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TSMC e Delta reportam resultados – 🌎RADAR GLOBAL

Resultados da Delta e TSMC, chips proprietários da Microsoft, derivativos da Coinbase.

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MACRO

Mercados globais amanhecem mistos (EUA +0,1% e Europa -0,7%) após forte queda das ações de tecnologia nesta quinta-feira (Nasdaq-100 -2,5%), colocando os índices americanos novamente em território negativo na semana. O período de maior volatilidade apresentado pelos índices sucede a divulgação da ata do Federal Reserve, que por sua vez revelou uma postura mais dura contra a inflação, sinalizando uma subida nas taxas de juros já em 2022 e uma potencial redução do volume do seu balanço. Ainda nos EUA, hoje começará oficialmente a temporada de resultados: Citigroup, J.P. Morgan e Wells Fargo divulgarão seus balanços antes da abertura do mercado. Na China, o CSI 300 (-0,8%) encerra em baixa após a divulgação dos dados da balança comercial, que indicaram uma desaceleração no volume de exportações em dezembro (20,9% vs. 22% do mês anterior). No campo das commodities, o petróleo (+0,9%) amanhece em alta, enquanto o gás natural (-2,9%) segue em campo negativo.

Coronavírus: A nova variante Ômicron é responsável por 98% dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos na primeira semana de janeiro, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Como resultado, o presidente Biden afirmou que irá adquirir 500 milhões de testes rápidos, devido a alta demanda por todo o país. Biden ainda acrescenta que os não vacinados têm 17 vezes mais chance de serem hospitalizados.

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EMPRESAS

TSMC (TSMC34) divulga lucro trimestral recorde: A gigante asiática reportou seus resultados do quarto trimestre de 2021 nessa quinta-feira, com uma receita de NT$ 438,2bi vs. NT$ 436,3bi, em linha com as expectativas do mercado; o lucro líquido foi de NT$ 166,2bi vs. NT$ 161,4bi projetados, uma alta de 16,4% em relação ao mesmo período do ano passado, gerando um lucro por ação foi de NT$ 6,41. O sólido resultado da TSMC foi consequência da forte demanda por seus semicondutores, em todos os segmentos. A empresa anunciou que planeja gastar até US$ 44 bi para aumentar sua capacidade de fabricação em 2022, acima do recorde anterior de US$ 30 bi em 2021. O aumento não é uma surpresa totalmente inesperada, dado o plano anunciado anteriormente da empresa de gastar US$ 100 bi na expansão de sua capacidade de fabricação até 2023, sugerindo que a companhia não espera que a demanda por chips diminua tão cedo. Olhando para o futuro, a empresa agora espera um crescimento de receitas próximo ao patamar de 20% em 2022, entre NT$458,9 e NT$ 475,5, e uma margem bruta em torno de 53%.

Delta (DEAI34) reporta em linha com as expectativas: A companhia aérea reportou seus resultados nessa quinta-feira, com uma receita de US$ 8,4bi, em linha com as expectativas do mercado; o lucro líquido foi de US$ 143,0 milhões vs. US$ 143,7 milhões das projeções, gerando um LPA de US$ 0,2. A receita no quarto trimestre sofreu uma recuperação de 74% em comparação aos níveis pré-pandemia, com as operações rodando apenas em 79% da capacidade da companhia. Olhando para o futuro, o CEO da Delta, Ed Bastian, disse que a operadora espera "um número significativo de lucro para todo o ano de 2022” Bastian ainda destacou que apenas cerca de 1% de dos voos estão sendo impactados pela variante Ômicron, contudo ele também destacou que a pandemia continuará afetando a Delta durante os primeiros dois meses deste ano. A empresa espera que a receita do primeiro trimestre fique 24% a 28% abaixo dos níveis de 2019, mas que suas operações retornem a 83%-85% da capacidade total. Além disso, entre os desafios da empresa e de outras companhias aéreas em 2022 está conseguir aumentar as contratações para atender à demanda de viagens, um desafio no atual mercado de trabalho dos Estados Unidos

