IBOVESPA +0,04% | 135.565 Pontos
CÂMBIO -0,25% | 5,55/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira próximo da estabilidade, com leve alta de 0,04%, aos 135.565 pontos. Em um dia de agenda econômica mais esvaziada, o foco dos investidores permaneceu sobre o cenário político, após o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, validar o decreto do governo que eleva o IOF, com exceção da tributação sobre operações de risco sacado.
Do lado positivo, as ações da Prio (PRIO3, +2,2%) se destacaram após o IBAMA emitir parecer técnico recomendando a aprovação da licença prévia para o projeto Wahoo — um potencial catalisador relevante para o papel, caso a aprovação seja confirmada (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Na ponta negativa, Hypera (HYPE3, -4,4%) recuou, devolvendo os ganhos de 4,0% acumulados nos dois pregões anteriores.
Nesta sexta-feira, as atenções se voltam para os dados de expectativas de inflação e sentimento do consumidor da Universidade de Michigan referentes a julho nos EUA. Pela temporada internacional de resultados do 2T25, os destaques são 3M, American Express e Charles Schwab.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com fechamento ao longo da curva. Nos Estados Unidos, os dados econômicos reforçaram a resiliência da economia: as vendas no varejo de junho avançaram 0,6% (ante 0,1% esperado pelo consenso) e os pedidos de seguro-desemprego somaram 221 mil, abaixo das 233 mil projetadas. O mercado também repercutiu a pressão do presidente Donald Trump para que Jerome Powell e o Federal Reserve promovam cortes de juros na próxima reunião. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,90% (-1,6bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,45% (-0,5bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,94% (- 1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,35% (- 2,5bps); DI jan/29 em 13,62% (- 8,2bps); DI jan/31 em 13,79% (- 10,2bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%) após o S&P 500 registrar nova máxima histórica na véspera, sustentado pelos resultados positivos do 2T25 e dados econômicos resilientes. O movimento ocorre mesmo após a Netflix cair mais de 1% no after market, apesar de ter superado as expectativas de receita e lucro no 2T e elevado seu guidance anual. Hoje, investidores aguardam os resultados de American Express e 3M, em uma semana marcada por surpresas positivas, como os balanços de JPMorgan, Goldman Sachs, PepsiCo e United Airlines.
Na Europa, as bolsas iniciam o pregão em alta (Stoxx 600: +0,3%), com o CAC 40 liderando os ganhos (+0,5%). Destaque para a alta de 10% nas ações da Saab após resultados fortes, e para a britânica BP, que sobe 1,8% após anunciar a venda de seu negócio de energia eólica onshore nos EUA para a LS Power, como parte de seu programa de desinvestimentos de US$ 20 bilhões.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,6%; HSI: +1,3%) acompanhando o otimismo de Wall Street.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira praticamente estável, apesar das quedas médias de 0,12% registradas tanto pelos Fundos de Tijolo quanto pelos FIIs de Papel. As maiores altas do dia foram VINO11 (+1,6%), CCME11 (+1,5%) e VGRI11 (+1,3%), enquanto as principais quedas ficaram por conta de IRDM11 (-3,2%), BLMG11 (-2,9%) e KORE11 (-2,2%).
Economia
Nos Estados Unidos, o comércio varejista se recuperou em junho, corroborando nossa visão de atividade econômica resiliente. As vendas totais cresceram 0,6%, acima da expectativa de 0,1%. O consumo pessoal tem sido sustentado por um mercado de trabalho sólido. Neste sentido, os pedidos iniciais de seguro-desemprego vieram abaixo do previsto na semana passada, atingindo o menor nível desde abril. Esses indicadores econômicos reforçam a postura cautelosa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em relação à condução da política monetária. Acreditamos que o Fed voltará a reduzir sua taxa básica de juros – atualmente no intervalo entre 4,25% e 4,50% – em setembro.
No Brasil, o IGP-10 de julho caiu 1,65% em relação ao mês anterior, enquanto o mercado projetava recuo de 1,46%. Assim, a inflação acumulada em 12 meses cedeu de 5,62% para 3,42%. Mais uma vez, destaque para a deflação no IPA (Índice de Preços ao Atacado). Essa dinâmica sustenta nossa visão de alívio na inflação ao consumidor no curto prazo. Projetamos alta de 5,0% para o IPCA de 2025, devido principalmente ao arrefecimento nos grupos de bens industriais e alimentos.
