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Funds Talks 2024: veja o resumo do 2º dia

Veja os destaques do segundo dia sobre fundos listados

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O segundo e último dia do Funds Talks, evento promovido pela XP para falar sobre as tendências de investimentos em fundos listados e alternativos. Nesta quarta-feira (17), os painéis focaram em conversas sobre fundos listados, com gestores de recursos, lideranças do mercado e alocadores do segmento debatendo as perspectivas de investimento para o segmento. Confira a agenda completa aqui. Nossos especialistas acompanharam os painéis e preparam um resumo do que teve de mais relevante nessas conversas. Confira nos textos abaixo:

Veja também um resumo do primeiro dia foi focado em fundos alternativos.

Bolsa ou Balcão? Panorama e Perspectivas Fundos Listados

Neste painel, os especialistas buscaram trazer uma análise do ecossistema dos investimentos Listados no Brasil, abordando as diferentes modalidades disponíveis, bem como as diferenças para os investimentos comuns, além do que esperar tanto para os investimentos em Listados no Balcão quanto na Bolsa. Participaram da conversa Bruno Gargiolli, diretor do Investment Banking da XP, Maria Fernanda Violatti, head de fundos listados no Research da XP, e Fernanda Farah, diretora de DCM na XP.

Os especialistas começaram apontando os sinais de evolução dos fundos listados no mercado brasileiro, com aumento do número de fundos e até mesmo da diversificação dos portfólios. No entanto, a regulamentação para essa modalidade de ativos já é antiga, mesmo se tratando de ativos tão jovens, o que pode representar um risco de crescimento. Por isso, o momento é de remodelação da indústria, com mudanças do produtos vindo a partir da escuta de comentários do mercado. Uma dessas mudanças foi a transição entre gestão passiva e ativa, que gerou muitas oportunidades.

Falando de cada setor, os participantes destacaram a resiliência dos Fundos Imobiliários, que mesmo suscetíveis aos riscos macroeconômicos, vem entregando rentabilidade e evoluindo na diversificação dos ativos. Para Bruno Gargiolli, observando o início da composição do IFIX, “basicamente a indústria nasceu com um pensando de renda junto ao imóvel, o que tornava a indústria muito associada ao ciclo de juros. Mas desde 2021, a composição se diluiu em relação aos fundos de papel, o que fez com que a indústria tivesse alternativas de investimento independente do ciclo de juros”. Esse comportamento foi o que tornou o produto ainda mais resiliente e deve ajudar nas opções de distribuição de produtos.

Produto ainda mais jovem que os próprios FIIs, os Fiagros também foram comentados, com destaque para a evolução dentro de um cenário muito favorável. Mas o momento agora é mais desafiador, mas ainda assim, Maria Fernanda Violatti, acredita que o pessimismo sistêmico não afeta necessariamente todas as cadeias do agro, por isso é importante entender tudo que está acontecendo e captar oportunidades.

De olho no ciclo: em busca da resiliência | FIIs de Tijolo

Pedro Dalto (SPX), José Varandas (Valora), Felipe Teatini (XP Asset) e Rafael Doring (XP) buscaram explorar os impactos das recentes revisões de juros no Brasil sobre os fundos imobiliários, com foco nos fundos de tijolo. Os especialistas também abordaram as ferramentas necessárias para identificar oportunidades e mitigar riscos em um ambiente econômico desafiador. 

No início do ano, a expectativa de diminuição da taxa de juros no mundo todo, criou um cenário positivo para a captação nos fundos imobiliário de tijolos. Contudo, as mudanças no cenário macroeconômico, a paralisação do ciclo de corte de juros no Brasil e abertura da curva DI de juros futuros alterou as perspectivas para os fundos de tijolos.

Na visão de José Varandas, co-head da área imobiliária e sócio da Valora Gestão de Investimentos, a principal mudança vista no mercado foi a dificuldade de levantar dinheiro nos fundos, uma vez que os investidores pessoa física tendem a escolher opções menos arriscadas. Contudo, ele enxerga uma grande oportunidade de mercado nas transações de ativos. “Compramos R$ 1 bilhão em ativo. Se a curva tivesse ido para o outro lado, eu não estaria negociando”, explica o gestor.

Além disso, é possível perceber um amadurecimento do mercado de fundos de tijolos. Pedro Dalto, head de real estate na SPX Capital, reforça que, apesar do momento desfavorável, ainda há movimentação de capital para os fundos. “Tanto pessoas físicas quanto empresas começaram a perceber que gerir um imóvel é trabalhoso, que é melhor estar dentro de um fundo”. O gestor ainda aponta que a expectativa é de que, nos próximos anos, todos os escritórios, shoppings e galpões logísticos migrem para algum fundo.

