Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV caindo 0,16%, enquanto o ISE andou de lado (0,04%).
• No Brasil, (i) a Raízen pretende investir R$ 164,91 milhões neste ano em sua campanha de conscientização, prevenção e combate a incêndios em canaviais (vs. R$ 153 milhões do ano passado) - segundo o gerente de inovações e geotecnologia agrícola da empresa, Hamilton Jordão, um novo sistema baseado em inteligência artificial (IA) está sendo usado para um combate mais eficiente ao fogo que, no ano passado, queimou 1,54 milhão de toneladas de cana das áreas da companhia; e (ii) o Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que o Brasil vai crescer menos que o inicialmente previsto por seus economistas em 2024, principalmente frente à tragédia climática no Rio Grande do Sul – de acordo com o FMI, a expectativa agora é de uma alta de 2,1% em 2024 (vs. 2,2% anteriormente).
• No internacional, o governo alemão anunciou ontem a concessão de €4,6 bilhões em subsídios para 23 projetos de hidrogênio, reconhecidos como Projetos Importantes de Interesse Europeu Comum (IPCEI) pela União Europeia, dentro da iniciativa Hy2Infra – os projetos financiados incluem até 1,4 GW de capacidade de eletrólise, 2 mil km de gasodutos, 370 GWh de capacidade de armazenamento e terminais capazes de movimentar 1,8 mil toneladas de hidrogênio por ano.
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Brasil
Empresas
Selo Verde: normalização e a certificação de produtos e de serviços sustentáveis
"Publicado no dia de 17.06.2024 o Decreto Federal nº 12.063 que instituiu o Programa Selo Verde, que tem por objetivo elaborar diretrizes nacionais para a normalização e a certificação de produtos e de serviços que comprovadamente atendam a requisitos de sustentabilidade pré-definidos. Os selos verdes desempenham um papel relevante na atividade econômica das empresas, pois comunicam atributos ambientais dos produtos ou serviços e garantem, por meio de certificadoras independentes, que essas alegações são verdadeiras. Esses selos possuem caráter privado e são emitidos por organizações (certificadoras independentes) que verificam a conformidade com critérios ambientais específicos. Ter selo verde em muitos casos, é um diferencial em determinados mercados e setores como, por exemplo, no florestal. Os objetivos do Programa são: (i) aumento a qualidade e a competitividade de produtos e de serviços brasileiros, (ii) estímulo ao consumo de produtos sustentáveis, de forma a colaborar para a consolidação de um mercado sustentável no País, fortalecimento uso dos critérios Ambiental, Social e de Governança – ASG e da economia circular, estímulo ao crescimento da economia verde, contribuição para o desenvolvimento sustentável e para a redução das emissões de gases de efeito estufa; Importante notar que os requisitos ainda serão definidos com a participação do setor privado, de forma a promover a qualidade e a competitividade de produtos e de serviços brasileiros no País e no exterior, e observarão os princípios das boas práticas regulatórias."
Fonte: Valor Econômico; 16/07/2024
"O Ministério de Minas Energia (MME) tenta avançar com o debate do licenciamento ambiental para o setor de petróleo e gás. Sob o argumento de necessidade de reposição de reservas para a segurança energética nacional, a pasta está recebendo sugestões, após se reunir com entidades do setor. Tenta ainda destravar blocos para os próximos leilões, previstos para retornar em 2025. Na sexta passada (12/7), o MME debateu a questão com agentes do setor e abriu uma consulta pública para colher sugestões para aprimoramento das estratégias e políticas que envolvam questões ambientais e a segurança energética. O MME espera que as manifestações conjuntas com o Ministério do Meio Ambiente e Combate às Mudanças do Clima (MMA), necessárias para inclusão de novos blocos no sistema de oferta permanente da ANP, devem sair ainda este mês. Com o vencimento dos atos editados a partir de 2012, quando a regra foi criada, centenas de blocos deixaram de estar disponíveis para os leilões da ANP, de 2023 para cá. Além disso, em breve deverá ser editado Decreto que trata da criação de Comissão Interministerial de Avaliação de Área Sedimentar (CIAAAS), permitindo que sejam avaliados e aprovados os estudos já realizados para as bacias de Solimões e SEAL/Jacuípe, visando habilitar a oferta de novos blocos. Durante a reunião, que contou com a participação de representantes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP), da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Pré-sal Petróleo S.A (PPSA), o MME apresentou propostas para dar celeridade ao licenciamento."
