IBOVESPA -1,55% | 131.065 Pontos
CÂMBIO +1,77% | 5,52/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa caiu 2,8% em reais e 2,1% em dólares na semana passada, fechando aos 131.065 pontos. A semana foi marcada por decisões de juros de bancos centrais ao redor do mundo.
O principal destaque positivo da semana foi Azul (AZUL4, +6,3%), repercutindo um comunicado da companhia afirmando que está em negociações com arrendadores de aeronaves para melhorar a sua estrutura de capital (veja aqui o comentário).
Brava (BRAV3, -17,6%) ficou na ponta negativa, após a empresa informar que sua produção no campo de Papa Terra deve retornar apenas em dezembro, um prazo mais longo do que o mercado estava esperando.
Clique aqui para acessar o relatório completo
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte abertura ao longo de toda a curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro 2026 e 2034 saiu de 0,90 pontos-base (bps) na sexta-feira anterior para 11,50 bps na última semana. A curva, portanto, apresentou ganho relevante de inclinação. As taxas de juro real tiveram alta, com os rendimentos das NTN-Bs (títulos públicos atrelados à inflação) se consolidando em patamares próximos a 6,40% a.a. DI jan/25 fechou em 11,03% (7bps no comparativo semanal); DI jan/26 em 12,16% (34,4bps); DI jan/27 em 12,21% (40,3bps); DI jan/29 em 12,31% (41bps); DI jan/34 em 12,27% (45bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em alta (S&P 500: 0,2%; Nasdaq 100: 0,2%), após uma semana positiva, impulsionada pelo início do ciclo de corte de juros do Federal Reserve. Ao longo da semana, são esperadas falas de dirigentes do Federal Reserve e a divulgação de dados de atividade econômica, que devem ditar a tônica das expectativas do mercado quanto aos próximos passos do ciclo de afrouxamento monetário.
Na Europa, as bolsas operam em mistas enquanto o índice pan-europeu sobe (Stoxx 600: 0,2%), influenciado pelo ambiente global mais positivo e apesar de divulgações de dados de atividade mais fracos que o esperado na França e na Alemanha. Na China, as bolsas fecharam mistas (CSI 300: 0,4%; HSI: -0,1%), após o banco central (PBoC) manter a taxa de juros de curto prazo inalterada e divulgar ampliação da liquidez por meio de operações de mercado aberto. O desemprego entre jovens na China caiu pelo segundo mês, e tensões geopolíticas persistem com propostas de novas restrições de importação por parte dos EUA, dessa vez direcionadas a veículos que possuam software e hardware chinês ligados à direção autônoma.
Economia
O PMI composto da Zona do Euro caiu pelo quarto mês consecutivo para 48,9 em setembro de 2024, o nível mais baixo desde janeiro. Os dados agregados apontam para estagnação do crescimento econômico. No Reino Unido, por outro lado, o PMI composto caiu para 52,9 em setembro de 2024, em comparação com 53,8 no mês anterior, mas estendeu o momento de crescimento da atividade econômica privada para o 11º mês consecutivo. O forte momento econômico continuou a tendência divergente entre a atividade do Reino Unido e Zona do Euro.
Na agenda internacional desta semana, o evento mais importante será a divulgação da inflação medida pelo núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal nos EUA – core PCE, em inglês – referente a agosto (sexta-feira). Ao longo da semana, vários dirigentes do Fed falarão publicamente, incluindo o Presidente Jerome Powell (quinta-feira). No Brasil, as atenções do mercado estarão voltadas para a ata da reunião do Copom na terça-feira e o Relatório Trimestral de Inflação, na quinta-feira. Além disso, o IBGE divulgará o IPCA-15 de setembro na quarta-feira e a Pnad Contínua de agosto na sexta-feira, enquanto o Ministério do Trabalho publicará a criação líquida de empregos formais (Caged) na quinta-feira. O Banco Central também divulgará dados do setor externo na terça-feira e mercado de crédito na sexta-feira. Por fim, o Tesouro Nacional publicará, na sexta-feira, o resultado primário do governo central referente a agosto.
