Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 0,32% e 0,14%, respectivamente.
• No Brasil, (i) um estudo realizado pela KPMG em junho deste ano indicou um aumento no número de mineradoras que assumiram publicamente compromissos para garantir a segurança de suas barragens de rejeitos – das 73 empresas que possuem barragens com risco alto potencial, 16 estão comprometidas com Global Industry Standard in Tailings Management (GISTM), representando 53% das barragens de rejeito de minério no país (vs. 51% em 2012); e (ii) o governo federal pretende lançar até o fim do ano mais três editais de leilões para viabilizar novas linhas de crédito do Eco Invest Brasil, voltado a financiar projetos sustentáveis e de longo prazo – as linhas têm o objetivo de alavancar investimentos privados que promovam a transformação ecológica do país, conceito que engloba atividades como produção de energia verde e reflorestamento.
• No internacional, mais de 100 empresas, incluindo a Unilever, L’Occitane, e Iberdrola, pediram aos governos que adotem políticas mais rígidas para atingir a meta da ONU de interromper a perda de natureza até o final da década – as companhias pedem um acordo mais expressivo com um plano de ação na cúpula da biodiversidade COP16, a ser realizada em outubro na Colômbia.
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Brasil
Empresas
Bromélia da Amazônia pode ser alternativa ao plástico do petróleo
“Pesquisas realizadas com uma espécie de bromélia nativa da Amazônia e semelhante ao abacaxi, o curauá (Ananas erectifoliu), têm revelado um alto potencial de alternativa econômica sustentável para a substituição do plástico de origem petroquímica. O estudo, desenvolvido no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus, já está em fase de implantação por meio de um projeto-piloto de extensão desenvolvido com produtores da agricultura familiar. Por meio de um acordo de cooperação com outras instituições, o CBA fornece as mudas, capacita os produtores para o plantio e produção da fibra e conecta com uma empresa para a produção do bioplástico. “A nossa ideia é o desenvolvimento das cadeias produtivas e levar desenvolvimento, renda e um apelo social e ambiental para o interior do nosso estado. Já tem até patentes com coletes balísticos, vigas para edifícios, antiterremoto, tudo por conta da grande elasticidade e resistência dessa fibra”, explica Simone da Silva, pesquisadora e gerente da Unidade de Tecnologia Vegetal do CBA. Presente na região de não floresta, o curauá é fiel às características de clima e solo da região, preferindo solo não encharcado, ácido e pouco fértil. De acordo com os pesquisadores, é uma excelente opção de manejo sustentável por desenvolver melhor em área de sombra e com outras espécies. Além do preparo da área não exigir fogo ou derrubada, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano. “Vai muito ao encontro da nossa ideia de implantar em sistemas agroflorestais. O produtor não precisa deixar de plantar o que é a vocação natural dele. Se produz açaí, macaxeira, mamão, maracujá, que ele possa produzir em consórcio”, observa a pesquisadora.”
Fonte: Epbr; 15/07/2024
No Brasil, mais mineradoras aderem a requisitos de segurança para barragens
“Um estudo realizado pela KPMG em junho deste ano indicou um aumento no número de mineradoras no Brasil que assumiram publicamente compromissos para garantir a segurança de suas barragens de rejeitos. Das 73 empresas que possuem barragens com risco alto potencial, 16 estão comprometidas com Global Industry Standard in Tailings Management (GISTM), ou Padrão Global da Indústria em Gerenciamento de Barragens. O GISTM possui 77 requisitos para gestão segura de barragens de rejeitos existentes e novos projetos. Em 2022, havia 12 empresas comprometidas com esse padrão, de um total de 65 mineradoras com barragens com risco alto potencial. As 16 mineradoras comprometidas em 2024 possuem 142 barragens, ou 53% das barragens de rejeitos de minério do país. Em 2022, as 12 empresas comprometidas detinham 131 barragens (51% do total). O levantamento da KPMG foi feito com base nos dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) de barragens de rejeitos classificadas com alto potencial de rompimento. O estudo também mostrou que o percentual de mineradoras com barragens com alto dano potencial no Brasil baixou de 279 (28% do total em 2022) para 276 (26% este ano). André Winter, sócio-diretor de consultoria em ESG (sustentabilidade ambiental, consciência social e governança) da KPMG, disse que, embora seja um aumento pequeno no número de mineradoras que assumiram compromisso com padrões mais rígidos de segurança de barragens, essas empresas são donas das maiores barragens, o que é positivo para o país. “Uma parte das empresas não assumiu publicamente o compromisso com o GISTM, mas já adota padrões de segurança na gestão de barragens. A tendência nos próximos anos é de avanço na adoção pública desses compromissos”, acrescentou Winter.”