Segmentos mais promissores para os próximos meses

Varandas aponta que o retorno aos escritórios é uma das maiores oportunidades do momento, especialmente em regiões bem localizadas, pois há “um descolamento na precificação do aluguel”, explica.

Um outro segmento que deve apresentar um grande desenvolvimento nos próximos anos é o residencial, com foco na baixa renda. “O preço das construções parece estar mais controlado, tem investimento do governo [programa minha casa, minha vida] e um déficit habitacional de 6 milhões”, aponta Dalto.

Renda urbana é uma boa oportunidade de investimento?

Os gestores concordam que este é um campo a ser mais explorado no futuro. Contudo, as margens apertadas do varejo, a dificuldade de montar um fundo grande com liquidez e a grande demanda energética de data centers ainda são desafios a serem superados para um bom desenvolvimento deste setor.  

De volta aos Holofotes – entendendo a dinâmica dos fundos de papel 

O Funds Talks também reservou um momento para fornecer uma visão abrangente sobre a dinâmica dos fundos de papel e sua natureza resiliente, especialmente em contextos de volatilidade elevada e flutuações de juros. Participaram do painel Christian Solon de Mello, co-fundador da Life Capital Partners, Ulisses Nehmi, CEO da Sparta Investimentos, Flavio Cagno, Sócio e Gestor dos fundos de CRI e Agro da Kinea, e Rafael Culbert, da área de distribuição de fundos listados da XP.

A conversa começou com um panorama sobre o cenário de crédito no Brasil, que vem sofrendo bastante com a incerteza sobre a política fiscal do país. Nesse sentido, os CRIs se mostram uma classe bastante defensiva. “É ótimo para investir pois são operações de grande qualidade, com spreads altos e níveis de garantias bem elevados”, comentou Flavio Cagno.

Dentro dessa realidade, as oportunidades nesse segmento fica em focar em investimento residencial na região sul do país: “Pegamos um nicho ainda pouco explorado em uma região que vem apresentando bom crescimento”, diz Ulisses Nehmi. Uma das forças de crescimento dessa região é o déficit habitacional bastante elevado, com crescimento popular contínuo até aproximadamente 2040.

Os riscos ficam com as incertezas gerais do cenário macroeconômico. Para Flavio Cagno, momentos de crise são bons para alocar recursos, com taxas muito boas. Mas é difícil para captar recursos. Por isso é preciso manter-se fiel a tese de investimento, fazendo o básico bem-feito.

Separando o Joio do Trigo: FI-Agros | Fundos de Investem no Agronegócio

Neste painel, os convidados abordaram a “tempestade perfeita” enfrentada pelo segmento nos últimos tempos, e como os investidores podem identificar oportunidades mais promissoras para os meses adiantes.  Entre problemas climáticos, queda do preço das commoditites e pedidos de recuperação judicial, os fundos de investimento do agronegócio (Fiagros) enfrentam um momento complicado, que resultou em uma queda generalizada no valor das cotas. Contudo, ainda existem boas oportunidades de negócio, sendo cada vez mais necessário saber separar o joio do trigo.  

Samuel Isaak, analista de commodities agrículas no Research XP, explica que as commodities são cíclicas e que recentemente passaram por um período de baixa. Apesar disso, Arturo Profili, sócio-fundador e gestor da Capitânia Investimentos, ressalta que investimentos em fiagros vão além do produtor, abrangendo toda a cadeia produtiva.

Como escolher bons fiagros

André Ito, gestor de estratégia agro da Vinci, explica que encontrar bons gestores, que sabem navegar pelas turbulências do setor, é fundamental para obter sucesso com esses investimentos. “O agro é tão grande que é possível ter muitas visões vencedoras.” 

Além disso, o gestor indica que um bom caminho de análise é avaliar a relação de dívida e patrimônio dos ativos, sempre buscando o melhor equilíbrio possível e baixa alavancagem. “Gestão ativa é fundamental nesse segmento, uma vez que promove a pulverização, minimizando o risco”, conclui. 

Gustavo Gomes, gestor de fiagros na XP Asset, também reforça a necessidade de monitorar de perto os investimentos. “Crédito é sempre dormir com olho aberto. Balanço conta o passado, então é importante estar em contato com o produtor”, afirma. 

Futuro dos fiagros 

Apesar do presente conturbado, os gestores são otimistas com o futuro. Eles reforçam que o setor é cíclico, mas que apresenta um grande ganho de produtividade anual. É necessário estar atento as sazonalidades e dinâmicas do agronegócio antes de tomar as decisões. 