Chips da Microsoft? A Microsoft (MSFT34) anunciou a contratação de um dos principais engenheiros de semicondutores da Apple, Mike Filippo, que também já atuou em grandes corporações como Arm e Intel (ITLC34). O objetivo da companhia é acelerar a produção de seus chips proprietários para seus servidores de computação em nuvem do Azure.  Esta tem sido uma tendência do setor, especificamente entre as big techs, que após sentirem a escassez global de semicondutores, agora planejam atuar no desenvolvimento dos seus próprios chips. Os maiores rivais da Microsoft, Google e Amazon, também já possuem projetos nesta frente.

Por outro lado, a Apple já mostra estar adiantada no processo, tendo anunciado em outubro de 2021 seus primeiros chip, M1, de alta performance, passando a substituir os processadores da Intel, e utilizando seus próprios componentes. Assim, os grandes parceiros das companhias como Intel e AMD, podem acabar perdendo espaço no setor devido ao desenvolvimento de tecnologia proprietária das empresas de tecnologia.  

Coinbase (C2OI34) investe em futuros de criptomoedas: A maior plataforma de negociação de criptomoedas dos Estados Unidos, CoinBase, está comprando uma bolsa de futuros de moedas digitais, a FairX. O negócio busca oferecer derivativos de criptomoedas aos traders dos EUA, tornando as transações regulamentadas e acessíveis aos clientes de varejo e institucionais. Em 2021, os investidores passaram a investir fortemente em moedas digitais, levando ao crescimento da negociação de derivativos e gerando oportunidades para as plataformas de futuro e opções. O crescimento é pontuado pela pesquisa da CryptoCompare, em que os volumes de transações de derivativos de criptomoedas alcançaram US$ 3,3 trilhões em novembro de 2021, sendo quase 55% do total do mercado das moedas digitais. 

A negociação de derivativos refere-se à transação de produtos atrelados ao valor dos ativos subjacentes, mas não aos próprios ativos. Assim, os investidores de varejo veem o mercado sendo amplamente menos arriscado do que realizar a compra e venda diretamente, os tornando mais atraentes para os mais conservadores se exporem a criptomoedas, por serem oferecidos em plataformas regulamentas pelo Commodity Futures Trading Commission (CFTC) nos EUA.  

ANÁLISE

Fonte: J.P Morgan

Empresas globais de energia solar negociam abaixo dos seus pares dos Estados Unidos: O gráfico acima, do J.P Morgan, mostra que os grandes nomes de energia solar da Ásia estão sendo negociados com um desconto de mais de 30% em relação às respectivas contrapartes dos Estados Unidos. Embora o desconto, a capacidade de crescimento é grande, e a Ásia está liderando o desenvolvimento global de energia limpa com a maior quantidade de geração de energia renovável (~40% do total global). O banco estima que a região irá adicionar cerca de 2,0 TW de capacidade em energia renovável até 2030, o que representa 50% do esperado a ser adicionado globalmente, com um investimento agregado de US$ 1,4 tri.

O maior potencial está na energia solar e eólica, dado o mix de baixa geração ainda na região, 8% do total em 2020 contra 30% na Alemanha e no Reino Unido, além dos incentivos políticos na China. Por falar em China, o Goldman Sachs estima que a maior potência da Ásia deve ter um aumento de 94% na capacidade de geração de energia solar até 2025, saltando do atuais 49 GW para 95 GW. A alta no volume de curto prazo, ou seja, em 2022, é impulsionado pelo aumento da demanda em 2021, e o aumento de médio longo prazo (2023-2025) será beneficiado por conta de políticas incrementais. O Banco Popular da China lançou ferramentas de apoio para projetos de redução de emissões de carbono, além disso, o Conselho de Estado anunciou que até 2030, a proporção de consumo de energia não fóssil será responsável por 25% do total e as emissões de dióxido de carbono por unidade do PIB serão reduzidas em mais de 65% em comparação com 2005.

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