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Tupy (TUPY3) recebe indicação do BNDES e Previ para novo presidente | Café com ESG, 19/03

Novo presidente na Tupy; BYD avança em autonomia e carregamento

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em  leve alta, com o IBOV e o ISE avançando 0,5% e 0,2%, respectivamente.

• De olho em governança corporativa, (i) a Tupy vai anunciar na próxima segunda-feira (24) Rafael Lucchesi, atual diretor de desenvolvimento industrial da Confederação Nacional de Indústria (CNI) e diretor-superintendente do Sesi, como substituto de Fernando Rizzo na presidência da empresa, segundo a imprensa local - Lucchesi é indicação do braço de participações do BNDES, o BNDESPar, maior acionista da metalúrgica (28,2%,), e da Previ (com outros 24,8%); e (ii) a Vale divulgou a composição da chapa para o seu conselho de administração no período de 2025 a 2027 que irá colocar em votação durante a assembleia geral ordinária da companhia no próximo dia 30 de abril - a empresa propõe aos acionistas a recondução de Daniel André Stieler como presidente do conselho e de Marcelo Gasparino da Silva como vice-presidente, além de três novos nomes independentes.

• No internacional, a BYD disse que vai lançar no mês que vem dois modelos de carros equipados com uma bateria que alcança autonomia de 400 quilômetros após cinco minutos de carga — em resposta, o mercado levou a ação à máxima histórica, fechando em alta de 4,10% em Hong Kong na madrugada de hoje, chegando a avançar mais de 6% durante a sessão.

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Brasil

Empresas

ANP aprova operação de planta de etanol de milho no Maranhão

"A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a instalação de usina produtora de etanol da Inpasa Agroindustrial em Balsas (MA). O aval foi publicado no Diário Oficial da União desta terça (18/3). A unidade terá capacidade de produzir 1.250 m³ de etanol hidratado e a 1.250 de etanol anidro por dia, utilizando cereais como matéria prima. Além do etanol, o empreendimento vai produzir derivados desses cereais, como óleo de milho, farinha, DDG (subproduto utilizado na ração animal) e energia elétrica. A escolha de Balsas, no sul do Maranhão, levou em consideração a disponibilidade de matéria prima e biomassa, além da malha de escoamento da produção, conforme consta em memorial da Inpasa enviado à ANP. A empresa, sediada no Paraguai, inaugurou a primeira planta de etanol de milho do Brasil em 2019. Localizada em Sinop, no Mato Grosso, tem capacidade de processar 4.150 toneladas de milho e produzir 1,75 milhões de litros de etanol por dia. A unidade no Maranhão é a quinta instalação da Inpasa no Brasil. Também há plantas de etanol da companhia paraguaia em Nova Mutum (MT), Dourados (MS) e Sidrolândia (MS)."

Fonte: Eixos; 18/03/2025

Indicado do BNDES e Previ vai assumir presidência da Tupy

"A metalúrgica Tupy vai anunciar na próxima segunda-feira (24) a troca de presidente durante convocação para assembleia de acionistas. Rafael Lucchesi, diretor de desenvolvimento industrial da Confederação Nacional de Indústria (CNI) e diretor-superintendente do Sesi, assumirá o cargo no lugar de Fernando Rizzo, apurou o Valor com duas fontes a par do assunto. Lucchesi é indicação dos sócios majoritários da metalúrgica, ainda de acordo com essas fontes. O braço de participações do BNDES, o BNDESPar, é o maior acionista da metalúrgica, com 28,2%, seguido pela Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil), com outros 24,8%. Juntas, as fatias somam 53%. Lucchesi é presidente do conselho de administração do banco de fomento. Procurado, ele não retornou os pedidos de entrevista. Uma fonte ouvida pela reportagem diz que o nome de Lucchesi “foi uma escolha técnica”. Outra pessoa ligada à indústria diz que Lucchesi tem um “ótimo currículo”, mas falta a ele a experiência na gestão de empresas para assumir o cargo. Outra pessoa a par do tema informou que a escolha de Lucchesi será por consenso e será debatida oficialmente nesta semana e que há apoio dos demais acionistas para a sua nomeação. A Tupy é uma das mais importantes metalúrgicas do país, de capital aberto, com posição relevante em autopeças. A companhia catarinense é uma das maiores fabricantes globais de blocos e cabeçotes. A indicação de Lucchesi será anunciada ao mercado na segunda-feira, durante reunião do conselho de administração do grupo."

