IBOVESPA +2,8% | 122.650 Pontos
CÂMBIO –0,4% | 6,02/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 2,8% ontem, aos 122.650 pontos, apresentando a sua maior alta diária desde maio de 2023 e com 86 dos 87 papéis que compõem o índice fechando o dia no campo positivo. O desempenho repercutiu a divulgação dos dados de inflação ao consumidor nos EUA, com seu núcleo vindo abaixo das expectativas do mercado. Com isso, os mercados globais terminaram o dia em alta (S&P 500, +1,8%; Nasdaq, +2,5%) e os rendimentos das Treasuries apresentaram fechamento. Como resultado, os ativos domésticos tiveram um dia de alívio, com a curva de juros fechando em toda a sua extensão e o dólar finalizando o pregão a R$ 6,02 (-0,4%).
Os principais destaques positivos do dia na Bolsa brasileira foram os papéis mais sensíveis aos juros como Hapvida, Vamos e YDUQS (HAPV3, +10,5%; VAMO3, +9,4%: YDUQ3, +8,4%). Por outro lado, o único papel que fechou o dia no campo negativo foi Marfrig (MRFG3, -1,8%), repercutindo a queda do dólar.
Nesta quinta-feira, os destaques da agenda econômica serão os dados de atividade na China, como o PIB do 4º trimestre de 2024 e as vendas do varejo de dezembro. No Brasil, teremos o índice de atividade econômica IBC-Br referente a novembro. Pela temporada internacional de resultados, teremos Bank of America, Morgan Stanley, TSMC, UnitedHealth e US Bancorp.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento em toda extensão da curva. No Brasil, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) apresentou recuo de 0,9%, sinalizando possível desaceleração da economia (e, consequentemente, da inflação). Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,82% (- 9,7bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 15% (- 20,9bps); DI jan/29 em 14,83% (- 33,2bps); DI jan/31 em 14,72% (- 33,3bps).
Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,27% (-10,0bps), enquanto os de dez anos em 4,66% (-12,0bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em alta (S&P 500: 0,3%; Nasdaq 100: 0,5%), depois de bons resultados no setor financeiro e na expectativa de mais divulgações da temporada do 4T24, como Morgan Stanley, Bank of America e US Bancorp. O mercado continua antecipando a audiência no Senado, que ocorrerá hoje, para confirmação da indicação de Scott Bessent para a Secretaria do Tesouro.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,8%), com resultados fortes no setor de luxo após a divulgação da Richemond. Na China, as bolsas fecharam em alta (CSI 300: 0,1%; HSI: 1,2%), com o levantamento da possibilidade do Banco Central da China (PBOC) reduzir o requerimento de reservas obrigatórias (RRR) antes do feriado do Ano Novo Lunar, que começa dia 28 de janeiro.
IFIX
O índice de fundos imobiliários, o IFIX, apresentou alta de 0,83% na quarta-feira. Os FIIs de papel integrantes do IFIX tiveram desempenho médio de 0,93%, enquanto os FIIs de tijolo tiveram performance média de 0,66% no dia. Os destaques positivos do dia foram VINO11 (+7,0%), VGIP11 (+5,3%) e RBRP11 (+5,0%). Já os principais destaques negativos foram CCME11 (-3,7%), HSAF11 (-2,4%) e SARE11 (-1,9%).
Economia
Nos Estados Unidos, o núcleo do CPI veio abaixo das expectativas em dezembro, encerrando 2024 em 3,2%. A surpresa baixista traduziu-se em queda nas taxas de juros e alta nas bolsas americanas. Na agenda de hoje, haverá a publicação das vendas no varejo de dezembro, índice de preços de importação e os pedidos semanais de seguro desemprego. Vale destacar a forte alta do petróleo na sessão de ontem, que fechou em US$ 82/barril, mesmo com o anúncio de cessar-fogo em Gaza – pesou sobre a cotação o anúncio de estoques baixos nos Estados Unidos e revisão altista nas projeções para a demanda global pela Opep+.
No Brasil, o setor de serviços surpreendeu negativamente em novembro, mas em linha com nosso cenário de desaceleração gradual da atividade econômica – trata-se de mais um indicador do 4T24 que indica moderação na margem. Na agenda de hoje, destaque para o IBC-Br de novembro, para o qual o mercado espera virtual estabilidade na margem – o índice é uma proxy mensal do PIB divulgada pelo Banco Central.
