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Morning Call XP (07.ago): A hora chegou – Câmara aprova texto base da reforma da previdência em segundo turno

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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O que pode impactar o mercado hoje

Começamos o dia de hoje com um marco histórico no Brasil: nessa noite, a Câmara aprovou o texto base da Reforma da Previdência em segundo turno, por 370 a 124 votos.

Todas as atenções estarão voltadas para os oito destaques, que devem ser apreciados hoje. O grande desafio será garantir quórum elevado na Casa: no primeiro turno, 510 deputados estavam presentes, ante os 494 no segundo turno. Dado que um dos destaques do primeiro turno teve apenas 20 votos de folga, deputados da base governista e de partidos de centro precisam estar presentes para mitigar riscos para as votações remanescentes.

Após as aprovações na Câmara, o texto da Previdência vai para o Senado, onde será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa e seguido por duas votações em plenário. Nesse meio tempo, a agenda após a Previdência começa a ganhar corpo, o que pode trazer novos horizontes para o Ibovespa.

Reiteramos nossa visão de que a bolsa é o melhor ativo para se investir no Brasil, e mantemos nossas projeções de 115 mil pontos para o final do ano, 140 mil no final de 2020.

No campo internacional, mercados Europeus tiveram uma performance positiva nessa noite, enquanto mercados asiáticos ficaram estáveis e futuros dos EUA estão em alta.

A discussão de juros mais baixos por mais tempo no mundo continua em destaque, com três bancos centrais surpreendendo o mercado com reduções de taxas de juros nesta quarta: Nova Zelândia, Índia e Tailândia. Após o corte de taxas de juros anunciado pelo Banco Central americano (FED) na semana passada, autoridades monetárias de diversas regiões estão tomando medidas para dar suporte às suas economias em meio à desaceleração global reforçada pelas tensões comerciais.

Do lado das commodities, os preços seguem pressionados. O petróleo opera em leve queda de 0,39%, em R$58,7/barrill, enquanto o minério de ferro intensifica perdas, recuando 6,44% e fechando em US$94,5/t.

No campo das empresas, a Cosan divulgou um fato relevante informando que a Raízen Combustíveis e a Femsa formaram uma joint venture no segmento de lojas de conveniência. Pelo acordo, a Femsa será proprietária de 50% da Raízen Conveniências, com um valor da empresa implícito de R$ 1,1 bilhão. Nós vemos a notícia como positiva dado que a parceria deve contribuir para o desenvolvimento de lojas de conveniência da Raízen, uma tendência no setor de distribuição de combustíveis. Reiteramos a recomendação de Compra.

Tópicos do dia

Agenda de resultados hoje

Gerdau (GGBR4): Antes da abertura
Metalúrgica Gerdau (GOAU4):  Antes da abertura
SulAmérica (SULA11): Depois do fechamento
Clique aqui para acessar o calendário completo
Para ver um resumo dos resultados até o momento, clique aqui

Brasil

  1. Política Brasil: Câmara aprova texto base da reforma da previdência em segundo turno por 370 a 124
  2. Roberto Campos afirma que o BC está tranquilo mesmo diante de um ambiente externo conturbado
  3. MP da Liberdade Econômica é novo alvo do Centrão
  4. Infraestrutura: Governo edita decreto que permite relicitação de rodovias

Internacional

  1. China: Banco central promove leve depreciação do yuan
  2. Três bancos centrais na Ásia e Oceania cortam taxas de juros
  3. Alemanha: produção industrial recua em junho

Empresas

  1. Cosan (CSAN3): Raízen Combustíveis e Femsa anunciam parceria em lojas de conveniência
  2. Gerdau (GGBR4): Resultados em linha com o esperado no segundo trimestre
  3. BB Seguridade (BBSE3): Um trimestre muito positivo; Projeções ajustadas para cima
  4. Iguatemi (IGTA3) 2T19: Tendências operacionais sólidas, mas lucro levemente abaixo
  5. Engie Brasil (EGIE3): 2T19 ligeiramente abaixo das nossas estimativas; Vemos ação como precificada, mantemos Neutro
  6. Lojas Americanas (LAME4): Leitura da parceria entre Raízen Combustíveis e FEMSA em lojas de conveniência
  7. Papel & Celulose: Softys, da chilena CMPC, compra empresa brasileira de papel higiênico e tissue por R$1,3bi
  8. Varejo Alimentar: Noticia sugere oferta do Advent pelo GPA em junho; fundo mantém estratégia de recuperação do Walmart