Fonte: Epbr; 16/07/2024
Anac publica regras para monitoramento e compensação de emissões em voos internacionais
"A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou, na última semana (12/7), a portaria que detalha como os operadores aéreos internacionais deverão estimar suas emissões para enquadramento no Corsia, o esquema de compensação de emissões do setor. Em maio, a Anac já havia publicado uma resolução regulamentando o monitoramento e a compensação das emissões que permitirão ao Brasil comunicar à Organização de Aviação Civil Internacional (Icao, em inglês) os resultados e a compensação de CO2 no espaço aéreo nacional. A portaria agora detalha, entre outras coisas, o que deve conter no plano de monitoramento de emissões, as fórmulas de cálculo e como será o processo de reporte e verificação. As regras valem para operadores aéreos que emitem mais de 10 mil toneladas de CO2 por ano, e o monitoramento deverá ser realizado para toda etapa internacional de voo. O Corsia (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation) é um acordo da indústria de aviação global para crescimento neutro em carbono, ou seja, mesmo com o aumento das viagens aéreas, o setor deve estabilizar suas emissões em relação aos níveis de 2020. Em 2027, o mecanismo passa a ser obrigatório para todos os países signatários, entre eles, o Brasil. Para cumpri-lo, companhias estão fazendo uma série de investimentos: desde aeronaves mais eficientes, até novos combustíveis. Em mercados onde a compensação já é obrigatória, as aéreas também adquirem créditos de carbono para abater o carbono emitido pelo querosene fóssil."
Fonte: Epbr; 16/07/2024
"A combinação da expansão do mercado de veículos elétricos com ganhos de eficiência energética nos motores a combustão tem potencial de reduzir as emissões da mobilidade brasileira em 15% a 17,5% em quatro anos, aponta um estudo do ICCT Brasil publicado esta semana. A organização de pesquisa sobre transporte limpo avalia que o Mover, novo programa de incentivo à eficiência e descarbonização da indústria automotiva tem potencial para alavancar a oferta de modelos elétricos e híbridos no país, considerando os anúncios em investimentos na fabricação nacional. Desde seu lançamento, em dezembro de 2023, montadoras já anunciaram planos de investimentos no Brasil que somam R$ 130 bilhões, segundo cálculos do governo federal. No final do mês passado, quando a lei que cria o programa foi sancionada, 89 empresas, em nove estados, já estavam habilitadas para receber os incentivos previstos na política setorial – ao todo, serão R$ 19,3 bilhões de créditos financeiros entre 2024 e 2028. Para fazer jus ao benefício, as empresas habilitadas precisam cumprir critérios de sustentabilidade e inovação. Não à toa, boa parte dos anúncios feitos pelas montadoras miram híbridos e eletrificados. “As metas de descarbonização do Mover provavelmente serão atingidas por uma combinação de ganhos de eficiência energética nos veículos com motores a combustão e introdução de novas tecnologias. Em particular, é esperado um aumento da produção nacional de veículos híbridos (HEVs), híbridos plug-in (PHEVs) e veículos elétricos à bateria (BEVs)”, observa o ICCT."
Fonte: Epbr; 16/07/2024
Raízen investe R$ 164,9 milhões em prevenção a incêndios
"A Raízen, maior produtora de açúcar e etanol do Brasil, investe neste ano R$ 164,91 milhões em sua campanha de conscientização, prevenção e combate a incêndios em canaviais ante os R$ 153 milhões do ano passado. Com o slogan “Quem ama a terra não chama o fogo”, a empresa que tem 99% da colheita mecanizada focou os investimentos em tecnologia, equipamentos e pessoal. Em live realizada nesta terça-feira (16/7), o gerente de inovações e geotecnologia agrícola da empresa, Hamilton Jordão, detalhou um novo sistema baseado em inteligência artificial (IA) que está sendo usado para um combate mais eficiente ao fogo que, no ano passado, queimou 1,54 milhão de toneladas de cana das áreas da Raízen. O projeto Hélios, ferramenta desenvolvida pela empresa que usa algoritmos de IA, ajuda a predizer onde há maior potencial para a ocorrência de focos de incêndio e também aponta como posicionar melhor as equipes brigadistas e os veículos de intervenção rápida (VIR) para o combate às chamas. “Antes, a gente posicionava as equipes em pontos altos para visualização mais rápida. Agora, com o projeto Hélios identificamos o melhor local e conseguimos uma redução de 28% no tempo médio de deslocamento para combate aos incêndios em relação ao ano anterior ”, diz. Segundo o gerente, 1.520 hectares de cana deixaram de ser queimados devido ao uso do projeto nas áreas-piloto. A ferramenta se baseia em dados climáticos, informações agronômicas do estágio da cana, informações históricas sobre incêndios na região, imagens de satélite e dinâmica urbana da região."
