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Mercado volta a se estressar com PEC dos Precatórios; XP publica relatório Brasil Macro Mensal

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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IBOVESPA -2,1% | 103.412 Pontos

CÂMBIO +0,9% | 5,60/USD

O que pode impactar o mercado hoje

O Ibovespa encerrou esta quinta-feira (4) em queda e renovou a menor pontuação de fechamento do ano: mais uma vez, o índice ficou abaixo dos 104 mil pontos chegando até mesmo a oscilar na casa dos 102 mil. O mercado voltou a se estressar ao perceber que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que adia o pagamento de precatórios, abrindo espaço no Orçamento, pode ter dificuldades para avançar. A PEC passou em primeiro turno no plenário da Câmara, mas a votação foi contestada pelo PDT.

Nesse contexto, do lado da Renda Fixa, as taxas futuras de juros encerraram a sessão de ontem em alta nos vencimentos de médio e longo prazos. O movimento teria sido direcionado pela tal percepção de dificuldade com a tramitação da PEC dos Precatórios, bem como pela alta global do dólar. DI jan/22 fechou em 8,39%; DI jan/24 foi para 12,22%; DI jan/26 encerrou em 12,18%; e DI jan/28 fechou em 12,02%. Já o dólar comercial fechou em alta de 0,29% a R$ 5,606, e o dólar futuro com vencimento em dezembro de 2021 foi negociado no after market em alta de 1% a R$ 5,636.

Do lado Internacional, bolsas estrangeiras amanhecem hoje levemente positivas (EUA +0,2% e Europa (+0,2%), estendendo os ganhos. Ontem, o S&P 500 voltou a renovar suas máximas históricas acima dos 4.680 pontos em meio à forte temporada de resultados nos EUA, aliada a um ambiente monetário ainda acomodativo, apesar dos riscos de inflação. Além disso, o petróleo (+1,1%) voltou a subir após OPEC+ reiterar seu plano de aumentar a produção em 400 mil barris/dia em dezembro, frustrando as tentativas do governo Biden em pressionar por um ritmo mais acelerado.

Já no campo da Economia, os pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos registraram, mais uma vez, o menor patamar desde o início da pandemia. Na agenda econômica de hoje, os mercados globais estarão muito atentos à divulgação do Relatório de Emprego da economia americana (nonfarm payroll, em inglês) referente a outubro. As estatísticas recentes vêm sustentando a avaliação de recuperação firme do mercado de trabalho nos EUA.

No Brasil, em setembro, a produção industrial sofreu a quarta contração consecutiva na base mensal. Devido aos gargalos nas cadeias globais de suprimentos e à forte elevação dos custos de produção e distribuição, o setor manufatureiro tem apresentado resultados desfavoráveis e limitado a recuperação da atividade doméstica neste semestre. Por fim, o time econômico da XP publicou seu relatório macro de novembro – Brasil Macro Mensal: gargalos globais e incertezas fiscais. Nele, explicamos como a deterioração do cenário fiscal provocou uma piora nas projeções macroeconômicas nas últimas semanas.  

No campo da Política, destaque para os Estados Unidos onde, após semanas de negociações, a Câmara deve votar nesta sexta feira os dois projetos que compõe a agenda econômica de Joe Biden – o projeto de infraestrutura de USD 1.2 trilhão e o Build Back Better Act de USD 1.75 trilhão. O primeiro já recebeu aval dos senadores e deve ser enviado ao presidente para sanção, marcando uma importante vitória para Biden e os democratas. Já o segundo deve ser remetido ao Senado para debate e votação e, segundo o líder democrata no Senado, o plano do partido é aprovar o projeto até 25 de novembro.

Do lado das Empresas, ontem foi realizado o leilão do 5G na Anatel, onde a Brisanet e a Unifique foram protagonistas na disputa pelos blocos regionais de frequência em suas áreas de atuação e marcaram entrada na área da Telefonia Móvel. Reiteramos nossas recomendações de compra em Unifique (Preço-Alvo de R$ 13,0) e Brisanet (Preço-Alvo de R$ 17/ação) – clique aqui para conferir o conteúdo completo sobre o leilão. Do lado do varejo, destacamos também nosso relatório sobre uma potencial combinação do Grupo Soma (SOMA3) e da Arezzo (ARZZ3) – clique aqui para acessar o relatório completo.