Fonte: Valor Econômico; 15/07/2024
Eventos climáticos elevam a volatilidade e acendem alerta no mercado de energia
“A frustração com o período chuvoso associada a um contexto de temperaturas acima da média está trazendo de volta a volatilidade ao setor elétrico, com o mercado de energia assistindo a uma forte retomada das operações de compra e venda entre comercializadoras e empresas intensivas em eletricidade. Depois de quase dois anos estável, o piso do preço de referência da energia elétrica para 2024, conhecido como Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), se descolou do mínimo regulatório de R$ 61 por megawatt-hora (MWh) para quase R$ 1.500 por MWh em alguns dias nos horários de pico. A aposta de volatilidade já vem sendo anunciada por agentes do setor, que sentem as oscilações desde o fim de 2023. No primeiro semestre de 2024, o volume de energia transacionada no mercado livre (que inclui os grandes consumidores), bateu a marca de 338,8 terawatts-hora (TWh), totalizando mais de R$ 42,3 bilhões em contratos futuros que vão até 2034. O montante superou toda a quantidade negociada no ano de 2023, segundo dados do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE). O diretor Comercial e de Produtos da BBCE, Eduardo Rossetti, lembra que em todos os meses de 2024 houve um elevado volume de negociação. Segundo ele, os “traders” estão 100% do pregão acompanhando a tela em busca de oportunidades, contexto completamente diferente do visto em 2023. Hoje o Brasil não vive um problema de abastecimento e segurança energética, mas, sim, o atendimento da “ponta da demanda”, ou seja, nos momentos entre 18h e 21 h, quando a geração solar zera, mas o consumo de eletricidade nas residências se mantém alto e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisa despachar usinas mais caras para suprir essa carga.”
Fonte: Valor Econômico; 15/07/2024
Mesmo sob ataques, créditos REDD+ seguem fundamentais para financiar o combate ao desmatamento
“Não é de hoje que o mercado de créditos de carbono é alvo de questionamentos e cobranças em relação à sua eficiência e integridade. Isso é bom. Somente sob a vigilância constante da comunidade científica global vamos evoluir de maneira contínua na conquista de resultados cada vez melhores na jornada rumo a uma economia carbono zero. Esse tema ainda é cercado de incompreensão e dúvidas por diversos segmentos da sociedade, que veem como abstratos e imensuráveis muitos dos resultados divulgados. Tal percepção nos mostra o quanto precisamos evoluir para incorporar no nosso cotidiano econômico as chamadas soluções baseadas na natureza, que têm por premissa o uso sustentável dos recursos naturais para atender objetivos sociais, ambientais e econômicos. Ataques meramente ideológicos sustentados menos por orientação técnica e mais por opiniões pré-estabelecidas em nada contribuem para o desenvolvimento de qualquer atividade humana. Debates sobre aprimoramentos são fundamentais para qualquer medida que se apresente como solução para problemas tão complexos como as mudanças climáticas. No caso específico do mercado de carbono e, mais especificamente ainda, dos créditos gerados a partir do desmatamento evitado em florestas nativas (os chamados REDD+), são sempre relevantes as discussões sobre as metodologias para medir a eficiência dos projetos de conservação e as formas de ampliar a transparência e a diligência sobre todo o processo. Mas é preocupante a disseminação de informações inverídicas ou fundamentadas em fatos isolados que colocam em risco os investimentos em iniciativas que já se mostram eficientes para evitar o desmatamento e, consequentemente, diminuir a quantidade de carbono e outros gases nocivos na atmosfera.”
