IBOVESPA +0,01% | 120.283 Pontos
CÂMBIO -0,16% | 6,18/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na segunda-feira, o Ibovespa fechou estável, aos 120.283 pontos, com o dia marcando o último pregão de 2024. No ano, o índice terminou com uma queda acumulada de 10,2%. Em um dia com uma agenda mais esvaziada, os investidores ficaram atentos ao Boletim Focus, que indicou um novo aumento nas expectativas de inflação para 2025 (veja aqui mais detalhes).
A Brava (BRAV3, +4,2%) ficou entre os principais destaques positivos do dia, repercutindo duas notícias positivas para a companhia: o campo de Papa-Terra retomou a produção na segunda-feira e a ANP autorizou o início da produção no FPSO Atlanta (veja aqui o comentário). Já o destaque negativo foi Automob (AMOB3, -2,9%), com o papel enfrentando uma volatilidade significativa desde a sua estreia no índice em 16 de dezembro.
Para o pregão de quinta-feira, teremos as divulgações de PMIs de manufatura nos EUA e na Zona do Euro, ambos referentes a dezembro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com abertura por toda extensão da curva, em um dia de baixa liquidez. No Brasil, o foco dos investidores foi a nova intervenção do Banco Central no mercado de câmbio. O DI jan/26 encerrou em 15,37% (+0,6bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 15,89% (+13,2bps); DI jan/29 em 15,705% (+17,5bps); DI jan/31 em 15,42% (+16,7bps). Nos EUA, o mercado operou à espera de 2025. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,24% (-6,0bps), enquanto os de dez anos em 4,55% (-3,0bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, primeiro pregão do ano, os futuros nos Estados Unidos abrem em alta (S&P 500: 0,6%; Nasdaq 100: 0,8%) em dia sem grandes eventos. Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,2%), enquanto na China, as bolsas tiveram forte queda (CSI 300: -2,9%; HSI: -2,2%) após dados de atividade econômica mais fracos que o esperado e temores com Trump.
Economia
Na China, dados de índices de gerentes de compras (PMI) do National Bureau of Statistics (NBS) e do Caixin indicaram que o setor manufatureiro do país continua crescendo, porém a um ritmo menor do que o esperado e abaixo do verificado nos meses anteriores. No geral, os dados da China têm mostrado um desempenho misto, indicando o desafio que o governo terá para manter o crescimento na meta de 5%. Na Zona do Euro, a leitura do PMI industrial de dezembro mostrou continuidade da recessão do setor industrial no bloco econômico, puxado pelas três maiores economias: Alemanha, França e Itália. No Brasil, dados do resultado do setor público divulgados na segunda-feira apontaram uma melhora, com o déficit caindo de R$ 37,7 no ano passado para R$ 6,6 bilhões nesse ano. A recuperação foi puxada pelo crescimento da arrecadação do governo central, graças a uma combinação de medidas de aumento de receitas e um cenário macro mais favorável. Apesar da melhora, o cenário para 2024 em diante ainda continua apontando para déficit contínuos e elevação da dívida.
Agenda de indicadores econômicos mais fraca nesta semana em função do feriado de Ano-Novo. Nos Estados Unidos, termos dados do PMI manufatureiro da Markit, de pedidos de auxílio-desemprego e de estoques de petróleo. No Brasil, esperamos a divulgação das informações referentes à balança comercial de dezembro.
Veja todos os detalhes
Economia
Pesquisas PMI mostram sinais mistos sobre a atividade econômica chinesa
- Na China, o índice dos gerentes de compras (PMI) do National Bureau of Statistics (NBS) para o setor industrial desacelerou para 50,1 em dezembro, em comparação com 50,3 no mês anterior, ficando acima da marca de 50 que separa o crescimento da contração, mas não atingindo a previsão mediana de 50,3. O PMI de produtos não manufaturados, que inclui construção e serviços, aumentou para 52,2 este mês, depois de ter desacelerado para 50,0 em novembro. O NBS atribuiu o aumento ao crescimento nos setores de serviços financeiros, telecomunicações e viagens da China. Outro PMI industrial, compilado pela Caixin, cresceu 50,5 em dezembro, em comparação com as expectativas de 51,6 e com a leitura do mês anterior de 51,5. A leitura desacelerou em relação ao mês anterior, em meio à queda dos pedidos de exportação e ao arrefecimento do otimismo das empresas em relação às perspectivas econômicas da China. Os dados mistos da produção industrial e das vendas no varejo de novembro, divulgados no início de dezembro, ressaltam como será desafiador para Pequim montar uma recuperação econômica duradoura em 2025. Os consultores do governo estão recomendando que a economia mantenha uma meta de crescimento de cerca de 5,0% no próximo ano e que os formuladores de políticas aumentem o estímulo voltado para o consumo;
- O Índice Gerentes de Compras (PMI) final do setor industrial da zona do euro do HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 45,1 em dezembro, um pouco abaixo da estimativa preliminar e ainda mais abaixo da marca de 50 que separa o crescimento da contração. Em novembro, esse índice foi de 45,2 e a leitura do indicador tem estado abaixo de 50 desde meados de 2022. A desaceleração foi novamente de base ampla, com as três maiores economias do bloco – Alemanha, França e Itália – presas em uma recessão industrial. A Espanha se destacou com a expansão robusta de seu setor industrial;
