IBOVESPA +1,0% | 133.990 Pontos
CÂMBIO +0,36% | 5,59/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em alta de 0,95%, aos 133.990 pontos. O desempenho positivo refletiu a redução dos riscos ligados à política comercial, após o governo dos EUA anunciar uma série de isenções à tarifa base de 50% previamente anunciada sobre produtos brasileiros — beneficiando especialmente companhias impactadas pelas tarifas. O dia também foi marcado por decisões de juros no Brasil e nos EUA, ambas em linha com o esperado. O Copom manteve a taxa Selic em 15,00%, enquanto o FOMC manteve os juros entre 4,25% e 4,50%.
A Embraer (EMBR3, +10,9%) liderou os ganhos, já que a companhia estava entre as mais afetadas pelas tarifas e a lista de isenções inclui aeronaves civis. Na ponta oposta, RD Saúde (RADL3, -2,2%) seguiu em tendência de queda, acumulando baixa de 10,4% em julho.
Nesta quinta-feira, os destaques da temporada de resultados do 2T25 incluem CSN Mineração, Gerdau, Irani, Marcopolo, Mercado Livre e Vale. No cenário internacional, os holofotes se voltam para os balanços de Amazon, Apple e Exelon.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura da curva. Nos EUA, os juros futuros subiram após o PIB do segundo trimestre crescer 3%, acima da projeção do mercado de 2,3%. A decisão de política monetária do Fed veio acompanhada de um discurso firme de Jerome Powell, que destacou a força do mercado de trabalho e indicou que a atividade econômica ainda não está sendo contida pela política monetária mais restritiva. No Brasil, os juros acompanharam a alta dos títulos soberanos e refletiram a cautela dos investidores diante da possível imposição de tarifas nesta sexta-feira, o que aumentou a incerteza e pressionou a curva de juros local. Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,92% (+0,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,23% (+7,4bps); DI jan/29 em 13,42% (+4,7bps); DI jan/31 em 13,64% (+2,9bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros de ações nos EUA sobem (S&P 500: +0,9%; Nasdaq 100: +1,3%) impulsionados pelos resultados de Microsoft e Meta divulgados ontem após o fechamento do mercado. As duas gigantes do setor tecnológico avançam cerca de 8% e 12% no pré-mercado, respectivamente, após resultados acima do esperado. Microsoft destacou o forte desempenho da Azure, com receita anual acima de US$ 75 bi, enquanto a Meta surpreendeu positivamente nas projeções para o 3T. Hoje, Amazon e Apple divulgam seus números após o fechamento.
Na Europa, os mercados operam em leve alta (Stoxx 600: +0,1%) com foco nos balanços e nos dados de inflação regional. Shell, AB InBev, Sanofi, Credit Agricole, Renault e outras empresas divulgaram resultados nesta manhã. AB InBev subiu após lucro acima do esperado, com destaque para a recuperação das vendas nos EUA. A Shell também superou estimativas, apesar da queda anual nos lucros.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -1,8%; HSI: -1,6%). A pressão veio da falta de estímulos adicionais e da preocupação com o impacto das tarifas anunciadas pelos EUA sobre importações da região, incluindo penalidades específicas contra Coreia do Sul e Índia. O sentimento também foi afetado pela ausência de sinalizações claras de política monetária por parte do Banco do Japão.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a quarta-feira em queda de 0,19%, registrando a terceira desvalorização consecutiva. Os FIIs de Tijolo foram o destaque negativo da sessão, com recuo médio de 0,30%, enquanto os FIIs de Papel apresentaram desempenho praticamente estável, com variação média de 0,02%. As maiores altas do dia foram BTAL11 (2,6%), RBRX11 (1,7%) e BRCR11 (1,6%), enquanto as principais quedas ficaram com TRBL11 (-4,6%), HGRE11 (-2,7%) e PMLL11 (-2,3%).