Fonte: Valor Econômico; 18/03/2025

Vale divulga chapa para eleição de conselho de administração da companhia

"A Vale divulgou a composição da chapa para o seu conselho de administração no período de 2025 a 2027 que irá colocar em votação durante a assembleia geral ordinária da mineradora no próximo dia 30 de abril. A empresa propõe aos acionistas a recondução de Daniel André Stieler como presidente do colegiado e de Marcelo Gasparino da Silva como vice-presidente do conselho de administração. Três nomes independentes que atualmente não fazem parte do colegiado foram incluídos na chapa pela Vale: Anelise Quintão Lara, Franklin Lee Feder e Wilfred Theodoor Bruijn. Eles entrariam nos lugares de Douglas James Upton, Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães e Paulo Hartung, que não tiveram seus nomes incluídos para deliberação dos acionistas. Os outros sete nomes que a Vale propõe em sua chapa para o conselho de administração já fazem parte atualmente do colegiado. O indicado pelos funcionários, André Viana Madeira, também já é membro do órgão."

Fonte: Valor Econômico; 18/03/2025

Empresas votam em abril proposta de mudança nas normas do Novo Mercado

"A B3 concluiu a segunda rodada da consulta pública para mudar as normas do Novo Mercado, o segmento de listagem das empresas de mais alta governança corporativa. No próximo mês, as 190 companhias listadas no Novo Mercado poderão votar se aprovam ou não a nova proposta do regulamento. No texto final, a B3 manteve a sugestão de criar o “Novo Mercado Alerta”, uma medida que chama a atenção de que algo importante ocorreu em uma companhia. É uma espécie de luz amarela em casos de uma potencial violação às regras do Novo Mercado, que antecede a abertura de uma apuração de casos demasiadamente graves. Na primeira etapa da consulta, a medida tinha o nome de “selo em revisão”, mas causou desconforto no mercado, que temeu um julgamento antecipado capaz de prejudicar a imagem da empresa. Então, na segunda rodada da consulta, a bolsa modificou o nome para “Novo Mercado Alerta” para evidenciar que é uma medida de transparência, mas que não implica na exclusão da companhia do segmento. A B3 manteve a proposta de que o alerta pode ser considerado em quatro situações somente: quando a companhia divulgar um fato relevante que demonstre a chance de erro nas informações financeiras, incluindo os relacionados à fraude; quando houver um atraso acima de 30 dias na entrega das informações financeiras; quando o relatório dos auditores independentes tiver opinião modificada (com ressalva ou abstenção, por exemplo); e quando a companhia pedir recuperação judicial ou extrajudicial no Brasil ou procedimentos equivalentes no exterior."

Fonte: Valor Econômico; 18/03/2025

White Martins dobra a aposta no hidrogênio verde

"A White Martins — a líder do mercado de gases industriais do Brasil — vai inaugurar este ano sua segunda planta de hidrogênio verde, apostando num mercado ainda inexistente no Brasil mas que pode ter uma demanda robusta dada a necessidade de descarbonização das empresas. A nova planta da White Martins vai ser inaugurada em meados do ano em Jacareí, no interior de São Paulo. A capacidade de produção será de 800 toneladas de hidrogênio verde por ano, e 20% deste montante já está comprometido num contrato de longo prazo com uma fabricante de vidros, a Cebrace. A White Martins já tem uma planta de hidrogênio verde em operação, também no interior de São Paulo, mas com capacidade muito menor, de apenas 156 toneladas/ano. A companhia hoje é a única fabricante de hidrogênio verde no Brasil, mas há outros projetos de fábricas a serem construídas nos próximos anos. O CEO Gilney Bastos disse ao Brazil Journal que a ideia com a nova planta é testar a demanda do mercado por esse produto. “Na nossa primeira fábrica, sobra só 15% da produção para vender no mercado, o que é muito pouco,” disse ele. “Nessa nova vai sobrar 80%, o que vai permitir testar a demanda do mercado pelo hidrogênio verde, que é um produto que tinha dado uma esfriada globalmente, mas que achamos que mais cedo ou mais tarde vai voltar à moda.” Gilney notou ainda que apenas oito países têm fábricas de hidrogênio verde. A Linde, a multinacional alemã que controla a White Martins, tem fábricas na Alemanha, EUA, China, Itália e em Singapura, onde ela abriu recentemente uma planta com características similares às de Jacareí."