Renda Fixa

  1. Fitch enxerga risco ao financiamento imobiliário com saques do FGTS
  2. Disputa entre Chesf e Serveng pode ter desfecho hoje

Fundos de Investimento

  1. Fundos: aberturas e fechamentos da semana de 5/8 a 9/8


Veja todos os detalhes

Brasil

Política Brasil: Câmara aprova texto base da reforma da previdência em segundo turno por 370 a 124

  • Câmara aprova texto base reforma da previdência em segundo turno por 370 a 124. Eram necessários 308 votos. Com o texto principal aprovado, os oitos destaques apresentados devem ser apreciados hoje. O desafio é conseguir quórum elevado. No primeiro turno foram 510 deputados presentes, ontem 494. Como um dos destaques do primeiro turno teve apenas 20 votos de folga, o governo e os partidos de centro precisam que seus deputados estejam na Casa para mitigar o risco para as votações que faltam.

Roberto Campos afirma que o BC está tranquilo mesmo diante de um ambiente externo conturbado

  • De acordo com o Globo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou durante um evento promovido pelo Correio Braziliense que o BC está tranquilo mesmo diante de um ambiente externo conturbado;
  • Campos Neto reconheceu que o cenário de baixo crescimento da economia global de fato é desafiador, mas enfatizou que o Brasil tem uma posição sólida que já permitiu o BC a “navegar na crise” sem ter que subir juros anteriormente;
  • O presidente do BC também comentou que a revisão das projeções de crescimento no Brasil está em linha com o que tem acontecido nos demais países da América Latina e destacou a necessidade de avançar na desburocratização do ambiente de negócios e melhorar as condições de acesso a crédito no país.

MP da Liberdade Econômica é novo alvo do Centrão

  • De acordo o Estadão, o novo alvo do Centrão na Câmara dos Deputados é a MP da Liberdade Econômica, que promove uma “minirreforma” trabalhista ao alterar pelo menos 36 pontos da CLT;
  • O presidente da Casa, Rodrigo Maia, já foi avisado de que o texto precisa ser modificado antes que a medida caduque;
  • No primeiro semestre, governo e Câmara travaram duro embate acerca dessa MP. O prazo para a análise agora é 28 de agosto.

Infraestrutura: Governo edita decreto que permite relicitação de rodovias

  • De acordo com o Broadcast, o Governo vai publicar hoje um decreto que possibilita a relicitação de rodovias e aeroportos, como o de Viracopos, em São Paulo;
  • Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, não haverá ônus aos cofres públicos, já que a ideia é que as concessionárias que venham a assumir esses contratos arquem com o valor do ressarcimento. O decreto trará um prazo de até dois anos para que a relicitação seja feita. Também vai prever o mecanismo de “stop loss”, por meio do qual, ao aderir, as concessionárias que vinham deixando de cumprir exigências do contrato deixarão de receber novas multas do governo;
  • Segundo César Borges, presidente da ABCR, o decreto é apenas o primeiro passo para resolver a questão e ainda se seguirá uma longa discussão com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nos próximos meses. Borges antecipou, porém, que um dos efeitos da medida será a redução dos investimentos no curto prazo, já que as novas concessionárias só devem retomar as obras nos trechos devolvidos no prazo de até dois anos.

Internacional

China: Banco central promove leve depreciação do yuan

  • O Banco Central da China (PBoC) promoveu uma nova depreciação do yuan em relação ao dólar nesta quarta-feira, levando a taxa de câmbio para 6,9996 yuans por dólar;
  • Com isso, a percepção do mercado parece ser a de que a China promove uma trégua temporária na guerra comercial (e cambial);
  • No entanto, o fato da taxa de conversão estar muito próxima à barreira psicológica de 7 yuans por dólar leva a crer que o assunto de guerra comercial e cambial está longe de ter sido encerrado.

