos, de acordo com um grupo de defesa do clima. A Climate Power alertou que quase 100 projetos foram cancelados, atrasados ou ameaçados desde a eleição presidencial de novembro, o que pode reverter os ganhos em empregos no setor de manufatura durante a administração Biden. Além disso, outros 40.000 empregos na área de energia limpa estão sob ameaça, pois estão ligados a projetos suspensos ou a empresas que anteriormente receberam subsídios ou empréstimos federais que o governo Trump agora pretende cortar. As perdas de empregos já ocorridas e as potenciais estão espalhadas pelos setores de energia solar, eólica, hidrogênio, minerais essenciais e fabricação de baterias, com os projetos já cancelados ou ameaçados representando mais de US$ 71,24 bilhões em investimentos. Estados como Arizona, Nevada, Michigan e Geórgia estão entre os mais afetados pelas possíveis perdas de empregos. Os democratas aproveitaram os novos números, com o senador Jon Ossoff, democrata da Geórgia, afirmando que eles fazem parte de uma “hemorragia” de empregos na área de energia limpa e que são “catastróficos” para o crescimento. O Departamento de Energia dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Esses dados surgem em meio a crescentes preocupações sobre o enfraquecimento da economia dos EUA, que se contraiu no primeiro trimestre, principalmente devido ao impacto das tarifas."

Fonte: Financial Times; 30/04/2025

Equinor diz que pode perder bilhões com a repressão de Trump à energia eólica

"A Equinor pode perder bilhões de dólares em seu grande projeto de energia eólica no litoral do estado de Nova York, a menos que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reverta a decisão de suspender a construção, afirmou o grupo norueguês na quarta-feira. Em um golpe para o emergente setor eólico offshore dos EUA, o secretário do Interior, Doug Burgum, declarou em 16 de abril que o governo Biden não havia realizado uma análise ambiental suficiente antes de aprovar o desenvolvimento do Empire Wind. Na quarta-feira, a Equinor informou que o projeto estava cerca de 30% concluído no momento em que foi interrompido e que planejava se reunir com autoridades do governo dos EUA para buscar uma reversão do que a empresa classificou como uma ordem ilegal, enquanto considerava suas opções legais. O investimento do grupo até o momento tem um valor contábil de US$ 2,5 bilhões, com exposição adicional, incluindo garantias e taxas de rescisão, variando de US$ 1,5 bilhão a US$ 2,0 bilhões, sem levar em conta impostos e outros fatores limitantes potenciais. O CEO da Equinor, Anders Opedal, afirmou que a empresa pode registrar uma perda por redução ao valor recuperável no segundo trimestre como resultado da ordem do governo dos EUA. “Um prejuízo, é claro, seria apenas sobre o valor contábil”, disse Opedal à Reuters. O anúncio feito por Burgum neste mês causou um choque no setor, levantando preocupações de que empreendimentos totalmente autorizados não são seguros."

Fonte: Reuters; 30/04/2025

Grupos do setor e empresas pedem que a Grã-Bretanha e a UE vinculem os mercados de carbono

"Mais de 50 empresas e grupos empresariais de toda a Europa pediram que a Grã-Bretanha e a UE iniciassem conversações em uma próxima cúpula sobre a vinculação de seus mercados de carbono, o que, segundo eles, ajudará a reduzir os custos para os consumidores. A Grã-Bretanha busca maior cooperação em segurança, aplicação da lei e remoção de barreiras comerciais com a UE, quando os líderes se reunirem em 19 de maio. Os Sistemas de Comércio de Emissões (ETS) da UE e do Reino Unido cobram das usinas de energia e de outras entidades industriais por cada tonelada de dióxido de carbono que emitem, como parte de esforços mais amplos para reduzir as emissões e atingir as metas climáticas. “A vinculação dos ETS da UE e do Reino Unido criaria uma convergência de preços entre os dois esquemas, evitando distorções competitivas, prevenindo o vazamento de carbono e reduzindo os custos para os consumidores da UE e do Reino Unido”, afirma uma carta assinada por empresas como Equinor, Orsted e RWE, vista pela Reuters. A vinculação dos dois esquemas também significaria que a Grã-Bretanha evitaria penalidades sob o Mecanismo de Ajuste de Fronteiras de Carbono da Europa, que imporá uma taxa de emissões sobre as importações de aço, cimento, alumínio, fertilizantes, eletricidade e hidrogênio para a UE a partir de 2026. Grupos do setor de energia alertaram que o projeto do CBAM poderia sujeitar as exportações de energia limpa e renovável da Grã-Bretanha para a UE a custos adicionais, aumentando os preços já altos da energia na UE e potencialmente levando a emissões mais elevadas."