Fonte: Brazil Journal; 19/03/2025

ANP firma parceria com Procon-ES para reforçar fiscalização

"A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) firmou acordo de cooperação técnica e operacional com o Procon do Espírito Santo. A colaboração terá duração de 60 meses e poderá ser prorrogada. A parceria é voltada para a fiscalização de empresas que atuam no transporte, revenda e comercialização de derivados de petróleo e biocombustíveis. Os órgãos terão atuação conjunta na repressão de condutas que violam a legislação do setor. A colaboração compreende o georreferenciamento, com a contextualização espacial e atualização do cadastro de empresas junto à ANP. Segundo a agência, isso aumenta a confiabilidade sobre os dados das companhias do setor de combustíveis, contribuindo para a segurança do abastecimento, bem como para o planejamento das ações de fiscalização. O quadro de pessoal do Procon-ES poderá fiscalizar as atividades, em nome da ANP, mediante ordens de serviço emitidos pela agência. No Espírito Santo, além do Procon, a ANP tem parcerias com a prefeitura da capital Vitória e com a secretaria de Fazenda do estado. A ANP já celebrou 38 acordos de cooperação operacional de longo prazo em entidades do poder público nas esferas municipal, estadual e federal. Esse processo permite trocas permanentes de informações. Os parceiros podem utilizar as atribuições da agência para atuar na fiscalização do mercado de combustíveis de forma direta e individual. Os acordos permitem o aumento da capilaridade da fiscalização, com treinamento e intercâmbio de informações entre os envolvidos. As fiscalizações também ocorrem por meio de forças-tarefas, que envolvem três ou mais instituições."

Fonte: Eixos; 18/03/2025

Marina defende participação social para “mapa do caminho” de abandono dos fósseis

"A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), defendeu nesta terça (18/3) a necessidade de um balanço ético que traga demandas da população mundial para a COP30, em Belém, além da construção de um “mapa do caminho” para o abandono dos combustíveis fósseis. O objetivo, além de mobilizar US$ 1,3 trilhão em financiamento climático, especialmente para países de baixa renda, é chegar à COP30 com um plano concreto de ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. “Como tivemos o balanço geral antes da COP28, que foi a base para as decisões que tomamos em Dubai, que a gente faça um balanço ético envolvendo diferentes segmentos da sociedade mundial”, disse a ministra, durante a conferência global da Coalizão Clima e Ar Limpo (CCAC), que reuniu pesquisadores e representantes de mais de 90 países em Brasília. Segundo Silva, a ideia é reunir cientistas, filósofos, lideranças religiosas, ativistas, jovens, mulheres e populações locais, em diferentes regiões do mundo, principalmente de áreas mais afetadas pelas mudanças climáticas, em “pontos considerados já de não retorno”, para que eles “possam dar um termo de referência”. “Vamos ter que fazer o mapa do caminho para o fim de combustível fóssil, para o fim de desmatamento, e para conseguir US$ 1,3 trilhão”, defendeu Marina. Nesta terça, um grupo de mais de 260 organizações de diversos países divulgou uma carta (.pdf), cobrando da presidência da COP30 a adoção de mecanismos eficazes de transparência e medidas contra a influência indevida do lobby dos combustíveis fósseis e agronegócio."