Economia
Nos Estados Unidos, o relatório do ADP mostrou a criação de 104 mil vagas de emprego no setor privado, em linha com o esperado, mostrando resiliência do mercado de trabalho. Finalmente, o governo norte-americano confirmou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, mas apresentou uma lista de exceções que representa em torno de 33,5% do total de produtos exportados pelo Brasil. Espera-se que as tarifas mais elevadas reduzam as exportações em R$ 4 bilhões, afetem o crescimento do PIB em 0,15 p.p. e tenham impacto modesto e temporário sobre a inflação.
No Brasil, o Copom manteve as taxas de juros em 15%, conforme amplamente esperado, e trouxe um comunicado pós-reunião com poucas mudanças em relação ao anterior, evitando qualquer mensagem considerada dovish. Nossa avaliação é que a Selic deve ser mantida no atual patamar até o final do ano. O governo central registrou déficit de R$ 44,3 bilhões em junho, um pouco abaixo do esperado pelo mercado. O resultado foi puxado pelo forte aumento de despesas previdenciárias. Apesar disso, vemos o governo cumprindo a meta deste ano, mas haverá necessidade de um bloqueio adicional de R$ 5 bilhões para cumprir o limite de despesas.
Na agenda do dia, destaque para a divulgação do deflator dos gastos de consumo pessoal (PCE) nos Estados Unidos, indicador mais acompanhado pelo Fed. A expectativa é de alta de 2,5% para o indicador cheio e de 2,7% para o núcleo. Também haverá a divulgação dos dados semanais de pedidos de auxílio desemprego. No Brasil, teremos a divulgação do resultado do setor público de junho, com expectativa de déficit de R$ 43,1 bilhões, e dos dados de mercado de trabalho da Pnad contínua, que deve mostrar desemprego em 6,0%.
Veja todos os detalhes
Economia
Taxas de juros inalteradas no Brasil e nos EUA
- O Federal Reserve manteve as taxas de juros de referência estáveis na faixa de 4,25% a 4,50% pela quinta reunião consecutiva na quarta-feira, na primeira decisão dividida (9-2) desde 1993. No comunicado pós-reunião, o Fed afirmou que “a taxa de desemprego permanece baixa e as condições do mercado de trabalho continuam sólidas. A inflação permanece um pouco elevada”. O presidente do Fed, Jerome Powell, foi cauteloso em manter suas opções em aberto sobre a política monetária. “Não tomamos nenhuma decisão sobre setembro” e temos tempo para analisar uma ampla gama de dados antes da próxima reunião do banco central, em meados de setembro, disse ele em uma coletiva de imprensa após o término da reunião. Powell observou que a política monetária atual está adequadamente definida em níveis “moderadamente restritivos”, já que alguns riscos prospectivos aumentaram;
- O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 3,0% no período de abril a junho, após uma contração de 0,5% no primeiro trimestre. O resultado ficou acima das previsões dos economistas, que apontavam para uma expansão de 2,5%. O aumento do PIB refletiu principalmente uma queda nas importações, que são subtraídas no cálculo do indicador. Os gastos do consumidor também impulsionaram o PIB, subindo 1,4%, ante 0,5% no trimestre anterior, mas ainda ligeiramente abaixo das previsões de 1,5%. Enquanto isso, o índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE), um indicador da inflação, desacelerou de 3,7% para 2,1%. Excluindo alimentos e energia, o índice PCE aumentou 2,5%, em comparação com um salto anterior de 3,5;
- Os empregadores privados dos EUA criaram 104.000 empregos este mês, revertendo uma queda de 23.000 em junho, graças a um ressurgimento nas contratações no setor de serviços, de acordo com dados da processadora de folhas de pagamento ADP divulgados na quarta-feira. Dados separados no início desta semana sugeriram que, embora as vagas de emprego, um indicador da demanda, possam estar esfriando, as demissões permaneceram moderadas e os americanos parecem menos dispostos a deixar seus empregos atuais para buscar novas oportunidades;
- O governo dos EUA confirmou hoje, por meio de um decreto, a imposição de tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, com efeito em sete dias. No entanto, uma lista relativamente longa de exceções foi apresentada. De acordo com nossas estimativas, essas exceções representam cerca de 35% do total das exportações do Brasil para os EUA (com base nos valores em dólares americanos). O impacto direto da medida recairá sobre a conta de exportações – estimamos uma queda de US$ 4,0 bilhões este ano. Nossas estimativas também indicam uma redução de 0,15 pb em 2025 e um efeito moderado e temporário sobre a inflação. Por fim, não podemos descartar negociações comerciais entre os governos brasileiro e americano nos próximos dias, uma vez que as tarifas de 50% não foram anunciadas com efeito imediato.