Fonte: GloboRural; 16/07/2024
O papel estratégico do Brasil em minerais críticos
"A corrida global pelos minerais críticos e estratégicos (MCE) está redefinindo a geopolítica do século XXI, com implicações profundas para a economia brasileira e sua posição no cenário internacional. O Brasil, com seu vasto potencial geológico, tem a oportunidade de se tornar um ator central nesse novo tabuleiro global, mas para isso precisa urgentemente implementar uma Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE) robusta e alinhada com os interesses nacionais. A demanda por MCE, essenciais para tecnologias verdes e a transição energética, deve crescer exponencialmente nas próximas décadas. A Agência Internacional de Energia projeta um aumento de até 6 vezes até 2040. Essa escalada coloca o Brasil em uma posição privilegiada, dado que o país detém cerca de 20% das reservas globais de vários minérios críticos, incluindo bauxita, manganês e terras raras. No entanto, o cenário atual é marcado por uma concentração preocupante nas cadeias de suprimentos. Essa dinâmica oferece ao Brasil uma janela de oportunidade para diversificar o mercado global e reduzir dependências unilaterais. A PNMCE proposta pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) é um passo crucial nessa direção. Ela visa não apenas aumentar a produção doméstica, mas também agregar valor localmente, reduzindo a exportação de matérias-primas brutas. Essa abordagem é fundamental para posicionar o Brasil como um fornecedor confiável e estratégico de produtos de maior valor agregado, fortalecendo sua posição nas cadeias globais de valor. Um aspecto crítico da política deve ser o estabelecimento de parcerias estratégicas. O Brasil tem a oportunidade de liderar uma coalizão de países do Sul Global, promovendo cooperação tecnológica e comercial."
Fonte: Valor Econômico; 17/07/2024
Política
Tragédia no RS reduz crescimento da economia brasileira em 2024, prevê FMI
"O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou ligeiramente para baixo a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano. O organismo multilateral acredita que o Brasil vai crescer menos que o inicialmente previsto por seus economistas em 2024 por causa da tragédia climática no Rio Grande do Sul. A expectativa é de uma alta de 2,1% em 2024, de acordo com a mais recente edição do Panorama Econômico Mundial, divulgado nesta terça-feira. Em abril, a perspectiva do FMI era de crescimento de 2,2% no Produto Interno Bruto (PIB). Para 2025, no entanto, o cenário é otimista. O FMI avalia que o Brasil vai crescer mais do que projetava anteriormente — com alta de 2,4% em vez de 2,1% —, refletindo a reconstrução das cidades gaúchas após as enchentes e outros fatores, como a aceleração da transição energética. As projeções do FMI para o crescimento global ficaram inalteradas em 3,2% para este ano e subiram de 3,2% para 3,3% em 2025. O Fundo manteve a sua estimativa para a inflação global em 5,9% neste ano, o que representa queda em relação aos 6,7% do ano passado. Apesar disso, o Fundo alertou para a possibilidade de que países desenvolvidos, como os Estados Unidos, precisem manter a taxa de juros elevada por um tempo maior que o previsto diante da escalada das tensões comerciais e do aumento das incertezas políticas. A inflação dos serviços também tem se mostrado um empecilho para que o Federal Reserve (Fed) inicie o ciclo de corte de juros. "A dinâmica da desinflação global está desacelerando, sinalizando solavancos ao longo do caminho."
Fonte: Epbr; 16/07/2024
Internacional
Empresas
Oito mudanças globais críticas aceleram crise climática, aponta relatório da ONU
"Oito mudanças globais críticas estão acelerando uma tripla crise planetária de mudanças climáticas, perda de natureza, poluição e desperdício, de acordo com o novo Relatório de Previsão Global produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pelo Conselho Internacional de Ciência (ISC). Divulgado na segunda (15/7), o documento lista a degradação do mundo natural pela humanidade, o rápido desenvolvimento de tecnologias como a IA, a competição por recursos naturais, o aumento das desigualdades e o declínio da confiança nas instituições entre as mudanças que estão criando a chamada policrise. Isto é, as crises globais estão crescendo e se sincronizando – com impactos significativos sobre o bem-estar humano e planetário. “A rápida taxa de mudança, incerteza e desenvolvimentos tecnológicos que estamos vendo, em um cenário de turbulência geopolítica, significa que qualquer país pode ser desviado do curso com mais facilidade e frequência”, comenta a diretora executiva do Pnuma, Inger Andersen. Ao todo, o relatório identifica 18 sinais de mudança, indicados por centenas de especialistas globais por meio de consultas regionais que incluíam jovens e comunidades como potenciais interrupções, tanto positivas quanto negativas, para as quais o mundo deve se preparar. Entre elas está a crescente demanda por elementos essenciais de terras raras, minerais e metais, além da crescente demanda por mineração em águas profundas e, além da estratosfera, a mineração espacial. Isso representa ameaças potenciais à natureza e à biodiversidade, pode aumentar a poluição e o desperdício e desencadear mais conflitos, diz a ONU."
