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Ibovespa fecha a semana em forte alta e volta ao patamar de 120 mil pontos

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: +2,13% | 120.217 pontos

O Ibovespa fechou a semana em forte alta de +2,1%, retornando aos patamar de 120 mil pontos, impulsionado por uma queda na curva de juros. O destaque vai para o início da temporada de resultados. A WEGE3 foi uma das primeiras empresas a reportar com resultados fortes, enquanto a VALE3 também divulgou o relatório de produção positivo. Apesar disso, a visão geral para a temporada, que ganha tração na semana que vem, é mais mista.

A semana no Brasil foi marcada por dados de atividade, e pelo mercado ainda repercutindo notícias sobre a reforma tributária. Na agenda econômica, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – uma proxy mensal para o PIB do Brasil – despencou 2,0% em maio ante abril, resultado muito abaixo das expectativas. Além disso, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou novas projeções de crescimento, que foi de 1,9% para 2,5%. Na parte fiscal, houve discussões se a tributação de renda poderia vir junto com o orçamento de 2024, em agosto, mas as últimas sinalizações foi que o pacote principal irá ao Congresso apenas ao final do ano.

A semana começou com os mercados repercutindo os dados de atividade da China mais fracos do que esperado. O PIB do 2º trimestre desapontou as projeções com um crescimento de 6,3%, enquanto outros vieram mistos: a produção industrial superou expectativas em +4,4%, investimentos em ativos fixos voltaram a crescer +3,1%, e as vendas do varejo desaceleraram para +3,1%. O principal detrator da economia chinesa segue sendo o setor imobiliário, com todos os indicadores piorando. Os dados levaram economistas a revisarem as projeções de crescimento do ano pra baixo. Como resposta ao enfraquecimento, autoridades anunciaram uma série de medidas de estímulos, mas mesmo assim não foram vistos como suficientes para uma forte retomada da economia.

Nos EUA, os principais índices terminaram mistos. O S&P 500 e Dow Jones registraram alta de 0,7% e 2,1%, respectivamente, repercutindo a temporada de resultados do 2º trimestre. Até agora, 17% das empresas do S&P 500 reportaram seus números, que têm vindo positivos até agora mas lembrando que as expectativas já eram baixas. Por outro lado, a Nasdaq-100 fechou no negativo em -0,6%, puxada pela queda das big techs com os investidores de olho na divulgação dos balanços na semana que vem. Além disso, grandes empresas como Tesla e Netflix puxaram o índice para baixo depois do mercado não ter reagido bem aos resultados.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 21/07/2023.


Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana em queda de -0,18% em relação ao Real, em R$ 4,78/US$, perto da mínima do ano. Já na Renda Fixa, os juros futuros fecharam a semana com direções mistas, porém próximos da estabilidade em relação à ultima sexta-feira. Ao longo da semana, os principais direcionadores dos movimentos foram: (i) declarações mais brandas sobre a continuidade da alta de juros por parte do Fed e BCE, devido a dados indicando desinflação global; (ii) dados fracos do IBC-Br; (iii) incerteza dos investidores locais a respeito do rali nas taxas; (iv) fatores com potencial de piorar a trajetória da inflação local, como preços de commodities; (v) proximidade de decisões de política monetária nos EUA e Zona do Euro.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 21/07/2023.


Fluxo na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi positivo em cerca de R$ 1,0 bilhão. Entre investidores domésticos, o saldo de investidores institucionais foi negativo em cerca de R$ -1,5 bilhões, enquanto para investidores Pessoa Física o fluxo foi positivo em R$ 500 milhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados de fluxo até 21/07/2023.


O que esperar para semana que vem?

Na economia global, a agenda da próxima semana traz vários eventos importantes. Os agentes de mercado irão monitor os índices PMI para as principais economias desenvolvidas, incluindo Estados Unidos, zona do euro e Reino Unido (2ª-feira). A semana que vem também será importante para a política monetária global, com as decisões dos bancos centrais dos Estados Unidos (4ª-feira) e da zona do euro (5ª-feira). É amplamente esperado que ambos os bancos centrais elevem suas taxas de juros de referência em 0,25p.p., e será importante acompanhar a sinalização para as próximas decisões à medida que os bancos centrais se aproximam do final do ciclo de aperto monetário. No campo da atividade econômica, atenções voltadas à publicação da primeira estimativa para o PIB dos EUA do 2º trimestre. Além disso, a agenda traz o índice de inflação favorito do Federal Reserve, o Core PCE Deflator - núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal (6ª-feira). Todos esses dados serão relevantes para a definição dos próximos passos da política monetária do banco central americano.

No Brasil, agenda econômica também repleta de indicadores. Destaque para a publicação do IPCA-15 de julho (3ª-feira), que deve mostrar ligeira deflação na comparação mensal. As principais estatísticas do mercado de trabalho também merecem atenção: o CAGED (5ªfeira) deve mostrar desaceleração adicional no saldo de emprego com carteira assinada em junho, enquanto a PNAD Contínua (6ª-feira) tende a exibir virtual estabilidade da taxa de desocupação no mesmo período. No que diz respeito às contas externas (4ª-feira), estimamos superávit da conta corrente e ingresso líquido relevante de IDP (Investimento Direto no País) no mês passado. Além disso, o Banco Central provavelmente apresentará dados mais fracos de concessão de crédito em junho (5ª-feira), sobretudo no segmento de pessoas jurídicas, e novo aumento das taxas de inadimplência. Por fim, no que diz respeito às contas públicas, destaque para a divulgação da arrecadação tributária federal de junho (3ª-feira); e também para o resultado primário do governo central referente ao mesmo mês (5ª-feira), que deve registrar déficit adicional. Ademais, o Banco Central publicará sua nota de política fiscal (6ª-feira), que deve indicar mais um déficit para o setor público consolidado e dívida pública em alta.

Fonte: Bloomberg, Research XP.

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