- O Copom manteve a taxa Selic em 15,00%, como amplamente esperado. O comunicado pós-reunião foi muito semelhante ao anterior. O documento mencionou alguns avanços no arrefecimento da atividade econômica, mas reforçou que o mercado de trabalho continua apertado e a inflação acima da meta. O comitê repetiu que o plano é manter a atual postura restritiva da política monetária por um “período muito prolongado”. Em nossa opinião, o Copom tentou evitar qualquer elemento dovish na comunicação. Prevemos uma melhora adicional na dinâmica da inflação ao consumidor no segundo semestre, especialmente considerando a deflação significativa no atacado. Antecipamos um ciclo de flexibilização monetária a partir de janeiro, com a taxa Selic atingindo 12,50% após cinco cortes consecutivos de 50 pontos-base;
- O governo central registrou um déficit primário de R$ 44,3 bilhões em junho, abaixo do consenso do mercado e da nossa previsão (ambos de um déficit de R$ 41,1 bilhões). No acumulado do ano, o governo central registra um déficit de R$ 11,5 bilhões. A receita líquida cresceu 2,1% em termos reais, enquanto as despesas totais aumentaram 1,6%. O déficit de junho foi impulsionado por maiores despesas, especialmente com benefícios da previdência social. Nossa previsão continua sendo um déficit de R$ 69,0 bilhões neste ano, ou R$ 23,7 bilhões excluindo os precatórios fora do limite. Continuamos a ver a necessidade de um bloqueio adicional de R$ 5 bilhões para cumprir o limite de despesas;
- Na agenda econômica desta quinta-feira, esperamos a divulgação do deflator do consumo pessoal (PCE deflator) de junho nos EUA, com o consenso indicando um aumento anualizado de 2,5% para o indicador completo e 2,7% para o indicador básico, além dos dados de pedidos de seguro-desemprego (consenso de 224.000). No Brasil, teremos os resultados do setor público de junho, nos quais esperamos um déficit de R$ 43,1 bilhões, e os dados do mercado de trabalho, com o desemprego previsto para atingir 6,0% no final do trimestre encerrado em junho.
Empresas
Jalles (JALL3) | Um início de safra lento; prévia de resultados do 1Q26
- Projetamos que a Jalles reporte um desempenho fraco no 1T26, principalmente devido a resultados operacionais piores do que o esperado e a um ritmo mais lento de comercialização.
- Embora o EBITDA ajustado deva crescer +12% A/A (BRL244 mn) — apoiado por maiores volumes e preços do etanol —, a margem EBITDA ajustada provavelmente cairá para 55,1% (-571 bps A/A).
- Essa compressão de margem decorre da menor moagem de cana-de-açúcar, resultando em menor diluição de custos, além da queda nos preços do açúcar A/A. Por fim, estimamos que o resultado líquido também será negativamente impactado por maiores despesas financeiras, decorrentes do aumento da alavancagem, levando a um prejuízo estimado de BRL 50mn.