Ainda no campo das Ações, destaque para os resultados do terceiro trimestre de 2021 divulgados ontem, incluindo: (i) Bradesco (BBDC4), com resultados fortes suportados pela seguradora; (ii) JHSF (JHSF3), com forte crescimento de receita, acima das nossas estimativas; (iii) Tenda (TEND3), com resultados fracos no período; (iv) Engie (EGIE3), com compras de energia afetando o resultado, mas compensadas por eventos não recorrentes.

Tópicos do dia

Agenda de resultados

Iguatemi (IGTA3): após o fechamento

Calendário do 3T21

Temporada de resultados do 3º trimestre 2021 – o que esperar?

Economia

  1. Mercados globais voltam as atenções para o relatório de emprego nos EUA; no Brasil, produção industrial encolhe pelo terceiro trimestre consecutivo

Política

  1. Após semanas de negociações a Câmara dos EUA deve votar nesta sexta feira os dois projetos que compõe a agenda econômica de Joe Biden

Empresas

  1. Bradesco (BBDC4): Resultados sólidos suportado pela seguradora | Revisão 3T21
  2. Tenda (TEND3) – 3Q21: Um Trimestre para Esquecer
  3. Engie Brasil (EGIE3): Compras de energia afetam o resultado do 3T21, mas são compensadas por eventos não recorrentes
  4. MELI reporta o 3T21; Crescimento sólido de GMV e maior competição
  5. Grupo Soma e Arezzo: Será que eles vão dominar seu guarda-roupas?
  6. Brisanet (BRIT3) & Unifique (FIQE3): Jogando feito gente grande no leilão do 5G: Brisanet surpreende e leva o Centro Oeste além do Nordeste. Unifique também garante seu bloco na Região Sul
  7. JHSF (JHSF3) – 3T21: Forte Crescimento de Receita Acima das Nossas Estimativas
  8. Omega Geração (OMGE3): Os ventos não foram favoráveis nos resultados do 3T21
  9. Principais notícias dos setores

Mercados

  1. XP Monitor: 4 milhões de pessoas investindo na Bolsa!
  2. Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Mercado Livre, Nintendo e Uber reportam

ESG

  1. Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 05/11

Veja todos os detalhes

Economia

Mercados globais voltam as atenções para o relatório de emprego nos EUA; no Brasil, produção industrial encolhe pelo terceiro trimestre consecutivo