Fonte: Eixos; 18/03/2025

Grupo de oito entidades pede derrubada de vetos de Lula na lei das eólicas offshore

"Um grupo de oito entidades do setor elétrico e representantes industriais encaminhou nesta terça-feira (18/3) ao Congresso uma carta pedindo a derrubada dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na lei das eólicas offshore, em alto-mar. O pedido foi encaminhado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB). O grupo inclui a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) e a Associação Gaúcha de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétrica (AGPCH), por exemplo (veja a lista completa no fim do texto). O argumento, contrariando outras entidades, é que os trechos alheios ao tema central da lei 15.097/25 não trazem prejuízo ao consumidor. O grupo também aponta que o texto foi aprovado com “amplo apoio de lideranças do governo e oposição”. Lula vetou, por exemplo, o trecho que adiava para 2050 o fim da contratação de usinas térmicas que possuem Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR). Houve também veto à prorrogação dos contratos, por 20 anos, de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), centrais a biomassa e centrais eólicas do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Para pedir a derrubada dos vetos, o grupo de 8 entidades cita incentivo às fontes de energia limpa com a ampliação das Centrais Hidrelétricas até 50MW. Esse patamar, segundo a carta, impulsionaria investimentos estimados em R$ 68 bilhões para a produção das pequenas centrais hidrelétricas, “promovendo o desenvolvimento da indústria nacional”."

Fonte: Eixos; 18/03/2025

Internacional

Empresas

BYD anuncia 400 km de autonomia após 5 min de carga; ação renova máximas

"A BYD disse que vai lançar no mês que vem dois modelos de carros equipados com uma bateria que alcança autonomia de 400 quilômetros após cinco minutos de carga — e o mercado levou a ação à máxima histórica. O papel da montadora fechou em alta de 4,10% em Hong Kong na madrugada de hoje, chegando a avançar mais de 6% durante a sessão. “A solução definitiva é tornar o carregamento de um carro elétrico tão rápido quanto o abastecimento de um veículo a combustão” —  foi com essa fala do CEO Wang Chuanfu que a BYD apresentou o novo sistema de baterias ‘Super e-Platform’ durante um evento na China ontem. O Super e-Platform combina baterias de carregamento rápido, um motor elétrico de 30 mil RPM e power chips de silício-carbono. Isso permitirá que os carros alcancem uma potência de carregamento de um megawatt e uma velocidade máxima de carregamento de dois quilômetros por segundo, o que torna o produto da BYD o mais rápido do mercado, disse a Bloomberg. A também chinesa Li Auto utiliza uma bateria da CATL que oferece 500 quilômetros de alcance com uma carga de 12 minutos. Já a Mercedes-Benz tem alguns modelos que atingem 325 quilômetros de autonomia após carregar por 10 minutos, enquanto os Superchargers da Tesla têm a capacidade de carregar 275 quilômetros em 10 minutos, disse a Bloomberg. O sedã Han L e o SUV Tang L estão em pré-venda na China e virão equipados com a tecnologia, disse a BYD. (Lá, os modelos custam o equivalente a pouco mais de R$ 200 mil cada)."

Fonte: Brazil Journal; 18/03/2025

Clima desafia setor de energia, mas CEOs parecem menos preocupados

"Ondas de calor, incêndios, tempestades e inundações desafiaram o setor energético brasileiro – e global – em 2024, mas, curiosamente, caiu o percentual de CEOs preocupados com a exposição aos efeitos do clima extremo, mostra a Global CEO Survey da PwC divulgada nesta terça (18/3). As mudanças climáticas são apontadas como a principal ameaça para o setor por 31% dos executivos entrevistados – menos do que os 39% registrados em 2023. A pesquisa foi feita entre outubro e novembro de 2024. Na média da economia geral, o percentual despenca para 21% entre os que enxergam suas companhias “expostas” ou “muito expostas” aos impactos do clima. Ainda assim, as mudanças climáticas seguem no topo das preocupações dos CEOs de energia e serviços de utilidade pública. Em seguida vem a disrupção tecnológica (26%), seguida por riscos cibernéticos, instabilidade macroeconômica e conflitos geopolíticos, todos com 23%. Em um setor que passa por transformações em meio à necessidade de cortar emissões, ganhar eficiência, substituir fontes fósseis e atender à uma demanda crescente por energia, a maioria (51%) dos CEOs acredita que suas empresas não serão viáveis economicamente por mais de dez anos sem mudanças significativas – acima da média geral. Quase um terço dos entrevistados afirma que investimentos climáticos aumentaram seus custos, enquanto quase metade relata aumento de receita."

