Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 2,1% e 2,3%, respectivamente.
• No Brasil, (i) segundo Roberto David, gerente geral de marketing da Petrobras, a companhia deve lançar, até o fim do ano, seu combustível sustentável de aviação – a produção inicial prevista é de até 10 mil barris por dia; e (ii) o centro de pesquisa de emissões de gases de efeito estufa da Universidade de São Paulo (USP) vai criar uma registradora de transações de créditos de carbono, a primeira do país para esse tipo de operações – a registradora deve funcionar como uma espécie de “cartório”, assegurando que o crédito foi gerado por uma operação renovável.
• De olho na COP30, em nova carta à comunidade internacional, o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, advertiu os países pelo atraso na entrega de suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) – até agora, cerca de 75% dos países ainda não apresentaram suas metas para 2035.
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Brasil
Empresas
Sonda da Petrobras chega à costa do Amapá para simulação de emergências na Foz do Amazonas
“A sonda NS-42, destinada pela Petrobras à perfuração de um poço na Bacia da Foz do Amazonas (AP), chegou na segunda-feira (18) ao bloco FZA-M-59, onde será realizada a avaliação pré-operacional (APO), última etapa do processo de licenciamento ambiental. A área fica a 175 quilômetros da costa do Amapá. A APO é um simulado de vazamento de óleo em que a companhia precisa demonstrar a capacidade de atender à emergência. A sonda foi afretada (alugada) pela Petrobras. A simulação será realizada a partir do domingo (24) e envolverá mais de 400 pessoas, de acordo com a estatal. “Por meio da simulação de uma ação de resposta a um acidente, o órgão avaliará aspectos como a eficiência dos equipamentos, agilidade, cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos e comunicação com autoridades e partes interessadas”, explicou a companhia, em nota. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai analisar, com o exercício, o atendimento pela Petrobras às ações previstas nos Planos de Proteção e Atendimento à Fauna e no Plano de Emergência.”
Fonte: Valor Econômico; 19/08/2025
Petrobras deve lançar combustível sustentável para aviação até o fim do ano
“A Petrobras deve lançar, até o fim do ano, seu combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), disse, nesta terça-feira (19), Roberto David, gerente geral de marketing para o mercado interno da estatal. A produção prevista pela companhia é de até 10 mil barris por dia. Segundo David, que participou do evento “Diálogos para uma Transição Energética Justa – Biocombustíveis e Soluções Sustentáveis” — realizado pela Petrobras em parceria com Valor, O Globo e a rádio CBN —, a estatal já produz o combustível de navegação (“bunker”) com adição de 24% de biodiesel, o que permite uma emissão 20% menor de gases de efeito estufa. Há alguns meses, a empresa concluiu testes de produção do SAF por meio de coprocessamento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio. Nos testes, a estatal adicionou até 1,2% de óleo de milho no processamento do querosene de aviação (QAV).”
Fonte: Valor Econômico; 19/08/2025
Primeira usina de etanol de trigo é inaugurada
“O município de Santiago (RS) vive a expectativa do início das operações da primeira usina de etanol de trigo do Brasil. A planta aguarda algumas autorizações para começar a produzir, mas a expectativa é de que isso ocorra ainda este mês. Serão processadas 100 toneladas de trigo por dia, e a expectativa é de gerar até 12 milhões de litros de etanol hidratado por ano. A empresa por trás da fábrica de biocombustível é a CB Bioenergia. Nessa primeira fase do projeto, foram investidos cerca de R$ 100 milhões para a construção. A expectativa é de expandir a unidade para gerar entre 45 e 50 milhões de litros de por ano até 2027, o que exigiria aportes adicionais que somam R$ 500 milhões. Foram aproximadamente três anos de pesquisa para saber quais produtos serão utilizados no processo de fabricação. A escolha foi uma levedura desenvolvida pela empresa americana IFF, que testou mais de 150 variedades de trigo cultivados no Rio Grande do Sul. Segundo a multinacional, essas leveduras são geneticamente modificadas e capazes de fazer o processo de fermentação dessas diferentes variedades de trigo, o que torna a fabricação mais rentável. A estimativa é de que elas consigam ampliar o rendimento em até 4,5%. Outro ponto são os subprodutos que a usina pretende gerar. Além do álcool neutro, usado na indústria de perfumaria e bebidas, os resíduos sólidos servem para fabricação de utensílios descartáveis biodegradáveis (pratos, por exemplo).”
Fonte: Eixos; 19/08/2025
Política
Centro de pesquisas da USP vai criar “cartório” para créditos de carbono
“O Brasil deve contar com uma registradora de transações de créditos de carbono, a primeira do Brasil para esse tipo de operações, afirmou Julio Meneghini, diretor científico do RCGI-USP, centro de pesquisa de emissões de gases de efeito estufa da Universidade de São Paulo. A registradora, explicou, vai funcionar como uma espécie de “cartório”, assegurando que o crédito de carbono foi gerado por uma operação renovável. A registradora difere da certificadora, que estabelece regras para programas de carbono, garantindo transparência e integridade dos créditos. “Todas as transações precisam passar por uma registradora, existem algumas no mundo e a nossa, da RCGI-USP, será a primeira no Brasil”, disse Meneghini, que participou do evento “Diálogos para uma Transição Energética Justa – Biocombustíveis e Soluções Sustentáveis”, realizado pela Petrobras em parceria com os jornais Valor e “O Globo” e pela Rádio “CBN”. Meneghini não mencionou data de início do funcionamento da iniciativa. O especialista afirmou que a iniciativa vem no rastro da regulamentação do mercado de carbono, no ano passado. Ressaltou também que o papel do mercado de carbono é fundamental para a redução das emissões, já que as pessoas não querem mais pagar mais caro por uma energia renovável.”
