IBOVESPA +1,36% | 125.035 Pontos
CÂMBIO +0,54% | 5,79/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou a semana passada em alta de 1,8% em reais e 3,5% em dólares, aos 125.035 pontos, em uma semana mais curta e com menor liquidez devido ao Carnaval.
Entre os destaques positivos da semana estiveram as ações cíclicas, como Magazine Luiza e Cogna (MGLU3, +9,9%; COGN3, +8,6%), que se beneficiaram do fechamento da curva de juros.
Já a Petrobras (PETR3, -4,2%; PETR4, -3,6%) ficou na ponta negativa, refletindo a queda no preço do petróleo (Brent, -3,9%).
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte fechamento ao longo da curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de +2,00 bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -18,00 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou perda de inclinação. As taxas de juro real tiveram redução, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,80% a.a. (vs. 7,90% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,74% (-24,00 bps no comparativo semanal); DI jan/31 em 14,65% (-48 bps), e o dólar terminou em R$ 5,79/US$ (-2,1%).
Na Semana da Renda Fixa, Clara Sodré, analista de fundos na XP, conversa hoje com Ricardo Binelli, diretor de gestão de produtos de crédito estruturado na Solis Investimentos, a partir das 14h, sobre as perspectivas dos FIDCs. Acompanhe aqui.
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -1,0%; Nasdaq 100: -1,2%), enquanto a pressão vendedora que derrubou as bolsas na semana passada persiste, somando-se à expectativa por uma série de dados econômicos que serão divulgados ao longo da semana. As taxas de Treasuries recuam pela manhã, também devido às expectativas em relação aos dados econômicos.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,5%), devolvendo os ganhos da semana passada. Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -0,4%; HSI: -1,8%), após sessões de negociação voláteis na semana passada e divulgação de dados econômicos durante o fim de semana.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira com uma alta expressiva de 0,65%, impulsionado principalmente pelo desempenho positivo dos FIIs de tijolo, que registraram uma valorização média de 0,82%, refletindo o forte fechamento dos vértices longos da curva de juros. Por outro lado, os FIIs de papel apresentaram uma performance média de 0,62% no dia. Entre os destaques positivos, estiveram PATL11 (+3,3%), RBFF11 (+3,1%) e TGAR11 (+3,1%). Já entre os destaques negativos, figuraram SPXS11 (-1,8%), JSAF11 (-1,4%) e KCRE11 (-1,0%).
Economia
No cenário global, a incerteza da política comercial de Trump segue no radar dos investidores. Na China, o inflação ao consumidor de fevereiro abaixo do esperado reforça o cenário de deflação e fraqueza da demanda doméstica.
No Brasil, semana importante em termos de indicadores econômicos. Sobre atividade econômica, a produção industrial de janeiro será divulgada na terça-feira, enquanto a produção do setor dos serviços sai na quinta-feira. Sobre inflação, o IPCA de fevereiro será publicado na quarta-feira. Essas são informações importantes para o Banco Central calibrar a política monetária futura. Especialmente depois do PIB do quarto trimestre do ano passado (publicado na sexta-feira passada) ter ficado abaixo do esperado. Publicamos esta manhã nosso relatório Brasil Macro Mensal, com projeções atualizadas sobre a economia brasileira.
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Economia
As tarifas comerciais dos EUA permanecem no radar. No Brasil, semana movimentada de indicadores econômicos
- A política comercial dos EUA continua no radar dos investidores. Na semana passada, o presidente Trump anunciou um adiamento temporário nas taxas de 25% sobre a maioria dos produtos provenientes de Canadá e México até 2 de abril; mas aumentou as tarifas sobre a China, que reagiu também aumentando as tarifas sobre as importações dos EUA. O mundo discute o impacto da incerta guerra comercial global;
- Nos dados econômicos, o destaque hoje é o indicador de expectativas de inflação do Fed de Nova York. Será importante avaliar se as expectativas de inflação já foram afectadas pelos aumentos tarifários de Trump. As expectativas são um ingrediente importante para a condução da política monetária;
- Os dados da inflação ao consumidor e ao produtor da China, divulgados no fim de semana, apontaram para uma tendência deflacionária persistente no país. O índice de preços ao consumidor recuou 0,7% em termos anuais, mais do que as expectativas (-0,4%) e revertendo o aumento de 0,5% de Janeiro;
- A produção industrial alemã aumentou 2,0% em relação ao mês anterior em janeiro, um pouco acima das expectativas do mercado (1,6%). Apesar do bom resultado geral, as exportações caíram 2,5%, reforçando os desafios do país num momento de incerteza geopolítica. A Alemanha, historicamente um dos maiores exportadores do mundo, parece estar perdendo market share global, especialmente para produtos chineses;