Fonte: Eixos; 18/03/2025

ONGs globais pedem que COP30 barre lobby do petróleo

"Um grupo de 260 organizações não-governamentais do mundo todo publicou nesta terça-feira (18) uma carta pedindo o fim da influência de lobistas do setor de combustíveis fósseis nas conferências do clima da ONU. O documento é endereçado ao governo brasileiro, à presidência da COP30 e à Convenção do Clima da ONU, ou UNFCCC. A presença de representantes de empresas de petróleo em COPs tem “atrasado os processos de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, de redução das emissões [de gases de efeito estufa] e de proteção das comunidades afetadas”, afirma texto. Assinam o documento entidades como Transparência Internacional, Greenpeace, WWF, Global Witness, Anistia Internacional e Climate Action International, que reúne 1900 ONGs climáticas de 130 países. A carta pede que lobistas do setor de fósseis não possam ser credenciados para a COP como parte das delegações nacionais. Participantes da conferência devem estar sujeitos a critérios “robustos” a fim de evitar eventuais conflitos de interesse. O acesso à Zona Azul das COPs, onde acontecem as negociações, depende da obtenção de credenciais, que são emitidas pela UNFCCC. Tipicamente, ONGs têm direito a um determinado número de passes, que as permitem observar as negociações. Muitos representantes de empresas, inclusive do setor de óleo e gás, conseguem credenciamento como convidados de delegações nacionais. Esse tipo de acesso não significa que esses lobistas possam se manifestar nas negociações, mas o número de representantes de petroleiras vem crescendo de forma constante nas últimas conferências."

Fonte: Capital Reset; 18/03/2025

UBS culpa o acordo com o Credit Suisse pelo atraso de uma década nas metas climáticas

"O UBS adiou sua meta de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para zero em uma década, culpando sua aquisição do rival Credit Suisse pelo atraso. O banco suíço revisou sua meta de descarbonizar suas próprias operações de 2025 para 2035, de acordo com uma divulgação em seu último relatório de sustentabilidade publicado na segunda-feira. O UBS disse que o atraso reflete seu “portfólio imobiliário corporativo ampliado” após a aquisição do Credit Suisse pelo Estado em 2023. O banco afirmou anteriormente que sofreria um impacto de US$ 400 milhões em custos imobiliários ligados à aquisição de seu rival extinto. A medida ocorre depois que o HSBC também adiou seu cronograma para descarbonizar suas próprias operações no mês passado, atrasando sua própria meta em 20 anos, para 2050. Os bancos e outras grandes empresas têm reavaliado seu compromisso com as metas climáticas após a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA em novembro. Vários credores de Wall Street, incluindo JPMorgan, Goldman Sachs e Citigroup, deixaram a maior aliança climática do mundo para bancos nos últimos meses. O UBS continua sendo membro da Net-Zero Banking Alliance, cujos membros devem se comprometer a estabelecer metas que se alinhem com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Entretanto, os membros do grupo deverão votar nas próximas semanas sobre a possibilidade de abandonar o compromisso e, em vez disso, alinhar-se com um aquecimento de até 2°C."

Fonte: Financial Times; 18/03/2025

Investidor que lidera as negociações sobre o clima com a Equinor pede um tempo e desiste