  • O Banco Central da Inglaterra (BoE) deixou sua taxa de juros de referência inalterada (por 7 votos a 2), conforme anúncio de política monetária feito ontem. Embora não houvesse unanimidade, muitos investidores esperavam elevação do juro básico. O BoE reforçou a avaliação de que a pressão inflacionária atual tem caráter transitório, e que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido recuará de forma significativa no segundo semestre de 2022. De acordo com o comunicado oficial do BoE, a autoridade considera a necessidade de algum aperto modesto da política monetária para o cumprimento da meta de inflação (2,0%) de forma sustentável no médio prazo. A maioria dos agentes de mercado prevê aumento da taxa de juros em dezembro, com uma normalização gradual das condições monetárias;    
  • Enquanto isso, os pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos registraram, mais uma vez, o menor patamar desde o início da pandemia. Segundo dados publicados ontem pelo Departamento de Trabalho, as solicitações totalizaram 269 mil na semana encerrada em 30 de outubro, 14 mil a menos do que o divulgado na semana anterior. O resultado veio melhor que a média de projeções do mercado, de 275 mil. A queda dos pedidos ocorre em meio à reversão dos programas emergenciais de transferência de renda iniciados durante a crise da Covid-19. Em relação à agenda econômica de hoje, os mercados globais estarão muito atentos à divulgação do Relatório de Emprego da economia americana (nonfarm payroll, em inglês) referente a outubro. Estimamos geração líquida de 590 mil postos de trabalho no último mês, ao passo que o consenso de mercado aponta para criação de 450 mil. Além disso, acreditamos que a taxa de desemprego nacional tenha ficado estável em 4,8% em outubro. Em linhas gerais, as estatísticas recentes sustentam a avaliação de recuperação firme do mercado de trabalho local, ainda que o nível de emprego atual continue significativamente abaixo do contingente observado no pré-pandemia;
  • A produção industrial da Alemanha contraiu 1,1% entre agosto e setembro, resultado muito abaixo do consenso de mercado, que apontava para crescimento de 1% no período. A indústria alemã tem sido bastante afetada por problemas generalizados nas cadeias de suprimentos, dado que a escassez de insumos limita as novas encomendas fabris e o volume produzido propriamente dito. Por sua vez, as vendas no varejo da zona do euro exibiram recuo mensal de 0,3% em setembro, segundo dados publicados nesta manhã pela agência Eurostat, resultado que também frustrou a média de projeções dos analistas de mercado (alta de 0,2%). O varejo da Alemanha registrou o declínio mais acentuado entre as principais economias europeias (-2,5% em set/ago);
  • A Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) anunciou, em reunião ontem, a manutenção dos planos de aumento da produção da commodity em 400 mil barris por dia, confirmando especulações e resistindo a pressões (particularmente dos Estados Unidos) por expansão mais significativa. A próxima reunião da OPEP+ está programada para 02 de dezembro;
  • A produção industrial brasileira recuou 0,4% entre agosto e setembro, exatamente em linha com a nossa expectativa e ligeiramente pior que o consenso de mercado (-0,2%). Com isso, o volume produzido na indústria contraiu pelo terceiro trimestre consecutivo (-1,7% no 3T21). Em relação às categorias manufatureiras, destaque para a produção de Bens de Consumo Duráveis, que sofreu o nono declínio seguido na comparação mensal. O desempenho ruim desta categoria reflete, em grande medida, os níveis deprimidos da fabricação de Veículos Automotores (retração de 22,6% desde dez/20). Devido aos gargalos nas cadeias globais de suprimentos mais persistentes do que o inicialmente esperado e à forte elevação dos custos de produção e distribuição (destaque ao aumento do custo da energia), o setor industrial tem apresentado resultados desfavoráveis e limitado a recuperação da economia doméstica neste semestre. A escassez de matérias-primas e dificuldades logísticas atingem muitos segmentos, e não há sinais de reversão deste quadro desafiador no curto prazo. De fato, em nossa opinião, haverá normalização gradual das cadeias de insumos ao longo de 2022, permitindo reativação da produção e recomposição de estoques em atividades manufatureiras com grande peso na economia (indústria automobilística como principal exemplo);
  • O time econômico da XP publicou, nesta manhã, o relatório macro de novembro – Brasil Macro Mensal: gargalos globais e incertezas fiscais (link). A deterioração do cenário fiscal provocou uma piora nas projeções macroeconômicas nas últimas semanas. Em paralelo, gargalos globais desenham um cenário desafiador para 2022.    

Política

Após semanas de negociações a Câmara dos EUA deve votar nesta sexta feira os dois projetos que compõe a agenda econômica de Joe Biden

  • Nos EUA, após semanas de negociações a Câmara deve votar nesta sexta feira os dois projetos que compõe a agenda econômica de Joe Biden – projeto de infraestrutura de USD 1.2 trilhão e o Build Back Better Act de USD 1.75 trilhão. O primeiro já recebeu aval dos senadores portanto seria envido ao presidente para sanção, marcando uma importante vitória para Biden e os democratas após desempenho fraco em eleições regionais. Já o segundo seria remetido ao Senado para debate e votação;
  • Segundo o líder democrata no Senado, o plano do partido é aprovar o projeto até 25 de novembro. No entanto, vale notar que, apesar do acordo alcançado na Câmara, o senador centrista Joe Manchin continua apresentando resistência a aspectos do projeto e deve continuar negociando com lideranças do partido na próxima semana, na qual o Senado estará em recesso, para alterar o texto. Ou seja, é possível que texto aprovado no Senado tenha que ser enviado à Câmara mais uma vez para nova votação.

Empresas

Bradesco (BBDC4): Resultados sólidos suportado pela seguradora | Revisão 3T21

  • O Bradesco divulgou resultado acima do esperado para o terceiro trimestre de 2021 (3T21), com Lucro Líquido crescendo 35% A/A e 7% T/T, de R$ 6,8 bilhões (8% acima de nossas estimativas), principalmente suportado pelo resultado de seguros acima do esperado e menores despesas com provisões adicionais do Grupo Segurador e com provisões operacionais (cíveis e fiscais);
  • Embora o banco tenha consumido 28p.p. de índice de cobertura, o atual nível de 297% ainda é superior aos pares privados (250% do Santander e 234% do Itaú), enquanto o índice de inadimplência também cresceu em um ritmo inferior ao dos pares;
  • Com isso, enxergamos o Bradesco como o mais defendido em um cenário macroeconômico mais desafiador à frente, embora acreditemos que o pico da inadimplência ainda esteja por vir. Com isso, reiteramos nossa recomendação Neutra e preço-alvo de R$26,0/ação;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Tenda (TEND3) – 3Q21: Um Trimestre para Esquecer

