IBOVESPA -0,16% | 129,110 Pontos
CÂMBIO -0,30% | 5,43/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na terça-feira, o Ibovespa fechou em leve queda de 0,2%, aos 129.110 pontos. O índice, após 11 pregões consecutivos de alta culminando em um ganho de 4,4%, apresentou um movimento técnico de realização de lucros, o oposto do mercado americano, que foi impulsionado pela maior possibilidade de um corte de juros pelo Federal Reserve em setembro em meio a uma economia sólida, após os dados de vendas no varejo de junho virem acima do consenso.
O principal destaque negativo da sessão na Bolsa brasileira foi Pão de Açúcar (PCAR3, -7,9%), após a empresa Cencosud Brasil negar que está em negociação pela fatia do Casino no grupo de supermercados. Já o principal destaque positivo foi SLC Agrícola, após elevação de recomendação por um banco de investimentos e previsões positivas para o resultado do 2º trimestre de 2024.
Nesta quarta-feira, na temporada de resultados do Brasil do 2T24, teremos Zenvia. Pela temporada de resultados internacional do 2T24, teremos ASML e Johnson & Johnson. Veja aqui o nosso calendário de resultados internacionais para o 2º trimestre de 2024, e nossa página para acompanhar a temporada de resultados do 2º trimestre de 2024 do Brasil.
Onde Investir no 2° Semestre: confira o relatório completo
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de ontem com fechamento por toda extensão da curva. Domesticamente, o ruído político entorno da necessidade de corte de despesas pelo Estado elevou a cautela dos investidores, mas logo foi mitigado pelo pronunciamento do Ministro da Fazenda, no qual reiterou o comprometimento dos governistas com o cumprimento do arcabouço fiscal.
Nos EUA, apesar de os dados de vendas do varejo terem apresentado aceleração, o mercado aumentou seu otimismo com corte de juros em setembro. Por lá, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 4,43% (-1,0bps) e as de 10 anos em 4,17% (-6,0bps). DI jan/25 fechou em 10,57% (queda de 1,9bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,09% (queda de 8bps); DI jan/27 em 11,34% (queda de 9bps); DI jan/29 em 11,71% (queda de 5bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: -0,7%; Nasdaq 100: -1,2%), após uma fala dura de Trump sinalizando aumento de tensões geopolíticas. Trump declarou que Taiwan deve pagar pela defesa fornecida pelos EUA, o que derrubou empresas ligadas à cadeia dos semicondutores e as Big Techs.
Hoje, a temporada de resultados do segundo trimestre de 2024 segue ganhando tração com a divulgação do balanço de Johnson&Johnson nos EUA e de ASML na Holanda.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,4%), com acirramento de tensões geopolíticas globais e na China, as bolsas fecharam em leve alta (CSI 300: 0,1%; HSI: 0,1%).
Economia
As vendas no varejo nos Estados Unidos continuaram mostrando força no segundo trimestre, com estabilidade em junho e um crescimento revisado de 0,3% em maio. O núcleo das vendas no varejo, por sua vez, subiu 0,9% em junho depois de uma alta de 0,4% em maio. A resistência do varejo mostra que a economia americana continua forte. No Reino Unido, a inflação do mês de junho mostrou alta de 2,0%, acima das expectativas do mercado, com fortes pressões de serviços, que mantiveram um nível de 5,7%. A alta reduziu as apostas de cortes de juros na próxima reunião do Banco da Inglaterra.
No Brasil, o presidente Lula disse, em entrevista, que precisa ser convencido sobre a necessidade de cortes de gastos e não descartou um possível não cumprimento da meta, mas disse que o governo fará o que for necessário para atingir a meta. Ainda no Brasil, o ministro do STF, Edson Fachin, prorrogou até setembro o prazo para que Senado e Ministério da Fazenda cheguem a um acordo quanto à desoneração da folha.
Na agenda do dia, destaque para a divulgação da produção industrial dos Estados Unidos, que deve mostrar alta de 0,4%, segundo o consenso, e do Livro Bege, que reúne informações qualitativas sobre o estado da economia americana nos 12 distritos onde o Fed opera. No Brasil, o único indicador a ser divulgado é o IGP-10 de julho.