- Diante do cenário desafiador no setor de açúcar e etanol e da ausência de catalisadores relevantes no curto prazo, mantemos uma postura cautelosa em relação à tese de investimento.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Santander (SANB11): Eficiência sustenta ROE acima do custo do capital, apesar dos ventos contrários
- O Santander reportou lucro líquido de R$ 3,7 bilhões no 2T25, queda de 5,2% T/T e alta de 9,8% A/A, em linha com nossas estimativas:
- O ROE interrompeu sua trajetória de recuperação, caindo para 16,4% (-110 pontos base T/T), refletindo uma combinação de menor margem financeira e maiores custos de crédito;
- Observamos uma menor alíquota efetiva de imposto de 10% (contra 17% no 1T), o que contribuiu para o lucro líquido;
- A margem de clientes permaneceu sólida (+1,9% T/T), apoiada por spreads maiores e maior disciplina comercial;
- Por outro lado, a margem de mercado voltou a ficar negativa (–R$ 730 milhões), impactada pelo ambiente de taxa de juros e resultados mais fracos da tesouraria;
- A linha de provisões voltou a subir (+7,4% T/T), impulsionada pela deterioração do cenário macroeconômico e ainda refletindo a nova metodologia regulatória (Resolução 4.966).
- Apesar desse ambiente mais desafiador, o banco mostrou disciplina no controle de custos, reduzindo despesas e melhorando ainda mais seu índice de eficiência;
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Raízen (RAIZ4) | Navegando em águas turbulentas; prévia de resultados do 1Q26; atualizando estimativas e TP
- Estamos publicando nossa prévia dos resultados do 1T26, atualizando nossas estimativas e ajustando nosso preço-alvo baseado em DCF para mar/26 para BRL 2,4/ação (ante BRL 4,4/ação).
- Antecipamos um trimestre fraco, com Sugar & Ethanol e Argentina Mobility como principais fatores negativos. Esses impactos devem ser parcialmente compensados pelo desempenho sólido da Brazil Mobility, que esperamos entregar a margem mais atrativa entre os pares listados. Nosso modelo revisado incorpora os recentes desinvestimentos de ativos da Companhia, o guidance atualizado e volumes de negociação menores.
- Continuamos vendo pressão nas finanças, projetando cash burn nos próximos dois anos — uma dinâmica que acreditamos pesará no desempenho da ação. Enquanto o rearranjo do portfólio continua, preferimos aguardar maior visibilidade antes de considerar possíveis vendas futuras de ativos, mantendo assim uma postura cautelosa sobre o papel.
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Marfrig (MRFG3) | Destacando-se entre os pares; prévia dos resultados do 2T25
- Projetamos que a Marfrig reporte um trimestre fraco, embora os resultados devam superar os peers.
- Na National Beef, esperamos melhora sequencial da margem, apesar do início lento do trimestre, impulsionado pela temporada de churrasco atrasada.
- Na América do Sul, prevemos compressão sequencial da margem, pois acreditamos que a Companhia priorizou operações intercompanhias durante o período.
- Ainda assim, as margens devem permanecer sólidas — em território de dois dígitos — e acima dos pares listados. No total, projetamos receita líquida standalone de BRL 22,5bn (+14% A/A, -2% T/T) e adj. EBITDA de BRL 538mn (-34% A/A, +10% T/T). Incluindo os resultados da BRF, estimamos EBITDA ajustado consolidado de BRL 2,9bn (-17% A/A, -12% T/T).