Veja todos os detalhes
Economia
Agenda econômica cheia nesta semana
- Publicado nesta manhã, o PMI composto da Zona do Euro caiu pelo quarto mês consecutivo para 48,9 em setembro de 2024, o nível mais baixo desde janeiro, em comparação com 51 em agosto e previsões de 50,6. É a primeira queda na atividade do setor privado em sete meses, com a contração do setor manufatureiro se estendendo para o 18º mês consecutivo (44,5 vs 45,8), especialmente acentuada na Alemanha e na França. Além disso, o crescimento do setor de serviços desacelerou fortemente (50,5 vs 52,9), em meio a uma nova queda na França. Os dados agregados apontam para estagnação do crescimento econômico;
- No Reino Unido, por outro lado, o PMI composto caiu para 52,9 em setembro de 2024, em comparação com 53,8 no mês anterior. O resultado veio abaixo das expectativas de mercado de 53,5, mas estendeu o momento de crescimento da atividade econômica privada para o 11º mês consecutivo. O forte momento econômico continuou a tendência divergente entre a atividade do Reino Unido e Zona do Euro, com suporte tanto do setor de serviços (52,8 vs 53,7 em agosto) quanto do setor manufatureiro (51,5 vs 52,5);
- Na agenda internacional, o evento mais importante desta semana será a divulgação da inflação medida pelo núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal nos EUA – core PCE, em inglês – referente a agosto (6ª-feira). Ao longo da semana, vários dirigentes do Fed (banco central dos EUA) falarão publicamente, incluindo o Presidente Jerome Powell (5ª-feira) – as autoridades podem fornecer mais informações sobre a reunião de política monetária da última semana, e o que esperar adiante;
- No Brasil, as atenções do mercado estarão voltadas para duas publicações do Banco Central: a ata da reunião do Copom na 3ª-feira, que trará mais detalhes sobre a decisão da semana passada de elevar a taxa Selic; e o Relatório Trimestral de Inflação, na 5ª-feira, com projeções e análises macroeconômicas da autoridade monetária. Além disso, o IBGE divulgará o IPCA-15 de setembro na 4ª-feira e a Pnad Contínua de agosto na 6ª-feira, enquanto o Ministério do Trabalho publicará a criação líquida de empregos formais (Caged) na 5ª-feira. O Banco Central também divulgará notas estatísticas ao longo da semana: setor externo na 3ª-feira e mercado de crédito na 6ª-feira. Por fim, o Tesouro Nacional publicará, na 6ª-feira, o resultado primário do governo central referente a agosto.
Empresas
Multiplan (MULT3): Uma solução atrativa para uma negociação muito aguardada
- Multiplan anuncia proposta para adquirir 113 milhões de ações ordinárias do Ontário Teacher’s Pension Plan (OTTP) pelo preço de R$ 22,21/ação (Um deságio de 16% do preço negociado no mercado);
- A recompra de ações envolve a compra de 21,2 milhões de ações pela MPAR (Veículo de investimentos da Família Peres) e 90 milhões por parte da Multiplan;
- Nós acreditamos que esta recompra vai aumentar a participação dos acionistas em 18,5%, enquanto a família Peres manterá sua participação em 35,4%;
- Vemos também uma atraente taxa de captação de 13,7% para recompra e um ganho de capital de 15,5%;
- Além do mais, apesar da capitação de dívida poder ser necessária, a alavancagem financeira deve se manter sob controle;
- A proposta vai ser votada em um uma assembleia geral extraordinária no dia 21 de outubro de 2024 e estamos acreditamos que uma aprovação;
- Reiteramos nossa recomendação de compra com preço alvo de R$ 35,00/ação;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Analisando a Concessão BR-040 “Rota dos Cristais”; Leilão será na próxima semana
- O próximo leilão de rodovias do Brasil, BR-040/GO/MG, está marcado para a próxima semana (26 de setembro;
- Trata-se de um projeto brownfield com extensão total de 594 km e investimento de R$ 6,5 bilhões;
- Acreditamos que o projeto tem potencial para ser mais competitivo, pois os riscos de demanda são reduzidos, além de estrutura financeira positiva (9,21% de TIR real desalavancada) e um perfil de investimento diluído (apenas ~59% do capex é implantado nos primeiros sete anos);
- Vemos espaço para retorno positivo e observamos um perfil de fluxo de caixa menos pressionado devido ao menor consumo de caixa nos primeiros anos;
- As propostas de licitação estão previstas para serem entregues no dia 23 de setembro (segunda-feira), seguida do leilão no dia 26 de setembro (quinta-feira);
- Clique aqui para o relatório completo.