  • A Tenda divulgou resultados fracos no 3T21, prejudicados por custos sob pressão bem acima do esperado, levando a margem bruta adj. a 23,2% (-10bps A/A / -5bps T/T), bem abaixo da nossa estimativa de 30%, e impactado negativamente pelos preços das matérias-primas (principalmente aço). Dito isto, esperamos que sua receita retome nos trimestres seguintes e gradualmente alivie a pressão de margem bruta no médio e longo prazo;
  • Além disso, as despesas operacionais atingiram R$124 milhões no 3T21 contra R$ 128 milhões no 2T21, levando o resultado final para R$6 milhões no 3T21 (-91% A/A) vs. nossa estimativa de R$62 milhões. Isso se deve principalmente às perdas de seus projetos de construção fora do local (Alea), que ainda estão em fase inicial de operações. Por fim, a queima de caixa atingiu -R$ 79 milhões, explicada por despesas pré-pagas com matérias-primas para evitar aumentos de preços no futuro.  Portanto, podemos ver uma reação negativa do mercado;
  • No lado positivo, o top de linha aumentou 10,2% A/A (2% acima das nossas estimativas), atingindo R$721 milhões no 3T21 vs. R$654,5 milhões em R$3T20, impulsionados por (i) pré-vendas robustas (divulgadas anteriormente em outubro) de R$770 milhões, aumentando 3,8% A/A (ii) lançamentos fortes em 9M21, atingindo R$ 2,2 bilhões vs. R$ 1,8 bilhão em 9M20 (+25% A/A). Dito isso, mantemos nossa visão positiva para a empresa no longo prazo com base em seu valuation atraente, negociando em 6,0x P/L em 2022.

Engie Brasil (EGIE3): Compras de energia afetam o resultado do 3T21, mas são compensadas por eventos não recorrentes

  • A Engie Brasil divulgou seus resultados do 3T21 neste dia 4 de novembro, após o fechamento do mercado. A empresa reportou um EBITDA Ajustado de R$ 1.243,5 milhões, ligeiramente abaixo (-10,5%) de nossa estimativa de R$ 1.378 milhões e do consenso da Bloomberg de R$ 1.376 milhões. O resultado reflete (i) maiores vendas no mercado spot (69% acima de nossas estimativas); (ii) maiores compras de energia (R$ 845 milhões vs R$ 621 milhões de nossas estimativas); resultando em uma margem de contribuição 7,5% abaixo de nossas estimativas;
  • Já o Lucro Líquido foi de R$ 639 milhões, superando nossa estimativa de R$ 505 milhões e o consenso da Bloomberg de R$ 502 milhões. A diferença em relação às nossas estimativas pode ser explicada por (i) despesas financeiras abaixo do esperado; (ii) um reconhecimento não recorrente de extensões de concessão de R$ 372 milhões; (iii) reversão de impairment de R$ 51 milhões na UTE Jorge Lacerda e (iv) menor contribuição da TAG (divisão de transmissão de gás). Excluindo os efeitos não recorrentes, o lucro líquido ajustado seria de R$ 360 milhões, 29% de nossas estimativas;
  • Temos uma avaliação neutra dos resultados da Engie no 3T21, embora o lucro líquido tenha superado nossas estimativas devido aos eventos não recorrentes, os resultados operacionais ficaram um pouco abaixo de nossos números;
  • Mantemos nosso rating Neutro para a Engie Brasil, com preço alvo de R$ 49/ação;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

MELI reporta o 3T21; Crescimento sólido de GMV e maior competição

  • O Mercado Livre reportou resultados do 3º trimestre e realizou seu call de resultados ontem à noite (4/nov). O GMV no Brasil cresceu 28% A/A vs. nossas estimativas de crescimento GMV online de Magalu em +21%; Americanas em +32% e Via em +29%. Nós vimos o crescimento do MELI como sólido uma vez que estão em linha/acima dos outros players apesar de ser o líder no setor;
  • Além disso, nós vimos sinais de aumento de competição com a companhia investimento na ampliação do seu sortimento em produtos frescos, moda, beleza, CPG (bens de consumo) e eletrônicos tanto no estoque próprio (1P) como no marketplace (3P), enquanto eles indicaram uma pressão nas margens de curto prazo por conta do ganho de tração do 1P no 4º trimestre combinado a maiores investimentos em marketing e aquisição de clientes. Finalmente, a penetração de frete grátis no volume vendido atingiu uma máxima histórica (em 70%);
  • Dessa forma, nós seguimos com uma visão cautelosa no setor de ecommerce por acreditarmos que a competição seguirá acirrada.

