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Temporada de resultados, Taxas de Juros, Jackson Hole, BRICS, Nvidia | 🌎 Top 5 temas globais da semana

1. Temporada de Resultados: Quando a surpresa não surpreende tanto assim 2. Leve alívio nas taxa de juros 3. Jackson Hole provoca volatilidade nos mercados 4. BRICS+ 5. Nvidia - O resultado mais aguardado da temporada

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1. Temporada de Resultados: Quando a surpresa não surpreende tanto assim

Com 97% das empresas já tendo reportado seus balanços patrimoniais, chega ao final a temporada de resultados do 2º trimestre de 2023, a qual detalhamos num relatório publicado no quinta-feira, dia 24/08. Disponível aqui, e comentamos no Morning Call de hoje.

Recomendamos a leitura do nosso documento na íntegra, mas destacamos os principais pontos aqui:

i) Foi uma temporada com um alto percentual surpresas positivas de lucro no S&P 500 (79%)

ii) O lucro por ação (LPA) do S&P 500 caiu -3,2% ante uma expectativa de queda de -6,4% sendo este o terceiro trimestre consecutivo de queda.

iii) A reação das ações das empresas que bateram as estimativas foi apenas 0,1% acima da performance do S&P 500 no pregão seguinte à divulgação. Número mais baixo desde o 4º tri de 2020.

Para mais detalhes, comentários, links para os comentários de ações individuais, leituras setoriais e mais, acesse nosso relatório.

2. Leve alívio nas taxa de juros

Esta semana foi marcada por uma pausa no rali das taxas de juros, após cinco semanas seguidas de altas na taxa de juros americana de 10 anos, tema que já vínhamos monitorando nas semanas anteriores. No início da semana, a taxa de 10 anos chegou a bater 4,35%, mas retrocedeu após dados de atividade econômica terem vindo mais fracos que o esperado, o que é positivo para a trajetória de política monetária.

Os juros americanos não estão isolados neste movimento. A curva de juros americana, conhecida como a mãe de todas as curvas, influencia diretamente o comportamento de outros ativos ao redor do mundo. Nessa semana, destaque para os juros de países europeus, que seguiram a mesma tendência dos EUA. As bolsas fecharam a semana em terreno positivo, respondendo à diminuição da pressão imposta pelas taxas de juros.

3. Jackson Hole provoca volatilidade nos mercados

Nessa semana economistas, banqueiros e dirigentes de bancos centrais se reuniram em Wyoming para o tradicional simpósio anual do banco central americano (Fed) em de Jackson Hole que neste ano teve como tema “Mudanças Estruturais na Economia Global”. Na sexta-feira, o chairman do Fed, Jerome Powell, discursou e reforçou um tom mais duro em relação à política monetária(hawkish) e deixou claro que a possibilidade de altas adicionais na taxa básica de juros dos EUA não pode ser descartada, à depender do desempenho de indicadores de inflação e atividade econômica nos EUA.

Em seu discurso, Powell reconheceu que o cenário econômico está mais favorável que há um ano, e reforça que para conduzi-lo ao seu estado ideal, será necessário manter juros elevados por mais tempo.

O discurso gerou volatilidade nos mercados, assim como um adiamento da expectativa que o Fed inicie o ciclo de cortes na taxa de referência.

O debate acerca da taxa de juros neutra para a economia americana, ou seja, aquela que não acelera nem desacelera a economia continua. Há quem defenda que o nível neutro esteja maior desde a pandemia por fatores estruturais, como aumento do déficit fiscal, envelhecimento da população e tendência de crescimento do PIB, o que pode levar o Fed a manter juros em patamar mais elevado mesmo após a normalização da economia, dando fim à era do juro real zero que vivemos desde a normalização a crise financeira de 2008 até a pandemia.

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4. BRICS+

Nessa semana ocorreu a 15ª cúpula dos BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A pauta da o evento realizado em Joanesburgo (África do Sul) incluiu a criação de uma alternativa ao dólar e a adição de novos membros ao bloco.

Ao final da reunião, foi anunciada a adição de seis novos membros: Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Na nova composição, o bloco terá no agregado cerca de 46% da população global e um PIB conjunto de quase US$ 33 trilhões, ou 29,7% do PIB global. O bloco não possui critérios claros para a adesão e permanência, funcionando como uma associação de países emergentes para fomentar cooperação em diversas áreas.

O crescimento do bloco e a busca de uma moeda comum para se opor ao dólar é uma vitória dos interesses chineses, que tem como objetivo tornar o BRICS+ um contraponto ao G7 e ao G20 no debate internacional.

5. Nvidia - O resultado mais aguardado da temporada

Coroando o final da temporada de resultados, na quarta-feira recebemos os números da Nvidia. Maior alta do S&P 500 do ano e grande vencedora da nova corrida por investimentos em Inteligência Artificial, a empresa fundada e comandada por Jensen Huang reportou resultados estelares.

A receita da fabricante de chips subiu nada menos que 101,6% em relação ao mesmo período no ano anterior e atingiu US$ 13,5 bilhões. Seus lucros dispararam mais de 400%, levando a margem bruta da empresa a atingir 71,2%, recorde histórico.

O resultado acima das expectativas dos analistas veio acompanhado de mais uma indicação de força nas vendas. O guidance de receita para o próximo trimestre foi anunciado em US$ 16 bilhões (mais ou menos 2%) e ficou muito acima dos US$ 12,6bi que o mercado previa. Além disso a empresa anunciou um programa de buyback (recompre de ações) de US$ 25bi, dando ainda mais suporte ao preço da ação, que já sobe mais de 200% no ano.

Para além do resultado em si, destacamos dois importantes fenômenos relacionados à Nvidia:

  1. Como mencionamos na nossa seção sobre a temporada de resultados, nem sempre as expectativas dos analistas são semelhantes às expectativas do mercado. As ações da Nvidia que chegaram a disparar 10% no after market da quarta-feira, logo após a divulgação dos números, fecharam o pregão da quinta-feira com alta de apenas 0,1% e caíram mais de 2% na sexta-feira.
  2. Analisar ações simplesmente olhando múltiplos pode ser algo muito perigoso. Da mesma forma que empresas com índice preço/lucro muito baixo podem ser “value traps” e nunca chegarem a ser bons investimentos, empresas com múltiplos altíssimos podem ser, simplesmente, um reflexo das expectativas do mercado acerca de um crescimento de lucros (muito) acima do que o consenso mostra. No caso da Nvidia, a ação, apesar de estar próxima das máximas históricas, tem ficado cada vez mais "barata" em termos de múltiplo P/L, saindo de quase 65x para menos de 35x após os resultados de quarta-feira.

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