IBOVESPA +1,69% | 137.914 Pontos
CÂMBIO -1,06% | 5,39/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira (12) em alta de 1,7%, aos 137.914 pontos, impulsionado pela divulgação do IPCA de julho, que veio abaixo das expectativas do mercado, e do CPI de julho nos EUA, em linha com as projeções e também favorecendo os mercados globais (S&P 500: +1,1%; Nasdaq: +1,3%). O resultado reforçou o otimismo em relação ao ciclo de afrouxamento monetário em ambos os países: a curva de juros doméstica fechou, especialmente nos vértices curtos, e a probabilidade de um corte de juros em setembro pelo Federal Reserve (Fed) subiu para cerca de 95%. O dólar encerrou na mínima do ano, a R$ 5,39 (-1%).
O destaque positivo do dia foi Sabesp (SBSP3: +10,6%), após a divulgação de sólidos resultados do 2T25 (veja mais detalhes aqui). Na ponta oposta, Natura (NATU3: -8%) recuou após também apresentar seus números do 2T25 (veja aqui o comentário dos nossos analistas).
Para o pregão desta quarta-feira (13), destaque para a Pesquisa Mensal de Comércio de junho no Brasil. Na agenda de resultados do 2T25, teremos Allos, Banco do Brasil, Bradespar, Cosan, Eneva, Equatorial Energia, Hapvida, Jalles Machado, Localiza, Mater Dei, Moura Dubeux, Porto Seguro, Positivo e SLC Agrícola. Por fim, pela temporada internacional de resultados, destaque para Tencent Holdings e Cisco Systems.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com forte fechamento nos vértices intermediários da curva. No Brasil, além da influência do cenário externo, a parte média da curva reagiu à divulgação do IPCA de julho abaixo do esperado (0,26% m/m vs. 0,35% m/m projetado pelo consenso), o que foi interpretado pelos investidores como um sinal de que o Banco Central pode iniciar cortes de juros ainda este ano. Nos EUA, o destaque foi, além da inflação ao consumidor de julho, a declaração de EJ Antoni, novo líder do Bureau of Labor, indicando que os dados de emprego americanos passarão a ser divulgados trimestralmente até que a metodologia seja revisada. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,73% (-4,2bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,29% (+0,5bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (-0,9bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,97% (-10,7bps); DI jan/29 em 13,13% (-6,1bps); DI jan/31 em 13,4% (-0,1bp).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,2%), após sessão que levou o S&P 500 e o Nasdaq a novos recordes, impulsionados por dados de inflação mais fracos que o esperado. O Russell 2000 subiu quase 3% ontem, com expectativa de que empresas de menores se beneficiem de cortes de juros. O mercado aguarda o índice de preços ao produtor (PPI) na quinta-feira e o simpósio de Jackson Hole (21 a 23 de agosto) para calibrar expectativas sobre a próxima decisão do Fed.
Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: +0,4%), acompanhando o otimismo externo. Entre os principais índices, o DAX sobe 0,7%, o CAC 40 avança 0,4% e o FTSE 100 registra alta de 0,3%. A temporada de resultados do 2T25 anima o mercado, com destaque para Renk, Weinerberger e Tui, que divulgaram seus números nessa manhã.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,8%; HSI: +2,6%). O Hang Seng Tech Index subiu mais de 2%, com destaque para Tencent Music (+16%) após resultados acima das estimativas, e para as altas de Sunny Optical (+5%), Bilibili (+4,77%) e Alibaba (+4,46%).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira com queda de 0,19%, acumulando desvalorização de 0,72% no mês. Os FIIs de papel lideraram as perdas na sessão, com recuo médio de 0,2%, enquanto os fundos de tijolo registraram queda média de 0,03%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se SPXS11 (2,7%), TVRI11 (1,6%) e BPML11 (1,2%). Já as principais quedas foram CCME11 (-2,0%), BLMG11 (-2,0%) e LVBI11 (-1,8%).
