Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira, último dia útil de 2024, em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,01%), enquanto o ISE recuou 0,11%.
• No Brasil, segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a companhia quer se reaproximar de grandes consumidores, em busca de um mercado para os seus novos produtos de baixo carbono, como o diesel coprocessado com óleo vegetal e o bunker com conteúdo renovável - para a executiva, o posicionamento estratégico da Petrobras no mercado de combustíveis não passa mais pela volta ao segmento de distribuição.
• No internacional, (i) Citigroup e Bank of America anunciaram que estão saindo da Net-Zero Banking Alliance (NZBA), um grupo de bancos globais que se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa - os anúncios ocorreram após o Wells Fargo e o Goldman Sachs deixarem a aliança no início de dezembro; e (ii) a BYD elevou suas vendas totais para 4,25 milhões de carros de passeio em 2024 (+41% A/A), diminuindo sua diferença para a Tesla enquanto as duas disputam o título de líder mundial no segmento de veículos elétricos - segundo a companhia, somente no mês de dezembro, a BYD vendeu 509.440 veículos de passageiros híbridos plug-in e puramente elétricos.
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Brasil
Empresas
Petrobras quer se reaproximar de grandes consumidores para vender novos combustíveis, diz Magda
"A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, acredita que o posicionamento estratégico da companhia no mercado de combustíveis não passa mais pela volta ao segmento de distribuição. A estatal, no entanto, quer se reaproximar de grandes consumidores, em busca de um mercado para os seus novos produtos de baixo carbono, como o diesel coprocessado com óleo vegetal e o bunker (combustível marítimo) com conteúdo renovável. “Por enquanto não [está nos planos a volta ao mercado de distribuição]. O que estamos pensando é outra coisa: temos a possibilidade de venda para grandes consumidores [de derivados especiais]”. “Isso ajuda a descarbonizar a indústria do petróleo e ajuda a descarbonizar a mineração também. Então, pensamos, sim, em abordar e conversar com as grandes empresas brasileiras e ver o que elas precisam, principalmente sob o aspecto do combustível com mais teor renovável, em termos de venda direta”, disse a presidente, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band. Ela cita que a Petrobras tem avançado, nesse sentido, numa parceria com a Vale para a comercialização do diesel coprocessado e fornecimento de bunker com 24% de conteúdo renovável. A Petrobras tem, hoje, uma capacidade instalada para produção de 63 mil barris/dia de diesel R5 – tem uma parcela de 5% de conteúdo renovável – em cinco refinarias. A petroleira, contudo, enxerga um potencial de aumentar essa capacidade em onze vezes, a depender da regulação do produto. Magda Chambriard destacou que a Petrobras consegue aumentar a parcela de conteúdo renovável no diesel coprocessado até 10%, sem necessidade de grandes investimentos."
Fonte: Eixos; 30/12/2024
Empresas planejam investir R$ 8 bi em aterros, após decisão do STF
"Decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre regras de aterros sanitários em áreas de proteção permanente (APPs) vai destravar R$ 8 bilhões em investimentos em biogás e biometano até 2029, de acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) a pedido do Valor. Os recursos serão aplicados em ecoparques e possibilitarão a descarbonização de combustíveis, como gás natural. Segundo a Abrema, os R$ 8 bilhões serão destinados ao desenvolvimento e à aplicação de tecnologias para a produção de biogás e biometano a partir dos resíduos. A associação prevê investimentos em plantas nas regiões Nordeste e Sudeste do país. O Valor apurou que a Solví investirá R$ 2 bilhões, enquanto a Vital desembolsará R$ 1,5 bilhão e a Orizon, R$ 1,2 bilhão. Marquise, Estre, Sustentare e Marca Ambiental empregarão R$ 500 milhões cada. Sustentare, Veolia, Lara, Suma e Naturale também planejam investimentos, segundos fontes a par do assunto. No fim de outubro, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou o funcionamento de aterros sanitários instalados, em instalação ou em fase de ampliação localizados em áreas de proteção permanente (APPs). A Advocacia-Geral da União (AGU) moveu ação após o STF julgar inconstitucional a presença de aterros sanitários em APPs, em 2018. Para o diretor-presidente da Orizon, Milton Pilão, a decisão traz segurança jurídica para os investimentos nos aterros e possibilita o preparo para potencialidades futuras. Na avaliação do executivo, a decisão do STF traz previsibilidade ao setor."
