XP Expert

Entenda o cenário internacional em julho e saiba o que esperar

Mensalmente, um conteúdo que te explica o que aconteceu com os principais indicadores econômicos

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

O que vemos agora? No mundo: juros devem começar a cair nos EUA nesse semestre, mas seguir altos. No Brasil: desemprego baixo e renda em alta impulsionam economia, mas piora do risco fiscal e ruídos políticos limitam a queda da Selic, que deve seguir em 10,50% até o ano que vem. Confira como investir nesse cenário.

Projeções macroeconômicas são importantes para todo investidor, porque ajudam a nos prepararmos para o que vem adiante. Ou seja, não ser pego de “calças curtas”, especialmente em momentos desafiadores para os investimentos.

Isso não significa que você saberá “o dia exato em que o dólar vai cair ou subir”. Pois isso, infelizmente, será praticamente impossível. Mas quer dizer que você entenderá melhor as tendências da economia e poderá pensar em como adaptar seus investimentos (ou manter tudo como está, se for o caso), pensando no seu perfil e objetivos.

Com isso em mente, detalhamos abaixo nossas principais projeções para este ano e o próximo. Abaixo, te contamos o porquê de tudo isso, e como investir nesse cenário.

(Todos) À espera da queda de juros nos Estados Unidos

No cenário internacional, o principal motor dos mercados segue a política monetária – ou seja, o movimento nas taxas de juros ao redor do mundo.

Como já era realidade no mês passado, Bancos Centrais como o do Canadá, Zona do Euro e Reino Unido iniciaram o processo de afrouxamento monetário (ou seja, começaram a cortar os juros) ou sinalizaram que isso deve ocorrer nos próximos meses.

A novidade recente é que (finalmente) consolida-se a visão de que os juros devem começar a cair nos Estados Unidos nesse semestre. Isso porque os últimos meses foram marcados por resultados de inflação bem-comportados – inclusive melhores do que o esperado - ao mesmo tempo em que dados de mercado de trabalho sinalizam reequilíbrio para os níveis vistos no pré-pandemia da Covid-19.

Ou seja: o ritmo de crescimento da maior economia do mundo está finalmente cedendo, e sem que isso sinalize para uma forte ruptura (crise).

Isso não significa que a luta contra a inflação está ganha nos Estados Unidos, especialmente considerando alguns preços subindo ainda em ritmo acima da meta do Banco Central americano (o Fed) - a exemplo do crescimento de aprox. 4,0% de salários no acumulado em doze meses até junho.

Além disso, incertezas geopolíticas seguem no radar, colocando em risco a alta de preços no mundo. Conflitos envolvendo grandes produtores de commodities, como Rússia e Ucrânia, podem voltar a pressionar custos para a produção industrial global, como petróleo e fretes marítimos - por exemplo. Da maneira similar, a disputa comercial entre China e EUA pode pressionar o preço de importados por meio da elevação de tarifas.

Dito isso, o cenário atual permite que o Fed possa – finalmente – ter mais confiança da consolidação do próximo passo da política monetária: no caso, o processo de afrouxamento monetário. Em outras palavras: cria espaço para que os juros comecem a cair em breve no país. 

Juros elevados têm o objetivo de controlar a alta de preços, encarecendo o crédito, desincentivando o consumo, e desaquecendo a economia e a demanda por bens e serviços. 

Nesse cenário, esperamos que os juros comecem a cair nos EUA em dezembro, encerrando o ano no intervalo entre 5,00% e 5,25% ao ano. Mas reconhecemos que esse primeiro corte pode vir até antes, em setembro, caso os dados continuem mostrando queda na inflação e desaquecimento da economia.
Adiante, vemos os juros básicos no país se estabilizando em 3,5% em 2026.

Vale destacar que o início tardio do começo da queda de juros nos Estados Unidos não deve impedir cortes de juros em outras regiões. Olhando para países emergentes, como os latino-americanos, o ritmo de redução dos juros deve continuar sendo determinado por fatores domésticos, como a inflação corrente e a performance do mercado de trabalho.

Entretanto, com os juros permanecendo altos por mais tempo nos Estados Unidos, a magnitude da queda pode ser limitada – especialmente por conta do impacto nas taxas de câmbio. Afinal, quanto maiores os juros nos EUA (e quanto mais tempo elevados), mais forte tende a ser o dólar, impactando preços mundo afora.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, a China deve seguir lutando contra um crescimento mais fraco. O país ainda enfrenta desafios para retomar um ritmo de crescimento robusto, diante da crise que se arrasta no setor imobiliário e da baixa confiança e demanda entre consumidores, produtores e investidores.

Assim, mesmo com esforços do governo em impulsionar setores, como o mercado imobiliário, a meta de crescimento de 5,0% para esse ano segue desafiadora. Adiante, o país deve crescer menos do que o observado nos últimos anos. 

 

Vemos o impacto dessa desaceleração, entretanto, como limitado para a economia brasileira, além de ser um ponto benéfico para a inflação global (não adicionando mais pressão sobre os preços).  Entendemos que nossas exportações devem seguir fortes para o país asiático, contribuindo para a manutenção das nossas contas externas sólidas e, assim, servindo como espécie de “âncora” para nossa moeda.

Falamos mais sobre nossa visão para a taxa de câmbio abaixo.

  

Clique aqui para receber por e-mail os conteúdos de economia da XP

Veja os outros tópicos da série "O que aconteceu" de junho

https://conteudos.xpi.com.br/economia/entenda-o-cenario-de-atividade-em-junho-e-saiba-o-que-esperar/
https://conteudos.xpi.com.br/economia/entenda-o-cenario-de-inflacao-em-junho-e-saiba-o-que-esperar/
https://conteudos.xpi.com.br/economia/entenda-o-cenario-do-dolar-em-junho-e-saiba-o-que-esperar/
https://conteudos.xpi.com.br/economia/entenda-o-cenario-da-selic-em-junho-e-saiba-o-que-esperar-2/
Onde Investir em 2025 banner
XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este relatório foi preparado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos”) e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º na Resolução CVM 20/2021. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas e análises políticas, e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra/venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra/venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem a opinião atual do responsável pelo conteúdo deste relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso prévio. A XP Investimentos não tem obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e de informar o leitor. O responsável pela elaboração deste relatório certifica que as opiniões expressas nele refletem, de forma precisa, única e exclusiva, suas visões e opiniões pessoais, e foram produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação a XP Investimentos. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida a sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710. Para maiores informações sobre produtos, tabelas de custos operacionais e política de cobrança, favor acessar o nosso site: www.xpi.com.br.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.