Veja todos os detalhes
Economia
IBC-Br e vendas no varejo nos EUA são os destaques dessa quinta-feira
- Nos Estados Unidos, o núcleo do CPI – métrica que exclui itens voláteis, como alimentos energia – veio abaixo das expectativas em dezembro, encerrando o ano em 3,2%. A abertura foi encorajadora, tendo métricas de serviço mostrado arrefecimento na margem. O índice cheio avançou 0,4% m/m, de modo que a inflação americana encerrou 2024 em 2,9%. A surpresa baixista traduziu-se em queda expressiva nas taxas de juros e alta nas bolsas americanas.
- Na agenda de hoje, as atenções estarão voltadas para as vendas no varejo de dezembro nos Estados Unidos – o mercado espera alta de 0,5% na comparação com novembro. Além disso, os preços de importação serão conhecidos, bem como os pedidos semanais de seguro desemprego.
- Na sessão de ontem, o preço do petróleo Brent subiu 2,6% para USD 82/barril, mesmo com o anúncio de cessar-fogo em Gaza – pesou sobre a cotação o anúncio de estoques baixos nos Estados Unidos e revisão altista nas projeções para a demanda global pela Opep+. Embora seja relevante para a arrecadação de impostos, altas no preço do petróleo impõem pressões de alta sobre a inflação. Ontem, inclusive, o noticiário revelou que a Petrobras deve discutir altas em combustíveis na próxima reunião do Conselho – hoje, os preços da gasolina e do diesel se encontram em patamar consideravelmente abaixo da paridade internacional.
- No Brasil, a receita real do setor de serviços caiu 0,9% em novembro em relação a outubro, abaixo das expectativas (-0,5%). Apesar disso, o indicador registrou um ganho de 1,5% em relação ao trimestre anterior em uma base trimestral móvel. As categorias de Transporte Rodoviário de Cargas e Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares apresentaram números fracos, explicando grande parte da diferença entre nossa estimativa e o resultado efetivo. Além disso, a variação dos Serviços de Transporte Aéreo foi mais branda do que o esperado (-14% em relação ao mês anterior em novembro, após +29% em outubro). Por outro lado, os Serviços Prestados às Famílias aceleraram em novembro, reforçando nossa visão de que o consumo das famílias permanece em uma tendência de alta sólida. Adicionalmente, os Serviços de Informação e Comunicação retomaram o crescimento, devido principalmente às Telecomunicações. Em resumo, a atividade de serviços continua em níveis elevados, embora haja sinais crescentes de desaceleração.
- Na agenda de hoje, destaque para o IBC-Br de novembro, para o qual o mercado espera virtual estabilidade na margem – o índice é uma proxy mensal do PIB divulgada pelo Banco Central. Esperamos que o resultado tenha pouco impacto sobre ativos.
Empresas
Bens de Capital: A Combinação de Taxas Mais Altas e um Real Depreciado no Resultado Financeiro da WEG
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas-chave para o setor. Nesta semana, destacamos:
- Nosso exercício sobre o potencial impacto líquido de mudanças cambiais e de taxas de juros no resultado financeiro da WEG, considerando seu perfil de dívida/caixa, com uma leitura favorável em meio ao aumento dos riscos domésticos;
- O balanço de 2024 da ANFAVEA, com caminhões se destacando em termos de aumento de produção (+41% A/A), enquanto a produção de carros de passeio é o menor destaque, em +7% A/A em 2024;
- A conversão pelo Uruguai de cinco opções de compra do A-29 Super Tucano, contribuindo para a carteira de pedidos da Embraer no 1T25;
- A previsão da Conab de uma safra de grãos de 322 milhões de toneladas este ano, um crescimento de +8% na produção brasileira A/A (reforçando a necessidade de investimentos em armazenagem pós-colheita).
