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Aço Verde do Brasil faz 1ª emissão verde dentre siderúrgicas; Mudanças no Conselho da Auren (AURE3), e mais destaques | Café com ESG, 26/06

Primeira emissão de título verde no setor siderúrgico; Mateus Ferreira como novo CFO na Auren Energia

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,24% e 0,36%, respectivamente.

• Do lado das empresas, (i) a siderúrgica Aço Verde do Brasil estreou no mercado de títulos verdes com a emissão de uma debênture no valor de R$ 200 milhões - a companhia é a primeira do setor siderúrgico brasileiro a emitir um título verde, cujo recurso levantado será destinado para projetos vinculados a ações ambientais e climáticos; e (ii) de olho em governança corporativa, a Auren Energia (AURE3) informou ontem que seu conselho de administração elegeu Mateus Gomes Ferreira, atual presidente do colegiado, como vice-presidente de Finanças e diretor de Relações com Investidores – o executivo já apresentou seu pedido de renúncia da presidência do conselho, com sua nova posse prevista a partir de 1º de julho.

• Ainda no setor privado, a Zeg Biogás, empresa controlada pela Vibra, e a Cooperativa Pindorama, firmaram um contrato para a construção de uma unidade produtora de biogás e biometano no Sergipe – a previsão é de que a instalação comece a operar comercialmente no segundo semestre de 2025, com geração anual esperada em 6 milhões de metros cúbicos de biometano.

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Brasil

Empresas

Aço Verde do Brasil emite debênture de R$ 200 milhões, primeiro título verde no setor siderúrgico

"A siderúrgica Aço Verde do Brasil, especializada na produção de aços longos usados em obras civis e itens industriais, estreia no mercado de títulos verdes (green bonds) com a emissão de uma debênture no valor de R$ 200 milhões. Os recursos da captação tem destinação definida: projetos vinculados a ações ambientais e climáticas nas operações da companhia, dentro do tripé ESG (meio ambiente, econômico-social e de governança corporativa). "Somos a primeira produtora de aço do País a emitir um título verde", disse ao Estadão o diretor financeiro e de relações com investidores da AVB, Gustavo Bcheche. A companhia, controlada pelo grupo Ferroeste, de Minas Gerais, atua no mercado nacional de aços para os setores de construção civil e imobiliária e industrial. Iniciou suas atividades em 2015, com unidade industrial em Açailândia (MA). "Nossa primeira emissão será marcante e simbólica, pois coincide com a história da empresa, ligada à sustentabilidade", acrescenta o diretor. A emissão da debênture verde, destaca Bcheche, abrange vários projetos com viés ambiental listados pela empresa. Eles vão desde a geração térmica de energia de gases recuperados dos processos industriais até investimentos nas áreas florestais nos ativos de biocarbono (carvão vegetal processado da madeira de eucaliptos). Ao todo, serão contemplados dez projetos em quatro categorias. Segundo o diretor, a operação financeira, maturada ao longo de um ano, tem a certificação da ICMA, sigla em inglês da Associação Internacional do Mercado de Capitais, baseada na Suíça, que regula empréstimos ligados a sustentabilidade (títulos verdes) e outros temas do ESG. O banco estruturador da emissão é o UBS-BB, que apresentou a menor taxa — CDI mais 1,25% ao ano. "Em relação a captações de debêntures simples, o ganho na taxa foi de no mínimo 0,25%", informou."

Fonte: Terra; 24/06/2024

Brasil tem alto potencial para CCS na produção de etanol, mas conhece pouco seus reservatórios

"Regiões do interior de São Paulo, Mato Grosso do Sul e algumas áreas do Paraná com forte presença da cadeia produtiva de biocombustíveis coincidem com as áreas com maior potencial para captura e armazenamento de carbono (CCS) em reservatórios salinos no país, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A EPE publicou, nesta terça (25/6), um fact sheet com informações sobre os reservatórios salinos e o potencial para o CCS no Brasil. “O grande potencial que temos nas áreas onde vemos crescimento de biocombustíveis é justamente o potencial de estocagem associado aos reservatórios salinos”, afirma Heloisa Borges, diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE. Heloisa observa que é preciso avançar nos estudos de locais para estocar o CO2, destacando que o mundo precisa capturar 435 milhões de toneladas até 2030 e mais de 1 gigatonelada por ano até 2050, para alcançar as metas do Acordo de Paris. Em abril, a EPE apresentou estudo demonstrando que o Brasil poderia receber investimentos anuais da ordem de R$ 2 bilhões até 2050, em projetos de captura, armazenamento e utilização de carbono (CCUS). Uma das principais fronteiras para a tecnologia climática, na visão da diretora da EPE, é a captura do carbono biogênico, conhecido como BECCS (bioenergia com CCS), associada à produção de biocombustíveis. “Quando capturamos o CO2 gerado no processo da produção de biocombustíveis e bioenergia, temos um resultado negativo em termos de emissões, e esse debate é importante para a estratégia brasileira de contar não só com a captura de carbono, mas com a captura e estocagem de carbono associada à bioenergia”. O Brasil tem alto potencial para implantação de BECCS na produção de etanol a partir de cana-de-açúcar e milho, pois esses processos geram fluxos de CO2 de alta pureza."