Grupo Soma e Arezzo: Será que eles vão dominar seu guarda-roupas?

  • De acordo com notícias, a Arezzo está analisando uma possível combinação com o Grupo Soma;
  • Nós acreditamos que muito valor poderia ser destravado com a transação ao criar uma Nova Co. focada em classes mais altas e com um sortimento maior. Dentre as principais sinergias vemos: (i) digital; (ii) expertise da ARZZ em franquias usada na reestruturação de Hering; (iii) despesas de backoffice; e (iv) venda cruzada da base de clientes;
  • No entanto, vemos desafios para essa combinação ocorrer no curto prazo uma vez que não vemos incentivos para os controladores do Grupo Soma desinvestirem do ativo enquanto pode haver desafios em relação à estrutura de governança dessa nova companhia. Mantemos nossa recomendação de Compra para os dois papéis;
  • Clique aqui para ver o relatório completo.

Brisanet (BRIT3) & Unifique (FIQE3): Jogando feito gente grande no leilão do 5G: Brisanet surpreende e leva o Centro Oeste além do Nordeste. Unifique também garante seu bloco na Região Sul

  • Ontem foi realizado o leilão do 5G na Anatel, onde a Brisanet e a Unifique foram protagonistas na disputa pelos blocos regionais de frequência em suas áreas de atuação e marcaram entrada na área da Telefonia Móvel. Reiteramos nossas recomendações de compra em Unifique (Preço-Alvo de R$ 13,0) e Brisanet (Preço-Alvo de R$ 17/ação);
  • A Brisanet levou 3 blocos regionais no leilão: (i) 80 MHz – 3,5GHz – Nordeste – R$ 1.250 milhões (ágio de 13.742% em relação ao valor mínimo); (ii) 80MHz- 3,5GHz – Centro Oeste – R$ 105 milhões (ágio de 4.054% em relação ao valor mínimo); (iii) 50MHz- 2,3GHz – Nordeste – R$ 111,4 milhões (sem ágio em relação ao valor mínimo);
  • Apesar do ágio elevado na oferta da companhia ter assustado alguns investidores, cabe destacar que o valor que será pago como outorga será de aproximadamente R$ 67 milhões (R$ 45 milhões no bloco do Centro Oeste e R$ 22 milhões Nordeste). A diferença será convertida em investimento regulatório para desenvolvimento da infraestrutura garantindo acesso à rede 5G em municípios com menos de 30 mil habitantes. Esses investimentos devem ocorrer de forma mais intensa entre os anos de 2026 e 2029, quando as companhias começarão a investir em ERBs (estação rádio base). Entre 2023 e 2025 as obrigações regulatórias serão voltadas a infraestrutura de backbone e backhaul com grande sinergia com as operações atuais de FTTH das companhias;
  • A Unifique, em conjunto com a Copel Telecom, através do Consórcio 5G Sul, arrematou lote de 3,5 GHz para a região Sul por R$ 73,6 milhões (ágio de 1.455%). O leilão, apesar de ter sido bastante disputado com a Mega Net, consórcio formado por outras centenas de ISPs, teve um ágio muito inferior aos blocos arrematados pela Brisanet;
  • Clique aqui para conferir o conteúdo completo.

