IBOVESPA -2,10% | 134.432 Pontos
CÂMBIO +1,22% | 5,50/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a terça-feira em queda de 2,1%, aos 134.432 pontos, em seu pior desempenho diário desde 4 de abril, e com 76 dos 84 papéis do índice terminando no campo negativo. O movimento refletiu o aumento da aversão ao risco após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, buscando impedir a implementação da Lei Magnitsky no Brasil, o que elevou os temores de uma possível escalada de tensões geopolíticas entre Brasil e EUA. Nesse contexto, os bancos foram os principais responsáveis pela queda do índice, com destaque para Itaú (ITUB4, -3,8%) e Banco do Brasil (BBAS3, -6,0%). Os ativos locais também sofreram, com o DI jan/34 abrindo 21 bps e o dólar avançando 1,2%, para R$ 5,50.
No lado positivo, Minerva (BEEF3, +2,9%) se destacou, estendendo os ganhos dos dois pregões anteriores e acumulando alta de 10,0% no período. Já na ponta negativa, Raízen (RAIZ4, -9,6%) devolveu a alta de 10,6% registrada no pregão anterior, após notícias de que a Petrobras (PETR4, -1,1%) estaria interessada em investir na companhia. A estatal, no entanto, negou a informação, o que afetou o desempenho das ações da Raízen.
Nesta quarta-feira, destaque para a divulgação da ata da última reunião do FOMC. Na Zona do Euro, serão divulgados os dados de inflação ao consumidor (CPI) de julho.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com forte abertura da curva. No Brasil, o movimento foi impulsionado pela escalada das tensões diplomáticas com os Estados Unidos, relacionadas à aplicação da Lei Magnitsky em território nacional. Além disso, notícias sobre pesquisas eleitorais elevaram a volatilidade no pregão. Nos Estados Unidos, em um dia de noticiário mais esvaziado, o destaque ficou por conta da agência S&P Global, que projetou um aumento significativo na receita americana, refletindo os efeitos da política tarifária adotada pelo país. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,75% (-1,4bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,31% (-3,1bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,91% (+2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,15% (+19,5bps); DI jan/29 em 13,48% (+28,6bps); DI jan/31 em 13,75% (+27,4bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA recuam (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,2%) com queda no setor de tecnologia, que pesa sobre o mercado. Na temporada de resultados, o balanço da Home Depot mostrou alta nas vendas nos EUA, enquanto Target e Walmart divulgam resultados nesta semana, em meio a preocupações com os efeitos das tarifas impostas por Trump. O foco segue no simpósio de Jackson Hole, com Jerome Powell discursando na sexta-feira. Hoje, a ata da reunião de julho do Fed deve servir como prévia.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,1%), após todos os setores iniciarem o dia no negativo. O setor de defesa prolonga as perdas após o otimismo com as negociações entre Trump, Zelenskyy e líderes europeus. Além disso, o CPI do Reino Unido surpreendeu ao acelerar para 3,8% A/A em julho (consenso: 3,4%), adicionando pressão sobre ativos locais.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +1,1%; HSI: +0,2%), após o Banco Popular manter a taxa de empréstimos (LPR) inalterada pelo terceiro mês seguido, em linha com as expectativas. No restante da Ásia, Japão liderou as quedas (Nikkei: -1,5%) após exportações recuarem 2,6% A/A em julho, maior queda em quatro anos, com destaque para SoftBank (-9%).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em queda de 0,18%, pressionado principalmente pelo desempenho negativo dos fundos de tijolo, que recuaram, em média, 0,15%, diante de uma nova rodada de abertura nos vértices longos da curva de juros. Os FIIs de papel também registraram desvalorização, com queda média de 0,03% na sessão.
Entre as maiores altas do dia, destacaram-se GZIT11 (3,3%), KIVO11 (2,0%) e RCRB11 (1,0%). Já entre as principais quedas, figuraram PATL11 (-2,3%), TEPP11 (-2,1%) e TGAR11 (-2,1%).
Economia
Nos EUA, o foco está na ata do último FOMC, que deverá ter efeito limitado sobre ativos. Após revisões para baixo nos dados do mercado de trabalho, o mercado segue projetando 83% de chance de corte de juros na próxima reunião. Na China, o banco central manteve as taxas de empréstimo em níveis recordes baixos pelo terceiro mês, apesar de dados recentes indicarem perda de tração da economia. Na Zona do Euro, o CPI de julho ficou estável em relação a junho, com núcleo de inflação em 2,3% a/a – acreditamos que o Banco Central Europeu tenha pouco espaço para novos cortes de juros, após recuperação da atividade na região.