Fonte: Epbr; 25/06/2024

Iberdrola vai instalar piloto de hidrogênio verde em Brasília

"A Iberdrola pretende instalar uma usina de hidrogênio verde (H2V) em Brasília (DF), anunciou a empresa nesta segunda (24/6). É um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D), com investimento previsto de R$ 30 milhões da Neoenergia, distribuidora do grupo no Brasil, e que deve ser inaugurado em 2025. A unidade funcionará a partir da energia de uma usina fotovoltaica de 150 kWp e será “um dos primeiros pontos de abastecimento de H2V veicular no país para o abastecimento de ônibus e veículos leves”. A anúncio foi feito durante visita do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), à planta da Iberdrola em Puertollano, na Espanha. A unidade está em funcionamento desde 2022, é a maior planta de H2V para uso industrial da Europa. O H2V é destinado a uma fábrica de fertilizantes nitrogenados, substituindo 10% da demanda por gás natural. “Essa visita foi muito importante pois além de conhecer o funcionamento da usina de hidrogênio aqui na Espanha, também garanti com o presidente executivo global da Iberdrola, Ignacio Galán, R$ 30 milhões para o projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) pioneiro da planta de H2V que será inaugurada em Brasília”, disse o ministro."

Fonte: Epbr; 25/06/2024

Compagas planeja cidades abastecidas 100% por biometano no Paraná

"A Compagas anunciou, nesta segunda-feira (24/6), a intenção de investir R$ 505 milhões entre 2024 e 2029 – primeiros anos do novo contrato de concessão da distribuidora de gás canalizado do Paraná. O plano de negócios da companhia prevê R$ 100 milhões para atendimento aos municípios de Londrina e Maringá. A ideia é que o fornecimento na região ocorra 100% com biometano. O novo contrato de concessão da Compagas começa a valer a partir de julho e define metas para o aumento da oferta de gás e biometano e o atendimento de novas regiões para os próximos 30 anos. O plano de negócios da concessionária foca, sobretudo, na expansão da malha de gasodutos, em especial rumo a Londrina, Maringá e Lapa; na injeção do biometano na rede de gás canalizado; e no desenvolvimento dos corredores sustentáveis. A Compagas assinou este ano, com a H2A, seu primeiro contrato de aquisição de biometano. A meta da concessionária é que o gás renovável represente 15% do volume distribuído até 2026 – o corresponde a cerca de 100 mil m³/dia de biometano. A H2A vai fornecer 20 mil m³/dia a partir de julho de 2025. O contrato viabilizará a construção de uma usina em Carambeí, nos Campos Gerais (PR), para a produção do gás renovável em uma cadeia circular, a partir de dejetos do polo leiteiro. A Compagas prevê assinar novos contratos de biometano nos próximos meses. “O objetivo é integrar a rede de distribuição às principais áreas produtoras de biometano, para viabilizar o escoamento do combustível renovável por meio de dutos, ampliando a capacidade de expansão da utilização do gás renovável”, afirmou o CEO da Compagas, Rafael Lamastra Junior. Para atender Londrina e Maringá, serão construídos, ao todo, 60 km de rede para abastecer os segmentos industrial, residencial, comercial e veicular no Norte do Paraná."

Fonte: Epbr; 25/06/2024

Geração distribuída pode chegar a 70 GW a depender dos rumos do marco regulatório

"O Brasil é capaz de chegar a uma potência acumulada de 70,5 gigawatts (GW) em projetos de micro e mini geração distribuída (MMGD) até 2034, segundo previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Pela projeção, a capacidade mais do que dobraria em relação à atual, de 30 GW. A estimativa leva em consideração um cenário otimista para as regras da modalidade, que poderia chegar a 8,6 milhões de clientes e R$ 162 bilhões em investimentos acumulados, com uma capacidade de geração média de 11,3 GW médios. Este não é, no entanto, o cenário de referência da EPE, dadas as incertezas regulatórias associadas ao modelo a partir da próxima década. Com a alteração no marco legal da MMGD em 2022, as projeções da EPE para os projetos carregam diversas incertezas. Há questões regulatórias que ainda precisam ser estabelecidas para definir o futuro do modelo. Este ano, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definiu diretrizes para valoração dos custos e benefícios dos usuários da MMGD. Ainda resta à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelecer os critérios de remuneração da energia injetada por esses clientes na rede a partir de 2029, com base nos cálculos dos benefícios que o modelo traz ao setor. Na prática, a agência precisa definir quais tarifas e encargos poderão continuar a ser descontados dos usuários desses sistemas. Por isso, o cenário de referência usado pela EPE prevê que a MMGD vai atingir potência acumulada de 58,8 GW até 2034, com uma capacidade de geração média de 9,3 GWm. Nesse cenário, o Brasil deve chegar a 7,2 milhões de consumidores no modelo e demandar investimentos de R$ 116,6 bilhões. Os cálculos, nesse caso, consideram que os clientes passarão a pagar a taxa de distribuição (TUSD) a partir de 2029, com um desconto de cerca de metade dos demais custos."