Economia
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor subiu 0,2% em julho, em linha com as expectativas. Desse modo, a inflação permaneceu em 2,7% em termos anualizados, um pouco abaixo da projeção de 2,8%. Enquanto isso, o chamado núcleo do CPI – que exclui itens voláteis de alimentos e energia – avançou 0,3% em julho, o maior aumento desde janeiro, e 3,1% nos últimos 12 meses. Analistas de mercado destacaram a alta mensal de apenas 0,2% no núcleo da inflação de bens, sugerindo que o enfraquecimento da demanda vem restringindo a capacidade das empresas de repassar aos consumidores os custos mais altos com as tarifas. Dados recentes de emprego e inflação reforçam o cenário de que o Fed retomará o ciclo de corte de juros em setembro.
No Brasil, o IPCA veio consideravelmente abaixo das estimativas. A inflação recuou de 5,35% para 5,23% nos últimos 12 meses. Houve surpresas baixistas disseminadas entre os principais grupos de preços, com destaque ao alívio em alimentos e bens industriais. Em termos anualizados e com ajuste sazonal, a média dos núcleos de inflação recuou de 4,8% para 4,4%, o menor patamar desde outubro de 2024. Consequentemente, revisamos nossa projeção para a inflação de 2025, de 5% para 4,8%.
Hoje, a agenda doméstica traz a divulgação das vendas varejistas em junho. Ademais, o governo federal deve anunciar o plano de contingência para apoiar os setores e empresas mais afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Veja todos os detalhes
Economia
XP reduz projeção de inflação em 2025 após alívio adicional em julho; taxa de câmbio atinge o menor patamar em mais de um ano
- Nos EUA, o CPI veio em linha com as expectativas. O aumento moderado refletiu a queda de 2,2% nos preços da gasolina e a estabilidade no grupo de alimentos. Desse modo, a inflação permaneceu em 2,7% em termos anualizados, ligeiramente abaixo da estimativa de 2,8%. Enquanto isso, o chamado núcleo do CPI – que exclui itens voláteis de alimentos e energia – avançou 0,3% em julho, o maior aumento desde janeiro. A medida foi impulsionada pelos preços mais altos de serviços, particularmente o salto de 4% nas passagens aéreas e a alta de 0,7% nos custos com saúde. O núcleo da inflação de bens subiu apenas 0,2% na base mensal, sugerindo, de acordo com alguns analistas de mercado, que o enfraquecimento da demanda vem restringindo a capacidade das empresas de repassar aos consumidores os custos mais altos com as tarifas. O núcleo do CPI registrou elevação de 3,1% nos últimos 12 meses, acima da previsão do mercado de 3% e da leitura anterior de 2,9%. Dados recentes de emprego e inflação corroboram o cenário de que o Fed retomará o ciclo de flexibilização monetária em setembro. O mercado atribui 96% de probabilidade de corte de juros no mês que vem, e redução de 0,60 p.p. até o final do ano (ou seja, dois ou três cortes de 0,25 p.p.);
- No Brasil, o IPCA apresentou elevação mensal de 0,26% em julho, consideravelmente abaixo das expectativas. Assim, a inflação recuou de 5,35% para 5,23% nos últimos 12 meses. Houve surpresas baixistas disseminadas entre os principais grupos de preços. O componente de bens industriais registrou deflação mensal de 0,04%, com destaque para o declínio nos preços de vestuário. A média móvel de três meses anualizada e com ajuste sazonal (3MSAAR) caiu de 2,6% em junho para apenas 1% em julho, refletindo a apreciação da taxa de câmbio e a queda nos preços ao atacado. Acreditamos que a inflação de bens permanecerá em trajetória benigna nos próximos meses. Além disso, o grupo de preços de alimentos mostrou retração de 0,4% na comparação mensal. Por sua vez, a inflação de serviços subjacentes avançou 0,49% em julho, ligeiramente acima da nossa projeção de 0,47%. Apesar disso, sua taxa 3MSAAR cedeu de 6,4% para 6,2%. Ademais, a média dos núcleos de inflação subiu 0,27% em julho, abaixo da nossa estimativa de 0,31%. Em termos anualizados e com ajuste sazonal, houve recuo de 4,8% para 4,4%, o menor patamar desde outubro de 2024. Em resumo, o IPCA de julho apresentou alívio generalizado nos preços livres. Considerando as recentes surpresas baixistas, revisamos nossa projeção para a inflação de 2025, de 5% para 4,8%.