Veja todos os detalhes
Economia
Vendas no varejo reforçam as perspectivas de crescimento econômico nos EUA; no Brasil, o prazo para o acordo sobre a desoneração da folha foi prorrogado
- As vendas no varejo dos Estados Unidos ficaram inalteradas em junho, uma vez que uma queda nas receitas em concessionárias de automóveis foi compensada por uma ampla força em outros lugares, uma demonstração de resistência do consumidor que reforçou as perspectivas de crescimento econômico para o segundo trimestre. Economistas consultados pela Reuters previram que as vendas no varejo, que são principalmente de mercadorias e não são ajustadas pela inflação, cairiam 0,3%. O relatório melhor do que o esperado do Departamento de Comércio na terça-feira também mostrou que as vendas em maio foram maiores do que o inicialmente estimado, de 0,1% para um ganho de 0,3%. As vendas no varejo aumentaram 2,3% em uma base anual em junho. As vendas no varejo, excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, aumentaram 0,9% no mês passado, depois de um aumento não revisado de 0,4% em maio. Os economistas agora estimam que os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da economia, cresceram a uma taxa anualizada de 2,0% no segundo trimestre;
- A inflação britânica desafiou as previsões de uma leve queda e se manteve em 2% em junho, com fortes pressões subjacentes sobre os preços. Os economistas esperavam, em sua maioria, que a inflação geral dos preços ao consumidor diminuísse para 1,9% nos 12 meses até junho. O núcleo da inflação – excluindo os preços voláteis de alimentos e energia – manteve-se em 3,5% no período de 12 meses até junho. A inflação para serviços foi de 5,7%, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais, sem alterações em relação a maio, também acima da expectativa de 5,6%. Os investidores reduziram as apostas em um corte na taxa do BoE em 1º de agosto, data de seu próximo anúncio de política monetária programado, para cerca de 35%, em comparação com pouco menos de 50% antes dos dados;
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em uma entrevista a uma emissora de TV local que precisa ser convencido da necessidade de seu governo cortar gastos e não descartou a possibilidade de o Brasil não cumprir sua meta fiscal. Lula disse, no entanto, que o Brasil fará “o que for necessário” para cumprir sua meta fiscal, que visa eliminar o déficit primário, com uma faixa de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB em qualquer direção. Ele também disse que “não seria um problema” para o Brasil registrar déficits primários de 0,1% ou 0,2% do PIB. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o déficit de 0,2% do PIB ao qual o presidente se referiu é exatamente o limite inferior da meta de resultado primário;
- Ainda no Brasil, o Ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin prorrogou até 11 de setembro o prazo para que o Congresso e o governo federal cheguem a um acordo sobre a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e municípios. O prazo venceria nesta sexta-feira, mas o Ministério da Fazenda e os senadores ainda não chegaram a um acordo sobre as fontes de compensação para financiar o benefício. Os senadores propuseram medidas alternativas que, segundo nossa estimativa, gerariam menos de R$ 10 bilhões em receita este ano. O governo insiste em um possível aumento da alíquota da CSLL para complementar a compensação, caso as medidas do Senado não sejam suficientes;
- Na agenda de hoje, o destaque é a produção industrial e o Livro Bege, ambos nos EUA. Em relação à primeira, o consenso é de um aumento de 0,4% M/M em junho, após um ganho de 0,9% em maio. Por sua vez, o livro bege, que é uma compilação de evidências anedóticas nos 12 Distritos do Federal Reserve, deve mostrar alguma moderação na atividade econômica. No Brasil, o único indicador econômico a ser divulgado é o índice de inflação IGP-10.
Empresas
Prévia 2T24 | Azzas 2154: FARM como o destaque positivo; atenções voltadas para as sinergias da fusão
- Neste relatório, trazemos nossa prévia do 2T24 para a Azzas 2154 (ARZZ3 & SOMA3);
- Esperamos um trimestre misto, com desaceleração do crescimento do faturamento das principais marcas da Arezzo&Co. e tendências melhores no Grupo Soma, principalmente na FARM, tanto no Brasil quanto no exterior;
- Em termos de rentabilidade, esperamos que ambas as empresas apresentem margens EBITDA ajustadas pressionadas por despesas de marketing mais pesadas, explicadas por projetos internos na Arezzo&Co. e por fortes bases de comparações no Grupo Soma;
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Mineração e Siderurgia: Crescimento do PIB chinês desacelerou no 2T24; Preços do minério de ferro caem 1% S/S
- Os principais temas da semana foram o PIB da China no 2T24 e a divulgação de vários dados econômicos chineses para Jun’24.
