IBOVESPA -0,1% | 105.529 Pontos
CÂMBIO -0,1% | 5,53/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
As atenções estão voltadas para a temporada de resultados do quarto trimestre de 2021 dos EUA, que começa oficialmente hoje com os grandes bancos americanos divulgando seus balanços. Na agenda econômica, teremos os dados das vendas no varejo americano em dezembro.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão da quinta-feira (12) em ligeira queda de -0,15% aos 105.529 pontos, enquanto o dólar caiu -0,1% e cotado a R$ 5,53. No mercado de juros, os juros futuros de médio e longo prazos fecharam o dia em queda e os curtos em leve alta. A dinâmica ocorreu principalmente pelo sentimento em relação ao exterior, com correção de excessos na percepção sobre a atuação do Fed que favoreceu ativos emergentes. Internamente, o dado do volume de serviços em novembro bem acima do esperado segurou as taxas curtas, embora não tenha alterado substancialmente a expectativa de fraqueza de atividade econômica. DI jan/23 fechou em 11,94%; DI jan/24 foi para 11,57%; DI jan/26 encerrou em 11,115%; e DI jan/28 fechou em 11,18%.
Mundo
Mercados globais amanhecem mistos (EUA +0,2% e Europa -0,5%) após forte queda das ações de tecnologia nesta quinta-feira (Nasdaq-100 -2,5%), colocando os índices americanos novamente em território negativo na semana. O período de maior volatilidade apresentado pelos índices sucede a divulgação da ata do Federal Reserve, que por sua vez revelou uma postura mais dura contra a inflação, sinalizando uma subida nas taxas de juros já em 2022 e uma potencial redução do volume do seu balanço. Ainda nos EUA, hoje começará oficialmente a temporada de resultados: Citigroup, J.P. Morgan e Wells Fargo divulgarão seus balanços antes da abertura do mercado. Na China, o CSI 300 (-0,8%) encerra em baixa após a divulgação dos dados da balança comercial, que indicaram uma desaceleração no volume de exportações em dezembro (20,9% vs. 22% do mês anterior). No campo das commodities, o petróleo (+1,1%) amanhece em alta, enquanto o gás natural (-2,9%) segue em campo negativo.
Pressão de servidores públicos
No Brasil, a pressão de servidores públicos por aumentos de salários continua. Representantes de servidores da Receita Federal se reuniram ontem com o ministro Paulo Guedes, e disseram que o encontro foi “frustrante”. A pressão começou quando o governo levou ao Congresso a proposta de Orçamento com reajustes salariais apenas para as forças policiais. Vemos isso como um risco fiscal importante para este ano, já que não há espaço dentro do teto constitucional de gastos para um aumento horizontal dos salários de todas as carreiras dos servidores.
Resultado do setor de serviços
Do lado positivo, o resultado do setor de serviços de novembro surpreendeu positivamente. A receita real do setor de serviços cresceu 2,4% na comparação mensal em novembro, uma grande surpresa positiva tanto para nossa expectativa (0,1%) quanto para o consenso de mercado (0,2%). Dessa forma, reduziram as chances do crescimento do PIB ter sido negativo no último trimestre do ano passado.