Fonte: Epbr; 25/06/2024

Presidente do Conselho da Auren Energia deixa cargo para ser CFO da companhia

"A Auren Energia (AURE3) informou nesta terça-feira (25) que seu conselho de administração elegeu Mateus Gomes Ferreira, atual presidente do colegiado, como vice-presidente de Finanças e diretor de Relações com Investidores (RI). O executivo já apresentou seu pedido de renúncia à Auren e tanto a nova posse quanto sua saída da presidência do conselho possuem efeitos a partir de 1º de julho, segundo fato relevante da empresa."

Fonte: InfoMoney; 25/06/2024

Zeg Biogás, da Vibra, investe R$ 60 milhões em unidade de biometano do Nordeste, em parceria com Pindorama

"A Zeg Biogás, empresa controlada pela Vibra, e a Cooperativa Pindorama firmaram um contrato para a construção de uma unidade produtora de biogás e biometano no Sergipe. As obras devem começar ainda neste semestre e a previsão é de que a instalação comece a operar comercialmente no segundo semestre de 2025, período de safra. Neste arranjo, a Zeg entra com a solução tecnológica para a geração do biogás e sua purificação, além de atuar como investidora do projeto, aportando R$ 60 milhões. A Pindorama, por sua vez, irá disponibilizar a área para a instalação da unidade, além de fornecer a matéria-prima necessária para a produção do biocombustível, a vinhaça da cana-de-açúcar e resíduos da destilaria de milho e sorgo. O biometano, ou gás natural renovável, é obtido a partir da purificação do biogás, uma mistura de gases que têm como origem o processo natural de decomposição de resíduos orgânicos em ambientes onde não há troca de ar — a digestão anaeróbica. Em razão de ser intercambiável com o gás natural, o energético pode ser injetado na rede de gasodutos, transportado em caminhões na forma comprimida ou liquefeita e utilizado como combustível veicular, na descarbonização da frota de veículos pesados, em substituição ao diesel, ou na indústria. A previsão do presidente da Zeg, Eduardo Acquaviva, é que a futura unidade produtora deve gerar anualmente 6 milhões de metros cúbicos de biometano. Segundo o executivo, essa é a primeira planta do combustível no Nordeste e cerca de 15% do combustível produzido deve ser usado para consumo da Pindorama e a diferença vendida para consumidores da região. “A Zeg vai remunerar a Pindorama pelos resíduos fornecidos e pela energia elétrica da usina."

Fonte: Valor Econômico; 25/06/2024

Cobra e CMU Energia fecham acordo com Grupo Mateus para fornecimento de energia solar via autoprodução

"O Grupo Mateus, a comercializadora CMU Energia e o grupo espanhol de energia Cobra firmaram acordo para fornecimento de energia renovável para atender a 70 das 262 lojas da empresa varejista. O Grupo Mateus tem lojas de supermercados no atacado e no varejo, além de estabelecimentos voltados para venda de móveis e eletrodomésticos localizados em nove Estados. O modelo utilizado é o da chamada autoprodução por equiparação, no qual o consumidor atua como sócio do empreendimento que vai fornecer a eletricidade. Segundo a CMU Energia, foram arrendadas duas outorgas do complexo solar Belmonte, de 455 megawatts (MW) de capacidade instalada, que foi desenvolvido e é operado pelo Grupo Cobra em São José de Belmonte, Pernambuco. Cada outorga possui 100 MW de potência instalada e geração em torno de 15 MW médios. “Teremos 70 lojas – 22 de varejo e 48 atacarejo – sendo abastecidas nessa nova modalidade”, disse João Pinto, diretor de engenharia do Grupo Mateus, em comunicado. Walter Fróes, presidente da CMU Energia, acrescentou: “Temos um modelo de negócio em que esses players não precisam fazer investimento para construir suas plantas solares e o produto se torna realmente muito atrativo.” As usinas fotovoltaicas vão gerar mais da metade da energia consumida pelas lojas, segundo a CMU Energia, o que resultará numa economia adicional de 30% ao que a empresa já gastava no mercado livre, segmento em que o consumidor pode escolher a geradora e as condições de suprimento."

Fonte: Valor Econômico; 25/06/2024

Efeitos climáticos do RS nos balanços das empresas

"No dia 20 de junho, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou o Ofício-Circular nº 01/2024-CVM/SNC/SEP, com orientações quanto a aspectos relevantes a serem observados na elaboração das demonstrações contábeis considerando os efeitos do evento climático ocorrido no Estado do Rio Grande do Sul. De maneira breve, a CVM indica, ainda que exemplificativamente, quais informações financeiras devem ser prestadas pelas companhias abertas que tenham sofrido algum impacto com a tragédia climática gaúcha. Vale a pena destacar o seguinte trecho desse ofício-circular: “Nesse sentido, dentre os diversos riscos e incertezas aos quais as companhias estão expostas, especial atenção deve ser dada àqueles eventos econômicos que tenham relação com a continuidade dos negócios e/ou com as estimativas contábeis levadas a efeito, como, por exemplo, nas seguintes áreas: Recuperabilidade de Ativos, Mensuração do Valor Justo, Provisões e Contingências Ativas e Passivas, Reconhecimento de Receita e Provisões para Perda Esperada”. Diante disso, o que as companhias devem escriturar nas suas demonstrações contábeis e o que elas devem evidenciar em notas explicativas? Alguns exemplos podem deixar essa orientação mais compreensível. Empresas podem ter perdido máquinas e equipamentos com o alagamento. Nesses casos, as respectivas administrações devem avaliar se a perda é permanente, caso em que se dará a baixa desses bens (ativos), ou se a perda é temporária, reduzindo a capacidade de produção, situação em que haverá o “impairment” (baixa do valor do bem a seu valor recuperável). Das duas formas, será reconhecida despesa, reduzindo o lucro."