Fonte: Epbr; 16/07/2024
COP da biodiversidade, na Colômbia, é ameaçada por dissidentes das Farc
"Guerrilheiros da principal dissidência das extintas Farc ameaçaram nesta terça-feira, 16, a realização da COP16 sobre biodiversidade em Cali, cidade colombiana mais próxima dos territórios dominados pelos rebeldes.“A COP16 vai fracassar mesmo que a cidade seja militarizada com gringos [americanos]", publicaram guerrilheiros do Estado Maior Central (EMC) - formado por combatentes que rejeitaram o acordo de paz de 2016, em mensagem na rede social X dirigida ao presidente do país, Gustavo Petro. A segurança da reunião de cúpula mundial em Cali, prevista para acontecer de 21 de outubro a 2 de novembro, ficará a cargo do Estado colombiano e da polícia da ONU, mas é uma preocupação das autoridades, diante de ataques do EMC com explosivos em localidades próximas.A ministra colombiana do Meio Ambiente, Susana Muhamad, disse em maio à AFP que o governo avaliava a situação da ordem pública no departamento de Vale do Cauca, cuja capital é Cali, e no vizinho Cauca para a COP16. Naquele momento, os rebeldes do EMC haviam realizado um atentado com moto-bomba em Jamundí, a 18 km da sede da reunião, em uma semana violenta, que deixou civis e policiais mortos em diferentes povoados. As forças militares responderam com uma operação que mobilizou 6 mil soldados em Cauca. Com os reforços, a terceira maior cidade da Colômbia vai contar com 12 mil soldados durante a COP16. O governo afirma que não pretende mudar o local da reunião de cúpula da ONU, que vai receber pelo menos 12 mil visitantes, embora vereadores locais tenham alertado para o risco representado pelos ataques de dissidentes."
Fonte: Exame; 16/07/2024
COP 29 retomará impasse sobre financiamento climático
"A COP 29, conferência do clima das Nações Unidas que começa dia 11 de novembro em Baku, capital do Azerbaijão, verá emergir um antigo conflito: a oposição entre os países do Norte e Sul sobre quem paga a conta da crise climática e qual será a cifra. A principal meta de Baku é que os países cheguem a um acordo sobre o Novo Objetivo Quantitativo Global de financiamento climático, NCQD na sigla em inglês. Trata-se de definir a nova cifra que irá substituir o compromisso de US$ 100 bilhões anuais, de 2020 a 2025, prometidos em 2009 pelos países ricos, de financiar o mundo em desenvolvimento em clima. Segundo dados de relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, os países desenvolvidos finalmente teriam cumprido a meta anual em 2022, dois anos depois do prazo inicialmente estabelecido. Em novembro, em Baku, delegações de quase 200 países devem definir o novo número -que, já se sabe, diante da emergência climática, tem que ser de trilhões-, além das fontes, o fluxo, quem contribui e a natureza dos recursos (públicos, privados ou mistos). O Brasil está em sintonia com os países do G 77, grupo de 133 nações em desenvolvimento mais a China, e que representam dois terços das delegações. “É um grupo importante e que está coeso nessa discussão”, diz um negociador do G 77. “Os países do G 77 querem que seja um valor realista. E que os desenvolvidos é que irão colocar no sistema. Queremos que o foco seja dinheiro público”, continua. A outra parte, liderada pelos países do G 7 (Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão) não concorda. “Defendem um conceito de layers, de cebola”, diz o negociador."
