Carlos Nobre, o cientista brasileiro referência mundial em mudanças climáticas

As mudanças climáticas já são pauta prioritária das grandes conferências ambientais há décadas. E, certamente, esse tema será cada vez mais o centro das atenções. Afinal, ainda não chegamos a um ponto de redução da emissão de CO² necessário para que se tenha menos atenção aos efeitos do clima da Terra.

Na Expert ESG, evento realizado pela XP focado na incorporação dos critérios ambientais, sociais e de governança nos investimentos, haverá um painel especial, intitulado “Emergências Climáticas”, para abordar o tema.

O palestrante convidado é o cientista meteorologista brasileiro Carlos Nobre, praticamente uma entidade mundial e referência unânime em mudanças climáticas. Abaixo, conheça mais sobre a atuação do professor e a sua importância para o contexto ESG.

Carlos Nobre | Professor, cientista e referência mundial em mudanças climáticas

Palestra: Emergências Climáticas

Quando: 2 de março, das 11h15 às 12h00

Quem é Carlos Nobre?

O brasileiro Carlos Nobre é um cientista do clima reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho nas interações biosfera-atmosfera e impactos climáticos do desmatamento na Amazônia.

Ele é citado Brasil afora principalmente por seus estudos sobre o risco de “savanização” da floresta amazônica devido às mudanças climáticas e ao desmatamento que delinearam o papel das interações biosfera-atmosfera nos trópicos úmidos da área florestal que é conhecida como “pulmão do mundo”.

Nascido em São Paulo, no ano de 1951, Carlos Afonso Nobre cresceu na própria capital paulista e formou-se em Engenharia Eletrônica no Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) em 1974.

No ano seguinte, José Dion de Melo Teles, então presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), telefonou para Warwick Estevão Kerr, que, na época, estava à frente do renomado Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, para comunicar o interesse de um jovem Nobre, de 24 anos, em estudar a região amazônica.

Desde então, a carreira na engenharia em grandes cidades se transformou em desbravadas pesquisas em meio à maior floresta tropical do mundo. Carlos Nobre especializou-se em metereologia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) para estudar os efeitos do aquecimento global na Amazônia e alertou, há 27 anos, sobre o processo de desmatamento, aliado aos impactos do clima, que poderia transformar, futuramente, a densa mata amazônica em um bioma parecido com a savana africana.

Ou seja, uma floresta capaz de ditar as suas próprias condições climáticas por causa da combinação de um vultuoso rio e de uma alta floresta daria lugar a um solo mais empobrecido, com períodos longos de estiagem e vegetação de baixa altura.

Nobre é um visionário que foi premiado em diversas ocasiões por suas contribuições para os estudos do clima e do aquecimento global no mundo.

Participou de vários relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Em particular, foi um dos autores do Quarto Relatório de Avaliação do IPCC, agraciado com o Prêmio Nobel da Paz (2007).

Recebeu vários premiações, como o da Fundação Conrado Wessel, na área de Meio Ambiente (2007); Von Humboldt Medal, da European Geophysical Union 92009); condecoração da Classe Grã-Cruz, da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República (2010); Volvo Environmental Prize, Suécia (2016). É membro titular da ABC, TWAS e Membro estrangeiro da National Academy of Science (NAS), além de ser pesquisador colaborador do Instituto de Estudos Avançados (IEA), da Universidade de São Paulo.

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