Fonte: Valor Econômico; 25/06/2024

Empresas ampliam olhar sobre início do processo produtivo

"No dia 20 de junho, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou o Ofício-Circular nº 01/2024-CVM/SNC/SEP, com orientações quanto a aspectos relevantes a serem observados na elaboração das demonstrações contábeis considerando os efeitos do evento climático ocorrido no Estado do Rio Grande do Sul. De maneira breve, a CVM indica, ainda que exemplificativamente, quais informações financeiras devem ser prestadas pelas companhias abertas que tenham sofrido algum impacto com a tragédia climática gaúcha. Vale a pena destacar o seguinte trecho desse ofício-circular: “Nesse sentido, dentre os diversos riscos e incertezas aos quais as companhias estão expostas, especial atenção deve ser dada àqueles eventos econômicos que tenham relação com a continuidade dos negócios e/ou com as estimativas contábeis levadas a efeito, como, por exemplo, nas seguintes áreas: Recuperabilidade de Ativos, Mensuração do Valor Justo, Provisões e Contingências Ativas e Passivas, Reconhecimento de Receita e Provisões para Perda Esperada”. Diante disso, o que as companhias devem escriturar nas suas demonstrações contábeis e o que elas devem evidenciar em notas explicativas? Alguns exemplos podem deixar essa orientação mais compreensível. Empresas podem ter perdido máquinas e equipamentos com o alagamento. Nesses casos, as respectivas administrações devem avaliar se a perda é permanente, caso em que se dará a baixa desses bens (ativos), ou se a perda é temporária, reduzindo a capacidade de produção, situação em que haverá o “impairment” (baixa do valor do bem a seu valor recuperável). Das duas formas, será reconhecida despesa, reduzindo o lucro."

Fonte: Valor Econômico; 26/06/2024

Empresas reciclam 'lixo', que viram insumo para outras indústrias e geram renda

"Com números mínimos de reciclagem — somente 2% dos resíduos sólidos urbanos coletados em 2022 foram recuperados, segundo dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) —, o Brasil joga dinheiro no lixo ao desperdiçar um grande potencial de geração de receita. Mas o que para muitos é um problema para outros é uma oportunidade de ganhar dinheiro e dar impulso à economia circular. A Green Mining, empresa de logística reversa com rastreabilidade, já coletou quase 8 mil toneladas de resíduos para reciclagem desde que entrou no mercado, em 2018, o que evitou a emissão de mais de 1,3 mil toneladas de CO2. A companhia atende, principalmente, indústrias de bens de consumo que buscam solução para recolher resíduos pós-consumo e dar a eles destinação adequada. Indústrias de transformação interessadas em fazer dessas substâncias novas matérias-primas também são clientes. A operação funciona com a instalação de coletores de embalagens em pontos de venda, para recolhimento de materiais (garrafas, por exemplo), e de contêineres em espaços públicos de municípios onde há parceria com a prefeitura. Nesses casos, as estações podem receber vários tipos de recicláveis, que são pesados e geram recompensa financeira a quem fez a entrega. Depois, o material é prensado e enviado a usinas de beneficiamento. Para rastrear os materiais coletados e garantir que eles seguiram o caminho certo até a reciclagem, a startup usa sistemas de georreferenciamento e gestão de notas fiscais, entre outras ferramentas digitais. A empresa tem, atualmente, mais de 30 clientes e seis contêineres em quatro estados."

Fonte: O Globo; 26/06/2024

Política

MDIC quer IS para carros elétricos, e Anfavea diz que imposto é “contraditório”

"O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) propõe a inclusão dos carros elétricos no rol de bens e serviços sujeitos à aplicação do imposto seletivo, uma das inovações da reforma tributária. A discussão ocorre no âmbito do grupo de trabalho formado na Câmara dos Deputados para analisar o projeto de regulamentação (PLP 68/2024) do novo sistema tributário, aprovado por meio da PEC 132/23, no ano passado. De acordo com a versão atual do texto do PLP 68/24, elaborado pelo Ministério da Fazenda, os veículos movidos exclusivamente a baterias elétricas estão isentos de IS. Ficaram dentro os carros a combustão, incluindo os híbridos. “Como política, o governo federal não define a tecnologia dominante. Ele precifica, nas suas políticas e agora no seletivo, as externalidades positivas e negativas, de modo que nós solicitamos a inclusão dos veículos elétricos”, afirmou Margarete Maria Gandini, diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica, subpasta do MDIC. Ela participou de audiência pública na Câmara, nesta segunda-feira (24/6). A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tem mobilizado esforços em Brasília contra a proposta de taxação da indústria automotiva no âmbito do imposto seletivo. O vice-presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, disse entender que essa é uma iniciativa contraditória por parte do governo. Na visão dele, o resultado será o oposto do que é pretendido – isto é, não haverá estímulo à descarbonização, e sim o contrário. “Vou me ater apenas ao fato mais grave: a total contradição entre os objetivos da propostas e os resultados que virão na prática. O imposto seletivo tem como princípio reduzir o consumo de produtos considerados nocivos à sociedade. Se esse é o caso, incluir os automóveis só vai trazer prejuízos para a saúde da população e mais gastos ao SUS”, disse Moraes."

