Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invade a Ucrânia com suas tropas devido a desacordos geopolíticos. Este acontecimento gera uma série de alterações no mercado como um todo, e não foi diferente com as criptomoedas em fevereiro de 2022. Entenda o porquê:
Notícias sobre Rússia vs Ucrânia
Consequências do conflito Rússia vs Ucrânia: Na madrugada de quinta-feira (24/03/2022), a Rússia anunciou a invasão à Ucrânia, após meses de tensão entre os dois países.
De acordo com Nikolai Arefiev, membro do Partido Comunista do país e vice-presidente do comitê de política econômica da Duma, no caso de ocorrer duras sanções ocidentais à medida que as forças russas seguem a com a invasão, as economias dos russos podem ser confiscadas em resposta a sanções contra o país. Esse valor pode chegar até cerca de 60 trilhões de rublos (US$ 750 bilhões).
Com a possível decisão russa no radar, a população local poderá buscar meios para evitar que o seu patrimônio seja confiscado. Uma das alternativas seria a fuga para as criptomoedas, a demanda por stablecoins aumentou significantemente nesta quinta-feira, mostrando-se como uma eficiente forma de conversão e transferência de valores.
Este não é o único exemplo em pauta… No Ocidente, mais especificamente no Canadá em 14/02/2022, o governo também anunciou que estaria congelando as contas bancárias dos manifestantes envolvidos em protestos antivacina.
As decisões de ambos os governos colocam em pauta o quanto de controle os governos podem ter sobre o sistema financeiro, levando a um interesse renovado nos benefícios de privacidade das criptomoedas.
Os governos em geral não têm a capacidade de congelar um endereço de qualquer criptomoeda de um indivíduo sem obter as chaves privadas do proprietário. Isso ocorre porque as criptomoedas operam no sistema blockchain, permitindo que as transações não passem por um intermediário. Logo, elas se tornam uma sólida alternativa ao sistema financeiro tradicional.
Visão macro sobre o mercado de criptomoedas no cenário Rússia vs Ucrânia
Na terceira semana de fevereiro de 2022, mais especificamente em 25/02/2022 o mercado de criptoativos conclui mais uma semana em campo negativo. No agregado, o valor das criptomoedas recuou para US$ 1,69tri, uma queda de -12,5% vs. a semana anterior.
As tensões geopolíticas escalaram fortemente na madrugada desta quinta-feira com a confirmação da invasão russa ao território ucraniano e, as bolsas globais responderam negativamente ao evento.
Segundo a Crypto Quant, a correlação das criptomoedas com o S&P 500 subiu para 0,55 nos últimos 60 dias, atingindo o seu maior nível. Sendo assim, o mercado segue avaliando os criptoativos como ativos de risco e não reservas de valor.
Rússia vs. Ucrânia
Neste dia triste e histórico (24/02/2022), as criptomoedas têm se provado como uma eficiente forma de transferência de valores.
Na Ucrânia, o USDT, stablecoin indexada ao dólar, chegou a negociar por US$ 1,1 por moeda, ou seja, estava negociando acima do seu valor intrínseco. Isto ocorre em consequência da grande demanda dos ucranianos para converter a moeda local em dólar e deixar o país.
No Canadá e durante a guerra do Afeganistão, foram observadas respostas similares a essa enfrentada no conflito Rússia vs Ucrânia, tendo em vista que, em momentos de crises e falhas do sistema financeiro tradicional, as criptos têm se provado como uma alternativa eficiente e segura.
Nikolai Arefiev afirma, além disso, que as sanções do ocidente dificultando o acesso ao financiamento externo da Rússia poderá levar ao confisco do dinheiro da população em bancos locais.
O movimento resultaria em uma perda de confiança no sistema financeiro tradicional e poderia ocasionar um grande fluxo de investimento dos Russos para as criptomoedas, buscando a preservação de seus patrimônios.
Dominância das criptomoedas nesse momento
A dominância do Bitcoin subiu para 40,2%, uma vez que em momentos de maior volatilidade, investidores procuram projetos mais antigos e consolidados no mercado vs. altcoins. Já o Ethereum, manteve sua dominância constante em 17,5% do valor total das criptomoedas.
