IBOVESPA -0,3% | 157.162 Pontos
CÂMBIO +0,1% | 5,30/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira em queda de 0,3%, aos 157.162 pontos, em um dia negativo para os mercados globais (S&P 500, -1,7%; Nasdaq, -2,1%), que foram pressionados com o aumento das dúvidas em relação ao valuation das empresas de AI e sobre o tamanho do ciclo de corte de juros do Federal Reserve. No cenário local, a temporada de resultados do 3T25 continuou no centro das atenções: até agora, 73 das 79 companhias do Ibovespa já divulgaram seus resultados, com 60% superando suas estimativas de lucro a uma surpresa média de 11,6%.
Hapvida (HAPV3, -42,2%) despencou após a divulgação de resultados do 3T25 bem abaixo das expectativas do mercado, com a maior queda diária da história do papel. Por outro lado, MRV (MRVE3, +5,2%) avançou após divulgar resultados acima das expectativas, com surpresas relevantes no lucro líquido das ações brasileiras.
Para esta sexta-feira, destaque para a divulgação do PIB do 3T25 pela Zona do Euro. No Brasil, a temporada de resultados do 3T25 chega ao fim com os balanços de Azul, Bradespar, Cosan, Gol, Raízen e Rumo. Pela temporada internacional, destaque para os balanços de Alibaba e Allianz.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão desta quinta-feira com abertura ao longo da curva, inicialmente pressionadas pelo megaleilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional, que elevou o risco na curva a termo e fez os prazos mais longos subirem desde cedo. Esse movimento foi intensificado pelo cenário externo, após declarações de dirigentes do Federal Reserve reforçando uma postura restritiva dos juros e pela fraca demanda doméstica no leilão de títulos de 30 anos do Tesouro americano, fatores que impulsionaram as taxas nos EUA e aumentaram a inclinação da curva a termo por lá também. Assim, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,5951% (+2,71bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,1226% (+5,13bps). Por aqui, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (+0,3bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,67% (+1,1bps); DI jan/29 em 12,84% (+2bps); DI jan/31 em 13,18% (+1,8bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,5%) após índices registrarem sua pior sessão em mais de um mês. A aversão a risco se intensificou com forte queda nas empresas de tecnologia, em meio à preocupação com valuations, aumento de capex em AI e a queda recente da Oracle. Investidores também reagiram à redução das apostas de corte de juros em dezembro (52% hoje vs. 62,9% ontem), enquanto o fim do shutdown trouxe dúvidas, com a Casa Branca sugerindo que parte dos dados econômicos não será publicada.
Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -1,1%) acompanhando o pessimismo global com valuations de AI e sinais de desaceleração econômica na China. Todos os principais mercados operam no negativo, enquanto dados chineses mais fracos pressionam o apetite por risco. No Reino Unido, gilts são vendidos após relatos de que o governo pode reverter o plano de aumento de impostos, levando a um salto nas taxas longas. Entre os destaques corporativos, Allianz sobe cerca de 1% após reportar lucro operacional recorde no acumulado do ano.
Na China, os mercados fecharam em queda (HSI: -1,8%; CSI 300: -1,6%) acompanhando o sell-off global em tecnologia e a piora dos dados econômicos de outubro. A leitura mostrou contração de 1,7% no investimento em ativos fixos no acumulado do ano, desaceleração da produção industrial (4,9% A/A) e leve moderação das vendas no varejo (2,9% A/A), refletindo demanda fraca e dificuldades no setor imobiliário. O sentimento também foi afetado por quedas expressivas em gigantes regionais como SoftBank, após o grupo japonês vender toda sua participação na Nvidia.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira em queda de 0,17%, influenciado pela abertura da curva de juros, em resposta à sinalização de uma postura mais restritiva por parte do Federal Reserve. O movimento foi pressionado principalmente os fundos de papel (-0,26%), ainda impactados pela deflação registrada em agosto. Os fundos de tijolo também recuaram, embora de forma mais contida, com queda marginal de 0,08%.
