Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,1% e 0,5%, respectivamente.
• No Brasil, (i) o governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) de ontem o novo decreto sobre as possibilidades de importação de resíduos sólidos pela indústria, incluindo os novos limites para alguns materiais estabelecidos por cotas - a mudança atende pleitos de catadores de materiais recicláveis, que temiam ameaça às cadeias de reciclagem existentes no país e danos à economia circular; e (ii) o Ministério de Minas e Energia (MME) pretende publicar até o fim do primeiro semestre um cronograma com os principais marcos para regulamentar a lei das eólicas offshore, sancionada em janeiro deste ano - a ideia é indicar as etapas até o primeiro leilão de cessão de áreas, ainda sem data definida, com base nos modelos de oferta permanente e a oferta planejada.
• No internacional, a Califórnia e 15 outros estados dos EUA processaram ontem o governo Trump, alegando que o governo federal estava retendo ilegalmente mais de US$ 3 bilhões destinados à construção de estações de recarga de veículos elétricos, programa aprovado como parte da Lei de Redução da Inflação - a ação judicial, à qual se juntaram o Distrito de Columbia, Nova York, Nova Jersey e Colorado, entre outros, foi apresentada no Tribunal Distrital do país no Estado de Washington.
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Brasil
Política
Governo recua e altera decreto de importação de resíduos sólidos
"O governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (7/5) o novo decreto sobre as possibilidades de importação de resíduos sólidos pela indústria, com limites para alguns materiais estabelecidos por cotas. Ainda será publicada uma portaria conjunta entre os ministérios do Meio Ambiente (MMA), e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Casa Civil e Secretaria Geral para detalhar quais materiais podem ser importados e aqueles que, mesmo autorizados, estará sujeitos a cotas. O novo decreto revoga o anterior, publicado em 17 de abril. A mudança atende pleitos de catadores de materiais recicláveis, que temiam ameaça às cadeias de reciclagem existentes no país e danos à economia circular. A norma anterior possibilitava que empresas brasileiras pudessem importar resíduos plásticos, papel e vidro, sob o argumento de atender à demanda da indústria. A medida foi encarada como danosa por trabalhadores que vivem da reciclagem, que apontaram agravamento da precarização do trabalho. A decisão do governo de recuar foi tomada após reunião entre entidades nacionais de catadores e representantes de todos os ministérios envolvidos. A partir do novo texto, o governo estima que haverá redução de mais de 90% da importação de materiais que constituem grande parte da renda dos catadores brasileiros, como papelão, vidro, plástico pet, alumínio e ferro. A medida também estabelece critérios técnicos, econômicos e ambientais para a importação."
Fonte: Eixos; 07/05/2025
MME promete publicar até junho cronograma para regulamentação da eólicas offshore
"O Ministério de Minas e Energia (MME) pretende publicar até o fim do primeiro semestre um cronograma com os principais marcos para regulamentar a lei das eólicas offshore, sancionada em janeiro deste ano. A informação foi anunciada pela diretora de Transição Energética da pasta, Karina Sousa, durante evento promovido pelos Países Baixos e Abeeólica, nesta terça (6/5), no Rio de Janeiro. “Prometo o cronograma ainda neste semestre, para que vocês enxerguem, sinalizem e concretizem este faseamento de grandes marcos para ter acesso às áreas ou um leilão planejado”, disse Sousa. A ideia é indicar as etapas até o primeiro leilão de cessão de áreas, ainda sem data definida, com base nos modelos de oferta permanente e a oferta planejada. “Nosso trabalho principal é a transparência. Vamos trazer para vocês um cronograma exatamente de quando essas etapas irão acontecer e quando teremos essas sinalizações”, afirmou. Segundo a diretora, a oferta permanente (modelo open door) estará disponível assim que a regulamentação for concluída e permitirá que investidores interessados em assumir maior risco proponham projetos em áreas consideradas viáveis. Já a oferta planejada deve levar mais tempo, uma vez que depende de um esforço adicional do estado na condução de estudos prévios. “Vamos refinar essas regiões viáveis para poder encontrar áreas de interesse para oferta planejada. Esperamos que a oferta permanente tenha condições de acontecer antes da oferta planejada”, explicou a diretora."