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Economia
Ata do FOMC no radar em dia leve de indicadores
- Nos EUA, o foco estará na ata do último FOMC, comitê de política monetária. O Fed manteve as taxas estáveis em 4,25%–4,50% pela quinta reunião consecutiva, conforme esperado, mas dois diretores discordaram a favor de um corte. Espera-se que a divulgação tenha pouco impacto nos ativos, já que os dados do mercado de trabalho divulgados desde o último FOMC foram consideravelmente revisados para baixo, aumentando a probabilidade de cortes nas taxas na reunião de setembro. Hoje, o CME Group estima 83% de chance de corte de 0,25 p.p. nas taxas no próximo mês;
- O Banco Popular da China (PBOC) manteve as principais taxas de empréstimo em níveis recordes baixos pelo terceiro mês consecutivo, em linha com as expectativas do mercado. A decisão ocorreu apesar dos dados econômicos recentes sugerirem que a economia pode estar perdendo tração. A taxa de um ano — referência para a maioria dos empréstimos corporativos e pessoais — foi mantida em 3,0%, enquanto a taxa de cinco anos, que orienta as taxas de hipoteca, permaneceu em 3,5%. Dados divulgados na semana passada mostraram que a produção industrial cresceu no ritmo mais lento em oito meses em julho, enquanto as vendas no varejo registraram o crescimento mais fraco desde dezembro de 2024. Enquanto isso, os novos empréstimos em yuan caíram pela primeira vez em 20 anos, ficando muito abaixo das expectativas dos analistas, embora o crescimento mais amplo do crédito tenha mostrado alguma melhora. Em seu último relatório trimestral de implementação da política monetária, o banco central afirmou que continuará a implementar uma política monetária moderadamente frouxa;
- Na Zona do Euro, o índice de preços ao consumidor (CPI) de julho registrou estabilidade na comparação com junho, condizente com alta anual de 2,0%. Já o núcleo do CPI, métrica que exclui itens voláteis, avançou 2,3% a/a, conforme a prévia. No geral, os dados de inflação têm se comportado bem na região, fazendo o Banco Central Europeu a reduzir as taxas de juros nos últimos trimestres. Olhando adiante, vemos espaço mais limitado para cortes nas taxas, uma vez que a atividade econômica também tem se recuperado;
- No Brasil, não há indicadores relevantes na agenda. O mercado segue focado na relação entre o STF e as sanções individuais impostas pelos EUA às autoridades brasileiras. Ontem, a taxa de câmbio depreciou para perto de 5,50 reais por dólar por conta dessa preocupação.
Commodities
Mineração e Siderurgia: Cartão postal do Rio; Feedback do 2º Dia da XP CEO Conference
- Hoje realizamos o segundo dia da nossa CEO Conference no Rio de Janeiro, recebendo executivos de empresas dentro da nossa cobertura;
- Observamos uma perspectiva operacional construtiva para a Vale, apoiada por ramp-ups de projetos em andamento e maior flexibilidade de produtos, com melhorias de custos e alocação disciplinada de capital focada no crescimento de minério de ferro/cobre;
- Para a CSN/CMIN, notamos um tom cauteloso na divisão siderúrgica em meio à concorrência de importação mais acirrada que deve pesar sobre os preços no 3T25E, enquanto as perspectivas para a mineração permanecem construtivas, com os preços do minério de ferro se mantendo em ~US$ 100/t;
- Por fim, para a Aura, destacamos o sólido avanço dos projetos em andamento (forte foco em Borborema), com diversas fontes de potencial de valorização pela frente, ao mesmo tempo em que observamos os esforços contínuos da empresa para desenvolver novas iniciativas em outras operações;
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Mineração e Siderurgia: Crescimento da China desacelera sob tensão comercial; preços do minério de ferro caem -2% S/S
- Os principais temas da semana foram os dados econômicos da China e as tarifas dos EUA sobre produtos de aço e alumínio.
- Notamos:
- (i) A produção industrial e as vendas no varejo da China desaceleraram em Jul’25, refletindo o enfraquecimento da demanda doméstica e os persistentes ventos contrários ao comércio, enquanto Pequim intensificou seu foco na campanha “anti-involução”.
- (ii) O governo dos EUA adicionou novas categorias de produtos às tarifas de 50% sobre produtos de aço e alumínio.
- (iii) Os preços do minério de ferro caíram -2% S/S, com os estoques portuários de minério de ferro da China subindo +1% S/S, enquanto os estoques de aço longo e plano aumentaram +5% S/S e +1% S/S, respectivamente.
- (iv) os preços de BQ ficaram estáveis, enquanto os preços do vergalhão caíram S/S no Brasil, com paridade de aço plano em +8% e paridade de aço longo em -4%, com importações de aço do Egito (isentas de tarifas de importação) sugerindo paridade em +8%.