O futuro dos Fundos Listados no Brasil | Conversa com Lideranças

No final de 2022, a resolução da CVM nº 175 provocou algumas mudanças no mercado ao aproximar a realidade brasileira das melhores práticas internacionais, além de dividir os fundos em classes e subclasses. Neste painel, Daniel Maeda, diretor da Comisão de Valores Mobiliários, e Gustavo Pires, diretor executivo da XP, buscaram fornecer uma visão sobre como lideranças do mercado de capital estão enxergando o futuro dos fundos listados, abordando últimas inovações e desafios para a classe. 

Daniel Maeda, diretor da Comissão de Valores Mobiliários comentou que o objetivo central era oferecer “uma regulação mais arrumada e compreensível para todo mundo”. Ele ainda reforçou que a “transparência para o investidor sempre foi uma questão que a CVM defendeu” e que, ao aproximar o mercado nacional das práticas internacionais, o investidor passa a ter mais segurança e confiança na indústria local.

Expandindo o mercado de Varejo

A resolução também ampliou o escopo de produtos que investidores varejo, ou seja, com menos de R$1 milhão investidos, possuem acesso, como é o caso dos FIDCs e alguns fundos de investimento estrangeiro.  

Maeda enxerga esse processo como uma das prioridades da CVM, pois promove maior diversificação e empoderamento para este investidor. “Quando falamos de investimento estrangeiro, falamos de diversificação, acesso a moeda forte, economias maduras e segmentos que não tem aqui, como o setor de tecnologia”, explica.  

Em relação aos parâmetros de classificação de investidores, Maeda explica que a divisão atual por faixa de patrimônio investido é necessária para a regulamentação “não seja muito excessiva com o investidor profissional e nem muito frouxa com o varejo”. 

Ele reforça que o caminho natural é o de aproximação do investidor varejo com o investidor qualificado e que à medida que os processos de definição de perfil de risco de investidor são aprimorados na ponta, a CVM tem mais caminhos de liberação. 

Regulamentação de Fiagros 

O diretor garante que a regulamentação é uma pauta prioritária da Comissão, reconhece que embora a “regulação provisória conseguiu destravar o mercado muito rápido”, é necessário vias de regras mais específicas, dada a grande diversificação do produto. 

Um segmento e diversas estratégias | Investimentos em infraestrutura 

No painel de encerramento do Funds Talks 2024, Guilherme Albuquerque, Head de Infraestrutura da Navi Capital, Samer Serhan, sócio da Jive, Martielo Franco, diretor da Patria Investments, e Clara Sodré, analista de fundos da XP, falaram sobre o cenário do segmento de infraestrutura. Seja via o crédito ou participação societária, os investimentos no setor têm crescido nos últimos anos e neste painel eles exploraram quais são as perspectivas, bem como as diferentes modalidades existentes para esses investimentos.

.Segundo Serhan, no mercado de crédito de infraestrutura, as novas regulamentações da CMN, organizaram bem o setor, limitando os excessos que estavam acontecendo de LCI e LCA. Esses excessos, tiraram a atratividade das debentures incentivadas, que devem voltar a ser um grande impulsionador de infraestrutura. Mas querem caminhar para agora para as debentures 

Onde estão as oportunidades?

Para Martielo Franco, é preciso olhar de forma ampla para todos os setores de infra. Principalmente os essenciais, depois os que tem contratos de longo prazo. Ainda assim, os especialistas enxergam bastante oportunidade na transição para energias renováveis, tanto no Brasil quanto na América Latina. Transporte e logística também é um setor emergente, enquanto saneamento oferece muito campo de crescimento, uma vez que cerca de 50% da população brasileira não tem acesso ao saneamento básico.

Mas a mensagem é positiva para infraestrutura como um todo, mesmo em cenário macroeconômico desafiador. “A notícia boa é que precisa de pouco crescimento econômico para viabilizar projetos. O Brasil é muito deficitário [de infraestrutura], o que traz necessidade mesmo com baixo crescimento”, comenta Martielo Franco.

As taxas de juros em patamares elevados também geram oportunidades no retorno dos projetos, que acompanha no crédito. Pelo fato de ter juros mais altos, projetos estão saindo mais conservadores, com menos alavancagem. Assim, é possível captar retornos mais altos com risco mais baixo. O ciclo de baixa de juros também pode ser positivo, pois há uma reavaliação positiva dos projetos. Em resumo, o momento é bom para alocar em infraestrutura.

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