- No Brasil, o setor público não financeiro registrou um déficit primário de R$ 6,6 bilhões em novembro, muito melhor do que o déficit de R$ 37,3 bilhões do ano passado. Na abertura, o governo central e as empresas estatais registraram um déficit de R$ 5,7 bilhões e R$ 1,3 bilhão, respectivamente, enquanto os estados e municípios apresentaram um pequeno superávit de R$ 0,4 bilhão. Em 12 meses, o setor público acumula um déficit de R$ 192,9 bilhões, ou 1,6% do PIB. O saldo primário do setor público de novembro mostra uma forte melhora quando comparado ao do ano passado, principalmente devido ao desempenho do governo central, cujo déficit caiu de R$ 38,9 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Isso se deve a uma combinação dos efeitos das medidas de aumento de receita, maior atividade econômica e inflação e taxa de câmbio depreciada (que favorece a arrecadação de impostos). Esperamos que o setor público consolidado tenha um déficit de R$ 49,7 bilhões (0,4% do PIB) em 2024, e que a dívida bruta do governo geral atinja 78,1% do PIB;
- Poucos indicadores na agenda pós-Ano Novo. Nos EUA, os dados do PMI industrial da Markit e os pedidos semanais de auxílio-desemprego, bem como os estoques de petróleo, são os destaques. No Brasil, são esperados os dados da balança comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Empresas
Utilities | Impulsionando a Semana: Destaques do Setor
- Os principais temas abordados neste relatório são:
- O consumo de energia demonstrando um perfil misto em todas as regiões do país, com uma leve diminuição de -1,6% A/A em dezembro de 2024;
- Com a retomada das chuvas neste mês, os níveis de reservatório demonstraram uma recuperação na última semana;
- Dados recentes de Energia Natural Afluente (ENA) continuam a sugerir uma melhoria sequencial à frente, especialmente no sistema Sul;
- Os preços de energia de curto prazo permaneceram estáveis no nível regulatório mínimo, e os preços de energia de longo prazo também continuam estáveis, refletindo os recentes desenvolvimentos hidrológicos; e
- Níveis de valuation atraentes para empresas de utilities com uma TIR real implícita média de ~13% para o setor;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- ANS tem novas regras para alteração de rede hospitalar (ANS);
- ANS endurece regras e incentiva redução de reclamações nos planos de saúde (Folha);
- Unimed-Rio vende sua fatia em empresa de ‘home care’ (O Globo);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Oil rises as investors return from holidays, eye China recovery (Reuters);
- Renda fixa americana é aposta para 2025, e em ações, oportunidades não são unânimes (Estadão);
- Mercado vê riscos e impactos mistos após MRV vender ativo no Texas (InfoMoney);
- Ratings da Eletromidia removidos do CreditWatchpositivo e elevados para ‘brAA’ após mudança de controlador; perspectiva estável (S&P Global);
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Estratégia
XP Short Scout: Monitor de short selling de ações brasileiras
- Atualizamos os dados de short selling dos ativos brasileiros com os dados de fechamento de 27 de dezembro de 2024;
- O short interest (SI) mediano do Ibovespa teve um leve aumento e agora está 6.2%, comparado a 6.1% em 13 de dezembro. O valor das posições em aberto caiu R$ 5,9 bilhões para R$ 99,5 bilhões;
- O SI mediano das ações do setor de Construção Civil subiu 180 pontos base desde o nosso último relatório, e agora está em 8,7%. Esse movimento foi puxado pela Even (EVEN3), que tem 8,7% do seu free float vendido a descoberto depois de um aumento de 2,5 pontos percentuais nas últimas duas semanas. Gafisa (GFSA3) também mostrou um aumento de 1,3 pontos percentuais no SI, que agora está em 11.1%. MRV (MRVE3) e EZtec (EZTC3) apresentaram reduções no SI desde nossa última atualização, apesar de ainda mostrarem níveis altos, em 27,0% e 26,8% respectivamente;
- Outras ações para ficar de olho: ALPA4, AMBP3, AMER3, AZUL4, BEEF3, CRFB3, CVCB3, EGIE3, HBSA3, PETZ3, QUAL3, SOJA3, TAEE11, VAMO3;
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ESG
Petrobras (PETR4) busca grandes consumidores para novos produtos de baixo carbono, diz Chambriard | Café com ESG, 02/01
- O mercado encerrou o pregão de segunda-feira, último dia útil de 2024, em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,01%), enquanto o ISE recuou 0,11%;
No Brasil, segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a companhia quer se reaproximar de grandes consumidores, em busca de um mercado para os seus novos produtos de baixo carbono, como o diesel coprocessado com óleo vegetal e o bunker com conteúdo renovável – para a executiva, o posicionamento estratégico da Petrobras no mercado de combustíveis não passa mais pela volta ao segmento de distribuição;
No internacional, (i) Citigroup e Bank of America anunciaram que estão saindo da Net-Zero Banking Alliance (NZBA), um grupo de bancos globais que se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa – os anúncios ocorreram após o Wells Fargo e o Goldman Sachs deixarem a aliança no início de dezembro; e (ii) a BYD elevou suas vendas totais para 4,25 milhões de carros de passeio em 2024 (+41% A/A), diminuindo sua diferença para a Tesla enquanto as duas disputam o título de líder mundial no segmento de veículos elétricos – segundo a companhia, somente no mês de dezembro, a BYD vendeu 509.440 veículos de passageiros híbridos plug-in e puramente elétricos; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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