- Hoje, a agenda doméstica traz a divulgação das vendas varejistas em junho. Estimamos que o índice de varejo restrito subiu 0,8% em relação a maio, mais do que compensando a queda de 0,2% vista na leitura anterior. Por sua vez, o índice de varejo ampliado – inclui veículos, materiais de construção e o atacado especializado em alimentos e bebidas – deve apresentar recuo mensal de 0,1%. Além disso, o governo federal deve anunciar o plano de contingência para apoiar os setores e empresas mais afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Segundo o noticiário, o plano será baseado em três pilares: acesso a linhas de crédito com condições mais favoráveis (disponibilidade de R$ 30 bilhões), adiamento da cobrança de tributos e compras governamentais.
Commodities
Mineração e siderurgia: pressões deflacionárias persistem à medida que os preços da China estagnam; preços do minério de ferro sobem 3% S/S
- Os principais temas da semana foram o CPI/PPI e os dados de exportação da China e nossas perspectivas para o minério de ferro.
- Notamos:
- (i) O PPI da China caiu A/A em Jul’25, enquanto o CPI permaneceu estável A/A, refletindo pressões deflacionárias persistentes em meio à fraca demanda doméstica, relações comerciais frágeis e uma prolongada desaceleração do setor imobiliário;
- (ii) As exportações da China aumentaram A/A em Jul’25, acelerando em relação a Jun’25, à medida que os fabricantes apressaram os embarques em meio a uma trégua tarifária temporária com os EUA;
- (iii) As perspectivas do minério de ferro permanecem estáveis em Jul’25, apoiadas por fundamentos estáveis e otimismo da campanha “anti-involution” da China, embora as tensões comerciais globais e o enfraquecimento da demanda doméstica continuem a representar riscos de desvalorização;
- (iv) Os preços do minério de ferro aumentaram +3% S/S, com os estoques portuários de minério de ferro da China estáveis S/S, enquanto os estoques de aço longo e plano da China aumentaram +2% S/S;
- (v) Os preços de BQ caíram enquanto os preços de vergalhão ficaram estáveis no Brasil, com paridade de aço plano em +8% e paridade de aço longo em -4% para vergalhões na Turquia, com importações de aço plano do Egito (isentas de tarifas de importação) sugerindo paridade em +7%.
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Empresas
RD Saúde (RADL3): atualizando nossas projeções após o 2º trimestre
- Na semana passada, a RD divulgou seus resultados do 2º trimestre, com uma forte superação (EBITDA +11% em relação à nossa estimativa) devido a uma melhor dinâmica de SG&A. Aproveitamos, portanto, para atualizar nosso modelo considerando:
- Tendências de crescimento ligeiramente melhores, com os medicamentos GLP-1 como principal força motriz à frente;
- Despesas gerais e administrativas (G&A) menores, já que a empresa reforçou que não deve ultrapassar o nível do 2T (2,6% das vendas);
- Impostos sobre a renda menores, pois a empresa mudou sua abordagem em relação aos incentivos fiscais;
- Atualização do custo de capital e premissas macroeconômicas. Como resultado, aumentamos nossas estimativas para 2025-26, enquanto atualizamos nosso preço-alvo para o final de 2026, agora em R$ 20,00 por ação;
- Mantemos nossa recomendação Neutra, pois acreditamos que o preço da ação já incorpora essa revisão de resultados;
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Azzas 2154 (AZZA3): mais um movimento de um jogo em andamento
- Segundo notícias locais (link), a empresa está passando por uma nova alteração: A divisão de Moda Masculina será fundida com a divisão de Moda Feminina em uma única unidade de negócios chamada Fashion & Lifestyle. Diferentemente das outras duas unidades, que têm um único CEO responsável, a nova unidade terá uma gestão compartilhada, com Ruy Kameyama liderando a parte operacional, enquanto Roberto Jatahy assumirá o cargo de Chief Brands Officer (CBO);
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Gerdau (GGBR4): valuation atrativo em meio à perspectiva de melhor earnings momentum
Reiterando a recomendação de compra (Top-Pick de Mineração e Siderurgia) e introduzindo o preço-alvo para 2026 de R$ 23,00/ação
- Estamos ajustando nossas estimativas para a Gerdau e reiterando nossa recomendação de Compra, ao mesmo tempo em que introduzimos um preço-alvo para 2026 de R$ 23,00/ação (+41% de upside e inalterado em relação ao nosso preço-alvo para 2025 anterior).
