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07/05/2021 19:54:23 • Atualizado em 17/02/2022 16:42:07
7 minutos de leitura

Resumo da Semana: Ibovespa fecha em alta de +2,6%

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Destaques da semana: 01/05 a 07/05

Ibovespa: +2,64% | 122.038 pontos

Nessa semana, Bolsas globais fecharam em alta, impulsionadas principalmente pelo dado fraco de emprego nos EUA. O índice Ibovespa acumulou ganhos expressivos de +2,6% e retomou a marca de 122 mil pontos, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones renovaram a máxima histórica avançando +1,2% e +2,7%, respectivamente. Com o ambiente favorável à moedas emergentes, o dólar acelerou as perdas na sexta-feira, desvalorizando ainda mais depois de uma forte queda após a decisão do Copom e fechou a R$ 5,24, o menor patamar desde janeiro deste ano.

A alta nas Bolsas globais foi resultado da redução de temores de que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, remova os estímulos monetários após a divulgação do relatório de trabalho dos EUA bem abaixo das expectativas. Em abril, foram criados 266 mil empregos quando o mercado esperava 1 milhão vagas novas. Esses dados vão em linha com o discurso de autoridades do Fed de que ainda há um longo caminho a percorrer para a recuperação da economia americana. Com isso, as Treasuries de 10 anos chegaram a recuar para um patamar abaixo de 1,5%, favorecendo as ações de tecnologia.

No cenário doméstico, o Banco Central elevou a taxa Selic de 2,75% para 3,5% ao ano, conforme amplamente esperado. No comunicado, chamou a atenção dos investidores a referência ao ajuste parcial das condições monetárias. O Copom (Comitê de Política Monetária) indicou outra alta de mesma magnitude na próxima reunião, mas enfatizou que o plano irá depender do cenário econômico.

Quanto aos preços das commodities, eles viram um aumento expressivo com destaque ao minério de ferro e ao cobre que bateu a máxima histórica. Contribuíram para as altas a forte demanda chinesa depois do feriado de 1º de maio e o crescimento surpreendente das exportações do país em +32,3% a/a em abril. Esse avanço sinalizou forte desempenho econômico de seus principais parceiros comerciais e aumentou o otimismo com a recuperação econômica global.

O noticiário corporativo foi também bastante agitado durante a semana com a temporada de resultados que seguiu em pleno vapor. 54% das empresas do Ibovespa já reportaram, e os resultados têm sido sólidos até agora, com 60% das companhias superando as expectativas do consenso.

Clique aqui para acessar nossa tabela de múltiplos atualizada

Confira abaixo os destaques e o nossa prévia de resultados do 1º trimestre de 2021

Banco do Brasil (BBAS3): Quando o consumo de cobertura parece positivo | 1T21

TAESA (TAEE11): Resultados do 1T21 exatamente em linha com nossas estimativas

AES Brasil (AESB3): Resultado do 1T21 ligeiramente abaixo das nossas estimativas

Locadoras de Automóveis: Analisando os Resultados do 1T21 – Unidas é Destaque Positivo

Gerdau (GGBR4): Resultados do 1T melhores do que o esperado com preços mais fortes. Positivo

Iguatemi (IGTA3) – 1T21: Resultado ligeiramente acima do esperado apesar dos desafios de curto prazo

Localiza (RENT3) 1T21 – Resultados Mais Fortes que o Esperado; Positivo

Pague Menos (PGMN3): Resultados do 1T21 saudáveis, e a vacinação está apenas começando

Copel (CPLE6): Resultado do 1T21 em linha com nossas estimativas; Mantemos a recomendação de compra

Grupo Pão de Açucar (PCAR3): Vendas do 1T21 sofrem com cenário desafiador, mas rentabilidade mantida

Engie Brasil (EGIE3): Resultados do 1T21 em linha com nossas estimativas

Tenda (TEND3) – 1T21: Sólido trimestre com marcos adicionais para o modelo off-site

Copasa (CSMG3): Resultados do 1T21 abaixo do esperado; Ligeiramente negativo

Assaí (ASAI3): Sólido 1T21, e a refeição ainda não acabou

Itaú (ITUB4): Lucro forte, qualidade fraca | Revisão 1T21

Gráfico da semana:

O efeito FAAMG

Clique aqui para ver mais detalhes sobre o gráfico da semana.

Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana em quade de -3,72% em relação ao Real, em R$ 5,24/USD. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda, fechando 15 bps na semana, atingindo 8,98%.

O que esperar

No cenário internacional, as discussões sobre patentes de vacinas contra a Covid-19 devem seguir no radar, assim como questões geopolíticas envolvendo países desenvolvidos e a China. Na seara de indicadores, a semana terá números de inflação na China e EUA (CPI e PPI) referentes a abril, além de vendas no varejo e produção industrial nos EUA para o mesmo mês. Discursos de dirigentes do Fed e dados de produção industrial na Zona do Euro relativos a março também compõem a agenda.

No Brasil, o debate sobre a reforma tributária deve manter protagonismo, assim como as negociações finais entre Poder Executivo e Congresso a respeito do Orçamento de 2021. Em relação a indicadores econômicos, a semana contará com a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referentes a março, além da publicação do IPCA de abril e da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).  

Ações


Acreditamos que a forte performance do papel se deve pela divulgação dos resultados acima do esperado e uma visão mais construtiva em relação a recuperação dos aluguéis após a reabertura dos shoppings em meados de abril.

A alta é reflexo da intenção da Andrade Gutierrez, uma das controladoras da empresa, em vender sua participação de 14,86% na companhia para a gestora IG4 Capital, como comunicado via Fato Relevante. O valor da transação implica em um prêmio nas ações da CCR comparado ao preço atual, corroborando a alta no papel.

Acreditamos que alta da ação se deve a uma perspectiva mais favorável em relação aos resultados do 1T21 a serem reportados na próxima semana, e a uma possível visão mais construtiva em relação a recuperação dos aluguéis após a reabertura recente dos shoppings.


Sem notícias específicas.

Atribuímos a alta das ações da companhia à divulgação de resultados sólidos referente ao 1T21, mesmo frente às restrições de circulação mais severas no período e base de comparação difícil vs. o 1T20. Para mais detalhes sobre o resultado, acesse nossa visão aqui.

Sem notícias específicas, atribuímos a queda das ações na semana a (i) um reflexo do movimento de rotation nos Estados Unidos com a desvalorização de empresas de tecnologia, e (ii) realização de lucros de investidores após forte alta das ações nos últimos meses.

Sem notícias específicas sobre a companhia, as ações corrigiram parte da forte alta da semana anterior.

A empresa encontra-se restrita por determinação da nossa área de compliance.

Atribuímos a queda das ações da companhia à divulgação de resultados referente ao 1T21, que vieram acima de nossas estimativas em termos de rentabilidade mas com performance de vendas fracas (vendas mesmas lojas em +1,1% A/A no GPA Brasil), muito abaixo Carrefour (CRFB3) que apresentou crescimento de +8,6% A/A. Para mais detalhes sobre o resultado, acesse nossa visão aqui.

As ações da Copel recuam com a informação de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar) vai vender 50% de suas ações na companhia por meio de follow on.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi de +R$ 600 milhões*.

*Até dia 05/05/2021

Performance das Bolsas mundiais (acum. da semana)

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