- No Brasil, semana importante em termos de indicadores econômicos. Sobre atividade econômica, a produção industrial de janeiro será divulgada na terça-feira, enquanto a produção do setor dos serviços sai na quinta-feira. Sobre inflação, o IPCA de fevereiro será publicado na quarta-feira. Essas são informações importantes para o Banco Central calibrar a política monetária futura. Para a sua decisão de março, é amplamente esperado um aumento de 1,00 pp. Mas se os indicadores de atividade mostrarem uma desaceleração relevante, isso poderá sugerir menor necessidasde de aumento de juros nos meses seguintes;
- Divulgado na última sexta-feira, o PIB do Brasil cresceu 0,2% no quarto trimestre do ano passado frente ao trimetre anterior (3,6% frente ao ano anterior), abaixo das expectativas (XP: 0,5%; mercado: 0,4%). Este resultado veio após um crescimento médio de 1,0% três trimestres anteriores. Assim, a economia brasileira expandiu 3,4% em 2024. Continuamos a prevendo que o crescimento do PIB desacelerará para 2,0% em 2025, em linha com uma inflação mais elevada, condições financeiras mais restritivas e a ausência de capacidade ociosa nos fatores de produção. Ainda assim, as medidas governamentais recentemente anunciadas deverão proporcionar um estímulo adicional de curto prazo, compensando a surpresa para baixo com os resultados do PIB do final do ano passado. Além disso, o mercado de trabalho se mantém robusto e o carrego estatístico do PIB de 2024 para 2025 é favorável (0,8%);
- O governo anunciou na semana passada que tentará convencer os estados a reduzir seus impostos sobre os alimentos (ICMS), para reduzir a inflação destes produtos. A mídia local, no entanto, relata que os governadores estão relutantes em tomar a medida, considerando o impacto significativo na arrecadação de impostos;
- Publicamos esta manhã nosso relatório Brasil Macro Mensal, com projeções atualizadas sobre a economia brasileira (Confira aqui)
Commodities
Mineração e Siderurgia e Papel e Celulose: Números ligeiramente mais fracos seguindo tendências sazonais
Monitor de Exportações e Importações de Mineração e Siderurgia e Papel e Celulose
- A SECEX divulgou seus dados de Fev’25 para exportações/importações, com leitura neutra para empresas expostas à celulose e mineradoras de minério de ferro (com números mais fracos explicados em parte pela sazonalidade mais fraca), com leitura relativa ligeiramente melhor para siderúrgicas, dados os menores volumes importados (embora ainda em patamares elevados).
- Destacamos:
- (i) para a Vale, observamos menores exportações de minério de ferro (-10% A/A em Fev’25), devido a números mais fracos de Ponta da Madeira e Tubarão;
- (ii) para a Suzano e a Klabin, as exportações de celulose caíram ~450kt M/M em Fev’25 (após fortes volumes em Jan’25), possivelmente devido às paradas de manutenção amplamente esperadas durante o 1T25;
- (iii) Para Usiminas, CSN e Gerdau, observamos maiores exportações de aços planos em Fev’25 – principalmente de chapas grossas, BQ e BF – enquanto as importações caíram para produtos de aços planos e longos (-11% M/M / -23% M/M e +14% A/A / +1% A/A, respectivamente).
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Empresas
Bens de Capital, Elétricas e ESG: Armazenando Potencial
Explicação sobre o BESS
- O mundo mudou, com o aumento da adoção de energia renovável exigindo soluções para os crescentes desafios após a maior penetração de fontes intermitentes.
- Com a redução contínua dos preços das baterias e o aumento da competitividade das soluções de armazenamento de energia, vemos o BESS desempenhando um papel fundamental, permitindo uma maior eficiência energética entre consumidores e produtores.
- Nesse sentido, acreditamos que a WEG está bem-posicionada para ser um player líder à medida que a adoção do BESS aumenta no futuro, estimando um potencial de receita de ~R$ 3,2 bilhões nos próximos 10 anos(até ~4% das nossas estimativas de receita de longo prazo), com soluções de armazenamento de energia como uma das várias peças do quebra-cabeça para suportar o alto crescimento estrutural da WEG daqui para frente.
- Negociando a P/L 2025E de ~25x, vemos o portfólio inovador da WEG suportando múltiplos em níveis elevados, reiterando nossa recomendação de Compra.
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Bens de Capital: Exportações de GTD sequencialmente melhores, de acordo com a Secex
- A SECEX divulgou seus dados de Fev’25 para exportações/importações, com números mais lentos em linha com a sazonalidade mais fraca de ambas as empresas no início do ano.
- Para a WEG, observamos:
- as exportações do portfólio de produtos eletroeletrônicos (i.e.: motores industriais e alguns produtos relacionados à automação) caíram -15% A/A em dólar em Fev’25, embora tenham melhorado +13% M/M;
- exportações do portfólio de produtos relacionados à GTD (principalmente transformadores) -5% A/A em termos de USD e +20% M/M; e
- importações de painéis solares -30% A/A em USD, compostas por melhores volumes e preços unitários mais baixos vs. Fev’24 (preços estáveis M/M).
- Olhando para as exportações de jatos turbo, uma proxy para as entregas comerciais da Embraer, vemos 2 unidades exportadas em Fev’25, acima da 1 unidade do ano passado e em linha com a fraca sazonalidade das entregas de aeronaves (que é mais forte no final de cada trimestre e no final do ano).