Fonte: Valor Econômico; 19/08/2025
“BELO HORIZONTE — O financiamento para geração de energia renovável no Brasil cresceu 6,5% em 2024 em comparação com o ano anterior, segundo estudo da consultoria Clean Energy Latin America (Cela). O volume chegou a R$ 32,5 bilhões no ano passado, ante R$ 30,5 bilhões em 2023. Houve queda de quase 30% nos créditos para as usinas eólicas de grande porte em 2024 em relação ao ano anterior, com R$ 8,7 bilhões destinados aos empreendimentos, contra R$ 12,2 bilhões em 2023. Já os financiamentos para energia solar aumentaram 30%, indo de R$ 13,3 bilhões em 2023 para R$ 23,8 bilhões em 2024. Os investimentos em geração distribuída, por sua vez, cresceram 47% em 2024, com R$ 6,9 bilhões investidos. As usinas solares de geração compartilhada e autoconsumo remoto também cresceram quase 8% no período, com R$ 5,6 bilhões de recursos. As fontes renováveis vivem dificuldades no país, em meio aos cortes de geração (curtailment), devido a problemas na infraestrutura de transmissão e geração e à baixa demanda. O levantamento apurou os desembolsos de instituições financeiras que fomentam a geração de eletricidade a partir de fontes eólicas e fotovoltaicas, entre fontes públicas, privadas, cooperativas de crédito e fintechs. Segundo a consultoria, o aumento do financiamento no ano passado para empreendimentos de geração de energia solar foi puxado pelo mercado de capitais.”
Fonte: Eixos; 19/08/2025
Internacional
Empresas
A remuneração dos CEOs das principais empresas dos EUA acelera no ritmo mais rápido em quatro anos
“A remuneração dos executivos-chefes das empresas do S&P 500 aumentou 7,7% no ano passado, à medida que os pacotes salariais nas maiores companhias dos EUA continuaram a crescer. A remuneração média total dos CEOs do S&P subiu para US$ 19 milhões em 2024. Esse aumento foi superior ao crescimento de 7,2% registrado em 2023, segundo a Farient Advisors, uma consultoria especializada em remuneração, e representou o ritmo de crescimento mais rápido desde o ganho de 11,5% em 2021. A remuneração total da força de trabalho americana, em geral, aumentou 3,6% nos 12 meses encerrados em dezembro de 2024, conforme dados do Bureau of Labor Statistics. “Ainda estamos vendo aumentos na remuneração dos executivos acima da taxa de inflação, bem como acima da remuneração dos funcionários comuns”, afirmou Eric Hoffmann, diretor de dados da Farient Advisors. O CEO mais bem pago do S&P 500 no ano passado foi Rick Smith, da fabricante de tasers Axon Enterprise, que recebeu US$ 164,5 milhões, principalmente em prêmios em ações, após atingir metas ao longo de vários anos, segundo dados fornecidos pela MyLogIQ. Brian Niccol, diretor executivo da Starbucks, ficou em segundo lugar, com um total de US$ 95,8 milhões no ano passado, também majoritariamente provenientes de prêmios em ações. Seu pacote salarial incluiu um bônus de contratação de US$ 5 milhões e dois prêmios em ações únicos, que variaram entre US$ 75 milhões e US$ 80 milhões, para compensar o dinheiro perdido e as ações não adquiridas enquanto dirigia a Chipotle.”
Fonte: Financial Times; 19/08/2025
Política
Presidente da COP30 adverte países sobre atraso na entrega de metas ambientais
“Em nova carta à comunidade internacional, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, advertiu os países nesta terça-feira (19) pelo atraso na entrega de suas metas para redução dos gases de efeito estufa – as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) – a tempo de serem incluídas no relatório síntese da ONU Clima, mais conhecida como UNFCCC, em outubro, antes da conferência. Até agora, cerca de 75% dos países ainda não apresentaram suas NDCs para 2035. Essas respostas das nações são muito esperadas às vésperas da COP e refletem o compromisso global de reduzir o aumento da temperatura média do planeta a 1,5ºC. E as NDCs indicam quão distantes os países estão de cumprir essas promessas. “Ao cruzarmos a marca dos 100 dias antes da COP30, cerca de 4/5 dos membros do Acordo de Paris ainda não apresentaram novas NDCs para 2035. As partes sabem como é importante que a UNFCCC receba as NDCs a tempo de serem refletidas no relatório de síntese”, afirmou Lago, lembrando que nenhuma ação demonstra mais compromisso com o multilateralismo e com o regime climático no mundo do que essas metas.”
Fonte: Valor Econômico; 19/08/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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