Com esse desempenho, o IFIX acumula retração de 0,07% no mês e de 15,24% no ano. Entre os destaques positivos da sessão, figuraram HSLG11 (+1,7%), VGIP11 (+1,1%) e VINO11 (+0,8%). Já entre as principais quedas, destacaram-se DEVA11 (-2,7%), KORE11 (-1,8%) e HCTR11 (-1,6%).
Economia
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, se reuniram para discutir um “mapa do caminho” que deve orientar as negociações bilaterais entre os dois países. A expectativa é concluir até o fim do mês um acordo provisório.
Na China, os dados de outubro apontam perda de fôlego. A produção industrial e vendas no varejo desaceleraram em relação ao mês anterior, enquanto os investimentos em ativos fixos vieram pior que o esperado. Entretanto, a taxa de desemprego recuou para 5,1%.
No Brasil, as vendas do varejo ampliado cresceram 0,2% em setembro frente a agosto (XP e mercado: 0,1%), e avançaram 1,1% na comparação anual, em linha com as expectativas. Por outro lado, o varejo restrito caiu 0,3%, frustrando as expectativas de alta e interrompendo uma sequência de oito trimestres de crescimento. Os dados reforçam o cenário de desaceleração do consumo das famílias, especialmente nos setores mais dependentes de crédito. Já os segmentos mais ligados à renda mostram estabilidade. Projetamos crescimento modesto para o comércio varejista nos próximos meses, com ritmo moderado e tendência de estabilidade. A projeção para o PIB de 2025 segue em 2,1%.
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Economia
Acordo comercial provisório entre Brasil e EUA é esperado até o fim do mês
- O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, se reuniram para discutir um “mapa do caminho” que deve orientar as negociações bilaterais entre os dois países. Segundo Vieira, o Brasil já apresentou suas propostas para reduzir tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros e agora aguarda uma resposta americana nos próximos dias. A expectativa é concluir até o fim do mês um acordo provisório que estabeleça diretrizes para tratativas que podem se estender por até dois anos. Ambos os governos sinalizaram interesse em avançar rapidamente, com declarações recentes do presidente Donald Trump reforçando a disposição de estreitar relações comerciais e buscar soluções para a crise tarifária;
- Os Estados Unidos e a Argentina assinaram um acordo de cooperação em comércio e investimentos que prevê abertura mútua de mercados, redução gradual de tarifas e eliminação de barreiras não tarifárias, além de ajustes em normas e maior proteção à propriedade intelectual. Como parte da iniciativa, Washington anunciou a remoção de tarifas sobre alguns produtos argentinos, além de itens de Equador, Guatemala e El Salvador, com foco em alimentos e insumos, especialmente café, visando reduzir preços internos e ampliar o acesso das empresas norte-americanas a esses mercados. Os acordos devem ser concluídos nas próximas semanas e fazem parte da estratégia do governo Trump para aliviar pressões sobre o custo de vida nos EUA e estreitar laços comerciais com países da América Latina;
- Na China, os dados de outubro apontam perda de fôlego. A produção industrial cresceu 4,9% na comparação anual, desacelerando frente a 6,5% em setembro e abaixo do consenso de 5,5%. As vendas no varejo avançaram 2,9%, ligeiramente abaixo de setembro (3,0%), mas acima da expectativa de 2,7%. Por fim, os investimentos em ativos fixos recuaram 1,7%, segunda queda seguida e pior que o esperado (-0,8%). Em contrapartida, a taxa de desemprego urbano caiu para 5,1% (de 5,2%), o menor nível em quatro meses, surpreendendo positivamente as projeções de estabilidade. Esses dados reforçam um quadro de recuperação desigual, com indústria e consumo perdendo ritmo e investimentos pressionados pelo ajuste no setor imobiliário, enquanto o mercado de trabalho mostra sinais de resiliência;