Fonte: Reuters; 30/04/2025

Política

Indonésia planeja 10 GW de energia nuclear em um grande estímulo à energia renovável, diz assessor presidencial

"A Indonésia planeja uma grande expansão em energia renovável até 2040, incluindo a introdução de 10 GW de energia nuclear, e espera que os contratos sejam concedidos nos próximos cinco anos, afirmou um assessor sênior do presidente Prabowo Subianto em uma entrevista. Essa expansão mais do que dobraria a capacidade atual, uma vez que a Indonésia, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, tem como meta atingir a neutralidade de carbono antes de 2050, de acordo com Hashim Djojohadikusumo, irmão de Prabowo e enviado especial do presidente para energia e clima. “Muitos dos contratos serão (…) nos próximos cinco anos (…) especialmente os contratos nucleares, devido aos longos prazos de entrega”, disse Hashim à Reuters, de Nova York. Até 2040, ele afirmou que a Indonésia pretende adicionar uma capacidade de 103 GW de energia, composta por 75 GW de energia solar, eólica, geotérmica e biomassa, 10 GW de energia nuclear e os 18 GW restantes provenientes de gás. A capacidade atual de energia instalada da Indonésia é de cerca de 90 GW, com mais da metade proveniente do carvão. As energias renováveis representam menos de 15 GW da capacidade atual, e o país não possui usinas nucleares. A empresa nuclear estatal russa Rosatom, a China National Nuclear Corporation, a britânica Rolls Royce, a francesa EDF e a americana NuScale Power Corporation demonstraram interesse nas ambições de energia nuclear da Indonésia, segundo Hashim. “Acho que é possível que eles co-invistam com uma instituição como a Danantara”, afirmou, referindo-se ao recém-lançado fundo soberano Danantara Indonesia."

Fonte: Reuters; 30/04/2025

Governo Trump processa quatro estados liderados por democratas para bloquear leis e processos climáticos

"O governo do presidente Donald Trump anunciou na quinta-feira que está processando quatro estados liderados por democratas para impedir a aplicação de leis “onerosas e ideologicamente motivadas” e ações judiciais contra a indústria de combustíveis fósseis relacionadas aos danos causados pelas mudanças climáticas. Em duas ações judiciais, o Departamento de Justiça dos EUA argumentou que as leis recentemente adotadas por Nova York e Vermont, que exigem que as empresas petrolíferas contribuam com bilhões de dólares para fundos destinados a cobrir os danos provocados pelas mudanças climáticas, são inconstitucionais. Somente Nova York espera arrecadar US$ 75 bilhões por meio de sua lei de “superfundo”, que o Departamento de Justiça descreveu como um “esquema transparente de extração monetária” projetado para financiar projetos de infraestrutura do estado com recursos de empresas de fora. O Departamento de Justiça entrou com esses processos na quinta-feira, um dia após ter aberto dois processos preventivos para impedir que o Havaí e Michigan prosseguissem com ações planejadas contra grandes empresas petrolíferas devido à mudança climática, alegando que tais ações colocariam em risco a produção doméstica de energia. Nos processos contra o Havaí e Michigan, o Departamento de Justiça afirmou que essas ações constituem um “extraordinário alcance extraterritorial” que prejudica ilegalmente a regulamentação federal das emissões de gases de efeito estufa e os objetivos de política externa do governo."

Fonte: Reuters; 01/05/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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