JHSF (JHSF3) – 3T21: Forte Crescimento de Receita Acima das Nossas Estimativas

  • A JHSF (JHSF3) apresentou resultados no 3T21 melhores do que o esperado, superando nossas estimativas de ponta a ponta. O desempenho foi explicado pelo forte reconhecimento de receita no segmento de desenvolvimento, impulsionado pelo sólido desempenho de vendas de R$ 1,2 bilhão em 9M21, um aumento de 46% (A/A). Além disso, o segmento de shoppings apresentou desempenho operacional robusto, com vendas de locatários e aluguel superando os números de 2019. Assim, esperamos uma reação positiva do mercado e reiteramos nosso rating de compra para a ação (TP de R$9,70/ação);
  • No segmento de shopping centers e varejo, a JHSF apresentou fortes números operacionais. A taxa de ocupação aumentou para 96,6% (vs. 95,8% no 2T21), as vendas dos lojistas foram 45% acima dos números de 2019, SSS e SSR chegaram a 36,6% e +35,2%, respectivamente (vs. os números de 2019). No segmento residencial (como anunciado anteriormente), a JHSF apresentou números robustos, impulsionados pelas vendas do complexo Boa Vista;
  • Do lado financeiro, a linha de receita atingiu R$476 milhões +35% A/A (vs. nossa estimativa de R$ 273 milhões), principalmente devido à contribuição acima do esperado do segmento residencial. O EBITDA ajustado chegou a R$266 milhões +17% A/A (vs. nossa estimativa de R$99 milhões). Por fim, o lucro líquido chegou a R$ 214 milhões +23% A/A (vs. nossa estimativa de R$ 52 milhões), ajudado por despesas financeiras abaixo do esperado.

Omega Geração (OMGE3): Os ventos não foram favoráveis nos resultados do 3T21

  • No dia 4 de novembro, antes do mercado, a Omega Geração (OMGE3) divulgou seus resultados do 3T21. O EBITDA (ajustado pelos minoritários) foi de R$ 305,5 milhões, 15,7% abaixo da nossa estimativa de R$ 362,6 milhões. O resultado veio abaixo do guidance da companhia e isso pode ser explicado por dois fatores: (i) menor geração eólica no Complexo Delta 3 em função de um problema técnico em uma linha de transmissão que impossibilitou o complexo de operar por duas semanas (impacto negativo de R$ 19,5 milhões), segundo a empresa, os custos serão parcialmente cobertos pelo seguro, que devem vir nos próximos trimestres; e (ii) menor geração eólica causada por condições meteorológicas não ideais nos Complexos Chuí e Delta (-7% e -13% abaixo da média histórica, respectivamente) e geração acima da média em Pirapora (+ 4%), o que resultou em R$ 34,7mi de impacto no lucro bruto;
  • O Prejuízo Líquido foi de R$ (24,9) milhões, abaixo de nossa estimativa de R$ 156,6 milhões. O resultado final foi afetado por despesas financeiras acima do esperado;
  • Temos uma avaliação negativa dos resultados da Omega no 3T21, dado que os números do EBITDA Ajustado ficaram abaixo das nossas expectativas. Apesar do trimestre decepcionante, destacamos que os eventos parecem ser pontuais. Continuamos a ver a Omega como uma das melhores histórias de risco-retorno em nossa cobertura e nossa principal escolha no setor. Em primeiro lugar, notamos que o preço atual das ações não reflete os ativos que a empresa já possui. Em segundo lugar, acreditamos na execução consistente de transações de M&A cumulativas e agora na capacidade da empresa de desenvolver novos projetos greenfield;
  • Mantemos nossa recomendação de Compra em Omega Geração, com um preço alvo de R$ 48/ação;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
    • Bradesco tem lucro líquido recorrente de R$ 6,767 bi no 3º tri, com altas de 7,1% no trimestre e de 34,5% em 12 meses. Índice de inadimplência sobe para 2,6% no terceiro trimestre. Banco, que fechou 138 agências do segundo para o terceiro tri, diz que, apesar desse aumento, taxa ainda está nos menores níveis da série histórica. (Valor);
    • Empresas já sentem custo de financiamento maior, diz Cielo. Custo de crédito de antecipação de recebíveis da adquirente sobe atrelado ao CDI. (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Vendas pela internet devem ter desconto menor em Black Friday e Natal de 2021 (Folha);
    • Carrefour congela preços de marca própria até janeiro (Folha);
    • Mercado Livre tem aumento de 74% na receita trimestral (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Sem China, com dividendos: Minerva bate recordes (Pipeline Valor);
    • Com ajuda da cana, BrasilAgro lucra mais (Valor);
    • Contratação de crédito rural aumenta 39% (Valor);
    • Acesse aqui o relatório completo.
  • Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
    • Aumento da demanda mundial por bens impacta o setor de energia, diz presidente do Banco Central. (Valor Econômico);
    • Petróleo fecha em queda superior a 3% na maior perda dos últimos três meses. (Valor Econômico);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Mercados

XP Monitor: 4 milhões de pessoas investindo na Bolsa!