- No Brasil, as vendas do varejo ampliado cresceram 0,2% em setembro frente a agosto (XP e mercado: 0,1%), e avançaram 1,1% na comparação anual, em linha com as expectativas. O destaque positivo veio do atacarejo (produtos alimentícios, bebidas e fumo), que cresceu quase 8% na comparação anual, encerrando uma sequência de treze quedas consecutivas — sem esse desempenho, o varejo ampliado teria registrado retração no mês e no trimestre. Por outro lado, o varejo restrito caiu 0,3%, frustrando as expectativas de alta e interrompendo uma sequência de oito trimestres de crescimento. O principal impacto negativo veio dos supermercados, alimentos e bebidas, segmento de maior peso no índice restrito, que recuou 0,2% no mês. Os dados reforçam o cenário de desaceleração do consumo das famílias, especialmente nos setores mais dependentes de crédito, que seguem pressionados por juros elevados e maior comprometimento da renda com dívidas. Já os segmentos mais ligados à renda mostram estabilidade, sustentados por um mercado de trabalho ainda aquecido e transferências fiscais robustas. Esperamos crescimento modesto para o comércio varejista nos próximos meses, com ritmo moderado e tendência de estabilidade. A projeção para o PIB de 2025 segue em 2,1%;
- O governo brasileiro ampliou a linha de crédito emergencial de R$ 30 bilhões, criada para apoiar exportadoras afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos, para também incluir seus fornecedores. A resolução do Conselho Monetário Nacional reduziu de 5% para 1% o percentual mínimo de faturamento vinculado às exportações impactadas, permitindo que mais empresas acessem os recursos. As taxas do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) foram ajustadas, variando entre 1% e 6% ao ano, conforme porte e finalidade do financiamento. A medida busca mitigar o estrangulamento das cadeias produtivas e garantir que os efeitos do pacote alcancem tanto exportadoras diretas quanto seus fornecedores.
Empresas
Mercado Livre (MELI34): Um primeiro olhar sobre o 11.11
- O dia 11 de novembro, originalmente conhecido como Dia dos Solteiros, foi transformado pela Alibaba em 2009 em um dos eventos comerciais mais importantes da China, e desde então vem ganhando força globalmente;
- No Brasil, a Shopee sempre investiu ativamente em promoções de “datas duplas”, enquanto o MELI lançou sua primeira campanha de data dupla em 6/6 junto com sua nova política de frete grátis (veja a seção “Ofensiva de Marketing” do nosso relatório) e as mantém desde então;
- A Amazon, por sua vez, estreou sua primeira campanha sob a bandeira de “datas duplas” neste mês, com a empresa registrando um aumento de 74% no tráfego durante o evento;
- Segundo notícias locais, a Shopee vendeu 20 milhões de itens durante o evento, além de alcançar níveis recordes de tráfego no aplicativo.
- Notícias locais informaram que o dia 11 de novembro marcou o maior dia de vendas da história do MELI, superando também a Black Friday do ano passado, com um aumento de 56% no tráfego em relação ao ano anterior;
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Bens de Capital: Taxas de juros elevadas pressionam os resultados relacionados ao setor automotivo
Uma reação exagerada para Marcopolo, no entanto, após o resultado do 3T25
- Estamos encerrando a temporada de resultados do 3T25 para os nomes de Bens de Capital, com um cenário macro incerto gerando resultados mistos em todos os segmentos.
- Em meio a um positioning mais leve, os resultados da WEG foram mais bem recebidos pelo mercado neste trimestre, com um desempenho positivo das ações apoiando nossa visão de recuperação da confiança nas perspectivas de crescimento de médio prazo.
- No extremo oposto, os resultados da Marcopolo ficaram aquém das (altas) expectativas do mercado, seguidos por uma reação negativa que não consideramos totalmente merecida.
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Cyrela (CYRE3): Resultados sólidos com geração de caixa robusta
- Cyrela apresentou resultados positivos apoiados em uma forte geração de caixa.