Fonte: Epbr; 25/06/2024

Térmicas atravancam eólicas offshore no Senado e mercado teme perda de janela para investimentos

"O marco das eólicas offshore (PL 576/2021) está emperrado no Senado Federal, sob relatoria de Weverton Rocha (PDT/MA), à espera de uma definição do governo Lula (PT) sobre a permanência ou não das emendas inseridas durante a tramitação do projeto na Câmara. O relator foi o deputado Zé Vitor (PL/MG). Entre as emendas estão a prorrogação de usinas a carvão, demanda de interesse dos parlamentares da região Sul, e a contratação compulsória de térmicas a gás e PCHs. O texto passou com votos da base governista na Câmara. Modificou a lei de privatização da Eletrobras, com a substituição de parte da contratação obrigatória de térmicas pelas pequenas centrais hidrelétricas. Alterou, ainda, as diretrizes para os preços do gás natural, numa tentativa de viabilizar as usinas em regiões sem acesso ao gás natural. Em decorrência do impasse, empresas nacionais e internacionais que pretendem investir no setor de eólicas offshore já começaram a rever seus cronogramas. E, sob pretexto de corte de gastos, começam a desmobilizar equipes. É o caso da Corio, braço do fundo de investimento Green Investment Group (GIG), da australiana Macquarie. Segundo Ricardo de Luca, diretor da empresa no Brasil, sem uma definição no país, já foi preciso demitir equipes voltadas ao desenvolvimento dos projetos. O executivo afirma que além de o Brasil está perdendo a oportunidade de contratar investimentos industriais bilionários para as próximas décadas, um leilão de áreas no curto prazo já movimentaria recursos para o desenvolvimento dos projetos. “Com um 1 GW, apenas para o desenvolvimento, são de 100 a 200 milhões de dólares em investimentos”, afirma. Ele ainda acredita que é possível sinalizar ao mercado um leilão apenas das primeiras áreas até 2025, com mais tempo para um leilão da energia. “Seria um legado”."

Fonte: Epbr; 25/06/2024

Lei de incentivo à reciclagem deve sair esta semana

"O secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, afirmou nesta terça-feira, 25, que a Lei de Incentivo à Reciclagem será regulada pelo presidente Lula na próxima quinta-feira, 27, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado “Conselhão”. A informação foi dada durante a live “Desafio da reciclagem de plástico e nova legislação”, que foi promovida pelo Valor em parceria com o Valor Social, área de responsabilidade social da Globo. Caso ainda não seja possível a regulação nesta data, Adalberto disse que poderá ocorrer no máximo em meados do mês que vem, quando haverá o encontro do Conselho Interministerial para Inclusão Socioeconômica de Catadores e Catadoras de Material Reutilizável e Reciclável (CIISC). Além disso, ele afirma que juntamente haverá a publicação do decreto de Estratégia Nacional de Economia Circular, que já foi assinado pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). Chamada de “Lei Rouanet da Reciclagem”, a legislação prevê um mecanismo de apoio ao setor via renúncia fiscal, que é semelhante ao da área cultural. Aprovado em 2021 pelo Congresso Nacional e promulgado em 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro, o texto possibilita a dedução de até 6% do Imposto de Renda de pessoas físicas e até 1% de pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (até 1%) em troca de investimento em projetos de reciclagem. Para 2024, de acordo com Adalberto, o orçamento provisionou R$ 316 milhões para esse gasto. Na conversa, o secretário ainda informou que podem ser beneficiadas ações de cooperativas de catadores, empreendimentos sociais solidários, organização de redes de comercialização, capacitação, formação, assessoria técnica, e pesquisas na área."

Fonte: Valor Econômico; 26/06/2024

Regulação e subsídios impõem desafios ao H2V

"Considerado um dos potenciais combustíveis da descarbonização, o hidrogênio verde ainda tem um longo caminho a percorrer no Brasil e no mundo para se tornar viável. Estudo da BloombergNEF projeta o país como um dos únicos capazes de oferecer hidrogênio verde a um custo inferior a US$ 1 por quilo até 2030. Para atingir tal objetivo, o país terá de enfrentar desafios internos e externos. O primeiro é no Legislativo.Está em discussão em Brasília um projeto de lei para fixar a regulação e os subsídios sobre o energético. Ainda se discute se o hidrogênio de baixo carbono será o fabricado a partir de fontes como eólicas e solares ou se as hidrelétricas também poderão integrar. A subvenção também está em debate e se ela fará parte da política de neoindustrialização do país. “É importante ter um marco regulatório para a segurança jurídica. O Brasil tem condições de liderar o processo. A escala é fundamental, como ocorreu com o etanol”, afirma o presidente da thysenkrupp, Paulo Alvarenga. A discussão sobre o marco regulatório e os subsídios coincide com sinais no exterior de que o otimismo inicial sobre o combustível está menor do que era. Estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), estima que a capacidade esperada de energia renovável para a produção de hidrogênio deve crescer 45 GW entre 2022 e 2028, 35% abaixo da previsão da previsão de um ano atrás, apenas 7% da capacidade prometida para o mesmo período e um décimo da soma das metas governamentais para 2030. Segundo a AIE, cerca de 75% da capacidade esperada está baseada em três países - China, Arábia Saudita e Estados Unidos. Estudo da BNEF aponta que mais de 1,6 mil projetos em todo o mundo têm potencial para produzir 65 milhões de toneladas por ano de hidrogênio com baixo teor de carbono até 2030."