Fonte: Valor Econômico; 15/07/2024
O que os mercados de carbono têm a ver com as enchentes do RS?
“E se os mercados de carbono pudessem não só reduzir ou evitar emissões de gases de efeito estufa, mas também ajudar a promover adaptação e resiliência climática? Não é uma ideia nova. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, do Protocolo de Quioto da ONU, já previa a obrigação de destinação de uma parcela dos rendimentos da geração de créditos de carbono para o Fundo de Adaptação criado nas Nações Unidas. O novo mecanismo do Acordo de Paris mantém essa lógica, e há um movimento para se encorajar essa prática também no mercado voluntário de carbono. O MDL introduziu uma abordagem inovadora de financiamento para adaptação dentro de um mecanismo para financiamento de mitigação: instituir um “share of proceeds”, ou em português uma “parcela dos rendimentos”, sobre os créditos de carbono gerados em cada projeto, com destinação específica para o Fundo de Adaptação da Convenção do Clima, a UNFCCC. Funciona da seguinte forma: quando um projeto MDL é validado e verificado, ele pode gerar Reduções Certificadas de Emissões (RCEs). Uma taxa de 2% é aplicada sobre todas as RCEs emitidas, mas essa retenção não é feita em dinheiro, e sim em RCEs. De cada lote de RCEs emitido, 2% são retidos diretamente pelo Conselho Executivo do MDL. Por exemplo, se um projeto gera 1.000 RCEs, 20 RCEs serão retidas e 980 RCEs serão entregues ao titular do projeto. A porção retida é transferida para o fundo, que pode vendê-la no mercado. Os recursos são utilizados pelo Fundo de Adaptação para financiar projetos de adaptação nos países em desenvolvimento, com base nas necessidades e vulnerabilidades específicas desses países em relação às mudanças climáticas. O Fundo de Adaptação funciona dentro da UNFCCC e é um veículo muito querido pelos países vulneráveis por causa de sua governança singular.”
Fonte: Capital Reset; 16/07/2024
Política
Órgãos públicos miram mercado livre de energia para reduzir emissões e gastos
“Em busca de menores custos e de atingir critérios de sustentabilidade, os entes públicos ligados aos governos federal, estadual e municipal passaram a olhar com mais interesse para o mercado livre de energia elétrica este ano, depois da flexibilização das regras que entrou em vigor em janeiro de 2024. A partir deste ano, todos os consumidores de alta tensão podem entrar no ambiente de contratação livre. O mercado livre possibilita ao cliente escolher o supridor da eletricidade, por meio da contratação de uma comercializadora ou de uma geradora de energia. Com isso, esses clientes deixam de consumir a geração que é negociada com a concessionária de distribuição. Apenas os órgãos públicos de administração direta consomem 3% de toda a energia elétrica do Brasil, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). São cerca de 15 GWh por ano. Todos os clientes que migram para o ambiente livre a partir deste ano precisam estar vinculados a uma comercializadora, que é responsável pela gestão dos contratos. Essa intermediação facilita a migração de clientes que não têm grande experiência no mercado de energia, caso dos órgãos públicos. Uma das diferenças na contratação de energia no mercado livre pelos entes públicos em relação a empresas privadas é a necessidade de realização de editais para a competição entre as comercializadoras. Alguns desses editais, inclusive, trazem condições para garantir maior segurança, como a exigência de que a comercializadora faça parte de um grupo com usinas de geração associadas ou que já tenha parques em operação, além da exigência de garantias financeiras.”