- A receita líquida aumentou para R$ 2,13 bilhões (+5% YoY, estável QoQ), impulsionada pela sólida expansão das marcas Cyrela e Vivaz.
- A margem bruta subiu para 33% (+30 bps QoQ), beneficiada por expansões sequenciais em Vivaz e Cyrela. O EBITDA atingiu R$ 711 milhões (+20% YoY), favorecido por (i) impactos positivos da venda das ações da Cury (R$ 213 milhões), (ii) forte resultado de equivalência patrimonial e (iii) controle de despesas SG&A.
- Isso levou o lucro líquido a R$ 609 milhões, alta de 29% YoY (4% YoY ajustando por efeitos não recorrentes), elevando o ROE dos últimos 12 meses para 19,9% (+30 bps QoQ), um patamar sólido.
- Por fim, o FCF foi destaque, alcançando R$ 423 milhões e R$ 172 milhões excluindo impactos não recorrentes, o que resultou em uma posição significativamente desalavancada, que consideramos favorável para uma distribuição mais robusta de dividendos extraordinários. Mantemos nossa visão positiva para o papel, com preço-alvo para o final de 2026 de R$ 37,00 por ação.
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Trisul (TRIS3): Resultados positivos com incremento sólido em lucratividade
- A Trisul divulgou resultados sólidos no terceiro trimestre de 2025.
- A receita aumentou para R$ 373 milhões (+22% em relação ao A/A), em linha com nossas estimativas, impulsionada pelo aumento nas vendas líquidas (+30% em relação ao A/A) e pela provável contribuição positiva do Gran Oscar Ibirapuera.
- A margem bruta atingiu 28,6% (-1,6 p.p. A/A, -1,8 p.p. T/T), ligeiramente abaixo das nossas estimativas, o que se explica por um potencial maior participação de projetos adquiridos por meio de permutas na composição da receita.
- Por fim, o lucro líquido aumentou para R$ 51 milhões (+35% em relação ao A/A, +7% em relação ao T/T), o que elevou os níveis de ROE para 14,3%.
- Por fim, vemos com bons olhos a distribuição de dividendos da Trisul no valor de R$ 100 milhões, atingindo um rendimento de 11%, o que consideramos atrativo.
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Nubank (NU): Alavancagem operacional e qualidade de crédito impulsionam retornos sólidos
- O Nubank apresentou resultados do 3T25 acima das nossas expectativas, com o Lucro Líquido +7% vs. XPe e ROE atingindo 31%, refletindo uma alavancagem operacional mais forte e desempenho sólido de crédito:
- O portfólio continua crescendo em ritmo sólido, alcançando US$30,4 bn no trimestre (+42% FXN A/A);
- O NII ficou ligeiramente pressionado (−2% vs. XP) devido a uma combinação de menores yields e custos de financiamento mais altos;
- Essa dinâmica é explicada principalmente pelo crescimento nas linhas de crédito colateralizadas, enquanto o banco se tornou mais agressivo em alguns produtos no Brasil, como as “Caixinhas”, buscando aumentar a “principalidade” em perfis de clientes selecionados;
- Apesar disso, a qualidade do crédito permaneceu saudável, com o Custo do Crédito 10% melhor do que o esperado, levando a uma melhora significativa na Margem Financeira Ajustada;
- Além disso, o Nubank conseguiu manter a Alavancagem Operacional (despesas operacionais −3% vs. XP), atingindo um Índice de Eficiência de 27,7% no 3T.