Três bancos centrais na Ásia e Oceania cortam taxas de juros

  • Três bancos centrais na Ásia e Oceania surpreenderam com cortes na taxa de juros na quarta-feira, enquanto os formuladores de políticas adotam medidas agressivas para conter o agravamento da economia global. A Nova Zelândia e a Índia lideraram com cortes de juros maiores do que o esperado, enquanto a redução de 25 pontos percentuais na Tailândia foi uma surpresa para todos, menos dois, em uma pesquisa da Bloomberg com economistas;
  • O corte da taxa de juros pelos EUA na semana passada abriu caminho para mais flexibilização na região, e os mercados estão avaliando a possibilidade de outro corte em setembro, depois que o presidente Donald Trump ameaçou a China com tarifas adicionais. Com isso, os formuladores de políticas de outros países estão tomando medidas mais ousadas para fortalecer suas economias.

Alemanha: produção industrial recua em junho

  • A produção industrial da Alemanha caiu 1,5% em junho ante maio, surpreendendo negativamente a expectativa de mercado de -0,3%;
  • Os dados mostram que o mal resultado se deve ao fraco desempenho da indústria manufatureira que apresentou queda de 1,8% nessa mesma base de comparação;
  • Os dados da atividade econômica alemã vêm surpreendendo negativamente os analistas de mercado e refletem o quadro crônico pelo qual o país passa. A desaceleração do comércio global aquém do esperado e as mudanças de padrões de emissões de carros são os principais motivos da má performance.

Empresas

Cosan (CSAN3): Raízen Combustíveis e Femsa anunciam parceria em lojas de conveniência

  • Ontem, a Cosan divulgou um fato relevante informando que a Raízen Combustíveis e a Femsa formaram uma joint venture no segmento de lojas de conveniência. Pelo acordo, a Femsa será proprietária de 50% da Raízen Conveniências, com um valor da empresa implícito de  implícito de R$ 1,1 bilhão. A nova entidade será concebida sem dívidas e terá sua própria estrutura administrativa e de governança;
  •  O objetivo da transação é desenvolver o negócio de lojas de conveniência da Raízen sob a marca “Shell Select”, bem como desenvolver o negócio de lojas de proximidade sob a marca “OXXO”;
  • Nós vemos as notícias como positivas para a Cosan. A parceria com um importante player de varejo na América Latina deve contribuir para o desenvolvimento de lojas de conveniência da Raízen, uma tendência no setor de distribuição de combustíveis. Além disso, acreditamos que a experiência da Femsa em logística também desempenhará um papel relevante. Reiteramos nossa recomendação de compra na Cosan, com um preço alvo de 12 meses de R$64/ação.

Gerdau (GGBR4): Resultados em linha com o esperado no segundo trimestre

  • A Gerdau reportou resultados sólidos no 2T19, com EBITDA de R$1,6bi, em linha com o nosso e +1% no trimestre. A margem EBITDA de 15,5% ficou levemente acima da nossa de 15% e em linha com o trimestre anterior;
  • As operações nos EUA foram o destaque negativo, com margem EBITDA de 11% (apesar de patamar ainda sólido), enquanto os resultados do Brasil foram levemente acima do nosso, com preços maiores e volumes em linha;
  • Mantemos nossa recomendação de COMPRA, com preço-alvo de R$20/ação. Vemos as ações negociando em patamares atrativos, a 4,1x EV/EBITDA em 2020, 30% de desconto em relação à Usiminas e CSN e 30% abaixo do que consideramos justo. A Gerdau aprovou o pagamento de dividendos, no montante de R$ 119 milhões (R$ 0,07 por ação) no 2T19. Data do pagamento: 28 de agosto de 2019. Clique aqui para acessar a nota completa.