Veja todos os detalhes
Economia
Sinais de resiliência na atividade econômica dos Estados Unidos; no Brasil, queda adicional na inflação ao atacado
- Nos Estados Unidos, o comércio varejista se recuperou em junho, corroborando nossa visão de atividade econômica resiliente. As vendas totais cresceram 0,6%, após queda de 0,9% em maio. A mediana das estimativas de mercado apontava para um tímido ganho de 0,1%. Houve elevação de 3,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. O chamado núcleo do varejo, que tem maior correlação com o componente de consumo das famílias sob a ótica do PIB, avançou 0,5% em junho após contração de 0,2% em maio. Esta métrica exclui automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação. O consumo pessoal tem sido sustentado por um mercado de trabalho sólido. Neste sentido, os pedidos iniciais de seguro-desemprego recuaram de 228 mil para 221 mil na semana encerrada em 12/jul (dados com ajuste sazonal), o menor patamar desde abril. O consenso de mercado indicava 235 mil solicitações. Esses indicadores econômicos reforçam a postura cautelosa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em relação à condução da política monetária. Acreditamos que o Fed voltará a reduzir sua taxa básica de juros – atualmente no intervalo entre 4,25% e 4,50% – em setembro;
- No Brasil, o IGP-10 de julho caiu 1,65% em relação ao mês anterior, enquanto o mercado projetava recuo de 1,46%. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses cedeu de 5,62% para 3,42%. Mais uma vez, o IPA (Índice de Preços ao Atacado) foi o destaque ao declinar 2,42% na comparação mensal. Ambos os componentes de bens agrícolas (-3,96%) e bens industriais (-1,87%) registraram deflação. Por sua vez, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) avançou 0,13%, e o INCC (Índice Nacional da Construção Civil) registrou alta de 0,57%. A apreciação da taxa de câmbio e os preços das commodities em níveis mais baixos (em média) explicam o comportamento benigno dos IPAs no período recente. Essa dinâmica sustenta nossa visão de alívio na inflação ao consumidor no curto prazo. Projetamos alta de 5,0% para o IPCA de 2025, devido principalmente ao arrefecimento nos grupos de bens industriais e alimentos;
- Hoje, a agenda econômica está relativamente vazia. Nos Estados Unidos, os participantes do mercado irão acompanhar os dados de concessão de alvarás (exp: -0,5% m/m) e de novas construções residenciais (exp: 3,5%) em junho, além da sondagem do consumidor da Universidade de Michigan referente a julho, particularmente o índice de confiança (exp: 61,5) e as expectativas de inflação (exp: 5,0% para 1 ano e 3,9% para 5-10 anos).
Commodities
Papel e Celulose: Eldorado e Suzano unem forças em acordo de troca de madeira florestal; Futuros da BHKP a US$ 510/t para Ago’25
- Nesta semana, destacamos:
- (i) Eldorado e Suzano assinaram um acordo estratégico de troca de madeira para otimizar o fornecimento de matéria-prima para a produção de celulose.
- (ii) Os estoques dos consumidores europeus de celulose de fibra curta aumentaram +4% M/M (+9% A/A) em Jun’25, e os estoques dos consumidores europeus de celulose de fibra longa diminuíram -2% M/M em Jun’25 (+2% A/A), de acordo com dados da UTIPULP.
- (iii) As exportações de celulose do Chile diminuíram -5% M/M em Jun’25 (apesar de +2% A/A), de acordo com Chile Aduana.
- (iv) As exportações de celulose do Uruguai aumentaram +16% M/M em Jun’25 (+26% A/A), de acordo com dados da Alfândega do Uruguai.
- (v) Os futuros chineses do BHKP estão atualmente em US$ 510/t para Ago’25 (estável S/S) e acima dos preços spot do BHKP de US$ 503/t na China.