- Com 127 milhões de clientes, aumento do ARPAC e expansão contínua do crédito, o Nubank mantém uma trajetória clara de escalabilidade da rentabilidade e consolidação de retornos estruturalmente mais elevados nos mercados em que atua;
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Track & Field (TFCO4): Um dos crescimentos de receita mais fortes, porém com pressão na margem bruta devido ao mix de canais
- A Track & Field reportou um terceiro trimestre sólido e dentro do esperado, com forte crescimento da receita, mas níveis de rentabilidade pressionados pelo mix de canais;
- A TFCO apresentou um dos crescimentos de receita mais expressivos entre as empresas que acompanhamos, impulsionado pela assertividade das coleções, público premium e alto posicionamento em presenteáveis;
- No entanto, a empresa apresentou forte compressão de margem devido ao maior volume de vendas de mercadorias para franqueados (sell-in), embora isso tenha sido parcialmente compensado pela alavancagem operacional;
- De forma positiva, é importante lembrar que isso deve se traduzir em uma maior participação de royalties no quarto trimestre, o que, por sua vez, é um fator positivo para as margens;
- Apesar de recebermos mais um conjunto de resultados fortes, mantemos nossa recomendação Neutra devido ao valuation justo, com múltiplos de 17-13,5x P/L para 2025-26e, e liquidez limitada;
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EZTEC (EZTC3): Lucro acima das expectativas com margem bruta robusta e venda de SPE
- A EZTEC apresentou resultados sólidos no 3T25, com lucro líquido acima das expectativas.
- Os principais destaques incluem:
- (i) receita praticamente estável (-2% A/A e +6% vs. XPe), explicada por (a) superação de cláusulas suspensivas em projetos bem vendidos e (b) forte avanço inicial do PoC dos novos lançamentos;
- (ii) expansão significativa da margem bruta (+10,7 p.p. A/A, mas 0,5 p.p. abaixo da XPe), impulsionada por economias de construção nos projetos entregues;
- (iii) crescimento do EBITDA de 40% A/A, favorecido pela venda da SPE AK14;
- (iv) lucro líquido atingindo R$183 milhões, alta de 38% A/A e 12% acima das estimativas, sustentado por despesas financeiras melhores do que o esperado, resultando em um ROE LTM de 10,9%; e (v) fluxo de caixa livre positivo de R$239 milhões, impulsionado pelo aumento das entregas. Embora esses resultados possam estimular uma reação positiva das ações, mantemos uma postura neutra, pois acreditamos que os níveis de ROE levarão mais tempo para alcançar a paridade com os principais pares do setor.
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3Tentos (TTEN3) | Positivo, porém difícil de interpretar; Análise dos resultados do 3T25
- Os resultados do 3T da Tentos foram difíceis de interpretar, mas acreditamos que a surpresa positiva nos números principais, somada à evidência de que a Companhia pode continuar crescendo e entregando resultados sólidos em um ambiente desafiador, deve prevalecer. Portanto, esperamos uma sessão positiva amanhã.
- Receita líquida atingiu BRL 4,9Bi (+43% A/A), com forte crescimento em todas as unidades de negócio, enquanto o EBITDA ajustado ficou em BRL 369Mn (+8% vs. XPe e +4% A/A).
- A Companhia capitalizou BRL 99Mn em despesas financeiras relacionadas ao projeto da planta de etanol de milho e, ajustando o lucro líquido para essa capitalização, estimamos lucro líquido de BRL 212Mn, ainda forte e 33% acima do XPe, impulsionado por uma alíquota efetiva de imposto menor que o esperado e menores despesas financeiras.
- Link: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/3tentos-tten3-revisao-dos-resultados-do-3t25-positivo-porem-dificil-de-interpretar/
JBS (JBSS32) | Trimestre decente; aguardando catalisadores; Revisão dos resultados do 3T25
- A JBS divulgou os resultados do 3T, em grande parte em linha com as diversas variáveis, seguindo padrões esperados.
- O FCF foi o ponto negativo, com mais um trimestre de consumo de capital de giro, levando o FCF a BRL 2,2Bi vs. XPe de BRL 3,8Bi. Apesar de um FCF yield pouco atrativo, a principal questão é o risco de revisão negativa de lucros e a falta de catalisadores.
- Nossas preocupações com a perspectiva de curto/médio prazo permanecem, já que a tendência de queda nos preços do frango pode ter sido um sinal inicial de enfraquecimento da demanda. No exterior e no Brasil, a perspectiva de curto prazo continua positiva, embora para 2026 estejamos nos tornando mais conservadores.