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Ecorodovias (ECOR3) – 2T25: Desempenho positivo contínuo nas rodovias; EBITDA em linha (+2% vs. XPe)
- A Ecorodovias reportou resultados positivos, com EBITDA ajustado de R$1,4 bilhão (+19% ano a ano; +6% ano a ano em base comparável*; +2% em relação à estimativa XPe);
- Destacamos:
- Receita sólida e comparável* nas rodovias pedagiadas (+6,1% ano a ano), impulsionada por (a) tráfego forte e contínuo (+3,3% ano a ano) tanto de veículos pesados quanto leves, e (b) reajustes tarifários (+1,9% ano a ano);
- Margem EBITDA positiva nas rodovias (+0,8 p.p. ano a ano), devido a maior alavancagem operacional e menor provisão para contingências;
- Alavancagem em 3,9x dívida líquida/EBITDA (estável trimestre a trimestre), já que o crescimento contínuo do EBITDA compensou o consumo de caixa;
- Reiteramos nossa recomendação de Compra;
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Isa Energia (ISAE4): Resultado do 2T25
- Os resultados do 2T25 da ISA Energia vieram abaixo das nossas estimativas, com um EBITDA ajustado de R$ 790 milhões (vs. XPe de R$ 886 milhões), principalmente devido à parcela de ajuste (PA) na linha de receita, relacionada ao reperfilamento da RBSE. Excluindo esse efeito, o desempenho operacional ficou em linha com nossas expectativas;
- Por outro lado, as despesas financeiras líquidas vieram melhores do que o esperado, resultando em um lucro líquido de R$ 256 milhões no período (vs. XPe de R$ 287 milhões);
- Além disso, a dívida líquida aumentou na comparação trimestral (3,4x dívida líquida/EBITDA, vs. 3,2x no 1T25), refletindo a emissão de debêntures e um forte comprometimento com capex;
- Temos uma visão neutra sobre os resultados do 2T25 da ISA Energia e mantemos nossa recomendação Neutra para ISAE4, com preço-alvo de R$ 24/ação;
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Santander (SANB11): Destaques da Teleconferência – 2T25
- Hoje, o Santander realizou sua teleconferência de resultados do 2T25:
- A diretoria do banco reiterou sua ambição de atingir um ROE de 20% nos próximos anos, mesmo com a Selic em patamar elevado;
- A estratégia combina eficiência operacional, evolução no mix de funding e crédito, maior principalidade e expansão de receitas de serviços;
- A qualidade dos ativos foi tema relevante, com comentários sobre deterioração concentrada em empresas e agro, além de reforço da abordagem prudente;
- A alocação de capital segue disciplinada, com crescimento prioritário em segmentos como PMEs e a financeira, enquanto linhas menos rentáveis seguem em retração;
- O banco destacou avanços na monetização de comissões e a aceleração de write-offs como alavancas adicionais de produtividade.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Intelbras (INTB3): Mudança de tom – Estratégia centrada em ROIC sinaliza caminho de crescimento mais disciplinado
- A Intelbras acabou de concluir sua teleconferência do 2T25, que marcou uma mudança clara no tom da empresa:
- Embora o crescimento continue fazendo parte da narrativa, a nova liderança sob Henrique Fernandez está direcionando a companhia para uma abordagem mais pragmática, focada em simplificação, disciplina e ROIC;
- A criação da Vice-Presidência de Mercado e Jornada do Cliente, ajustes organizacionais e decisões de portfólio reforçam essa mudança;
- Segundo o CEO, a empresa está agora mais seletiva na alocação de recursos, disposta a recusar oportunidades que não ofereçam retornos adequados;
- Essa postura pode desacelerar a expansão da receita no curto prazo, mas sinaliza uma agenda de valor mais sustentável;
- A cultura de ROIC está se tornando central nas decisões operacionais e estratégicas.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
TIM (TIMS3): Resultados em linha, com expansão contínua da margem EBITDA e forte geração de caixa
- A TIM reportou resultados em linha com nossas estimativas para o 2T25:
- A Receita de Serviços totalizou R$ 6,4 bilhões (+5,1% A/A), impulsionada principalmente pelo desempenho contínuo e forte da receita de serviços móveis (+5,6% A/A), suportada pelo crescimento do pós-pago (+10,7% A/A);
- O EBITDA normalizado atingiu R$ 3,35 bilhões (+6,3% A/A, em linha com a expectativa da XP), com margem de 50,8%;
- O lucro líquido alcançou R$ 976 milhões (+25% A/A), 9% acima da nossa projeção, explicado principalmente pelo ganho de R$ 73 milhões no valuation do Fundo 5G;
- O OpCF avançou 19% A/A, sustentado pelo crescimento do EBITDA menos Capex e um capital de giro estável.