Fonte: Valor Econômico; 17/07/2024
Política
O uso de dados incorretos de desmatamento pela UE “corre o risco de bloquear as importações"
"Bruxelas está usando dados incorretos para uma iniciativa de proibição de importações de terras desmatadas, alegam a Austrália e o Brasil, que intensificaram as exigências para que o novo regime seja adiado. Vários países afirmam que a UE poderia barrar unilateralmente as importações de óleo de palma, couro, café e muitos outros produtos de áreas que deveriam estar isentas quando a lei entrar em vigor em 31 de dezembro. “O mapa da UE não é uma fonte única de verdade, mas atua como uma possível fonte de informações para que os operadores da UE e as autoridades competentes determinem se houve desmatamento”, disse um porta-voz da embaixada australiana em Bruxelas. Os países disseram que surgiram diferenças entre o mapa de 2023 das Florestas da Austrália de Canberra e um mapa de 2020 do Observatório da UE sobre desmatamento e degradação florestal, porque eles usaram definições diferentes de áreas florestais. A lei da UE tem como objetivo evitar que o consumo dentro do bloco cause desmatamento além de suas fronteiras, proibindo a importação de produtos feitos de gado, madeira, cacau, soja, óleo de palma, café e borracha ligados a terras desmatadas. O comércio dessas mercadorias e de produtos relacionados foi de cerca de 126 bilhões de euros em 2022, de acordo com a S&P Global. As regras, acordadas pelos formuladores de políticas da UE em dezembro de 2022, também se aplicam internamente aos países da UE, mas sofreram a oposição de mais de 20 dos ministérios da agricultura do bloco devido à carga administrativa que será imposta aos silvicultores e agricultores de seus países."
Fonte: Financial Times; 16/07/2024
Governo alemão concede €4,6 bi para projetos de hidrogênio verde
"O governo federal alemão anunciou, nesta segunda (15/7), a concessão de €4,6 bilhões em subsídios para 23 projetos de hidrogênio, reconhecidos como Projetos Importantes de Interesse Europeu Comum (IPCEI) pela União Europeia, dentro da iniciativa Hy2Infra. Os empreendimentos financiados incluem até 1,4 GW de capacidade de eletrólise, 2 mil km de gasodutos, 370 GWh de capacidade de armazenamento e terminais capazes de movimentar 1,8 mil toneladas de hidrogênio por ano. Eles fazem parte da estratégia do governo alemão no incentivo da produção e do uso de hidrogênio verde. O objetivo, segundo o Ministério Federal de Assuntos Econômicos e Ação Climática (BMWK), é criar uma infraestrutura robusta que permita não só a descarbonização da indústria como também a sua manutenção no país. “Uma infraestrutura eficiente de hidrogênio desempenha um papel fundamental para permitir a descarbonização da indústria e do setor energético. Os gasodutos de hidrogênio serão a tábua de salvação dos centros industriais”, disse o ministro da pasta, Robert Habeck. Os projetos visam formar clusters regionais de geração, armazenamento e transporte de hidrogênio, conectando clientes industriais em áreas de uso intensivo de energia, como as indústrias siderúrgica e química. Além disso, vários projetos estão destinados a permitir futuras importações de hidrogênio através de gasodutos que ligam a Alemanha a países vizinhos, como os Países Baixos. Um dos projetos beneficiados é o da bp, que pretende desenvolver um eletrolisador de 100 MW próximo à refinaria de Lingen e espera produzir mais de dez mil toneladas de hidrogênio verde por ano, olhando futuramente para descarbonização da própria refinaria. Inicialmente, o eletrolisador utilizará energia renovável fornecida por um acordo de compra de energia eólica offshore."
Fonte: Epbr; 16/07/2024
"As rigorosas regras da União Europeia sobre financiamento sustentável estão impedindo o investimento em mercados emergentes, afirmou o diretor de um dos maiores bancos de desenvolvimento da União Europeia, alertando que grupos chineses e do Oriente Médio estão preenchendo a lacuna. “As exigências são tão rigorosas no momento que as chances de os clientes em potencial dos mercados emergentes migrarem para outros financiadores, por exemplo, do leste asiático, são realmente sérias”, disse Michael Jongeneel, executivo-chefe da FMO, a instituição holandesa de financiamento do desenvolvimento. As instituições financeiras de desenvolvimento europeias estão pedindo a Bruxelas que revise as regras para estimular um aumento no investimento estrangeiro que também poderia apoiar os objetivos da política externa e climática do bloco, incluindo projetos de transição verde, como o desenvolvimento de baterias e fazendas solares. Jongeneel disse que as regras penalizam as DFIs por não reconhecerem os investimentos estrangeiros como sustentáveis de acordo com seu “índice de ativos verdes”, um cálculo da UE que visa mostrar qual proporção dos ativos de um banco pode ser considerada favorável ao clima. Esse cálculo é cada vez mais utilizado por investidores institucionais que tentam atender a critérios ambientais, sociais e de governança. Isso significa que os bancos enfrentam riscos de reputação que impedem o capital privado, disse Jongeneel ao Financial Times, acrescentando: “Depende da flexibilidade do investidor, se ele está disposto a nos ouvir e nos pedir explicações”."
Fonte: Financial Times; 17/07/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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