- Link: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/jbs-jbss32-trimestre-decente-aguardando-catalisadores-revisao-dos-resultados-do-3t25/
Unipar (UNIP6) | Resultados do 3T25: Resultados em linha com a expectativa, fluxo de caixa negativo
• A Unipar divulgou os resultados do terceiro trimestre de 2025 nesta quinta-feira (13), após o fechamento do mercado. A receita líquida alcançou R$ 1,3 bilhão, praticamente estável em relação ao 2T25 (-1% t/t).;
• O EBITDA recorrente de R$ 266 milhões foi igual nossas estimativas (+0% em relação ao XPe), embora tenha caído -13% t/t devido aos preços internacionais mais baixos e à valorização do real;
• O lucro líquido ficou em R$ 107 milhões, acima do XPe (R$ 82 milhões), mas abaixo do último trimestre (-54% t/t), que foi impulsionado por ganhos não recorrentes com arbitragem. O FCFE recorrente da Unipar foi negativo em R$ 78 milhões, pressionado por investimentos ainda elevados;
• Clique aqui para acessar o relatório completo.
Localiza (RENT3): Revisão dos Resultados do 3T25 | Leve Surpresa Positiva no Lucro, Impulsionada por Créditos de PIS/COFINS em Gestão de Frotas
- A Localiza apresentou leve surpresa positiva nos resultados (+5% vs. XPe e consenso), com lucro líquido de R$871 milhões (+9% A/A);
- Destacamos:
- Crescimento persistente mais baixo da receita em RaC na comparação anual, já que volumes mais fracos (estáveis A/A) continuam compensando um ambiente de preços melhor (tarifas +6% A/A);
- Margem EBITDA em Gestão de Frotas surpreendeu positivamente (+2,4 p.p.), sustentada pelo início do reconhecimento de créditos de PIS/COFINS provenientes da Locamerica;
- Desempenho geral positivo em Seminovos, tanto em (a) receita (+13% T/T) com volumes elevados (+10% T/T) e maior preço médio de venda (+3% T/T), quanto em (b) margem EBITDA (+0,9 p.p. T/T), impulsionada principalmente por menor relação SG&A/receita (-0,8 p.p.), compensando leve aumento da depreciação unitária em RaC/Frotas (+2%/+1%, respectivamente);
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Vale (VALE3): Desvendando o perfil de geração de caixa, enquanto explorando assimetrias de valuation
Reiterando a recomendação Neutra e apresentando preço-alvo para 2026 de R$ 71,00/ação
- Estamos atualizando nossas estimativas para a Vale (recomendação neutra), ao mesmo tempo em que introduzimos um preço-alvo para 2026 de R$ 71,00/ação (+8% vs. preços atuais).
- Observamos recentes desenvolvimentos positivos na história do equity da Vale (ADRs +50% no acumulado do ano):
- (i) operacionalmente, a flexibilidade do portfólio da empresa permitiu que ela se adaptasse melhor às condições de mercado mais fracas na China; com
- (ii) estratégia de alocação de capital clara e limpa, bem equilibrada entre projetos de crescimento (especialmente do lado do cobre) e remuneração aos acionistas, com balanço patrimonial atual e perfil de geração de caixa implicando espaço para dividendos extraordinários.
- Dito isso, nossa análise de correlação commodity vs. equity indica que o gap de valuation em relação aos preços do minério de ferro foi fechado, com a Vale agora precificando os preços do minério de ferro em ~US$ 102 (vs. ~US$ 100/t spot), revertendo o desconto que estava negociando no início do ano.
- À medida que continuamos a ver os preços do minério de ferro tendendo para ~US$ 100-95/t para 2026E, o recente desempenho positivo das ações limita nossa upside adicional na Vale.