- Mantemos a recomendação Neutra e o preço-alvo de R$ 21 por ação;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Bradesco (BBDC4): Progredindo na recuperação com otimismo cauteloso
- O Bradesco reportou resultados sólidos no 2T25, ligeiramente acima das expectativas, com lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões (+3,5% T/T; +28,6% A/A) e ROAE de 14,6% (vs. 13,8% esperado pela XP):
- O principal destaque foi o NII clientes, que atingiu R$ 17,8 bilhões (+5,9% T/T; +16,4% A/A), impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, melhora no mix e captação mais eficiente;
- As receitas de tarifas e seguros também surpreenderam positivamente, levando o banco a revisar seu guidance para cima para ambas as linhas;
- A inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 4,1%, enquanto as provisões expandidas totalizaram R$ 8,1 bilhões (vs. R$ 7,8 bilhões esperado pela XP), elevando o custo do crédito para 3,2% (vs. 3,0% no 1T25) — movimento esperado diante da retomada do crédito para o segmento massificado;
- O banco está avançando de forma coordenada em seu plano de recuperação, com margens ajustadas ao risco ganhando tração e a rentabilidade se consolidando;
- Após os sinais do 1S25, está claro que o Bradesco está no caminho certo;
- A questão que permanece, no entanto, é se o banco conseguirá manter esse ritmo em um cenário macroeconômico desafiador.
- Apesar do momentum positivo recente — especialmente nos últimos dois trimestres — reafirmamos nossa recomendação Neutra, pois acreditamos que o caminho da recuperação dificilmente será linear e ainda requer cautela;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
AmBev (ABEV3) | Primeiro a ajustar preços; trimestre impactado pelo clima; revisão dos Resultados do 2T25
- A AmBev reportou um trimestre difícil de interpretar, com volumes impactados por condições climáticas adversas e/ou setores mais fracos, além de custos crescentes e aumentos de preços generalizados: Receita Líquida de BRL 20.090mn (+0,2% A/A, mas -8,3% vs XPe) e adj. EBITDA de BRL 6.153mn (+5,9% A/A e em linha vs XPe).
- O EPS ficou abaixo do consenso, mas melhor que o XPe devido a um efeito fiscal pontual. A pressão crescente nos custos deve impactar os pares de forma duradoura, já que a AmBev foi a primeira a ajustar preços e parece estar melhor posicionada para o 2H25. Se não fosse pelo clima frio, as vendas de cerveja poderiam ter sido melhores, apesar do aumento de preços, especialmente no Brasil (junho representou 60% da queda no volume do 2T).
- A Companhia anunciou dividendos intermediários de BRL 2bn, igual ao 1T, que, se recorrentes e sem surpresas no 4T, são pouco atrativos. Esperamos desempenho negativo na sessão de hoje, mas a teleconferência pode influenciar significativamente as expectativas do mercado para o 2H25.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Bens de Capital: Isenção Concedida; Exportações relacionadas a aeronaves do Brasil para os EUA voltaram para tarifas de 10%
- Esta semana, discutimos as implicações do anúncio da lista de isenção tarifária dos EUA para exportações do Brasil, com isenções para aeronaves civis gerando uma leitura positiva para a Embraer.