  • O número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa aumentou +1,1% em outubro quando comparado a setembro, atingindo 4.015.657 investidores;
  • A maioria dos investidores se encontram na faixa etária de 26 a 35 anos, que correspondem em 32,2%. Continuando a tendência vista desde 2013, dados mais antigos disponibilizados, as pessoas estão começando a investir cada vez mais jovens;
  • Há uma concentração de investidores no Sudeste do país. Os estados de SP, RJ e MG juntos possuem 58,5% do total de investimentos, 41,6 p.p. à frente de PR, RS e SC somados (16,9%);
  • Por fim, apesar da representatividade de mulheres na Bolsa ser ainda pequena, em 27,7% no último mês, sua taxa de crescimento é mais acelerada do que a de investidores homens. O número de mulheres aumentou +31,4% desde 2020, em comparação com +21,8% de homens no mesmo período;
  • Clique aqui para ver o relatório completo.

Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Mercado Livre, Nintendo e Uber

  • Mercado livre desacelera suas receitas com a reabertura, mas continua expandindo seus volumes;
  • Resultados da Nintendo revela impactos da escassez de chips nas vendas do Switch;
  • Uber atinge sua meta de EBITDA pela primeira vez na história;
  • Tencent revela 3 novos chips proprietários;
  • Acesse aqui o relatório internacional.

ESG

Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 05/11

  • Ontem o mercado encerrou em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -2,1% e -2,7%, respectivamente;
  • No Brasil, do lado das empresas, a Vale assinou, em conjunto com à produtora coreana de aço Posco, um memorando de entendimento no qual as empresas concordam em buscar soluções em siderurgia para reduzir a emissão de CO2, desenvolvendo soluções para descarbonização para siderurgia e promovendo melhores caminhos utilizando o portfólio das empresas;
  • Em relação à COP26, dois principais destaques: (i) o Brasil defende a criação do mercado de carbono mandatório global, uma das principais expectativas para a conferência e, durante as negociações de ontem sobre o tema, a delegação brasileira apoiou a busca de um equilíbrio entre os instrumentos do Artigo 6º do Acordo de Paris; e (ii) a promessa de eliminar o carvão ganhou o apoio de mais 23 países ontem, mas foi rejeitada por grandes usuários, o que preocupa, pois as emissões de gases de efeito estufa da queima de carvão são o maior contribuinte individual para as mudanças climáticas;
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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Este relatório de análise foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos ou XP”) de acordo com todas as exigências na Resolução CVM 20/2021, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A XP Investimentos não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no presente relatório. Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil de investidor. O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à XP Investimentos e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado, e que sua(s) remuneração(es) é(são) indiretamente influenciada por receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela XP Investimentos.

O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório. Os analistas da XP Investimentos estão obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários da XP Investimentos. O atendimento de nossos clientes é realizado por empregados da XP Investimentos ou por agentes autônomos de investimento que desempenham suas atividades por meio da XP, em conformidade com a ICVM nº 497/2011, os quais encontram-se registrados na Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários – ANCORD. O agente autônomo de investimento não pode realizar consultoria, administração ou gestão de patrimônio de clientes, devendo atuar como intermediário e solicitar autorização prévia do cliente para a realização de qualquer operação no mercado de capitais. Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os tipos de cliente. Antes de qualquer decisão, os clientes deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado perfil de investidor. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. SAC. 0800 77 20202. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710. O custo da operação e a política de cobrança estão definidos nas tabelas de custos operacionais disponibilizadas no site da XP Investimentos: www.xpi.com.br. A XP Investimentos se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo. A Avaliação Técnica e a Avaliação de Fundamentos seguem diferentes metodologias de análise. A Análise Técnica é executada seguindo conceitos como tendência, suporte, resistência, candles, volumes, médias móveis entre outros. Já a Análise Fundamentalista utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. Desta forma, as opiniões dos Analistas Fundamentalistas, que buscam os melhores retornos dadas as condições de mercado, o cenário macroeconômico e os eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam identificar os movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas. O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto. O investimento em opções é preferencialmente indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. No mercado de opções, são negociados direitos de compra ou venda de um bem por preço fixado em data futura, devendo o adquirente do direito negociado pagar um prêmio ao vendedor tal como num acordo seguro. As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. O investimento em termos é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. São contratos para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem. O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos, e por isso é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.

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