Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,05%), enquanto o ISE recuou 0,10%.
• Do lado das empresas, a Mombak, empresa brasileira que restaura terras agrícolas e de pastagem degradadas e vende créditos de carbono, garantiu US$30 milhões em uma rodada de financiamento liderada pela empresa de capital de risco Union Square Ventures (USV) - segundo a companhia, este investimento é mais um sinal do crescente interesse dos investidores no setor de remoção de carbono do Brasil.
• Na política, (i) o Tribunal de Contas da União (TCU) cobrou informações do Ibama a respeito do processo de exploração de petróleo e gás natural na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial - a cobrança foi feita no âmbito do imbróglio que se estende desde o início da gestão 3 do presidente Lula e divide o Executivo; e (ii) a Comissão Europeia está elaborando uma proposta de meta climática para 2040, com o objetivo de garantir que o bloco permaneça no caminho para cumprir as metas existentes de reduzir as emissões líquidas em 55% até 2030 e de eliminá-las até 2050 - contudo, porta vozes dos países da UE continuam divididos sobre qual caminho seguir.
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Brasil
Empresas
Acionistas da Eletrobras elegem 5 membros para CA e sexta cadeira entra em disputa
"Os acionistas da Eletrobras elegeram nesta terça-feira (29/4) cinco membros para o Conselho de Administração da empresa, todos indicados pela administração, com a sexta cadeira do órgão entrando em disputa entre os indicados dos acionistas minoritários e um indicado pela administração. Vão brigar por uma vaga no Conselho, em votação que está sendo realizada no momento, na Assembleia Geral Ordinária (AGO), Daniel Alves Ferreira, indicado pela administração; e Marcelo Gasparino, Juca Abdalla e Afonso Santos, indicados por acionistas. Foram eleitos Vicente Falconi, Ana Matte, Felipe Dias, Marisete Pereira e Carlos Márcio Ferreira. Mais cedo, a AGO da Eletrobras aprovou a dispensa para que Juca Abdalla, um dos maiores acionistas individuais da empresa, possa continuar como conselheiro da Petrobras, se for eleito também conselheiro da Eletrobras nesta terça-feira (29). Em fevereiro, o candidato ao Conselho da Eletrobras Marcelo Gasparino renunciou ao cargo de conselheiro da Petrobras, alegando que, com a mudança do estatuto da Eletrobras, haveria conflito de interesse se permanecesse nos dois órgãos. Gasparino era do conselho fiscal da Petrobras desde 2019, e membro do Conselho de Administração desde 2021. Seu mandato iria até 2026 na petroleira."
Fonte: Eixos; 29/04/2025
Mombak, startup brasileira de reflorestamento, levanta US$ 30 milhões em rodada liderada pela USV
"A empresa brasileira de reflorestamento Mombak garantiu US$ 30 milhões em uma rodada de financiamento liderada pela empresa de capital de risco Union Square Ventures (USV), conforme informado na terça-feira. Este investimento é mais um sinal do crescente interesse dos investidores no setor de remoção de carbono do Brasil. A Mombak, uma startup líder no setor emergente, restaura terras agrícolas e de pastagem degradadas para a floresta amazônica, utilizando espécies nativas, e vende créditos de carbono capturados para empresas que buscam compensar voluntariamente suas emissões de gases de efeito estufa. A última rodada da Série A também contou com a participação de investidores existentes, como Kaszek, Bain Capital e AXA IM Alts, controlada pela AXA, além de novos investidores, como Lowercarbon Capital e Copa Investimentos. Os fundos obtidos serão utilizados principalmente para expandir as operações comerciais. A Mombak já plantou 5 milhões de árvores nativas em 45.000 acres sob sua gestão — uma área três vezes maior do que Manhattan — e pretende alcançar 8 milhões de árvores plantadas até junho. “Estamos passando de uma startup para uma fase de escalonamento. Decidimos que era hora de realizar uma nova rodada de capital para investir nesta nova fase: pegar nosso negócio inicial e ampliá-lo significativamente”, disse Gabriel Silva, cofundador da Mombak, à Reuters."