Fonte: Eixos; 07/05/2025
Estudos para viabilizar hidrogênio verde no Nordeste ficam prontos em dezembro
"O Ministério de Minas e Energia (MME) receberá da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até dezembro, os estudos que devem destravar os gargalos na rede de transmissão do Nordeste, passo considerado crucial visando à instalação de plantas de produção de hidrogênio verde, projetos eletrointensivos que têm tido seus pedidos de conexão rejeitados. O secretário de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, afirmou na terça‑feira (6/5) que os trabalhos indicarão a infraestrutura necessária para alimentar eletrolisadores e embasar um plano a ser concluído ainda este ano. A declaração ocorreu durante o lançamento da agenda legislativa da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (Abihv), na Câmara dos Deputados. Barral disse que, além da EPE, o ministério trabalha com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para mapear “espaços e estratégias” que permitam iniciar os primeiros grandes projetos de hidrogênio até 2030 e estruturar hubs de descarbonização até 2035. O secretário reconheceu que o planejamento atual “se mostrou insuficiente” para as etapas iniciais. “Estamos com uma parceria com o ONS, para buscar os espaços e as estratégias para viabilizar pelo menos as primeiras etapas desses projetos, para que possam se concretizar e dar o resultado que que nós precisamos na nossa estratégia para o hidrogênio” A Abihv e Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) solicitaram ao MME a antecipação do Plano de Outorgas de Transmissão de Energia (Potee), de forma a dar previsibilidade aos investidores."
Fonte: Eixos; 07/05/2025
Relator apresenta novo parecer de marco de licenciamento ambiental no Senado
"O novo parecer do projeto de lei (PL) que cria o Marco Legal para o Licenciamento Ambiental no Brasil (2159/2021) foi apresentado nesta quarta-feira (7) nas comissões do Meio Ambiente (CMA) e da Agricultura (CRA) do Senado. O governo pediu mais tempo para analisar o relatório e, por isso, o debate sobre o tema foi adiado para próxima semana. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), vem defendendo a votação do projeto, que é alvo de críticas de organizações ambientalistas. O relator da matéria da CMA, senador Confúcio Moura (MDB-RO), justificou que uma norma geral é necessária diante do grande número de normas locais de licenciamento que dificultam o desenvolvimento e a preservação ambiental. “O excesso de judicialização e, principalmente, a constante insegurança jurídica, são motivos mais que prementes para que o licenciamento ambiental seja disciplinado por lei federal. Uma lei que institua seu marco normativo orientador, capaz de acarretar efetiva mudança de paradigma na política ambiental brasileira, com reflexos positivos em diversas políticas setoriais, como energética, industrial e de desenvolvimento”, disse o relator. O senador Beto Fato (PT-PA) destacou que é preciso de mais tempo para analisar o tema devido as divergências em relação ao mérito. “Apesar de ser um tema que já está há muito tempo na Casa, há divergências ainda claras no projeto que a gente precisa aprofundar”, disse. Em tramitação há 21 anos no Congresso, o projeto está desde 2021 no Senado. A relatora do projeto na Comissão de Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), defendeu que é preciso aprovar logo a matéria."
Fonte: InfoMoney; 07/05/2025
Nova carta da COP30 critica 'estratégias superadas', mas adia menção a combustíveis fósseis
"A presidência da COP30, a conferência de clima da ONU (Organização das Nações Unidas), divulgou nesta quinta-feira (8) sua segunda carta, na qual critica formas atrasadas de combater mudanças climáticas e propõe novos mecanismos. O texto não faz, entretanto, menção explícita aos combustíveis fósseis. O documento explica como pretende funcionar o mutirão, conceito idealizado pela atual direção da conferência, que deve ter um sistema para compilação de "contribuições autodeterminadas" para iniciativas de combate ao aquecimento global lideradas pelo setor privado ou sociedade civil. Esta segunda carta, assinada pelo presidente da COP30 e embaixador André Corrêa do Lago, cita o papel das comunidades afrodescendentes no debate climático —o que não constava no primeiro documento e foi criticado por organizações que representam este grupo. A COP16 de biodiversidade —que aconteceu em Cali, na Colômbia, em 2024— marcou um reconhecimento inédito à contribuição de comunidades afrodescendentes, como quilombolas, na proteção da natureza, como mostrou a Folha. A conferência de Belém, capital do Pará, tem como principal objetivo rever as metas do Acordo de Paris, firmado em 2015, sobretudo à luz do fato de que o mundo já atingiu a marca de 1,5 ºC de temperatura acima a era pré-industrial —último marco antes de um colapso ambiental. A edição no Brasil também herdou de sua antecessora, em Baku (Azerbaijão), a missão de destravar o financiamento climático, principal obstáculo das últimas conferências."
