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Entenda o cenário do dólar em julho e saiba o que esperar

Mensalmente, um conteúdo que te explica o que aconteceu com os principais indicadores econômicos

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O que vemos agora? No mundo: juros devem começar a cair nos EUA nesse semestre, mas seguir altos. No Brasil: desemprego baixo e renda em alta impulsionam economia, mas piora do risco fiscal e ruídos políticos limitam a queda da Selic, que deve seguir em 10,50% até o ano que vem. Confira como investir nesse cenário.

Projeções macroeconômicas são importantes para todo investidor, porque ajudam a nos prepararmos para o que vem adiante. Ou seja, não ser pego de “calças curtas”, especialmente em momentos desafiadores para os investimentos.

Isso não significa que você saberá “o dia exato em que o dólar vai cair ou subir”. Pois isso, infelizmente, será praticamente impossível. Mas quer dizer que você entenderá melhor as tendências da economia e poderá pensar em como adaptar seus investimentos (ou manter tudo como está, se for o caso), pensando no seu perfil e objetivos.

Com isso em mente, detalhamos abaixo nossas principais projeções para este ano e o próximo. Abaixo, te contamos o porquê de tudo isso, e como investir nesse cenário.

E o dólar, vai para onde?

Os últimos meses foram marcados por forte volatilidade da nossa taxa de câmbio.  Depois de um começo de ano relativamente favorável, o segundo trimestre trouxe substancial depreciação do real, com o dólar atingindo os patamares mais elevados desde o final de 2021. Para ilustrar, nossa taxa de câmbio chegou a alcançar 5,70 reais por dólar no início de julho, antes de retomar certa estabilidade próximo de 5,40 reais (no momento da produção desse relatório).

A depreciação recente da nossa moeda refletiu movimentos principalmente domésticos, dos quais destacamos a piora da percepção de risco fiscal e ruídos no cenário político. Crescente incerteza sobre a capacidade do governo de elevar as receitas de modo a cumprir as regras fiscais existentes, além de intervenções do governo em empresas listas e ruídos entre o Executivo e o Banco Central têm impactado a percepção de risco sobre ativos brasileiros, incluindo a nossa moeda. 

A forte saída de capital estrangeiro vista em nossos mercados (especialmente na bolsa) recentemente também tem refletido essa piora de percepção de risco, além de impactar o fluxo de moeda em nossa direção – e, consequentemente, a nossa taxa de câmbio de maneira mais direta.

Vale destacar, ainda, o impacto dos juros altos nos Estados Unidos. Embora os juros na maior economia do mundo devam começar a cair nesse semestre, esse movimento deverá ser gradual – mantendo um dólar relativamente forte frente a outras moedas, por atrair capital em busca de maiores retornos.

Olhando adiante, esperamos alguma redução na percepção de risco até o final do ano, com o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos e a melhora (mesmo que parcial) de ruídos políticos.

Mas não vemos o real se valorizando de maneira sustentada para o valor apontado por modelos estruturais (de aproximadamente 5,25 reais por dólar) – ou seja, refletindo fundamentos econômicos, como a nossa taxa de juros e o preço e quantidade do que vendemos/compramos em relação ao resto do mundo.

Projetamos a taxa de câmbio em R$/US$ 5,40 para o final de 2024 e para 2025, reconhecendo maior incerteza do que o usual no cenário.

Mas vale destacar que essa projeção não significa que esse será o valor da taxa de câmbio ao longo de todo o ano. Pelo contrário, esperamos que o “sobe e desce do dólar” siga presente, especialmente diante do alto nível de incerteza nos cenários global e doméstico.

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