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Governo revoga fiscalização do Pix (Valor);
- Lucros dos grandes bancos dos EUA aumentam à medida que era Biden chega ao fim (Valor);
- Renda fixa ‘salva’ ano de bancos de investimentos (Valor);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Telecom puxa setor de serviços no acumulado de 2024 até novembro (Teletime);
- Anatel deve aguardar abril para avaliar roaming em rodovias (Teletime);
- ChatGPT adiciona nova ferramenta para se tornar ‘verdadeiro assistente pessoal’ (O Globo);
- Samsung e Nokia fecham acordo para tecnologias de vídeo em TVs (Teletime);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Reforma Tributária será sancionada com vetos em cerimônia no Planalto nesta quinta (O Globo);
- Avon recebe aval de juiz nos EUA para fazer ‘família vende tudo’ (Estadão);
- GPA redobra foco em margens e clientes premium – “Qualquer consolidação seria uma distração”, diz CEO (Exame);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos
- Germany sees meat exports to EU continuing after foot-and-mouth case – Reuters
- Brazilian meatpacker JBS says net-zero emissions pledge was ‘never a promise’ – Reuters
- Abertura do Japão para a carne está perto. A aposta da Abiec – TheAgriBiz
- Agro
- Com medo de Trump, China compra volume recorde de soja – GloboRural
- Falta de chuva e forte calor preocupam produtor de soja no Sul – GloboRural
- Biocombustíveis
- Produção de etanol ultrapassa 32 bilhões de litros – Única
- Vendas de etanol das usinas cresceram 2,5% em dezembro – GloboRural
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- Alimentos
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Amil é notificada por descumprimento de decisões judiciais (Valor Econômico);
- CM Hospitalar (VVEO3): conselho aprova abertura de programa de recompra de debêntures (Finance News);
- Kora Saúde (KRSA3): Renúncia do Diretor (RI da Companhia);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- BOJ to raise rates by end-March, most analysts lean toward January hike – Reuters poll (Reuters);
- Novo programa de socorro a Estados pressiona contas do governo federal mesmo com vetos de Lula (Estadão);
- Azul e Gol fazem acordo que propõe fusão e deve criar gigante da aviação (Estadão);
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Estratégia
Fundos Multimercado e de Ações tiveram um ano para se esquecer – Fluxo em foco
- Em 2024, os investidores estrangeiros apresentaram níveis históricos de fluxos negativos, com uma saída de R$ 23,1 bi nos mercados à vista e futuros. Em dezembro, nós tivemos um mês mais misto, mas ainda negativo, com R$ 1,7 bi de fluxos positivos no mercado à vista, mas R$ 4,6 bi de saídas líquidas nos mercados futuros. Nós vemos isso como o resultado de uma deterioração do cenário macroeconômico doméstico, causada por uma combinação de um ciclo de alta de juros e o aumento de preocupações fiscais;
- Enquanto isso, os investidores institucionais foram os principais vendedores líquidos em dezembro e em 2024, totalizando R$ 42,4 bi de saídas nos mercados à vista e futuros no último ano. Por outro lado, os investidores pessoa física foram os principais compradores, com entradas de R$ 34,3 bi;
- A indústria de fundos como um todo teve um ano positivo, impulsionada pelos fundos de renda fixa, mas os fundos multimercados e de ações tiveram um 2024 para se esquecer;
- O volume médio diário negociado na Bolsa cresceu para R$ 30,0 bi, acima da média dos últimos 12 anos de R$ 25,0 bi, mesmo em meio ao cenário macro desafiador;
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- MALL11 Conclui compra de 45% do Rio Anil Shopping (Valor Econômico);
- BTLG11 recebe parcela final por venda de antiga fábrica da Ford no ABC paulista; veja lucro obtido (Valor Investe);
- GGRC11 fecha o ano com dividend yield de 11,37% e gestora fala em “boas notícias aos cotistas” (Fiis).
- Clique aqui para acessar o relatório
ESG
Chris Wright, escolhido de Trump para o Departamento de Energia, defende investimento em gás natural e nuclear | Café com ESG, 16/01
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 2,8% e 3,2%, respectivamente;
- No Brasil, (i) segundo Jason Weller, diretor global de sustentabilidade da JBS, o compromisso assumido pela empresa em 2021 de cortar ou compensar todas as suas emissões até 2040 era apenas uma “aspiração” – em entrevista à Reuters essa semana, ele confirmou que a JBS incentiva mudanças voluntárias em sua cadeia de suprimentos, ao mesmo tempo em que reforçou dificuldades em controlar 100% as operações de cada uma das fazendas; e (ii) o relatório mais recente publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sobre Angra 3 concluiu que a construção da usina evita custos elevados do abandono do projeto, ajuda a moderar custos sistêmicos e provê segurança energética e confiabilidade ao sistema, emitindo um parecer favorável à retomada da construção – o tema deve ser analisado pelo tomador da decisão de seguir ou não com a construção, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), ainda neste mês;
- No internacional, Chris Wright, escolhido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para chefiar o Departamento de Energia, disse ontem que sua primeira prioridade será expandir a produção doméstica de energia, incluindo gás natural liquefeito (GNL) e energia nuclear – em audiência aos senadores, Wright defendeu algumas alternativas aos combustíveis fósseis, como pequenos reatores de energia nuclear e energia geotérmica, embora tenha criticado energia solar e eólica;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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