Fonte: Valor Econômico; 02/01/2025
Política
Igor Normando assume prefeitura e diz que COP30 será 'divisor de águas' para Belém
"O novo prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), tomou posse nesta quarta-feira (1º), junto ao vice-prefeito Cássio Andrade (MDB). A cerimônia foi realizada na Assembleia Legislativa do Estado, logo após a posse dos vereadores da capital paraense — o evento não foi feito na Câmara Municipal devido a uma reforma no edifício. Em seu discurso, o prefeito empossado destacou a importância da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025) para a cidade, que irá sediar o evento em novembro deste ano. “É hora da gente compreender o grande desafio que está por vir. A COP30 será sem dúvida alguma um grande divisor de águas na nossa idade e precisamos honrar essa oportunidade com muito trabalho, com muita união, com muito serviço. Belém está acima de todas as bandeiras políticas e partidárias”, afirmou. Normando também disse, em sua fala, que tem a tarefa de “honrar a confiança” do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), presente na cerimônia. O novo prefeito é primo do governador e também do ministro das Cidades, Jader Filho (MDB). Ambos apoiaram Normando em sua campanha. Com a entrada do novo prefeito, o partido volta a comandar a capital após 35 anos. Na eleição, Normando derrotou, no segundo turno, o bolsonarista Éder Mauro (PL), ex-delegado de polícia e deputado federal."
Fonte: Valor Econômico; 01/01/2025
Internacional
Empresas
Citigroup e BofA se unem aos bancos dos EUA saindo da Net-Zero Banking Alliance
"Os bancos norte-americanos Citigroup e Bank of America disseram na terça-feira que estão saindo da Net-Zero Banking Alliance (NZBA), um grupo de bancos globais que se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Eles seguem o Wells Fargo e o Goldman Sachs, que deixaram a aliança no início deste mês. As empresas financeiras, historicamente criticadas por suas conexões com o setor de combustíveis fósseis, têm se esforçado para incorporar padrões de emissões líquidas zero de forma mais proeminente em suas operações. Entretanto, elas começaram a reduzir algumas iniciativas para evitar irritar os legisladores republicanos que se opõem à limitação do financiamento de combustíveis fósseis. O Citi disse que havia progredido em direção a suas próprias metas de emissões líquidas zero e decidiu deixar a NZBA. O BofA, em uma declaração enviada por e-mail à Reuters, disse: “Continuaremos a trabalhar com os clientes nessa questão e a atender às suas necessidades”. O NZBA tem como objetivo reduzir as emissões de carbono das carteiras de empréstimos e investimentos de seus membros a zero, em uma base líquida, até 2050. No mês passado, a BlackRock, a Vanguard e a State Street foram processadas pelo Texas e por 10 outros estados liderados pelos republicanos, que afirmaram que os grandes gestores de ativos violaram a lei antitruste por meio de ativismo climático que reduziu a produção de carvão e aumentou os preços da energia."