- (i) O PIB da China no 2T24 ficou em 4,7% A/A, abaixo das estimativas do consenso de 5,1% A/A (de 5,3% A/A no 1T24), principalmente devido à menor demanda doméstica, parcialmente compensada por fortes exportações;
- (ii) Para Jun’24, destacamos que as vendas no varejo desaceleraram para 2,0% A/A, o setor imobiliário permaneceu fraco, apesar de um desempenho resiliente do setor industrial (principalmente devido ao aumento das exportações);
- (iii) De acordo com o IABr, a demanda aparente de aço aumentou 1% M/M em Jun’24, impulsionada pela maior demanda de aços planos (+3% M/M), apesar da demanda ligeiramente menor de aços longos (-1% M/M); e
- (iv) Vemos as ações da Vale precificando um minério de ferro implícito a US$ 98/t, um desconto de 10% em relação aos preços spot de US$ 109/t, enquanto as ações da CMIN estão precificando um minério implícito de US$ 118/t, um prêmio de 8% em relação aos preços spot.
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Vale (VALE3): Melhoria no desempenho dos embarques de minério de ferro; Guidance 2024E reafirmado – Relatório de Produção e Vendas do 2T24
- A Vale reportou um desempenho operacional decente no 2T24, com melhores embarques de minério de ferro (+8% A/A), implicando um ligeiro aumento em relação às nossas estimativas (EBITDA ajustado atualizado no 2T24E de ~US$ 4,2 bilhões + 6% vs. nossa previsão anterior). Destacamos:
- (i) embarques de minério de ferro +8% A/A, impulsionados por uma produção ligeiramente melhor (+2% A/A) e consumo de estoque (reduzindo a lacuna produção-vendas no 2T24);
- (ii) preços realizados do minério de ferro -2% T/T, com prêmios afetados negativamente por um maior mix de vendas de produtos com alto teor de sílica (+5,4Mt ou ~34% de aumento nas vendas trimestrais, que a Vale espera ser menos relevante no 2S24E); e
- (iii) produção ainda prejudicada nas operações de Níquel (-24% A/A e -29% T/T), afetada pela parada de manutenção em Subdury.
- Além disso, a Vale reafirmou seu guidance de produção para 2024 (a produção anualizada de minério de ferro no 2S24 é ~95% da parte superior do guidance da Vale).
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Sala de Espera XP (Parte 1): Prévias dos Resultados do 2T24
- Até o momento, esperamos que as empresas de saúde apresentem resultados mistos no 2T24. Destacamos:
- Os pagadores podem continuar buscando melhorias de sinistralidade por meio de aumentos de preços e redução de utilização;
- Os hospitais podem apresentar melhores resultados em comparação com os trimestres anteriores, mas ainda permanecem sob pressão; e
- Os números da Hypera (HYPE3) podem estar em linha com seu guidance, enquanto a Blau (BLAU3) pode apresentar alguma expansão de margem.