Veja todos os detalhes
Economia
Membros do Fed reforçam o cenário de alta de juros no curto prazo. No Brasil, a pressão de servidores públicos por aumentos de salários continua
- Autoridades do Fed reforçaram ontem que o banco central dos EUA deve mesmo começar a aumentar as taxas de juros este ano. Lael Brainard, que faz parte do board do Fed, disse que o processo pode começar já em março para garantir que a inflação recue das atuais máximas de quatro décadas. Outros membros do comitê de política monetária deram um sinal semelhante. A volatilidade dos mercados de ações e títulos aumentou substancialmente desde que o Fed reconheceu a necessidade de taxas mais elevadas;
- Na frente de dados, a inflação Índice de Preços ao Produtor dos EUA (PPI) saiu abaixo das expectativas ontem, 0,2% (esperado 0.4%) indicando que as pressões inflacionárias globais podem estar começando a diminuir. Os preços do petróleo chegando a 85 dólares por barril novamente esta manhã, no entanto, sugerem que é muito cedo para fazer essa chamada. Hoje, o destaque nos EUA são as vendas no varejo de dezembro;
- No Brasil, os sindicatos dos servidores públicos aumentam a pressão por salários mais altos. Representantes de servidores da Receita Federal se reuniram ontem com o ministro Paulo Guedes, e disseram que o encontro foi “frustrante”. A pressão começou quando o governo levou ao Congresso a proposta de Orçamento com reajustes salariais apenas para as forças policiais. Vemos isso como um risco fiscal importante para este ano, já que não há espaço dentro do teto constitucional de gastos para um aumento horizontal dos salários de todas as carreiras dos servidores;
- O ministro Paulo Guedes disse que o governo pode aceitar um programa de renúncia de dívidas tributárias para empresas (Refis) se o Congresso aprovar a proposta de reforma do imposto de renda que o governo enviou ao Congresso no ano passado. O projeto de lei aumenta os impostos sobre dividendos e sobre alguns produtos do mercado financeiro;
- A receita real do setor de serviços cresceu 2,4% mês/mês em novembro, uma grande surpresa positiva tanto para nossa expectativa (0,1%) quanto para o consenso de mercado (0,2%). A atividade de serviços avançou 10,0% em relação a novembro de 2020 (previsão XP: 7,0%; consenso 6,9%). Assim, o efeito do carrego estatístico para o crescimento do setor terciário no 4T melhorou para -0,3% de -1,7%, reduzindo a chance do crescimento do PIB total ter sido negativo no último trimestre do ano passado.
Empresas
CYRELA (CYRE3): Dados operacionais resilientes no 4T21
- A Cyrela publicou dados de operacionais resilientes, impulsionados por lançamentos sólidos, alcançando R$ 2,55 bilhões (- 11,1% A/A e +16 T/T) no 4T21, totalizando R$ 7,10 bilhões em 2021 vs. R$ 5,84 bilhões em 2020 (+21,6% A/A);
- Como resultado, as vendas líquidas caíram (-15,4% YoY e +15,3% QoQ), atingindo R$ 1,57 bilhão no 4T21, totalizando R$ 5,53 bilhões em 2021 vs. R$ 4,93 bilhões em 2020 (+12,2% A/A), levando a uma VSO saudável no trimestre, atingindo 44,0% no 4T21 vs. 49,6% no 3T21 (últimos 12M). Além disso, as vendas de lançamentos e estoque representaram 51% e 49% das vendas totais, respectivamente. Assim, refletindo a demanda sólida no segmento de média a alta renda e para os produtos da Cyrela, apesar das preocupações com a perspectiva da taxa de juros do financiamento imobiliário;
- Assim, reiteramos nossa visão positiva sobre CYRE3 negociando a 0,9x P/VP, que vemos como atraente.