Fonte: Reuters; 31/12/2024
BYD registra novo recorde em vendas de veículos elétricos e reduz diferença para a Tesla
"A chinesa BYD elevou suas vendas totais para 4,25 milhões de carros de passeio no ano passado, diminuindo sua diferença para a Tesla enquanto as duas disputam o título de líder mundial no segmento de veículos elétricos. A montadora sediada em Shenzhen, que parou de fabricar veículos movidos inteiramente a combustíveis fósseis em 2022, atingiu um novo recorde mensal de vendas em dezembro, impulsionada por subsídios e ofertas de incentivos extras aos compradores. A BYD vendeu 509.440 veículos de passageiros híbridos plug-in e puramente elétricos em dezembro, disse a empresa na quarta-feira. O número inclui 207.734 EVs, elevando a contagem anual de vendas de carros movidos a bateria para 1,76 milhão. As vendas anuais gerais aumentaram 41% ano a ano. A ascensão da BYD como uma marca de carros campeã de vendas contrasta com a turbulência enfrentada por um número crescente de gigantes automobilísticas tradicionais como a Nissan Motor Co., a Volkswagen AG e a Stellantis NV. As marcas de carros ocidentais enfrentaram queda nas vendas na China, ao mesmo tempo em que ficaram para trás na transição para EV. A Tesla divulgará seus números de vendas do quarto trimestre no final desta semana. A empresa de Elon Musk precisa entregar pelo menos 515.000 EVs nos últimos três meses de 2024 para atingir sua meta de "ligeiro crescimento" nas vendas anuais, ou 1,81 milhão de entregas, o que seria um recorde trimestral para a empresa. As estimativas dos analistas são de 510.400 entregas, um pouco abaixo das expectativas da Tesla. O aumento da BYD ajudará a consolidar seu lugar entre as principais fabricantes de automóveis em todo o mundo."
Fonte: Valor Econômico; 01/01/2025
Política
Mundo vive "colapso climático em tempo real", diz secretário-geral da ONU
"“Hoje posso informar oficialmente que acabamos de passar por uma década mortal”, disse hoje António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, em mensagem de fim de ano. “Os 10 anos mais quentes já registrados ocorreram nos últimos 10 anos, incluindo 2024”, seguiu. “Esse é o colapso climático - em tempo real.” Guterres se referia à confirmação pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) de que 2024 foi o ano mais quente dos registros, fechando a década de anos mais quentes. “Precisamos sair desta estrada rumo à ruína, e não temos tempo a perder”, seguiu o secretário-geral. “Em 2025, os países devem colocar o mundo em um caminho mais seguro, cortando drasticamente as emissões e apoiando a transição para um futuro renovável”. Seguiu: “Isso é essencial e é possível”. A WMO publicará o valor consolidado da temperatura global de 2024 em janeiro. O relatório “State of the Global Climate 2024” será lançado em março. A meteorologista argentina Andrea Celeste Saulo, primeira mulher assumir a secretaria geral da WMO (em janeiro de 2024), disse que em seu primeiro ano de mandato emitiu repetidos “alertas vermelhos sobre o estado do clima”. A entidade comemora o 75° aniversário em 2025. “Nossa mensagem será que, se quisermos um planeta mais seguro, devemos agir agora. É nossa responsabilidade. É uma responsabilidade comum, uma responsabilidade global”, continuou a cientista. “Cada fração de grau de aquecimento é importante e aumenta os extremos climáticos, os impactos e os riscos”, seguiu Celeste Saulo."
Fonte: Valor Econômico; 30/12/2024
UE planeja “teste de estresse” em clima quente para ferrovias e redes de energia
"As ferrovias e as redes de eletricidade em toda a Europa poderão ser “testadas quanto ao estresse” em relação ao clima quente, de acordo com os planos que estão sendo elaborados pela UE para preparar a infraestrutura crítica para as demandas de um planeta em aquecimento. O teste de estresse seria parte de uma política mais ampla, que deverá ser apresentada no próximo ano, para responder ao número crescente de desastres esperados como resultado da mudança climática, disseram três funcionários da UE com conhecimento da proposta. Bruxelas está avaliando a possibilidade de exigir que os governos da UE “façam testes de estresse em energia, saúde [etc.] para um cenário de aquecimento de quatro graus”, disse uma autoridade sênior da UE. “É algo que acreditamos ser um esforço sensato dos Estados membros.” Outra autoridade descreveu a medida como uma “decisão óbvia” que, se aprovada, deve levar à construção de uma infraestrutura mais resiliente e a “mais debates sobre o que precisa ser feito”. Espera-se que as temperaturas na Europa aumentem pelo menos 3ºC até 2050 em comparação com os níveis pré-industriais, de acordo com avaliações da Agência Europeia do Meio Ambiente. Em março, a AEA afirmou que a Europa enfrentava altos riscos de “ondas de calor e secas prolongadas”, mesmo com temperaturas ligeiramente mais altas. “Isso pode levar a crises agudas, como incêndios florestais generalizados, falhas críticas de infraestrutura, apagões e grandes impactos econômicos e na saúde”, afirmou. Nos últimos dois anos, a UE sofreu bilhões de euros em danos causados por grandes incêndios florestais e inundações."