- A Gerdau continua sendo nossa principal escolha em nossa cobertura de Mineração e Siderurgia, com atrativos FCF yields de 9-12% em 2026-27E, apoiados por:
- (i) earnings momentum positivo da América do Norte, apoiado por maior protecionismo em meio à expansão da Seção 232;
- (ii) o Brasil como ponto baixo, com uma perspectiva de curto prazo melhor para produtos de aços longos, ofuscando um ambiente mais fraco para aços planos; e
- (iii) redução de capex sugerindo melhores números de FCF a partir de 2026E.
- Por fim,
- (i) acreditamos que a execução da Gerdau de seu programa de recompra (programa para o ano de 2025 ~68% concluído) fornece um teto em relação à remuneração aos acionistas; com
- (ii) alavancagem (dívida líquida/EBITDA incl. leasing) de 1,0x prevista para ser o pico, com melhora do EBITDA e menor capex levando a uma progressiva desalavancagem nos próximos anos.
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Grupo Mateus (GMAT3): 2T25 sólido; SSS acelerando apesar do cenário macro ainda desafiador
- O Grupo Mateus reportou resultados sólidos no 2º trimestre, com métricas operacionais em linha e lucro líquido acima das nossas expectativas em 9% devido ao menor imposto de renda. Embora em linha com nossas estimativas, o resultado traz importantes tendências de melhora, a saber:
- Aceleração das tendências de Vendas Mesmas Lojas (SSS), com Atacarejo (C&C) +1,5 pontos percentuais (p.p.) trimestre a trimestre (contra +1,0 p.p do ASAI) e varejo +1,90 p.p trimestre a trimestre;
- Dinâmica de rentabilidade sustentada, com expansão das margens bruta e EBITDA;
- Leve melhora na dinâmica do capital de giro (-2 dias), embora a empresa tenha antecipado recebíveis devido à primeira parcela da contribuição em dinheiro do Novo Atacarejo;
- O GMAT fechou 10 lojas Eletro neste trimestre como resultado da estratégia de otimização do portfólio, o que deve contribuir para o EBITDA, ROIC e capital de giro – esta é a primeira vez que a empresa fala sobre uma alocação de capital mais eficiente em termos de sua presença, o que vemos como positivo;
- No geral, apesar do cenário macro ainda desafiador, vemos a empresa executando consistentemente sua estratégia, enquanto o Novo Atacarejo será consolidado no 3º trimestre, o que pode apoiar uma revisão dos resultados futuros;
- Mantemos, assim, nossa recomendação de COMPRA;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
MRV (MRVE3): impairment leva a resultados mistos, mas operações brasileiras ganham tração
- A MRV apresentou resultados mistos no segundo trimestre de 2025, prejudicados pela Resia, embora as operações brasileiras tenham ganhado tração;
- A MRV Inc. registrou um lucro líquido ajustado positivo de R$ 125 milhões (+65% A/A, +15% em relação ao XPe), apoiado por
- (i) um sólido crescimento de 21% A/A na receita;
- (ii) uma expansão contínua da margem bruta de 90 pontos-base, excluindo os efeitos da reversão do PDD; e
- (iii) despesas SG&A diluídas T/T.
- Por outro lado, a Resia aprofundou suas perdas para R$ 887 milhões, superando a perda estimada de R$ 826 milhões, principalmente devido a
- (i) reconhecimentos de impairment esperados; e
- (ii) piora nos resultados financeiros e participações minoritárias.