Fonte: Folha de São Paulo; 08/05/2025
Internacional
Empresas
Aquecimento global atinge 1,58°C em 12 meses até o final de abril
"Os temores dos cientistas em relação a uma violação do limite de aquecimento de 1,5°C estabelecido no Acordo de Paris aumentaram após os dados mais recentes mostrarem que a temperatura média mensal global ultrapassou esse limite em 21 dos últimos 22 meses. O segundo abril mais quente foi registrado a 14,96°C — ou 1,51°C acima da média estimada de 1850-1900 — e apenas 0,07°C mais frio do que o recorde de abril de 2024, conforme informou o serviço terrestre europeu Copernicus. A temperatura média global durante o período de 12 meses até o final de abril foi 1,58°C acima do nível pré-industrial. A continuidade do aquecimento ocorre em um momento em que os esforços para combater o aquecimento global, causado pelas emissões de gases de efeito estufa, são prejudicados pelas pressões concorrentes sobre os governos para atender às demandas comerciais, de defesa e outras necessidades econômicas. No marco do Acordo de Paris, quase 200 países concordaram em limitar o aumento da temperatura global a bem menos de 2ºC e, idealmente, a 1,5ºC acima do nível pré-industrial. Atualmente, o aumento acima desse nível não representa uma violação do acordo, que é medido em um período de mais de duas décadas, em vez de meses. No entanto, Richard Allan, professor de ciências climáticas da Universidade de Reading, afirmou que o calor recorde de quase dois anos significa que “agora parece inevitável que a Terra violará” a meta mais baixa."
Fonte: Financial Times; 07/05/2025
BYD e Tsingshan, da China, descartam planos para fábricas de lítio no Chile
"A montadora chinesa BYD e o grupo metalúrgico Tsingshan estão desistindo de seus planos multimilionários para construir fábricas de cátodos de lítio no Chile, um dos principais produtores desse metal para baterias, conforme informaram fontes da empresa e do governo à Reuters na quarta-feira. A retirada das duas grandes empresas chinesas representa um golpe para o objetivo do Chile de desenvolver mais processamento doméstico de lítio, um metal essencial para baterias de veículos elétricos. O Chile é o segundo maior produtor de lítio do mundo. A Tsingshan informou à Reuters que retirou os planos de um projeto de US$ 233 milhões para produzir 120.000 toneladas métricas de fosfato de ferro e lítio (LFP). O Ministério do Patrimônio Nacional do Chile confirmou à Reuters que a BYD manifestou a intenção de retirar seus planos em janeiro. A BYD, a maior fabricante de carros elétricos do mundo, não quis comentar sobre o assunto. No ano passado, a BYD já havia sinalizado atrasos em uma fábrica planejada de US$ 290 milhões, que deveria produzir 50.000 toneladas métricas por ano de LFP para cátodos. O jornal chileno Diario Financiero foi o primeiro a noticiar os investimentos cancelados. Os planos da BYD e da Tsingshan faziam parte de um acordo de preço preferencial para a compra de lítio, concedido pelo governo chileno em um esforço para estimular o investimento em produtos relacionados ao lítio no país. Uma pessoa familiarizada com o assunto afirmou que o acordo não era mais atraente devido à queda dos preços do lítio no mercado global"
Fonte: Reuters; 07/05/2025
Política
"A Califórnia e 15 outros estados processaram o governo Trump na quarta-feira, alegando que o governo federal estava retendo ilegalmente bilhões de dólares destinados à construção de estações de recarga de veículos elétricos. Em fevereiro, o Departamento de Transportes dos EUA suspendeu o programa de recarga de veículos elétricos e rescindiu a aprovação dos planos estaduais, aguardando uma revisão. Os democratas do Senado afirmaram que o presidente Donald Trump estava retendo mais de US$ 3 bilhões do programa, que foi aprovado como parte da Lei de Redução da Inflação do ex-presidente Joe Biden. A ação judicial, à qual se juntaram o Distrito de Columbia, Nova York, Nova Jersey e Colorado, entre outros, foi apresentada no Tribunal Distrital dos EUA no Estado de Washington. Os estados argumentaram que a decisão do governo “devastará a capacidade dos estados de construir a infraestrutura de recarga necessária para tornar os veículos elétricos acessíveis a mais consumidores, combater a mudança climática, reduzir outras poluições prejudiciais e apoiar as economias verdes dos estados”. Um porta-voz do Secretário de Transportes, Sean Duffy, não comentou imediatamente sobre o assunto. Em fevereiro, um grupo que representa fabricantes de automóveis e empresas de carregamento de veículos elétricos pediu ao Departamento de Transportes que restaurasse o financiamento rapidamente. Desde sua posse em janeiro, Trump reverteu as políticas do governo Biden que promovem a transição dos combustíveis fósseis para a energia limpa e o combate às mudanças climáticas."
Fonte: Reuters; 07/05/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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