- (vi) A Suzano está sendo negociada a um EV/EBITDA de 5,1x em 2025, -24% descontado em relação à média histórica de 6,7x (e com um desconto de -10% em relação aos pares de celulose de mercado), enquanto Klabin e Irani são negociadas a um EV/EBITDA em 2025 de 6,8x e 4,9x, respectivamente.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Empresas
EZTEC (EZTC3): Dados levemente positivos com crescimento forte em lançamentos
- A EZTEC divulgou seus dados operacionais do 2T25. Os lançamentos (%Co) aumentaram para sólidos R$490 milhões (+160% A/A), embora não tenham atingido nossas estimativas.;
- As vendas líquidas (%Co) atingiram R$489 milhões (-4% A/A), ficando em linha com nossas estimativas. Notamos (i) as vendas de lançamentos aumentaram 17% A/A e 34% T/T apesar de menores lançamentos T/T, (ii) vendas resilientes de estoque em construção em R$146 milhões (-4% A/A), e (iii) vendas positivas de estoque realizado em R$87 milhões (+51% T/T), apesar de uma queda A/A;
- No geral, a VSO bruta de lançamentos acelerou para 26,7% (+7,1p.p. A/A), enquanto a VSO bruta de estoques saltou para 12,7% (+4,8p.p. A/A);
- Na nossa opinião, a EZTEC apresentou resultados operacionais ligeiramente positivos, embora não esperemos uma reação significativa do mercado;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Vamos (VAMO3): Prévia de Resultados 2T25 – Resultados do 2T podem indicar potencial de revisão para baixo do guidance da empresa e do consenso
- Esperamos resultados fracos para a Vamos no 2T25, com estimativa de lucro líquido de R$64 milhões (-70% A/A, -40% T/T e abaixo do consenso de R$105 milhões), principalmente devido a:
- Crescimento mais lento da receita, por conta de (a) limitações de alavancagem para CAPEX em novos ativos (apesar da forte demanda), (b) dificuldades específicas no setor de locação do programa Sempre Novo (e Seminovos), e (c) retornos persistentes dos ativos;
- Pressão na margem de locação devido a custos maiores de preparação dos ativos (antecipando volumes maiores esperados de Seminovos);
- Acreditamos que o 2T pode indicar um desafio relevante para a Vamos cumprir:
- Seu guidance financeiro para 2025;
- As estimativas de consenso para 2025 e 2026;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Bond Giant Pimco Dismisses Trump’s Threats to Fed’s Powell (WSJ);
- Emissões no mercado de capitais somam R$ 328 bi, 2º maior nível da série histórica (Valor Econômico);
- Cade aprova possível operação solicitada por Tanure e Novonor envolvendo ações da Braskem (Valor Econômico);
- Ratings da Unigel Participações S.A. rebaixados para ‘CC’ e ‘brCC’ devido a possível acordo de standstill; perspectiva negativa (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
Rebalanceamento dos índices B3 – setembro de 2025
- Os índices mantidos pela B3 serão atualizados no dia 1 de setembro de 2025, com três prévias a serem divulgadas nos dias 1, 18 e 28 de agosto
- Esperamos uma inclusão e três exclusões para o Ibovespa. Há uma alta probabilidade de que Cury (CURY3) seja incluída, enquanto São Martinho (SMTO3) e Petz (PETZ3) sejam excluídas.
- Além disso, 8 empresas devem ser adicionadas e 6 excluídas do índice Small Caps (SMLL). Esperamos 8 inclusões, com destaque para Track & Field (TFCO3) e Automob (AMOB3). Há a possibilidade da saída de Dasa (DASA3), Lojas Renner (LREN3) e Assaí (ASAI3).
- Nosso relatório traz estimativas de fluxos para cada ação que deve entrar ou sair dos índices.
- Clique aqui para acessar o relatório
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Mais comportamento, menos técnica: o racional — e o emocional — do investidor de FIIs;
- Na Kinea, janela de isenção movimenta captação de FIIs;
- Aluguel corporativo em SP bate recorde — e nem enxurrada de novas lajes freia preços;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Comissão Europeia propõe destinar 865 tri de euros para energia nuclear | Café com ESG, 18/07
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território neutro, com o IBOV e o ISE andando de lado (+0,03% e +0,02%, respectivamente)
- No Brasil, em resposta à abertura de investigação, pelos Estados Unidos, relacionada às práticas comerciais de etanol no Brasil, o setor divulgou uma nota ontem defendendo o combustível produzido no Brasil – assinada pela Unica e pela Bioenergia Brasil, o documento destaca a baixa intensidade de carbono e a conformidade com critérios robustos e auditáveis de sustentabilidade do etanol brasileiro;
- No internacional, (i) a Comissão Europeia pretende destinar cerca de 865 bilhões de euros (dos 2 trilhões de euros propostos para o período entre 2028-2034) à energia nuclear – essa medida deve dividir os Estados-Membros do bloco, tendo sido rejeitada pela Alemanha; e (ii) oBanco Central da Índia está prestes a finalizar regras que obrigarão bancos e instituições financeiras a divulgar e gerenciar os riscos decorrentes das mudanças climáticas – em contexto, as normas do Banco Central indiano estão em desenvolvimento desde 2022;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.;

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