Azzas 2154 (AZZA3): Um case de alta renda mas descontado
- A Azzas 2154 vem apresentando um desempenho inferior ao do setor e ao do IBOV, com a ação caindo 12% desde o seu “início” (1 de agosto), contra um IBOV de +3%. Acreditamos que isto se deve a três razões principais: i) uma fraca dinâmica de resultados, uma vez que o crescimento de algumas das suas principais marcas tem sido pressionado; ii) decepção com relação ao potencial de sinergias, principalmente de SG&A; e iii) riscos culturais;
- Como resultado, vemos as ações sendo negociadas abaixo de 10x P/L 2025e (c/ sinergias), o que consideramos atrativo, uma vez que i) esperamos que a dinâmica de resultados comece a melhorar, embora com mais materialidade a partir do 4T; ii) vemos espaço para diluição de custos/SG&A de pelo menos 1,20 p.p. de vendas; e iii) embora sigamos cautelosos com relação ao risco cultural, não devemos ver nenhum talento criativo chave saindo no curto prazo;
- Assim, mantemos a nossa recomendação de Compra.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Santos Brasil (STBP3): De boato a realidade; M&A agora é iminente
- A Santos Brasil anunciou um acordo para a venda/compra de uma participação de 48% na empresa;
- A transação envolve a venda da participação do Opportunity para o Grupo CMA CGM (líder global em soluções marítimas, terrestres, aéreas e de logística);
- Vemos a transação como positiva para os acionistas da STBP com base no seguinte:
- Foi oferecido um prêmio em relação ao último fechamento (prêmio de 21% em nosso cálculo de VPL de base – detalhes abaixo);
- Os direitos de tagalong dos acionistas minoritários foram confirmados, com o compromisso da CMA CGM de lançar uma oferta pública de aquisição de todas as ações remanescentes (ao mesmo preço e condição oferecidos ao vendedor);
- O fechamento da transação depende de condições precedentes habituais, incluindo a aprovação do CADE (antitruste) e da ANTAQ (órgão regulador);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Orizon (ORVR3): Expansão Regional para Produção de Biometano; Parceria Estratégica para Projeto de Biometano com a Estre
- A Orizon anunciou uma parceria estratégica para a exploração de biometano dos aterros sanitários de Fazenda Rio Grande (região metropolitana de Curitiba, estado do Paraná) e Guatapará (região metropolitana de Ribeirão Preto, estado de São Paulo), ambos de propriedade da Estre Ambiental;
- O acordo consiste em 20 anos de compra de biogás, o que permitirá uma produção diária estimada em torno de 170 km³ de biometano, e as usinas serão 100% detidas pela Orizon, com previsão de início de operação até 2027;
- Vemos isso como uma expansão acretiva para a Orizon, com um VPL estimado de aproximadamente R$ 303 milhões;
- Mantemos nossa recomendação de compra para as ações;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Mudanças no consignado privado e no saque-aniversário do FGTS devem sair neste semestre (Valor);
- Transações com Pix sobem 61% no 1º semestre e superam todos outros meios de pagamento somados (Valor);
- Sociedade entre Santander e BTG, CSD avança para criar ‘negócio de Bolsa’ (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Ligga se apresenta novamente para disputar a Oi Fibra. Agora, contra a V.tal (Telesíntese);
- Qualcomm procura Intel e estuda comprar concorrente, diz jornal (Folha);
- Investidores fazem aposta inédita na rodada de US$ 6 bilhões da OpenAI (Valor);
- Brasil TecPar ganha aval do Cade para concluir aquisição da Alt-GGNet (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Apostas online deixam 1,3 milhão de brasileiros inadimplentes no 1º semestre, diz CNC (Folha de São Paulo);
- Black Friday e Natal renovam otimismo da indústria de eletrodomésticos (O Globo);