- Isso resultou em um aumento das perdas líquidas da MRV&Co para R$ 775 milhões, um pouco pior do que nossa estimativa de perda de R$ 717 milhões, apesar das receitas e do lucro bruto terem superado nossas estimativas e as do consenso;
- Embora o impacto da Resia tenha pesado nos resultados consolidados, o desempenho acima do esperado das operações brasileiras pode desencadear uma reação positiva das ações, em nossa opinião;
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Enjoei (ENJU3): trimestre fraco devido a ajustes operacionais na Elo7; SG&A controlado leva a FCL positivo
- A Enjoei reportou resultados fracos no 2º trimestre, conforme esperado, com a Elo7 pressionando o crescimento da receita, mas ainda entregando EBITDA e Fluxo de Caixa Livre (FCF) positivos;
- No geral, observamos que a diretoria permanece confiante na trajetória da Enjoei, focando na consolidação das dinâmicas de incentivo, aprimoramento da eficiência da margem e melhoria da disponibilidade do sortimento de produtos, enquanto os ajustes operacionais ainda estão em andamento na Elo7, tornando a marca mais dependente de investimentos em marketing para sustentar seu crescimento;
- Embora a Elo7 ainda não esteja estabilizada, a Enjoei apresentou métricas operacionais sólidas e valorizamos o foco da empresa na geração de caixa, entregando EBITDA e FCF positivos apesar das tendências desafiadoras na receita;
- No entanto, ainda aguardamos resultados mais consistentes, com novas iniciativas amadurecendo e apoiando dinâmicas mais previsíveis no futuro;
- Mantemos, assim, nossa recomendação Neutra;
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B3 (B3SA3): navegando pela volatilidade | Destaques operacionais da B3 para julho de 2025
- Em 12 de agosto, a B3 divulgou seus números operacionais referentes a julho de 2025. No geral, vemos os números mensais como mistos:
- A Renda Fixa manteve um desempenho sólido, com novas emissões crescendo 15,0% A/A. No lado de equities, entretanto, o ADTV caiu;
- Os volumes de equities atingiram R$ 20,3 bn em ADTV para Ações à Vista (-16,9% M/M e -2,2% A/A) e R$ 21,2 bn em ADTV para Total de Ações (-16,5% M/M e -2,3% A/A). Quanto aos derivativos, mais uma vez, a queda anual foi compensada por uma receita média maior por contrato, preservando as receitas;
- No geral, vemos a volatilidade no ambiente macro, especialmente no cenário internacional, como o fator mais provável para o atual entrave, que está afetando negativamente o potencial para uma recuperação mais estável;
- Enquanto esperamos maior clareza sobre uma recuperação mais consistente, mantemos nossa visão conservadora sobre a ação e reiteramos nosso rating de Neutro, com preço-alvo de R$ 16 por ação;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Brisanet (BRST3): FCF pressionado por capex e capital de giro – Alavancagem atinge 2,44x ND/EBITDA 12M
- Os resultados da Brisanet no 2T25 vieram amplamente em linha com nossas estimativas:
- A receita líquida atingiu R$ 410 milhões (+18% A/A), impulsionada pelo crescimento da base de banda larga e pela expansão das operações móveis, que agora ultrapassam 560 mil assinantes;
- A margem EBITDA ajustada se manteve em cerca de 44%, mesmo em um trimestre com adições líquidas mais fracas na banda larga fixa;
- O lucro líquido ficou ligeiramente acima das expectativas, mas continua pressionado pelas despesas financeiras, refletindo altas taxas de juros e aumento da alavancagem — com ND/EBITDA 12M subindo para 2,44x devido a um consumo de caixa impulsionado por alto Capex, despesas financeiras elevadas e capital de giro mais fraco no trimestre;
- Continuamos vendo a execução móvel como um motor chave de crescimento, mas acreditamos que a geração de caixa e o capex disciplinado serão críticos para destravar valor no médio prazo, especialmente considerando que o ciclo de investimentos ainda está concentrado no 1S25;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Mills (MILS3) – 2T25: resultado melhor que o esperado; novos segmentos continuam como motor de crescimento
- A Mills reportou resultados positivos no 2T25, com lucro líquido de R$88mn (+30% vs. XPe e +29% T/T);
- Destacamos:
- Desempenho sólido e contínuo no segmento de Locação (EBITDA +10% T/T), com (a) Intralogística e Yellow-Line mantendo o foco de crescimento, com expansão da participação de contratos de longo prazo e redução da concentração em MEWP, e (b) desempenho positivo de margem (+4 p.p. T/T) devido a medidas de eficiência de custos;
- Desempenho positivo contínuo em Formas e Escoramentos (F&S) (EBITDA +10% T/T), impulsionado pelo atual pipeline robusto de projetos de infraestrutura e pelos esforços contínuos de reajuste de preços da empresa;