Veja este gráfico produzido pelos analista financeiros da XP Investimentos referente a data 24/02/2022:
Dentre as maiores criptomoedas, os melhores desempenhos foram os das stablecoins: Terra, Theter, USD Coin e Binance USD, mantendo o seu valor correlato ao dólar em semana de forte demanda por ativos defensivos.
Já os destaques negativos ficam por conta da Cardano e Ethereum, ambas rivais no segmento de contratos inteligentes.
Oferta de stablecoins atinge US$ 180bi
A Arcane Research e CryptoRank confirmaram que a oferta de stablecoins atingiu um total de US$ 180bi em fevereiro de 2022. O segmento tem atraído muita atenção dos investidores ao passo que a volatilidade nos mercados globais segue bem elevada. Apenas nos últimos 30 dias, a oferta de stablecoins cresceu US$ 9,5bi, um salto de +6% vs. janeiro.
De acordo com a Crypto Rank, em fevereiro, três stablecoins entraram no top 10 de moedas por capitalização de mercado, são elas a Tether (USDT), USD Coin (USDC) e Binance USD (BUSD) e, as mesmas agora representam 9% da capitalização de mercado total dos criptoativos.
Tether retoma parte de sua credibilidade
Ainda em fevereiro de 2022, a principal emissora de stablecoin USDT, Tether, anunciou que cortou sua alocação de reservas em notas promissórias em mais de quinto no último trimestre de 2021, caindo de US$ 30,5bi para US$ 24,2bi, uma redução de -21%.
Vale lembrar que a Tether é obrigada a divulgar suas reservas a cada trimestre devido a um acordo judicial de US$ 18,5bi em que a empresa foi acusada de ter deturpado o valor específico de moeda fiduciária lastreando o USDT em 2017.
A quantidade significativa de notas promissórias lastreando as reservas da Tether, que chegou a atingir 65,39% no primeiro semestre de 2021, gerou críticas devido à falta de transparência e sua credibilidade como investimento.
No último relatório a composição das reservas mudou significativamente, com alocação para fundos do mercado monetário aumentando para US$ 3bi, um salto de +200%, letras do tesouro aumentando 77,6% para US$ 34,52 bilhões e os depósitos bancário caindo -42%, para US$ 4,19bi.
Atualmente, a stablecoin afirma que seus ativos ultrapassam o volume de passivos.
Ainda sobre Cripto: Puma no universo das criptomoedas
A Puma se tornou mais uma das grandes empresas a avançar no mundo de criptomoedas e blockchain. A empresa anunciou que registrou seu no nome no ENS (Ethereum Name Service) e comprou uma URL descentralizada na rede blockchain, lançando também seu próprio NFT.
Como forma de divulgar sua mais nova empreitada, a companhia mudou seu nome no Twitter para Puma.eth.
Ter um nome ENS possui diversos benefícios, entre eles a capacidade de receber qualquer criptomoeda, token ou ativo baseado na tecnologia blockchain, além de armazenar informações de perfil como avatar, endereço de e-mail ou identificador do Twitter em um site descentralizado.
O novo investimento não é o primeiro da marca no mundo de NFT. De acordo com a página Puma.eth no OpenSea, a Puma investiu em várias coleções NFT inspiradas em felinos, incluindo Cool Cats NFT, Lazy Lions, Gutter Cat Gang e CatBlox.
A Puma não é o único nome conhecido no mundo dos esportes a entrar no mundo dos criptoativos. O Manchester City, um dos times de futebol mais famosos da Inglaterra, em parceria com a Sony começou a construir o Etihad Stadium, arena do Manchester, dentro do Metaverso.
O grau de realidade proporcionado pelo ambiente virtual do metaverso seria o aliado perfeito para os clubes atraírem fãs do mundo inteiro para seus espaços virtuais.
Além disso, a tecnologia também ajudaria na formação das futuras gerações de torcedores em razão do perfil dos jovens atuais, que absorvem diversas frações de conteúdos e ajudaria a popularizar cada mais o mundo das criptomoedas e tecnologia blockchain, que continua em forte ascensão.
DE OLHO NO MERCADO
O gráfico acima mede o nível da correção atual no preço das maiores criptomoedas vs. a sua máxima histórica.
Segundo os dados, grande parte das moedas ainda se encontram em bear market após o período de forte correção que não só impactou as cotações, como também contribuiu para uma redução no volume de negociações das moedas.
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