- Embora acreditemos que o setor esteja em meio a um processo de recuperação, esperamos que isso ocorra de forma heterogênea, com apenas algumas empresas apresentando melhorias significativas no 2T24. Nesse sentido, esperamos que a Rede D’Or (RDOR3) e a Hapvida (HAPV3) sejam os destaques positivos durante essa temporada de resultados.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- ‘Open finance’ é conhecido por 45% dos brasileiros bancarizados (Valor);
- Pesquisa de empréstimos bancários do BCE aponta melhora gradual da economia (Valor);
- CNSEG: Seguros (ex-saúde) arrecadam R$ 138,7 bi de janeiro a abril, alta de 18,1% em um ano (Broadcast);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Empresa da Oi vai à leilão nesta quarta, diz jornal (Capitalist);
- Com expansão no móvel, Claro tem alta de 11% do EBITDA no 2º tri (Telesíntese);
- Vivo anuncia novos serviços de crédito (Telesíntese);
- BrasilTecpar compra a Nova Telecom, de BH, por R$ 74,7 milhões (Telesíntese);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Amazon amplia logística e promoção para o Prime Day mais longo da história da empresa (O Globo);
- Shein afirma compromisso com “nacionalização” de peças e destaca problemas com Coteminas (Mercado&Consumo);
- Câmara favorece Zona Franca de Manaus na reta final da regulamentação da reforma tributária (Estadão);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- China espera recuperação do mercado de cerveja com eventos esportivos – Exame
- Ambev aposta em atletas veteranos para promover a Corona sem álcool – Valor
- Alimentos
- Vírus da Influenza Aviária é encontrado em Rebanho Leiteiro de Oklahoma (EUA) – Agrimídia
- Governo eleva preços mínimos do arroz para estimular produção – GloboRural
- Agro
- Russian farmers fight to salvage harvest as major region cuts forecast – Reuters
- BNDES tem aumento de 73% nos valores do Plano Safra 24/25 – GloboRural
- Biocombustíveis
- Indian farmers rush to plant summer crops as monsoon revives – Reuters
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- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Vacina da dengue volta a ser aplicada em laboratórios particulares (Valor Econômico);
- Vendas de dispositivos médicos crescem 51% em maio comparado a 2023 (Saúde Business);
- dr.consulta e outras quatro empresas se reúnem em associação para ganhar eficiência e ampliar mercado (O Globo);
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- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Na Eztec, pressão vendedora pode ter chegado ao fim (Brazil Journal);
- Minha Casa, Minha Vida: governo Lula vai propor trava para financiamentos de imóveis usados (O Globo);
- Senado pedirá mais prazo para votar reoneração da folha de pagamentos (Sinduscon SP);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields hold steady as investors weigh state of economy (CNBC);
- BC adotou maior cautela com indícios de economia aquecida e desinflação mais lenta, diz Galípolo (Estadão);
- Demanda por ações da privatização da Sabesp chega a R$ 200 bilhões (Valor Econômico);
- Fitch Retira Rating ‘AA-(bra)’ da Ebec (Fitch);
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- ALZR11 conclui compra de centro de distribuição do Oba, no interior de SP (FIIs);
- MXRF11, FII mais popular do mercado, passa de 1,1 milhão de cotistas (FIIs);
- FIIs de tijolo terão taxação facultativa após alterações na Reforma Tributária; gestoras comemoram (SiiLa);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Raízen (RAIZ4) amplia investimentos para prevenção de incêndios com uso de IA | Café com ESG, 17/07
- O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV caindo 0,16%, enquanto o ISE andou de lado (0,04%).
- No Brasil, (i) a Raízen pretende investir R$ 164,91 milhões neste ano em sua campanha de conscientização, preveção e combate a incêndios em canaviais (vs. R$ 153 milhões do ano passado) – segundo o gerente de inovações e geotecnologia agrícola da empresa, Hamilton Jordão, um novo sistema baseado em inteligência artificial (IA) está sendo usado para um combate mais eficiente ao fogo que, no ano passado, queimou 1,54 milhão de toneladas de cana das áreas da companhia; e (ii) o Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que o Brasil vai crescer menos que o inicialmente previsto por seus economistas em 2024, principalmente frente à tragédia climática no Rio Grande do Sul – de acordo com o FMI, a expectativa agora é de uma alta de 2,1% em 2024 (vs. 2,2% anteriormente).
- No internacional, o governo alemão anunciou ontem a concessão de €4,6 bilhões em subsídios para 23 projetos de hidrogênio, reconhecidos como Projetos Importantes de Interesse Europeu Comum (IPCEI) pela União Europeia, dentro da iniciativa Hy2Infra – os projetos financiados incluem até 1,4 GW de capacidade de eletrólise, 2 mil km de gasodutos, 370 GWh de capacidade de armazenamento e terminais capazes de movimentar 1,8 mil toneladas de hidrogênio por ano.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
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