Fonte: Financial Times; 30/12/2024
"O Departamento do Tesouro dos EUA pretende divulgar orientações sobre como acessar os créditos fiscais para a produção de hidrogênio nos termos da Lei de Redução da Inflação de 2022 no final desta semana, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto. A tão esperada orientação fornecerá um caminho para que o hidrogênio produzido com energia nuclear tenha acesso aos créditos, disseram as fontes à Reuters, embora os detalhes desse plano não tenham ficado imediatamente claros. A questão de saber se as usinas nucleares existentes devem se qualificar para o subsídio ao hidrogênio tem sido um dos principais pontos de atrito para a regra, com os ambientalistas dizendo que apenas o hidrogênio produzido com novas fontes de energia limpa deve receber as vantagens. Uma das fontes disse que a orientação provavelmente será divulgada na sexta-feira. Um porta-voz disse que o Departamento do Tesouro estava trabalhando para finalizar a orientação e que a agência estava considerando várias solicitações relacionadas às regras. “A finalização das regras que ajudarão a expandir o setor de hidrogênio limpo e, ao mesmo tempo, implementar as salvaguardas ambientais estabelecidas na lei continua sendo uma prioridade máxima para o Tesouro”, disse o porta-voz Michael Martinez. “Nesse processo, estamos considerando cuidadosamente os inúmeros comentários que recebemos sobre as regulamentações propostas.”
Em dezembro de 2023, o Departamento do Tesouro divulgou suas regras propostas que regem como as empresas de energia se qualificariam para os créditos previstos na lei."
Fonte: Reuters; 31/12/2024
Japão revê política energética e prevê mais do que dobrar geração nuclear
"O governo do Japão está revendo sua política energética e prevê ampliar novamente o uso das plantas nucleares para conseguir acomodar a crescente demanda por energia, ao mesmo tempo que pretende cumprir as metas de descarbonização assumidas pelo país. A decisão ocorre 13 anos após o desastre com a usina de Fukushima, que teve reatores afetados por um terremoto e um tsunami, em março de 2011. A nova proposta diz que a energia nuclear deve responder por 20% do fornecimento de energia do Japão em 2040, em comparação com apenas 8,5% em 2023, enquanto o país pretende expandir as energias renováveis para 40% a 50% (ante 22,9% antes) e reduzir a energia movida a carvão para a faixa entre 30% e 40%, em comparação com quase 70% em 2023. A demanda por energia de baixo carbono, como a renovável e a nuclear, está crescendo devido à demanda dos centros de dados que usam inteligência artificial e de fábricas de semicondutores em todo o país. No fim de dezembro, um painel de especialistas comissionado pelo governo japonês apoiou amplamente a nova política de energia do país para os próximos anos, que exige o reforço das fontes renováveis até a metade das necessidades de eletricidade até 2040, maximizando o uso da energia nuclear. O Ministério da Indústria apresentou minuta do plano para revisão final pelo painel de 16 membros, em sua maioria pró-nucleares, de empresas, acadêmicos e grupos civis. O texto prega a maximização do uso da energia nuclear, revertendo uma política de eliminação gradual adotada após a crise de derretimento na usina de Fukushima, que levou a um grande deslocamento de residentes e a um sentimento antinuclear persistente entre os japoneses."
Fonte: InfoMoney; 01/01/2025
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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