Brisanet (BRIT3): Desaceleração à frente
- Nessa quarta feira (12) a Brisanet reportou resultados operacionais referentes a dezembro abaixo do esperado, sinalizando um quarto trimestre de menor crescimento. Com isso, estamos atualizando nossos números para incorporar dados operacionais mais fracos e estamos mais cautelosos com as entregas futuras da companhia. Por ora, mantemos nossa recomendação de compra e reduzimos nosso preço alvo para R$ 10,0 (de: R$ 17,0);
- Após o IPO da Brisanet realizado em jul/21 as ações da Brisanet já acumulam desvalorização de 71%. No seu core business de FTTH, a companhia desacelerou o crescimento previsto no seu plano, refletindo, principalmente, um ambiente macroeconômico mais desafiador. Segundo dados operacionais reportados pela Brisanet, a companhia encerrou o ano com 843,3 mil clientes, 6% abaixo em relação aos nossos números refletindo adições líquidas 20% menores no ano. Após a revisão de nossos números para 2022 adiante, ainda enxergamos a Brisanet negociando a múltiplos atrativos (4,7x EV/EBITDA em 2022), mas entendemos que a desaceleração no ritmo de crescimento e a elevação dos investimentos para implementação do 5G, aumentaram o risco do case principalmente a partir de 2023. Nossas estimativas ainda não foram atualizadas para incorporar o plano de negócio da Brisanet na telefonia móvel;
- A Brisanet opera em cidades de menor renda per capita no Nordeste e atende clientes de todas as classes sociais, incluindo clientes das classes C, D e E cujo poder de compra tem sido mais impactado por conta da inflação. O ambiente competitivo mais agressivo também tem impactado o ritmo de crescimento da Brisanet. As micro ISPs estão baixando o ticket para diminuir o churn de clientes. Historicamente quando a Brisanet entra nas periferias das capitais, o cliente reconhecia a proposta de valor diferenciada da Brisanet e aceitava migrar para um provedor de melhor qualidade pagando mais, hoje essa sensibilidade preço/demanda é mais evidente dado o cenário macroeconômico mais desafiador. Essa nova conjuntura, além de impactar o ritmo de expansão, também deverá comprometer o repasse da inflação no preço aos seus consumidores, além de um aumento no churn;
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Lavvi (LAVV3): Dados operacionais em linha com nossas estimativas no 4T21
- A Lavvi publicou dados operacionais neutros, explicados por lançamentos de R$ 211 milhões no 4T21 vs. R$331 milhões no 3T21, acumulando R$ 1,2 bilhão em 2021 (+151% YoY) e em linha com nossas estimativas. Esse volume foi composto por um projeto lançado (Grand Vitrali);
- A venda líquida chegou a R$ 155 milhões no 4T21 (vs. R$ 192 milhões no 3T21), totalizando R$ 942 milhões em 2021 vs. R$ 428 milhões em 2020 (+120%), levando a uma VSO saudável de 22% no 4T21 vs. 27% no 3T21, apesar do cenário macro desafiador. Além disso, o recente lançamento do projeto Grand Vitrali já foi 46% vendido no trimestre, o que vemos como indicativo para a demanda sólida no segmento de alta renda;
- Portanto, reiteramos nossa visão positiva sobre o LAVV3, negociado a 0,8x P/VP, que vemos como atrativo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Farmácias registram expansão nas vendas de máscaras com avanço da ômicron. (Valor);
- Faturamento do e-commerce brasileiro avança quase 80% em 2021 (Mercado e Consumo);
- Clique aqui para acessar o relatório
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Minerva começa a estudar mudança de sede — Nasdaq no radar (Pipeline Valor);
- Na Ambev, 20% da receita vem de inovação (Valor);
- Camil fecha trimestre com aumento de receita e lucro 7% menor (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Cade autoriza compra da participação da Petrobras no polo Carmópolis pela Carmo Energy. (Valor Econômico)
- MME e Cepel estudam locais para novas usinas nucleares. (Canal Energia);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Delta e TSMC reportam resultados
- Resultados da Delta e TSMC;
- Chips proprietários da Microsoft;
- Coinbase planeja entrar no mercado de derivativos das criptomoedas;
- Empresas globais de energia solar negociam com desconto em relação aos pares americanos;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Nova pesquisa da Anbima mostra que as gestoras se preocupam principalmente com o pilar G | Café com ESG, 14/01
- O mercado fechou o pregão desta quinta-feira de lado, com o Ibov e o ISE em leve queda de -0,1% e -0,3%, respectivamente;
- No Brasil, um estudo realizado pela Anbima com 209 gestoras mostra que essas instituições dão muita atenção à transparência e à ética das empresas em que investem, ambos fatores que ficam debaixo do guarda-chuva de governança corporativa no ESG, com 92% das gestoras respondentes citando estes fatores;
- No internacional, (i) uma autoridade monetária do Banco da Inglaterra disse que precificar as emissões de carbono pode estimular o investimento e alimentar uma melhoria estrutural na produtividade, que daria um choque positivo ao crescimento; e (ii) o conselho da Microsoft anunciou ontem que irá revisar a eficácia de suas políticas e práticas de assédio sexual e discriminação de gênero em resposta a uma proposta de acionistas aprovada em sua última reunião anual;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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