Fonte: Reuters; 29/04/2025
Política
TCU avalia na quarta-feira denúncia envolvendo comercialização dos créditos de carbono no RenovaBio
"O Tribunal de Contas da União (TCU) avalia na próxima quarta-feira (30/4) uma denúncia sobre possíveis ilegalidades na gestão, transparência e controle dos recursos e operações com a comercialização dos créditos de descarbonização (os CBIOs) no âmbito da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Não foram informados mais detalhes sobre o processo. O governo vem tendo maior atenção para o tema. Em decreto publicado neste mês, o Executivo endureceu as regras de punição às fraudes na política. O texto estipula a aplicação de sanções progressivas, incluindo multas que variam de R$ 100 mil a R$ 500 milhões, de acordo com o grau de inadimplência e conforme os critérios definidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP). Na quarta-feira (30), o TCU também avalia uma série de projetos no setor de transportes, incluindo processo de desestatização sobre o arrendamento portuário de terminais localizados no chamado Porto Organizado do Rio de Janeiro (RJ). A pauta ainda pode ser atualizada, com retirada ou inclusão de processos."
Fonte: Eixos; 29/04/2025
TCU cobra do Ibama informações sobre exploração na Foz do Amazonas
"O Tribunal de Contas da União (TCU) cobrou informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a respeito do processo de exploração de petróleo e gás natural na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. A cobrança foi feita no âmbito do imbróglio que se estende desde o início da gestão 3 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e divide o Executivo. Ao analisar um pedido do deputado oposicionista Gustavo Gayer (PL-GO), que acusou ao TCU "possíveis conflitos institucionais" entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ibama nos processos de licenciamento para exploração de petróleo na margem equatorial brasileira, o ministro Bruno Dantas determinou que o órgão apresente informações ao Tribunal sobre o processo de concessão, que está sendo analisado. De acordo com o ministro, antes de negar o pedido do parlamentar, é preciso observar "se o exercício de funções típicas de um órgão estaria impedindo o avanço de uma política pública ou de uma decisão estratégica do Estado". No despacho, assinado nesta terça-feira (29/4), Dantas cita que a Advocacia-Geral da União (AGU) já apontou, no ano passado, falhas procedimentais ao Ibama na exigência de etapas que não estariam previstas nas normas do órgão. O ministro também lista em seu despacho informações da Petrobras, que já informou planejar investir US$ 3,1 bilhões até 2028 para perfuração de 16 poços, destinando 38% de seu orçamento exploratório à margem equatorial."
Fonte: Valor Econômico; 29/04/2025
Internacional
Empresas
Indústria de armazenamento de baterias quer investir nos EUA, mas ainda depende da China
"A indústria de armazenamento de baterias, ainda fortemente dependente da China, anunciou nesta terça-feira (29/4) que empresas do setor planejam investir dezenas de bilhões de dólares para estabelecer uma cadeia de suprimentos nos Estados Unidos. Antes disso, porém, o setor faz um apelo crucial: a adoção de políticas fiscais e tarifárias estáveis — incluindo a manutenção, no curto prazo, da possibilidade de importar baterias e materiais da China e de outros países. De acordo com a American Clean Power Association (ACP), empresas do segmento poderiam investir até US$ 100 bilhões na construção e aquisição de baterias de rede fabricadas nos EUA. O objetivo é reduzir a dependência da China nessa tecnologia e, até 2030, abastecer todos os projetos de armazenamento do país com conteúdo produzido internamente. A dependência da China ainda é significativa. Cerca de metade dos US$ 100 bilhões em baterias e componentes importados desde 2021 veio do país asiático, segundo a S&P Global Market Intelligence. Mike Snyder, vice-presidente de energia e carregamento da Tesla, que investe na fabricação de baterias nos EUA tanto para veículos elétricos quanto para sistemas residenciais e de rede, afirmou que as baterias são o ativo mais rápido de ser instalado e conectado à rede elétrica. Segundo ele, esse fator será essencial diante do avanço na demanda por energia no país, impulsionada sobretudo pela proliferação de data centers de inteligência artificial. Projetos de baterias em larga escala são fundamentais para garantir o fornecimento de energia a redes elétricas em cidades e municípios dos EUA, especialmente na Califórnia e no Texas."