Fonte: Epbr; 15/07/2024
Governo prepara novas linhas do Eco Invest neste ano
“O governo federal pretende lançar até o fim do ano mais três editais de leilões para viabilizar novas linhas de crédito do Eco Invest Brasil, voltado a financiar projetos sustentáveis e de longo prazo. O programa foi anunciado em fevereiro ano pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante o G20. As linhas têm o objetivo de alavancar investimentos privados que promovam a transformação ecológica do país – conceito que engloba atividades como produção de energia verde e reflorestamento. Todas serão criadas dentro do Fundo Clima, que tem recebido aportes do Tesouro Nacional, fruto de emissões externas de títulos soberanos sustentáveis. O primeiro edital foi lançado na semana passada, envolvendo financiamento público e privado (“blended finance”), voltado a viabilizar novas unidades produtivas (“greenfield”) na área de sustentabilidade. Conforme mostrou o Valor na edição de ontem, as instituições financeiras têm até 60 dias para apresentar propostas e ganharão aquelas que apresentarem maior percentual de participação de capital privado nos projetos. O montante financiado por meio de recursos públicos será de até US$ 2 bilhões, com taxa anual de juros de 1%, já regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “O Eco Invest é um programa que tem como finalidade criar condições para atrair capital externo para fomentar poupança externa e financiar todos esses investimentos produtivos da transformação ecológica”, disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ao Valor. “Dentro dele, tem quatro grandes instrumentos. O primeiro deles é essa linha de blended finance, que já soltamos [o edital]. Nós temos outras três [linhas]. Todas serão regulamentadas e terão os leilões publicados ainda em 2024.””
Fonte: Valor Econômico; 16/07/2024
Internacional
Empresas
Grupo de trilhões de dólares pede ação do governo para impedir a perda da natureza
“Mais de 100 empresas, incluindo a Unilever, L’Occitane, e Iberdrola, pediram aos governos que adotem políticas mais rígidas para atingir a meta da ONU de interromper a perda de natureza até o final da década. Com mais de 1 milhão de espécies à beira da extinção, o mundo concordou com um acordo histórico em 2022 para proteger a biodiversidade, incluindo uma promessa de proteger 30% dos ecossistemas naturais do mundo. Os países se reunirão na cúpula da biodiversidade COP16 em outubro na Colômbia para definir os detalhes da implementação da promessa. Em uma carta compartilhada exclusivamente com a Reuters antes das negociações, 132 empresas com receitas combinadas de US$ 1,1 trilhão exigiram uma ação mais forte. Outras empresas que assinaram o pedido de ação – em medidas que vão desde a reforma dos subsídios até o uso da água e práticas agrícolas – incluem a mineradora Teck Resources, o grupo alimentício Danone, a empresa de energia RWE e a fabricante de cimento Holcim. Os seres humanos estão dizimando a vida selvagem ao destruir ecossistemas nativos, poluir a natureza e provocar mudanças climáticas. Seja qual for o custo financeiro das medidas preventivas, alguns dos que apóiam a carta afirmaram que o custo muito maior seria a perda de espécies, já que a produção de alimentos depende de um número cada vez menor de polinizadores, por exemplo, e a interrupção dos sistemas de água que dependem de ecossistemas vulneráveis. “Se não nos concentrarmos na natureza, se não nos concentrarmos na biodiversidade, o negócio que operamos pode nem mesmo existir nos próximos anos”, disse Rishi Kalra, diretor executivo e diretor financeiro do grupo Olam Food Ingredients (ofi), um dos maiores fornecedores mundiais de ingredientes para alimentos e bebidas.”