Fonte: Valor Econômico; 26/06/2024

Internacional

Empresas

Dinamarca cobrará dos fazendeiros 100 euros por vaca no primeiro imposto sobre carbono na agricultura

"A Dinamarca está avançando com o primeiro imposto de carbono do mundo sobre a agricultura, com os criadores de gado sendo cobrados em quase 100 euros por ano pelas emissões de gases de efeito estufa de cada uma de suas vacas. Depois de meses de negociações difíceis com órgãos comerciais e grupos ambientais, a coalizão governista da Dinamarca concordou, na noite de segunda-feira, com uma taxa efetiva de imposto de 120 coroas dinamarquesas (16 euros) por tonelada de emissões equivalentes de dióxido de carbono do gado, incluindo vacas e porcos. Países de todo o mundo estão lutando para reduzir as emissões da produção de alimentos - que é responsável por quase um quarto das emissões globais, incluindo as mudanças no uso da terra - e, ao mesmo tempo, manter a segurança alimentar. Os animais ruminantes, como vacas e ovelhas, produzem metano por meio de seus sistemas digestivos, enquanto os fertilizantes de nitrogênio sintético na grama que eles comem também produzem gases de efeito estufa. A pecuária é responsável por 11% das emissões globais, sendo que quase dois terços desse total são gerados por vacas. O acordo dinamarquês, que estabelece as bases para que o imposto seja introduzido em 2030, ocorre poucos meses depois que os agricultores protestaram em toda a Europa contra as medidas ambientais da UE. Mette Frederiksen, primeira-ministra dinamarquesa de centro-esquerda, disse que esperava que o imposto "abrisse caminho regional e globalmente" para iniciativas semelhantes. A organização de agricultores Bæredygtigt Landbrug, que não estava envolvida nas negociações, criticou imediatamente o acordo, enquanto algumas organizações ecológicas argumentaram, em particular, que havia muitas deduções para que o imposto fosse eficaz."

Fonte: Financial Times; 25/06/2024

A Lufthansa vai impor uma sobretaxa verde em uma tentativa de repassar os custos de combustível sustentável

"A Lufthansa se tornou o primeiro grupo de companhias aéreas a repassar o custo das novas regras de emissões da Europa para os passageiros, anunciando uma sobretaxa de 1 a 72 euros por passagem a partir do próximo ano. O grupo sediado em Frankfurt, que opera a Eurowings, a Swiss e a Austrian Airlines, bem como a companhia aérea de bandeira alemã, disse na terça-feira que estava impondo a taxa sobre as partidas de países europeus para cobrir os "custos adicionais cada vez maiores" das novas exigências ambientais de combustível. A Lufthansa atribuiu a introdução da sobretaxa à regra da UE de tornar o combustível de aviação sustentável (SAF) pelo menos 2% do consumo de combustível das companhias aéreas, que entrará em vigor no início de 2025. Também apontou o esquema de comércio de emissões da Europa e o esquema internacional Corsia, segundo o qual as companhias aéreas compram créditos de carbono para compensar qualquer crescimento, como fatores por trás da taxa. Atualmente, o SAF representa pelo menos o dobro do custo por tonelada do combustível de aviação convencional, à base de hidrocarbonetos. A sobretaxa do grupo será aplicada às partidas dos 27 membros da União Europeia, do Reino Unido, da Suíça e da Noruega, todos participantes das regras do SAF e que possuem esquemas de comércio de emissões. Andrew Charlton, da consultoria Aviation Advocacy, disse que a medida do Grupo Lufthansa, a primeira de uma companhia aérea europeia, foi uma resposta "extremamente agressiva" à introdução das novas regras pela Comissão Europeia."