BB Seguridade (BBSE3): Um trimestre muito positivo; Projeções ajustadas para cima

  • A BB Seguridade publicou ontem o resultado do 2T19 com lucro líquido ajustado de R$1,08 bilhão, 14% e 9% acima da XPe e do consenso, respectivamente, expandindo 6% no tri e 18% A/A. O desempenho foi sólido em todos os principais segmentos da empresa e levou a empresa a revisar suas projeções de 2019 para cima, reforçando nossa visão positiva em relação às ações;
  • Os destaques por subsidiária foram: (1) os prêmios da Brasilseg cresceram 16% em relação ao 2T18; (2) O LL da Brasilprev caiu 6% vs 2T18. Por outro lado, as contribuições para pensões registaram um crescimento anual de 36% e (3) LL da BB Corretora cresceu 39%, devido a uma expansão de 34,5% nas receitas de corretagem;
  • A BBSE também anunciou ontem seu guidance revisado para 2019: (1) crescimento do lucro líquido ajustado de 5%-10% para 8%-13%; (2) Crescimento anual de prêmios na Brasilseg de 7%-12% para 10%-15% e (3) Crescimento anual dos ativos de PGBL e VGBL de 7%-10% para 9%-12%;
  • Em resumo, os resultados do 2T foram bastante sólidos e corroboram nossa tese de que a BB Seguridade está se adaptando bem à nova realidade de juros baixos no Brasil e se beneficiará de sua enorme capacidade de distribuição em uma economia em expansão. Mantemos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$39,00 para BBSE3. Link para o relatório completo.

Iguatemi (IGTA3) 2T19: Tendências operacionais sólidas, mas lucro levemente abaixo

  • Tivemos uma leitura positiva sobre os resultados da Iguatemi, mas destacamos que os indicadores sólidos de vendas e aluguéis foram parcialmente compensados por custos mais pressionados, resultando em lucro e margens levemente inferiores ao esperado. A receita líquida atingiu R$ 188 milhões (+7% a/a) e 1% acima da nossa estimativa. O EBITDA atingiu R$ 138 milhões (+ 4% a/a, 1% abaixo do nosso), gerando uma margem EBITDA de 73,4%. O lucro foi a principal divergência com nossas estimativas e com o consenso, atingindo R$ 60 milhões (~7% abaixo). Apesar de uma ligeira pressão nos custos, o 2T19 foi um bom trimestre em nossa visão, e a melhoria nas tendências de vendas e aluguéis foi uma sinalização positiva. No entanto, ressaltamos que a divergência para o consenso pode pressionar as ações hoje. Nossa tese permanece inalterada e reiteramos nossa recomendação de compra;
  • No lado positivo, destacamos (i) as vendas mesmas lojas (SSS) de ~7%, impulsionadas pelos segmentos de alimentação e serviços em geral, (ii) vendas mesma área (SAS) de 7,2% e (iii) os aluguéis mesmas lojas (SSR) de 10%, favorecidos pela inflação maior no período e também por desconto menor. Destacamos também o crescimento de 43% a/a no aluguel variável, positivamente impactado por melhores vendas e por um mix melhor de lojas. Por outro lado, a taxa de ocupação atingiu 92,1% no 2T19 (160 bps menor na comparação trimestral), impactada principalmente pela incorporação do I Fashion Outlet Santa Catarina e pela retomada das áreas que antes eram ocupadas por lojistas em dificuldades financeiras. A maior vacância resultou em custos de aluguéis e serviços mais altos (+13% a/a), e o aumento na base de funcionários da companhia resultou em crescimento de despesas acima do esperado (~7% a/a);
  • A Iguatemi reitera suas projeções para 2019, com crescimento de receita líquida de 5-10% a/a, margem EBITDA entre 75-79% e CAPEX dentro do intervalo de R$ 150-200 milhões. A empresa também espera lançar sua plataforma de marketplace/e-commerce, Iguatemi 365, para o público geral até o final do 3T19. Segundo a empresa, o processo de integração dos varejistas ao mercado está em estágio avançado e já conta com mais de 80 marcas contratadas. Relatório completo no link.