- H&M vai concorrer com Renner e C&A e terá ‘supercelebridade’ na divulgação (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Hypera (HYPE3): Redução de Participação Relevante (RI da Companhia);
- Hospitais ampliam uso de enfermagem virtual para otimizar cuidados e reduzir custos (Saúde Business);
- Grupo Fleury se junta à rede INCT-NeuroTec-R para avançar pesquisas em neurociências no Brasil (Saúde Business);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
Análise (Crédito): Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan)
- A Companhia Riograndense de Saneamento (“Corsan” ou “Companhia”) é parte do grupo Aegea desde jul/23. A Companhia presta serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em 317 municípios do estado (mais de 97% da população);
- A Corsan é avaliada em ‘brAA+’, com perspectiva ‘Estável’, pela agência de classificação de risco S&P Global Ratings;
- O EBITDA subiu 55% no período, com margem de 51% (+19 p.p. vs. 2T23). Em nossa visão, esta melhora operacional indica a boa gestão da operação após privatização. A Corsan apresenta, na nossa opinião, bom índice de liquidez, com menos de 10% de sua dívida concentrado no curto prazo;
- A dívida líquida/EBITDA estava em patamar confortável no 2T24 (1,1x) em relação ao covenant (≤ 4,0x). Apesar da melhora operacional e baixa alavancagem atual, ressaltamos o relevante desafio que a Companhia enfrentará para universalizar os serviços de esgoto no prazo adequado, o volume elevado de capex para atingir a meta e os riscos regulatórios ainda presentes (apesar das evoluções no marco regulatório);
Clique aqui para acessar o relatório completo em PDF.
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields nudge higher as investors assess growth outlook (CNBC);
- Governo recorre a fundos para turbinar gastos e crédito barato sem esbarrar em travas do arcabouço (Estadão);
- Empresas repetem captação com debêntures (Valor Econômico);
- Moody’s Ratings downgrades Azul’s ratings to Caa2; outlook changed to negative (Moody’s);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários crescem e atraem novos investidores (Valor Econômico);
- Fiagros: crise da Agrogalaxy derruba cotações e aumenta volume de negociações (FIIs);
- Fundo imobiliário faz acordo judicial com WeWork e suspende despejo em SP (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Vale (VALE3): Novo presidente da companhia, Gustavo Pimenta, assume posto no dia 1 de outubro | Café com ESG, 23/09
O Ibovespa e o ISE terminaram a semana passada em território negativo, recuando 2,83% e 3,26%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira também terminou em queda, com o IBOV caindo 1,54% e o ISE 1,98%.
Do lado das empresas, (i) em fato relevante, a Vale informou na última sexta-feira que o seu Conselho de Administração aprovou a data de 1º de outubro para o início do mandato do próximo presidente da companhia, Gustavo Pimenta – a empresa também informou que as indicações de Heloisa Belotti Bedicks e de Reinaldo Castanheira Filho para os cargos de membros independentes do Conselho de Administração foram aprovadas; e (ii) a Suzano e o Pacto Global da ONU lançaram uma iniciativa voltada para aprimorar a escuta e assistência de trabalhadores e do setor florestal – a ideia é estimular a promoção e conscientização da oferta de trabalho em condições adequadas na cadeia florestal e combater o trabalho análogo à escravidão e trabalho infantil.
Na política, na última sexta-feira (20), o Ministério de Minas e Energia colocou em consulta pública as metas anuais compulsórias de descarbonização de distribuidoras de combustíveis previstas no RenovaBio – a proposta para a meta de 2025, de 40,39 milhões de CBIOs, recebe contribuições até 4 de outubro.
Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!