Fonte: Financial Times; 25/06/2024

Investimento em tecnologia limpa deve atingir US$ 2 trilhões em 2024

"A queima de combustíveis fósseis é responsável por 75% das emissões globais de gases de efeito estufa: a "raiz envenenada da crise climática", de acordo com António Guterres, secretário-geral da ONU. Mas parar de usá-los está longe de ser fácil. O investimento global em tecnologias limpas está a caminho de atingir US$ 2 trilhões este ano, de acordo com a Agência Internacional de Energia, o que representa quase o dobro do valor gasto em combustíveis fósseis. Mesmo assim, esse valor ainda é menos da metade do investimento anual estimado de US$ 4,5 trilhões necessário até o início da década de 2030 para atingir as metas de zero emissões líquidas. O progresso em nível global tem sido lento, com o enorme crescimento da capacidade eólica e solar nos últimos anos não conseguindo acompanhar o aumento da demanda de energia em economias como a China e a Índia. Os combustíveis fósseis foram responsáveis por 81,5% do consumo global de energia em 2023, um pouco abaixo dos 82% em 2022 e dos 86% em 1995, de acordo com o Statistical Review of World Energy do Energy Institute, publicado na semana passada. "É possível que a transição [energética] ainda nem tenha começado", disse Nick Wayth, executivo-chefe do Energy Institute, aos repórteres na época. "A energia limpa ainda não está atendendo a todo o crescimento da demanda e, portanto, em nível global, não está substituindo os combustíveis fósseis." Já se passaram quase nove anos desde que 193 países, mais a UE, assinaram o histórico Acordo de Paris de 2015 para reduzir o aquecimento global. Vinte e quatro países, incluindo o Reino Unido, a Alemanha e a França, bem como a UE como um bloco, agora têm planos legalmente vinculativos para reduzir suas emissões a zero líquido até 2050, de acordo com o Net Zero Tracker, uma plataforma de dados."

Fonte: Financial Times; 26/06/2024

Foco no carvão prejudica as esperanças de ambição climática da China

"Para ter uma chance de combater as mudanças climáticas, o mundo precisa que o governo do presidente Xi Jinping encontre uma maneira de descarbonizar a economia da China. O país, com 1,4 bilhão de habitantes e uma enorme economia industrial ainda altamente dependente do carvão, é o maior poluidor do mundo, sendo responsável por quase um terço das emissões globais de carbono. Os ativistas climáticos de todo o mundo podem ter se alegrado cautelosamente em setembro de 2020, quando Xi disse à Assembleia Geral da ONU que as emissões de carbono da China atingiriam o pico antes de 2030 e que o país alcançaria a neutralidade de carbono até 2060, também conhecida como as metas 30-60. Mas agora, quase quatro anos depois, alguns especialistas em mudanças climáticas estão temendo que o ímpeto gerado pela dupla promessa de Xi tenha diminuído à medida que as autoridades priorizam o crescimento econômico e a segurança energética. "A dinâmica tem sido desafiadora: embora a China continue a adicionar energias renováveis em um ritmo frenético, e mais energias renováveis estejam sendo usadas na geração de energia, ela também está adicionando mais carvão e falando sobre o carvão como a espinha dorsal do sistema de energia e uma fonte de segurança", diz Michal Meidan, chefe de pesquisa de energia da China no Oxford Institute for Energy Studies. Os principais indicadores de preocupação são o aumento de novas usinas de energia movidas a carvão na China e a lenta taxa de aposentadoria das usinas de carvão mais antigas. No ano passado, a China adicionou novas usinas de carvão com capacidade para produzir 47,4 gigawatts de energia - o que representa dois terços de todos os acréscimos de capacidade de carvão global - enquanto aposentava apenas 3,71 GW, de acordo com o Global Energy Monitor, um grupo de pesquisa."

Fonte: Financial Times; 26/06/2024

Pobreza energética e obstáculos de financiamento impedem a transição verde da África

"Os efeitos do rápido aquecimento do clima são muito evidentes na África. Inundações descritas como "sem precedentes" mataram mais de 200 pessoas no Quênia em maio e desalojaram milhares de outras. No Sahel, a faixa semiárida ao sul do Saara, a mudança climática está causando a desertificação que dificulta cada vez mais a produção de gado, exacerbando os conflitos e levando as pessoas à pobreza. E, no oeste da África, uma onda de calor letal no início deste ano foi atribuída pelos cientistas às mudanças climáticas induzidas pelo homem. Espera-se que a situação piore. Como o continente menos industrializado do mundo, a África contribui atualmente com apenas 2% a 3% das emissões mundiais de dióxido de carbono provenientes de fontes de energia e industriais, de acordo com dados da ONU. No entanto, é o continente mais vulnerável aos efeitos do aquecimento global, com infraestrutura, produção de energia e financiamento menos confiáveis para desenvolver a resistência às mudanças climáticas. Há uma necessidade urgente de industrialização da África. Cerca de 600 milhões de pessoas no continente, ou cerca de metade de sua população, ainda não têm acesso à eletricidade. Isso tem efeitos prejudiciais sobre a renda familiar, a educação e o crescimento econômico geral. E 950 milhões de pessoas não têm acesso a gás ou eletricidade para cozinhar e, em vez disso, recorrem à queima de carvão ou lenha. Entretanto, há uma divergência de opiniões sobre como a industrialização deve ser alcançada. Figuras de destaque, como Gwede Mantashe, ministro da energia da África do Sul, pedem que a África continue a usar a energia nuclear."

