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5 anos em 5 minutos – Março 2020

O objetivo deste novo relatório mensal é passar nossa visão de longo prazo em 5 minutos ou menos, detalhando os retornos esperados para os perfis de risco e classes de ativos.

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Retornos esperados para os portfólios nos próximos 5 anos

Entre o final de fevereiro e o início de março o cenário econômico foi tomado por quedas acentuadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, Europa e Brasil. Os mercados reagiram aos impactos do coronavírus e a forte queda nos preços do petróleo motivada pela guerra de preço envolvendo a Arábia Saudita, a Rússia e o cartel da OPEP.

Contrariando as expectativas recentes, o Fed procedeu com um corte de juros extraordinário gerando expectativa sobre novos cortes.

No Brasil, as expectativas sobre os juros inverteram seu movimento e baixaram frente à movimentação global. As taxas de curtíssimo e longo prazo foram menos afetadas enquanto a parte mais central da curva passou por movimentos mais acentuados.

A notícia de que o congresso derrubou o veto do presidente sobre o projeto que eleva o limite do BPC é bem negativa para as contas públicas nacionais, desfazendo 20% da Reforma da Previdência.

Ainda que essa situação ainda possa ser revertida no STF (comentário no morning call de 12 de março), aumentamos a probabilidade de chegarmos ao cenário pessimista dos atuais 10 a 15% para 15 a 20%.

Em linha com a mudança de visão de nosso time econômico, revisamos para baixo as expectativas de inflação e Selic, e passamos a esperar um câmbio mais depreciado até o final do ano.

Em Renda Variável o retorno esperado ficou mais atrativo devido à forte reprecificação recente dos ativos, mesmo com o corte nas nossas expectativas crescimento de lucros nos próximos 5 anos sendo cortadas de 9% para 7,5% ao ano, em linha com a revisão de cenário do time de ações.

É importante destacar que o cenário ficou mais incerto e turbulento no último mês, e estamos sugerindo que novas posições de ações sejam construídas com cautela e ao longo de janelas estendidas de tempo, de 4 a 6 meses.

Dito isso, é importante destacar que os retornos esperados dos portfólios aumentaram significativamente. Como exemplo, o retorno estimado para o perfil moderado subiu de 7,7% para 8,7% ao longo dos próximos 5 anos, com uma queda na inflação esperada. Com isso, o retorno real esperado foi de 4% para 5% ao ano acima da inflação.

Ainda, entendemos que a maior parte dos efeitos dos acontecimentos recentes são de curto prazo e possuem impacto limitado nos cenários longos.

Prêmios de Crédito

A deterioração dos indicadores econômicos nos levou a aumentar a projeção de prêmio pelo risco de crédito, tendo em vista principalmente os prêmios oferecidos pelos títulos grau de investimento e pelas Debêntures de Infra.

O spread de crédito para a classe de Pós-Fixados com base no índice IDA-DI, divulgado pela ANBIMA e na taxa disponível para papéis bancários na plataforma da XP está hoje em torno de 0.94% ao ano, nível que consideramos próximo do valor justo ou mais barato.

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Desta maneira, utilizamos o IDA IPCA Infraestrutura para estimar o prêmio de crédito para a classe de inflação, hoje cerca 1,1% ao ano acima da NTN-B de mesmo duration.

Como os ativos são isentos, esse prêmio de crédito sobe para 2,35% ao ano quando a comparação é feita líquida de IR.

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O Cenário Base

Entendemos que ainda há um ambiente pró-reformas no Brasil, que tende a fazer com que as engrenagens da economia deslizem com mais facilidade, trazendo crescimento e mais eficiência.

No entanto, estamos longe de um ambiente político harmônico: o executivo federal e o congresso têm um diálogo truncado e existe muita resistência à agenda de reformas por grupos organizados e influentes.

A bolsa brasileira é a classe com maior retorno potencial em 5 anos, mas recomendamos muita cautela na hora de construir sua posição devido aos acontecimentos recentes. Leia mais aqui.

O Cenário Pessimista

Ainda que esse não seja nossa visão, não podemos ignorar que, dadas as instabilidades políticas, existe a chance de que piore a relação entre o Executivo e o Congresso. Isso faria com que as Reformas empacassem, com o país falhando em desbloquear um novo ciclo de crescimento.

O baixo crescimento pode abrir os ouvidos da população para políticos populistas, que queiram desfazer reformas como a do Teto de Gastos e talvez até mesmo a Reforma da Previdência.

A Renda Variável Global é nossa principal defesa em um cenário adverso:

O Cenário Otimista

Mesmo com a articulação truncada, podemos ser surpreendidos pelo alinhamento do Congresso em entregar as reformas, e as privatizações. O crescimento da economia nos próximos anos seria mais forte do que conseguimos agora antecipar, ao mesmo tempo em que a taxa de juros neutra seria mais baixa.

Nesse cenário os lucros das empresas cresceriam mais, e com taxas de juros mais baixas, haveria maiores ganhos nos papéis de renda fixa.

Fundos multimercados podem se adaptar rápido mudanças no cenário

Principais Temas Globais

Nossa visão de como os grandes temas globais afetam o Brasil está detalhada no quadro a seguir.

O mercado quebra a sequência de otimismo com o crescimento em que vinha desde novembro. Após o primeiro acordo comercial entre Estados Unidos e China, as expectativas positivas foram afetadas pelos impactos globais do Coronavírus e pela queda acentuada no preço do petróleo, frente ao desentendimento comercial entre Arábia Saudita e Rússia.

Porém, entendemos que os temas globais visando o longo prazo continuam os mesmos: crescimento baixo, taxas de juros ainda mais comprimidas e aversão a risco mantendo Dólar e outros ativos considerados seguros em patamares valorizados.

Metodologia

O quadro a seguir resume os dados e premissas utilizados para calcular os retornos por classe de ativo.

Notas

Inflação: Para estimar o retorno da classe inflação para o portfólio, utilizamos nossa recomendação de 50% em papéis soberanos (IMA-B) e 50% em créditos isentos.

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