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Empresas
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Transportes: Cartão postal do Rio – XP CEO Conference 1º Dia
- Realizamos o primeiro dia da 2ª XP CEO Conference, no Rio de Janeiro. No setor de Transportes, destacamos:
- A abordagem seletiva da Ecorodovias em relação a novos projetos, mantendo-se atenta a oportunidades que possam considerar estratégias envolvendo emissão de ações;
- A Localiza focada em aumentos contínuos nas tarifas de aluguel e na eficiência de custos, enquanto navega por um ambiente ainda desafiador no segmento de Seminovos;
- A Movida reiterou sua convicção de que não é necessário realizar impairment da frota, pois espera um impacto limitado da recente redução do IPI;
- A Vamos concentrará seus esforços em melhorar a utilização da frota enquanto implementa sua estratégia de desalavancagem;
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- Realizamos o primeiro dia da 2ª XP CEO Conference, no Rio de Janeiro. No setor de Transportes, destacamos:
- Instituições Financeiras: Cartão postal do Rio; XP CEO Conference 2º Dia
- Hoje realizamos o 2º dia da nossa Conferência de CEOs no Rio de Janeiro, recebendo executivos de empresas da nossa cobertura:
- O BR Partners destacou que, embora alguns setores continuem pressionados, empresas desalavancadas têm apresentado bons resultados. A empresa observou um forte crescimento no segmento de reestruturação de dívidas e vê sinais iniciais de recuperação em IB/M&A após um 2023/1S25 fraco, enquanto o DCM está em seu melhor momento, apoiado por um pipeline robusto, foco em estruturas complexas e presença crescente em FDICs e CRIs. O volume de transações subiu para cerca de 80–90 em 2025, sustentado por uma equipe ampliada e sinergias de distribuição, e as prioridades de expansão incluem IB, DCM, tesouraria e wealth, com uma possível entrada em ECM por meio de parcerias;
- A Caixa Seguridade reportou uma originação mais fraca em crédito consignado e crédito PJ no 1S25, mas espera alguma melhora no 2S25. Lançou o empréstimo consignado CLT com seguro de perda de renda cobrindo até 3 parcelas e ajustou o Prestamista para acompanhar saldos devedores, além de adotar uma estratégia segmentada. A empresa vê cortes na Selic e o ano eleitoral como gatilhos para acelerar crédito e seguros, com seguros de Vida e Residencial avançando em prêmios mensais recorrentes, Consórcios em níveis recordes, e riscos gerenciados por meio de segmentação e precificação.
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- Hoje realizamos o 2º dia da nossa Conferência de CEOs no Rio de Janeiro, recebendo executivos de empresas da nossa cobertura:
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Investors warn of ‘new era of fiscal dominance’ in global markets (Financial Times);
- Tributação da LCI vai na contramão de melhora no funding imobiliário, diz setor (Valor Econômico);
- Aegea compra Ciclus, da Simpar, por R$ 1,9 bi (Valor Econômico);
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Oferta bilionária de CEPACs fica abaixo da meta e levanta dúvidas sobre apetite da Faria Lima;
- O ecommerce explodiu. Mas faltam galpões para todos;
- Fundos imobiliários seguem mercado e IFIX tem primeira queda da semana;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Cartão postal do Rio; XP CEO Conference 2º Dia | ESG
- A 2ª edição da XP CEO Conference terminou hoje no Rio de Janeiro, reunindo mais de 80 executivos da alta liderança das principais empresas brasileiras para se encontrarem com mais de 400 investidores institucionais, tanto locais quanto estrangeiros;
- Além de assuntos específicos das empresas, as discussões abrangeram uma ampla gama de tópicos, desde desenvolvimento regulatório, alocação de capital e descarbonização. A seguir, resumimos os principais destaques ESG das reuniões com a Vibra, Vale e Petrobras.;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Petrobras (PETR4) prevê lançar combustível sustentável de aviação ainda esse ano | Café com ESG, 20/08
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 2,1% e 2,3%, respectivamente;
- No Brasil, (i) segundo Roberto David, gerente geral de marketing da Petrobras, a companhia deve lançar, até o fim do ano, seu combustível sustentável de aviação – a produção inicial prevista é de até 10 mil barris por dia; e (ii) o centro de pesquisa de emissões de gases de efeito estufa da Universidade de São Paulo (USP) vai criar uma registradora de transações de créditos de carbono, a primeira do país para esse tipo de operações – a registradora deve funcionar como uma espécie de “cartório”, assegurando que o crédito foi gerado por uma operação renovável;
- De olho na COP30, em nova carta à comunidade internacional, o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, advertiu os países pelo atraso na entrega de suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) – até agora, cerca de 75% dos países ainda não apresentaram suas metas para 2035;
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