Fonte: Financial Times; 26/06/2024

Investidores unem forças para pressionar por ações políticas sobre a perda da natureza

"Na quarta-feira, um grupo de mais de 200 investidores apoiou um plano para iniciar conversas com 60 empresas sobre biodiversidade, com foco naquelas que atuam em países com ecossistemas em risco de perda de florestas e degradação da terra. A iniciativa do Spring vem antes das negociações globais na Colômbia, em outubro, que visam acelerar os esforços para proteger e restaurar a natureza como parte de um acordo-quadro de Biodiversidade Global alcançado em 2022. Lançado pelos Princípios para o Investimento Responsável, uma rede apoiada pelas Nações Unidas, o processo do Spring se concentrará na ação política que afeta os biomas mais importantes do planeta. "O que estamos vendo hoje por parte dos investidores é o reconhecimento da importância da natureza na gestão de riscos materiais de investimento, incluindo o desmatamento e a perda de biodiversidade, quando alinhados com seu dever fiduciário individual", disse David Atkin, CEO do PRI, em um comunicado. Todas as empresas são importantes participantes dos setores de alimentos e agricultura, mineração, automotivo, químico ou bancário, e têm uma grande exposição à perda da natureza ou um papel influente no engajamento de formuladores de políticas. Entre elas estão a empresa francesa de cosméticos L'Oreal, onde as palestras serão conduzidas pela CCLA Investment Management e pela Dorval Asset Management; e a montadora japonesa Toyota, onde as palestras serão conduzidas pela Nomura Asset Management. Em um comunicado, a Toyota afirmou que vem trabalhando com as partes interessadas para promover a conservação da biodiversidade há muitos anos e que "continuará a manter um diálogo aberto e construtivo com investidores e iniciativas". A L'Oreal não respondeu imediatamente a um pedido de comentário."

Fonte: Reuters; 26/06/2024

Política

UE apoia plano de 650 bilhões de euros para ajudar as cidades a atingirem o zero líquido até 2030

"Um grupo de 112 cidades com o objetivo de eliminar suas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2030 precisará de um total de 650 bilhões de euros (US$ 695,83 bilhões) em investimentos para cumprir a promessa, informou uma iniciativa da União Europeia na quarta-feira. Parte da "Missão 100 Cidades Inteligentes e Neutras para o Clima" da UE, a meta de emissões líquidas zero das cidades é mais ambiciosa do que a da maioria dos governos, com a UE de 27 países e a Grã-Bretanha estabelecendo um prazo até 2050. Depois que 377 cidades se candidataram para participar do programa, 100 do bloco e 12 de países associados foram escolhidas e estão desenvolvendo um plano climático com o apoio da UE e da empresa de consultoria sem fins lucrativos Bankers without Boundaries (BwB). Esse plano é então transformado em um projeto de investimento avaliado pela Comissão Europeia e por especialistas independentes antes que a cidade receba um selo para confirmar o fato. Até o momento, 33 cidades tiveram seus planos aprovados, incluindo Lyon, Sevilha, Malmo, Lisboa e Florença, e espera-se que outras sejam aprovadas em outubro. Os projetos podem incluir a reforma de edifícios para que sejam mais eficientes em termos de energia e a adaptação da infraestrutura para resistir a eventos climáticos mais extremos. "Historicamente, as cidades não têm sido parceiras importantes do setor privado, mas o progresso pode ser muito mais rápido se o capital privado estiver mais envolvido", disse Allison Lobb, diretora executiva da Bankers without Boundaries. Para ajudar a levantar o dinheiro, a UE lançou na quarta-feira um "Climate City Capital Hub" que alavancará as garantias dos governos nacionais para atrair financiamento privado e agrupará pequenos projetos que normalmente teriam dificuldades para acessar o financiamento individualmente."

Fonte: Reutetrs; 25/06/2024

Líderes da UE querem mais indústria verde na Europa, mostra esboço

"Os líderes da União Europeia pedirão esta semana um foco maior na fabricação de tecnologias verdes na Europa, à medida que a concorrência para a produção de carros elétricos e turbinas eólicas se acirra com a China e os Estados Unidos, segundo uma declaração preliminar. Os líderes dos países da UE se reunirão em Bruxelas na quinta-feira para uma cúpula de dois dias, onde planejam decidir quem deve assumir os principais cargos do bloco, abrir uma nova aba para os próximos cinco anos e dar orientações sobre as metas políticas. Um rascunho dessa orientação, visto pela Reuters na terça-feira, refletiu um desejo crescente entre os formuladores de políticas europeus de apoiar as indústrias europeias a fabricar as tecnologias necessárias para atingir as metas climáticas. "Criaremos um ambiente mais favorável ao aumento da capacidade de fabricação da Europa para tecnologias e produtos com emissões líquidas zero", diz o rascunho, acrescentando que a transição verde da Europa deve se concentrar em manter os setores competitivos. Outros tópicos verdes foram menos proeminentes na minuta, que não especificou se os líderes pretendem fortalecer as políticas climáticas da UE nos próximos cinco anos ou investir mais na adaptação ao agravamento dos riscos de mudança climática decorrentes de enchentes e ondas de calor. Uma das próximas tarefas da Comissão Europeia é propor uma meta legalmente vinculante para a UE reduzir as emissões até 2040. Isso não foi mencionado na minuta. Dois diplomatas da UE disseram que alguns governos tentaram reduzir o foco dos documentos na agenda verde da Europa, que enfrentou oposição nos últimos meses de políticos de direita e de extrema direita."

Fonte: Reutetrs; 25/06/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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