Fonte: Reuters; 15/07/2024
Política
China aciona OMC contra subsídios americanos a carros elétricos
“A China fez uma solicitação formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) para investigarem o uso de subsídios do governo para a indústria de carros elétricos dos Estados Unidos, que Pequim acusa de estar afetando o equilíbrio do setor no mercado global, segundo a agência de notícias estatal “Xinhua”. Pequim questiona o uso do Pacote de Redução de Inflação dos EUA como maneira de subsidiar a produção de veículos elétricos no país, já que ele fornece ao setor bilhões de dólares em créditos fiscais para ajudar os consumidores a comprar veículos elétricos produzidos no país. A ação na OMC foi iniciada depois que os dois países não conseguiram resolver a disputa em consultas bilaterais, segundo comunicado emitido pelo Ministério do Comércio da China. Segundo a China, o pacote de subsídios americanos “exclui produtos de membros da OMC, como a China, estabelece barreiras comerciais artificiais e aumenta os custos da transição para energia verde”. O pacote de subsídios americanos foi aprovado em agosto de 2022 e destina US$ 369 bilhões para a transição energética ao subsidiar e financiar projetos de energia renovável no país.”
Fonte: Valor Econômico; 15/07/2024
Nações se reúnem para negociar código de mineração em alto-mar enquanto a oposição aumenta
“A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) das Nações Unidas se reunirá na segunda-feira para considerar novas regras que permitam às empresas extrair minerais do fundo do oceano, apesar das preocupações crescentes sobre os riscos econômicos e ambientais. Os defensores dizem que a mineração em águas profundas ajudará a aumentar os suprimentos de matérias-primas como cobalto e níquel, que são necessários para a transição energética global, mas os críticos dizem que ela poderia destruir ecossistemas e interromper rotas migratórias. Cerca de 27 países estão pedindo pelo menos uma suspensão temporária das atividades, e o Havaí, na semana passada, tornou-se o quarto estado americano do Pacífico a emitir uma proibição abrangente. Reunido em Kingston, na Jamaica, até 26 de julho, o conselho de 36 membros da ISA negociará o último rascunho de um “código de mineração” há muito aguardado, projetado para regular a exploração e a extração de “nódulos polimetálicos” e outros depósitos no fundo do oceano. “Acho que ficará muito claro nesta sessão que ainda há um longo caminho a percorrer”, disse Pradeep Singh, especialista em governança oceânica do Instituto Potsdam da Alemanha, afirmando que os países ainda estão divididos quanto ao texto final. Muitos estão preocupados com o fato de o código estar sendo aprovado às pressas, sem o devido escrutínio, e querem desacelerar o processo, disse Singh. Embora muitos estejam preocupados com os riscos ambientais, outros também estão buscando clareza sobre como os lucros da mineração em mar profundo serão compartilhados.”
Fonte: Reuters; 15/07/2024
China planeja atualizações de baixo carbono para o setor de energia a carvão
“A China planeja reduzir as emissões de carbono em seu setor de energia a carvão, testando a queima de usinas de energia usando carvão misturado com amônia verde ou biomassa, bem como a captura, utilização e armazenamento de carbono. A energia a carvão com uso intensivo de carbono continua a ser a principal fonte de energia no maior consumidor de energia do mundo, embora o governo esteja trabalhando para desenvolver fontes de energia renováveis. As novas abordagens foram listadas em um plano governamental emitido em conjunto pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e pela Administração Nacional de Energia. O governo incentiva as autoridades locais a apoiar e subsidiar projetos de baixo carbono. Ainda assim, os analistas questionaram a viabilidade da implantação de novas tecnologias devido aos altos custos. “As usinas de energia de biomassa na China não são financeiramente viáveis sem subsídios, em grande parte devido ao fornecimento inadequado de combustível”, disse Shen Xinyi, analista do Centro de Pesquisa sobre Energia e Ar Limpo. “Não tenho certeza se é sensato queimar amônia verde em usinas de energia a carvão (devido aos custos), especialmente quando ainda há potencial para aumentar o uso de energia renovável, como, por exemplo, melhorar o comércio de energia entre províncias e aumentar a flexibilidade das usinas de energia a carvão”, disse Shen. O plano do governo definiu as emissões de carbono da eletricidade gerada usando gás natural como referência para o setor de energia a carvão. Segundo a empresa, os primeiros projetos de baixo carbono que utilizam algumas das novas abordagens começarão a operar no próximo ano.”
Fonte: Reuters; 16/07/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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