Fonte: Eixos; 29/04/2025
Política
Brics defende financiamento climático e industrialização de minerais críticos no Sul Global
"Reunidos no Rio de Janeiro, os Ministros das Relações Exteriores do Brics divulgaram nesta nesta terça (29/4) um documento em que defendem o financiamento climático e a industrialização de minerais críticos em países do Sul Global. Atualmente, o bloco é formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e, mais recentemente, Indonésia. O documento não foi considerado uma declaração conjunta, porque Egito e Etiópia se opuseram a partes do parágrafo 8, que defende uma reforma abrangente das Nações Unidas, incluindo seu Conselho de Segurança, e que apoia as aspirações de países da África, Ásia e América Latina, entre eles Brasil e Índia, de desempenhar um papel mais relevante nos assuntos internacionais. O encontro antecede a reunião de chefes de Estado do bloco, que vai ocorrer em julho no Rio de Janeiro. “Decidimos fazer uma declaração da Presidência para deixar um caminho aberto para negociarmos com muito cuidado e com muita precisão uma declaração que acontecerá no mês de julho, na ocasião da reunião dos chefes de Estado”, explicou o chanceler Mauro Vieira a jornalistas. A diplomacia brasileira considera a sua presidência no Brics como uma ponte entre a liderança do Brasil no G20, em 2024, e a presidência da COP30, marcada para novembro deste ano, em Belém. O grupo reiterou seu apoio ao “Roteiro de Baku a Belém para 1,3 trilhão”, que busca ampliar o financiamento climático para países em desenvolvimento."
Fonte: Eixos; 29/04/2025
Brics mantém rejeição ao CBAM e defende avanço de parceria no mercado de carbono
"Em documento divulgado nesta terça-feira (29/4), ao fim da reunião de chanceleres no Rio de Janeiro, os países membros do Brics reafirmaram sua rejeição ao Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira da União Europeia (CBAM, na sigla em inglês) e defenderam o fortalecimento da parceria entre os membros no mercado de carbono. Atualmente, o fórum é formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Os ministros de Relações Exteriores dos membros criticaram duramente medidas ambientais unilaterais adotadas por países ricos que, segundo eles, mascaram o protecionismo comercial. “Rejeitamos medidas protecionistas unilaterais, punitivas e discriminatórias, sob o pretexto de preocupações ambientais, como mecanismos unilaterais e discriminatórios de ajuste de carbono na fronteira (CBAM)”, diz o documento que repete a declaração conjunta de Kazan, acordada pelos chefes de estado na Cúpula do Brics do ano passado, realizada na Rússia. Ainda segundo o documento dos chanceleres, essas políticas “perturbam deliberadamente as cadeias globais de fornecimento e produção e distorcem a concorrência”, o que violaria princípios do direito internacional. A reunião no Rio faz parte da agenda da presidência rotativa brasileira no Brics em 2025 e ocorre meses antes da cúpula de chefes de Estado, marcada para julho, no Rio de Janeiro. Os chanceleres destacaram ainda o compromisso do grupo com soluções multilaterais para o clima e meio ambiente com a cooperação entre os países em desenvolvimento."
Fonte: Eixos; 29/04/2025
Países da UE divididos sobre a próxima meta climática do bloco
"Os países da União Europeia estão divididos em relação à próxima meta climática do bloco, enquanto se preparam para negociações difíceis para definir uma meta da UE para reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2040. A Comissão Europeia está elaborando uma proposta para essa meta climática, com o objetivo de garantir que os países permaneçam no caminho certo em relação às metas existentes da UE de reduzir as emissões líquidas em 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990, e de reduzi-las a zero até 2050. Bruxelas havia planejado propor um corte de 90% nas emissões líquidas para 2040 no mês passado, mas adiou a proposta em meio à resistência de alguns países e legisladores, que precisam aprovar a meta e estão preocupados com os custos para as indústrias europeias em dificuldades. “Achamos que é uma boa meta”, afirmou Mika Nykänen, secretário de Estado do clima da Finlândia, à Reuters, durante uma reunião de ministros do meio ambiente da UE em Varsóvia. “Precisamos de um ambiente de investimento sólido e atraente na Europa, e se mudarmos as grandes metas ou as políticas, isso criará incerteza entre os investidores e as empresas”, acrescentou Nykänen. A Dinamarca, a Holanda e a Eslovênia estão entre os países que apoiam a meta de 90%. Por outro lado, governos como os da Itália e da República Tcheca se opõem, citando preocupações com os setores de manufatura que estão enfrentando dificuldades devido às tarifas dos EUA e às importações baratas."
Fonte: Reuters; 29/04/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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