- Destacamos ainda:
- (i) a inadimplência do crédito rural permanece em patamares recordes (em 3,5% em Jun’25 contra média de 1,8% desde 2011), enquanto o saldo total do crédito rural diminuindo, segundo o Bacen;
- (ii) as vendas de veículos pesados na Europa permanecem sob pressão (-14% A/A no 2T25), relativamente mais lentas do que as vendas de veículos leves (-5% A/A no 2T25);
- (iii) a potencial compra de jatos da Embraer pela LATAM em meio aos esforços de expansão da frota, conforme divulgado em seu release de resultados do 2T25;
- (iv) Portugal aprovou a aquisição de sua sexta aeronave Embraer KC-390; e
- (v) a mobilização em andamento da Anfavea e da BYD antes da decisão da Camex de reduzir os impostos de importação para kits SKD e CKD para veículos híbridos e elétricos.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- US Treasury to sell more short-term debt in continuation of Biden-era policy (Financial Times);
- Aportes em distribuição de energia somam R$ 235,7 bilhões (Valor Econômico);
- Hapvida anuncia plano de R$ 380 milhões para construção e requalificação de unidades no Rio (Valor Econômico);
- Moody’s Local Brasil rebaixa e subsequentemente retirará o rating da Oceânica (Moody´s Local);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Momento favorece investimentos em FIIs de shoppings, afirmam analistas (Valor);
- FIIs se recuperam e agora atraem capital estrangeiro (Valor);
- LCI, CRI e FII avançam no funding imobiliário, enquanto poupança estaciona (InfoMoney);
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XP Global REITs & FIIs Summit | Rumo à Internacionalização dos Fundos Imobiliários
- Na última semana, a XP promoveu o evento XP Global REITs & FIIs Summit, reunindo gestores de FIIs e executivos das principais entidades internacionais de REITs, com o objetivo de aproximar o mercado brasileiro dos grandes players globais;
- O Brasil é o 6º maior mercado de REITs no mundo (excluindo os EUA), superando Canadá, Espanha e México, mas ainda conta com baixa participação de investidores institucionais e estrangeiros. Embora a presença internacional nos FIIs tenha crescido de 0,28% em 2018 para 17,4% em 2025, ainda está longe do potencial, especialmente se comparada ao mercado acionário, que possui mais de 60% de participação estrangeira;
- Os REITs vêm ganhando espaço nos portfólios globais por oferecerem liquidez, diversificação setorial e geográfica, transparência e acesso a setores inovadores. No Brasil, avanços recentes incluem empréstimo de cotas, ETF de FIIs, derivativos, block trade, recompra de cotas e inclusão em índices globais;
- Para atrair mais capital estrangeiro, os principais desafios dos FIIs são o ganho de escala (via consolidações) e maior estabilidade macroeconômica, com redução do risco fiscal, da volatilidade cambial e dos juros. Apesar desses obstáculos, saímos do evento confiantes de que a indústria avança rumo à maior institucionalização e internacionalização. Acreditamos também que a inclusão gradual dos FIIs em índices internacionais será um divisor de águas, promovendo maior liquidez, governança e diversificação da base de investidores;
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ESG
Governo altera regras na tributação de veículos elétricos e híbridos importados | Café com ESG, 31/07
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,0% e 1,1%, respectivamente;
No Brasil, (i) o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior aprovou ontem a ampliação da cota de veículos elétricos que podem ser importados desmontados com alíquota zero para US$ 463 milhões, com prazo de 6 meses, atendendo a um pleito da fabricante chinesa BYD – por outro lado, o governo também anunciou a antecipação da alíquota cheia de 35% para a importação dos veículos desmontados para janeiro de 2027 (vs. julho de 2028 anteriormente); e (ii) o Ibama aprovou ontem as seis embarcações propostas pela Petrobras para fazerem parte do Plano de Emergência Individual (PEI) da perfuração marítima do bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas – a petroleira ainda aguarda a licença ambiental, emitida pelo instituto, para começar a fase exploratória do bloco e perfurar um poço em águas profunda;
No internacional, o Google investirá US$ 6 bilhões para desenvolver um data center de 1 gigawatt e sua infraestrutura de energia no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia – a ser construído na cidade portuária de Visakhapatnam, o investimento no data center inclui US$ 2 bilhões em capacidade de energia renovável que será usada para alimentar as instalações; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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