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- EUA anunciam pacto de comércio e investimento com a Argentina (Valor Econômico);
- É ‘imprescindível’ retomar debate para acabar com isenção fiscal de debêntures incentivadas, diz Ceron (Valor Econômico);
- Em sequência à sua reestruturação, Oncoclínicas desiste de complexo e vende hospital em Minas Gerais por R$ 130 milhões (InvestNews);
- Ratings da Prio elevados para ‘brAAA’ após aquisição de participação adicional no campo de Peregrino; perspectiva alterada para estável (S&P Global);
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Estratégia
XP Factor Pulse: retornos passados podem prever o desempenho dos fatores?
- Atualizamos nossos modelos de fatores e apresentamos uma lista atualizada de cestas de fatores, resultados do nosso modelo proprietário;
- Todos os fatores apresentaram desempenho positivo no acumulado de 2025, com Valor, Qualidade e Short Interest liderando os ganhos. Os fatores Momentum e Baixo Risco se recuperaram em outubro, agora positivos no ano;
- O desempenho dos fatores em outubro foi impulsionado principalmente pela ponta vendida, com ações de Momentum fraco, Alto Risco e com short interest elevado registrando perdas significativas. As cestas da ponta comprada dos fatores tiveram retornos modestos e ficaram abaixo do índice Ibovespa;
- Investigamos se existe momentum entre fatores dentro das 58 estratégias do nosso modelo proprietário. Fatores com maiores retornos no último ano exibem desempenho significativamente superior, com CAGR de 18,5%, bem acima dos fatores de baixo momentum, que apresentam CAGR de -2,6%. Concluímos que o momentum de fatores se mantém robusto e persistente em diferentes janelas de tempo;
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- A vez dos esquecidos? Santander mira FIIs que podem subir em 2ª onda de valorização (InfoMoney);
- IFIX oscila e registra maior queda do mês no dia seguinte a recorde (FIIs);
- Mau negócio? Caixa aluga ex-sede do Banco do Brasil por R$ 150 milhões mais reformas (SiiLA);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação XP | Quando a Razão Tira Férias: Os Vieses Comportamentais
- Os vieses comportamentais são atalhos mentais que nos levam a decisões pouco racionais. Combatê-los ajuda a evitar erros, aproveitar oportunidades, melhorar a gestão de riscos e refinar estratégias de investimento.
- Neste texto, vamos abordar os Erros Cognitivos, que são falhas no processamento de informações durante o raciocínio.
- Os Erros de Perseverança mostram nossa tendência a manter crenças. Incluem os vieses de Conservadorismo, Confirmação, Representatividade, Ilusão de Controle e Retrospectivo.
- Já os Erros de Processamento de Informações envolvem o uso ilógico ou irracional de dados, e incluem os vieses de Ancoragem, Contabilidade Mental, Enquadramento e Disponibilidade.
- Confira o relatório completo.
ESG
Discussão para reduzir dependência de combustível fósseis em destaque na COP30 | Café com ESG, 14/11
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,30% e 0,32%, respectivamente;
- Na COP30, (i) a cúpula realizada em Belém trouxe maior protagonismo ao setor privado nas discussões sobre mudanças climáticas, segundo Rodrigo Lauria, diretor da Vale – a companhia lidera a Coalizão Minerais Essenciais, formada por 14 entidades, que apresentou estudo para reduzir em até 90% as emissões do setor até 2050; e (ii) um grupo de países está tentando fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis uma realidade mais concreta, atendendo a um pedido do presidente Lula, que quer sair da COP com roadmap para a transição dos fósseis – países como Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca, Colômbia e Quênia sinalizaram seu apoio para tentar chegar a um acordo sobre as diretrizes de tal caminho;
- No Brasil, Goiás e Mato Grosso, conhecidos pelo agronegócio, assinaram memorandos de entendimento com a Emergent, gestora da Coalizão Leaf, para vender créditos de carbono gerados por programas de REDD+ jurisdicional, que abrangem os Estados inteiros – em ambos os casos, trata-se do início formal das negociações;
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