Engie Brasil (EGIE3): 2T19 ligeiramente abaixo das nossas estimativas; Vemos ação como precificada, mantemos Neutro

  • A Engie Brasil divulgou um Lucro Líquido do 2T19 de R$385,1 milhões, abaixo da nossa estimativa de R$729,5 milhões. O EBITDA ajustado (incluindo participações) foi de R$1.052,0 milhões, abaixo da nossa estimativa de R$1.161,4 milhões  e do consenso de R$1.217,3 mi;
  • Os principais fatores que impactaram negativamente no resultado foram (1) condições de hidrologia melhores do que é tipicamente esperado nos meses de abril a junho, levando a estratégia de compras de energia e alocação sazonal da companhia a gerar ineficiências e (2) custos não recorrentes de assessoria financeira e jurídica na aquisição da TAG, além da concentração de encargos de dívida. Excluindo os efeitos não-recorrentes na TAG, o EBITDA ajustado teria vindo em linha com nossa estimativa, em R$1.096 milhões;
  • Com relação ao primeiro fator, a performance negativa também foi vista em todas as outras geradoras hídricas como EDP e AES Tietê. Normalmente, empresas como a Engie se protegem dos impactos de preços elevados no curto prazo ao comprar contratos de energia de terceiros e alterar a alocação sazonal do despacho de suas usinas. Como choveu mais que o esperado e os preços no mercado de curto prazo foram inferiores ao esperado, a estratégia de proteção da empresa acabou sendo ineficiente;
  • Temos uma avaliação ligeiramente negativa dos resultados do 2T19 da Engie, uma vez que os números divulgados vieram abaixo das nossas estimativas. No entanto, ressaltamos que a estratégia de comercialização da empresa foi correta para um segundo trimestre e adotada pela maioria das geradoras hidrelétricas. Vemos as ações como precificadas, e mantemos nossa recomendação Neutra e preço alvo de R$45,00.

Lojas Americanas (LAME4): Leitura da parceria entre Raízen Combustíveis e FEMSA em lojas de conveniência

  • Ontem, a Cosan anunciou que a Raízen Combustíveis e a FEMSA formaram uma joint venture no segmento de lojas de conveniência.  O objetivo da transação é desenvolver o negócio de lojas de conveniência da Raízen sob a marca “Shell Select” e de lojas de proximidade sob a marca “OXXO”;
  • Nossas leituras desta transação para a Lojas Americanas são: (1) a entrada da FEMSA reforça nossa visão do potencial do negócio de lojas de conveniência no Brasil, que a LASA vem se posicionando de forma gradual através da marca “Local” (42 lojas no 1T19); (2) a FEMSA é um grande player da América Latina com ampla experiência neste segmento através da marca “OXXO”, o que significa que a competição se intensificou; e (3) a possibilidade de formar uma parceria com a BR Distribuidora para operar suas lojas de conveniência permanece aberta, inclusive a Lojas Americanas já mostrou interesse anteriormente, e acreditamos que é improvável que a FEMSA faça uma oferta pelo negócio dada a parceria com a Cosan;
  • Em nosso modelo, estimamos 79 lojas da marca “Local” até final de 2020, mas destacamos a possibilidade de expansão do negócio de lojas de conveniência, incluindo o desenvolvimento de um modelo de franquia, como um potencial não incorporado em nossos números. Temos recomendação de Neutro para a Lojas Americanas, com preço-alvo de R$18/ação para final de 2019.

Papel & Celulose: Softys, da chilena CMPC, compra empresa brasileira de papel higiênico e tissue por R$1,3bi

  • Em linha com sua estratégia de aumentar presença no mercado brasileiro, a CMPC concluiu, por meio da sua filial Softys, a aquisição da paranaense Sepac, uma das maiores fabricantes nacionais de papel higiênico e tissue, por R$1,3bi (~US$332mi);
  • A transação, que ainda está sujeita à aprovação do CADE, consolidará a CMPC como maior empresa de tissue no Brasil. A capacidade de produção de tissue da Sepac é de 135kt/ano e da Softys de 145kt/ano. Integrada à operação da Sepac, alcançará 280kt/ano, assumindo a posição de maior produtora do Brasil nesse segmento;
  • De acordo com dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a produção local de tissue somou 1,2mt em 2018, alta de +3,7% A/A. A Softys já detinha a vice-liderança no mercado latino-americano de tissue, com volumes relevantes sobretudo no Chile, Brasil, México e Argentina. 