- Reiteramos nossa recomendação de Compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Simpar (SIMH3): 2T25 – Resultados neutros no geral; Movida e JSL são os destaques
- A Simpar reportou resultados neutros, com prejuízo líquido de R$36mn (vs. R$185mn no 2T24 e -R$108mn estimados pela XPe);
- Destacamos:
- Os números positivos da Movida no segmento de aluguel (tanto em RaC quanto em Fleet), onde a tarifa continua sendo o principal motor da receita líquida;
- O desempenho mais fraco da Vamos, com pressão no resultado final e nova guidance que implica revisão para baixo tanto das nossas estimativas quanto do consenso;
- Os resultados operacionais positivos da JSLG, apoiados por (a) esforços de reajuste de preços, (b) renegociação de contratos existentes e (c) aceleração de novos projetos;
- Reiteramos nossa recomendação de Compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Agro, Alimentos e Bebidas – Data Expert | Análise do WASDE – Ago/25
- O WASDE deste mês surpreendeu as expectativas com produtividades maiores de soja e milho nos EUA, mas também com uma grande mudança de área da soja para o milho, aumentando a produção de milho em 26,3 milhões de toneladas e reduzindo a produção de soja em 1,2 milhão;
- Esperamos que os preços do milho tendam a cair, também impactados pelas exportações brasileiras entrando na janela tradicional de exportação dos EUA. Para a soja, os preços são sustentados por estoques finais menores nos EUA, mas se as tarifas retaliatórias chinesas não forem totalmente suspensas, o Brasil continuará absorvendo a demanda de exportação que sairia dos EUA;
- No algodão, o consumo global é maior apesar das safras menores nos EUA e na China, um sinal positivo para os preços;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- China’s new canola tariff heightens trade tensions with Canada (Financial Times);
- Desembolsos de crédito rural têm queda de 25% no primeiro mês do Plano Safra 25/26 (Valor Econômico);
- INSS suspende contrato com Agibank para apurar denúncias de ‘graves violações’ (Valor Econômico);
- Fitch Rebaixa Ratings da Braskem para ‘BB-’/‘AA(bra)’; Observação Negativa (Fitch Ratings);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
Factor Pulse: Valor se destaca em 2025
- Valor lidera 2025 com ganho de 38,0%, seguido por Qualidade com +20,5%;
- Embora todas as carteiras compradas dos nossos fatores tenham apresentado perdas, as estratégias long/short para Valor, Baixo Risco, Revisões de Sell-side e Qualidade registraram ganhos;
- Baixo Risco e Momentum continuam sendo os fatores com pior desempenho em 2025, embora o drawdown do Momentum apresente sinais de melhora;
- Após a mudança do Brasil para um regime de queda da taxa de juros, todos os fatores estão atualmente abaixo das tendências passadas, mas os retornos podem melhorar com o esperado corte da Selic, caso os padrões históricos se confirmem.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- RB Asset propõe fusão de fundos RFOF11 e RRCI11;
- AZ Quest Panorama Logística (AZPL11) anuncia aquisição integral das cotas do AZPE11;
- Queda no crédito imobiliário atinge todos os segmentos, diz Abecip;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Petrobras estuda usar energia nuclear para descarbonizar suas operações marítimas, diz consultor de projetos | Café com ESG, 13/08
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,7% e 1,8%, respectivamente;
- No Brasil, (i) segundo o consultor de projetos da Petrobras Fabio Passarelli, a empresa estuda usar energia nuclear como alternativa para descarbonizar suas operações marítimas de produção de petróleo, hoje abastecidas por equipamentos movidos a gás natural – o projeto ainda é incipiente e depende do desenvolvimento da tecnologia, que é conhecida como SMR (sigla em inglês para reator modular pequeno); e (ii) a Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou ontem a nova resolução 987/2025 que regulamentará a autorização de produção de biocombustíveis e de operação de instalação usinas – uma das principais mudanças é a ênfase de que produtores de biodiesel podem adquirir, mas não vender metanol;
- No internacional, os Estados Unidos rejeitaram a proposta da Organização Marítima Internacional (IMO) denominada “Net-Zero Framework”, que visa reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa do setor de transporte marítimo global – o país ameaçou tomar medidas contra os países que a apoiarem;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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