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Preço de alimentos: Lula cogita ‘atitude mais drástica’, mas Fávaro descarta intervenção artificial (Estadão);
- Piauí anuncia ICMS zero sobre cesta básica; convênio permite redução para mais 11 Estados (Estadão);
- Acionistas agem contra plano do Carrefour (Valor Econômico);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos
- Chinese Pork Producer Muyuan Is Said to Weigh Hong Kong Listing – Bloomberg
- Medidas “velhas” não terão efeito nos preços dos alimentos, apostam ex-secretários – Globo Rural
- Agro
- O retorno de 20% da família Dreyfus nas terras operadas pela Sierentz – TheAgriBiz
- Biocombustíveis
- Novas punições a distribuidoras no RenovaBio ainda geram dúvidas, diz banco – Globo Rural
- The end of cheap palm oil? Output stalls as biodiesel demand surges – Reuters
- Tarifas
- Spooked by tariffs, funds purge bullish corn bets in near-record fashion – Reuters
- China hits back at Canada with fresh agriculture tariffs – Reuters
- Canada suspends imports from biggest US pork processing plant – Reuters
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- Alimentos
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields fall as investors weigh the state of the U.S. economy (CNBC)
- Reemissão de debêntures incentivadas deve elevar número de ofertas e fomentar captações mais curtas (Valor Econômico)
- Petrobras pagará US$ 283 mi para encerrar litígio com EIG Energy nos EUA (Folha de São Paulo)
- Moody’s Local Brasil afirma o rating da CSN; perspectiva estável (Moody´s Local)
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
Por que os mercados americanos estão ficando para trás em 2025? | Gráfico da Semana
- Ao longo de 2024, as ações dos EUA lideraram os mercados globais, impulsionadas pelo fortalecimento da cadeia de inteligência artificial e início do ciclo de corte de juros.
- No entanto, em 2025, esse cenário se inverteu, com uma combinação de diferentes fatores pressionando os retornos dos ativos de risco nos EUA, que agora estão apresentando um desempenho inferior em relação à Europa e aos mercados emergentes;
- Os ativos nos EUA vêm sendo pressionados pelo cenário de incerteza fomentado por Trump, sinais de desaceleração da economia e, no lado micro, as ações de tecnologia nos EUA estão sofrendo de forma mais intensa;
- A rotação regional observada até o momento em 2025 reforça a tese do nosso time de Estratégia Global, discutida em nosso relatório Onde Investir em 2025, de que há “um mundo além das Magníficas”. Nesse cenário, mantemos um posicionamento abaixo do neutro em relação às ações nos EUA, diante dos riscos mencionados e de múltiplos ainda acima da média histórica. Por outro lado, seguimos mais construtivos em outras regiões, como China e Reino Unido;
- Clique aqui para acessar o Gráfico da Semana.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Bluecap Log FII adquire imóvel logístico 100% locado em Santa Catarina (SiiLA);
- GGRC11 negocia venda de imóvel logístico em SP por R$ 35,2 milhões (FIIs);
- Fundo de logística lidera altas; IFIX emenda cinco altas pela primeira vez em 2025 (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Eletrobras (ELET3) inaugura centro de monitoramento de ativos e clima | Café com ESG, 10/03
- O mercado terminou a semana passada em território positivo, com o Ibovespa e o ISE subindo 1,8% e 2,8%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira fechou com o IBOV avançando 1,4% e o ISE 1,7%;
- Do lado das empresas, (i) a Eletrobras inaugurou um centro de monitoramento de ativos e clima do Brasil em sua sede no Rio de Janeiro – o principal objetivo é ter uma visão centralizada dos principais ativos de sua rede de geração e transmissão de energia, além de prever e mitigar impactos climáticos que têm cada vez mais afetado a infraestrutura crítica do setor elétrico no país; e (ii) empresários brasileiros e estrangeiros, sob a liderança da Confederação Nacional da Indústria (CNI), vão lançar um grupo semelhante ao B20 para gerar contribuições para a COP30 – o Sustainable Business COP30 (SB COP) busca mobilizar líderes de empresas, sindicatos, associações, federações e confederações para o desenvolvimento sustentável;
- Ainda no setor privado, de acordo com uma pesquisa da Bain & Company, 44% dos executivos do setor de energia e recursos naturais afirmaram que a meta global de zero emissões líquidas não será alcançada até 2070 (vs. 32% na pesquisa anterior) – a mudança de perspectiva ocorre em meio a preocupações com o aumento dos custos, à falta de otimismo em relação à ação climática e aos balanços patrimoniais mais apertados das empresas, que atrasam as metas ambientais;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
UE altera meta de emissão de veículos; Brasil cria grupo de trabalho para combater cortes de geração | Brunch com ESG
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
- Na última semana, destacamos: (i) as mudanças nas metas de redução de emissões de veículos na União Europeia; e (ii) a criação de grupo de trabalho para combater o curtailment no Brasil;
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Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!