Varejo Alimentar: Noticia sugere oferta do Advent pelo GPA em junho; fundo mantém estratégia de recuperação do Walmart

  • Segundo notícia do Estadão, em junho o fundo de private equity Advent fez uma oferta ao Casino pela compra de sua participação no Grupo Pão de Açúcar (GPA), com prêmio de 20% em relação ao preço atual das ações. Porém, a complexa estrutura acionária envolvendo o Éxito (antes da reorganização) fez com que as negociações não avançassem;
  • Desde o anúncio da reorganização de ativos na América Latina envolvendo a compra do Éxito pelo GPA, aumentaram as especulações sobre eventual necessidade do Casino em vender sua participação no GPA (de 41%) para reduzir seu endividamento. O Casino obteve proteção contra credores e está em processo de desalavancagem, incluindo a venda de ativos não-chave, como a subsidiária no Oceano Índico;  
  • Com relação ao Walmart, que foi comprado pela Advent em 2018, a estratégia de recuperação continua envolvendo a conversão de hipermercados para o formato atacarejo, com 20 conversões anunciadas além de reformas nas 45 lojas existentes. Para o ecommerce, cuja venda de não-alimentar foi encerrada no inicio do ano, a ideia é retomar a venda de alimentos online.

Renda Fixa

Fitch enxerga risco ao financiamento imobiliário com saques do FGTS

  • A agência de classificação de risco Fitch Ratings acredita que, caso a economia do Brasil não retorne ao crescimento sustentado, pode haver impacto desfavorável no crédito imobiliário, que é 45% composto por recursos do FGTS, sendo o restante financiado com recursos da poupança. A Fitch ressaltou que, nos últimos anos, a entrada líquida anual do fundo reduziu de R$18,4 bilhões em 2014 para R$4,9 bilhões em 2017, resultado do enfraquecimento da atividade econômica;
  • A agência comentou que o fundo tinha posição de R$538 bilhões em ativos em março deste ano e que o governo estima que cerca de R$42 bilhões serão sacados entre 2019 e 2020, podendo limitar a capacidade de prover financiamento para o setor. Caso esse cenário se comprove, o segmento mais afetado em nossa visão seria o de baixa renda, coberto pelo programa Minha Casa Minha Vida, que utiliza recursos do FGTS para se financiar;
  • A agência destaca que esse cenário negativo pode ser evitado caso as reformas da Previdência e outras sejam aprovadas, uma vez que elevariam os níveis de confiança e levariam a novas contratações, o que tem consequências positivas para a captação do FGTS.

Disputa entre Chesf e Serveng pode ter desfecho hoje

  • Segundo o Valor Econômico, a disputa judicial entre Serveng Energias Renováveis e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) pode chegar ao fim hoje depois de dois anos. A discussão gira em torno de uma linha de transmissão de 82 km entre João Câmara e Extremoz que a Chesf venceu em leilão, porém não entregou a construção dentro do prazo acordado, só sendo capaz de terminar as obras em fevereiro de 2014 (com quase dois anos de atraso). A Aneel multou a transmissora;
  • A Serveng depende da linha para transmitir a energia gerada em seus dez parques eólicos no RN desde 2012, porém foi prejudicada pelo atraso na obra da Chesf. De acordo com as regras do setor, em caso de atraso na entrega das linhas de transmissão, a geradora eólica arca com as perdas financeiras pela impossibilidade de transmitir a energia;
  • Quase toda a geração da Serveng tinha como cliente a Cemig, em contrato de energia de 20 anos iniciado em janeiro de 2013. Por seis meses, a Cemig adiou o recebimento, mas após esse prazo a Serveng precisou comprar energia no mercado livre para cumprir o contrato de entrega, incorrendo em custos maiores do que esperados;
  • O valor para ressarcimento atualizado a ser julgado é de R$432 milhões. Acreditamos que, caso a Serveng vença a causa, o valor a ser ressarcido seja pago em parcelas, o que não levaria a impacto significativo para a transmissora. A posição de caixa da Chesf em 2018 era de R$430 milhões.

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O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto. 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O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem. O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos, e por isso é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.

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