"Uma das gestoras de ativos que liderou as negociações sobre o clima com a Equinor em nome de mais de 600 investidores disse que vendeu suas ações porque o conselho da major do petróleo não conseguiu alinhar sua estratégia com a meta mundial de limitar o aquecimento global. Depois de investir pela primeira vez na Equinor em 2021, a Sarasin & Partners da Grã-Bretanha ajudou a liderar as negociações com a empresa como parte da iniciativa Climate Action 100+, cujos membros pressionam os maiores poluidores corporativos listados do mundo a reduzir as emissões. Apesar de inicialmente ver a Equinor como uma “líder em potencial na transição energética” que “estabeleceria um padrão para o setor”, uma carta de 14 de março enviada à empresa e vista pela Reuters dizia que ela não havia conseguido alinhar sua estratégia com o Acordo de Paris. Esse acordo histórico, firmado por países como a Noruega, proprietária majoritária da Equinor, busca limitar o aumento da temperatura média global a bem menos de 2 graus Celsius acima da média pré-industrial até a metade do século e, idealmente, a 1,5 grau. Apesar de ter feito declarações apoiando esse caminho, “a Equinor não revisou sua estratégia para cumpri-la”, diz a carta ao presidente da Equinor, Jon Erik Reinhardsen. “Em vez de liderar a transição, a Equinor seguiu outras grandes empresas de petróleo e gás, revertendo seus esforços”, disse a carta, inclusive fazendo lobby para expandir a produção de petróleo e gás e cortando sua meta de energia renovável em fevereiro."

Fonte: Reuters; 18/03/2025

SBTi propõe novas regras e mantém posição sobre compensações de carbono

"Um dos principais avaliadores das metas climáticas das empresas propôs na terça-feira novas regras para ajudar as empresas a estabelecer planos de redução de emissões de alta qualidade, mas disse que não tinha planos de afrouxar ainda mais suas regras sobre o uso de créditos de carbono. No ano passado, a iniciativa Science-Based Targets esteve no centro de uma polêmica sobre o assunto, com os oponentes dizendo que sua posição estava impedindo bilhões de dólares de investimentos em projetos que removem e armazenam carbono. A proposta mais recente mantém a possibilidade de as empresas compensarem suas emissões “residuais”, a pequena fatia que resta depois que a empresa se esforça ao máximo para reduzi-las, mas não chega a endossar seu uso mais amplo. No entanto, incentiva as empresas a comprar créditos de carbono não diretamente vinculados às suas cadeias de suprimentos para contribuir com esforços climáticos mais amplos. Os defensores dos créditos de carbono argumentam que eles são essenciais para financiar projetos como o plantio de árvores que bloqueiam as emissões, enquanto os críticos afirmam que o impacto dos projetos é difícil de medir e, em muitos casos, impreciso, o que significa que alguns não proporcionam os benefícios ambientais que alegam. Outras mudanças propostas incluem novas opções para lidar com as emissões do Escopo 3, ou cadeia de suprimentos, permitindo que as empresas levem em conta sua estratégia de aquisição, concentrando-se nas atividades que mais intensificam a emissão de carbono e tornando as metas opcionais para empresas menores."

Fonte: Reuters; 18/03/2025

Nvidia e Schneider se unem para criar ‘data centers’ mais eficientes

"A Schneider Electric e a Nvidia anunciaram, nesta terça-feira (18), planos para criar cópias digitais de “data centers” voltados para aplicações de inteligência artificial como forma de ajudar a gerenciar o consumo de eletricidade dessas instalações de maneira mais eficiente. A fornecedora de “hardware” para sistemas elétricos e a fabricante de chips afirmaram que as representações virtuais dos centros de dados permitirão aperfeiçoar o design visando a otimizar o consumo de energia. A revolução da inteligência artificial (IA) e a enorme demanda por “data centers” têm aumentado significativamente o consumo de energia. Criar uma “réplica virtual da infraestrutura elétrica de um centro de dados” ajuda a melhorar as operações, reduzindo a demanda de energia. Além disso, integrar a IA no processo de construção significa que a própria tecnologia de IA auxilia no design de operações eficientes, explicou Pankaj Sharma, vice-presidente executivo da Schneider Electric. Parcerias como essa com a Nvidia expandem a presença da Schneider no setor de centros de dados, assim como a recente aquisição da Motivair, uma fornecedora de tecnologia de resfriamento líquido. As expectativas de crescimento dos “data centers” oscilaram após o surgimento, em janeiro, do aplicativo de IA chinês DeepSeek, supostamente criado por uma fração do custo que Alphabet, Meta Platforms, OpenAI e outras empresas gastaram no desenvolvimento de seus serviços de inteligência artificial. O DeepSeek gerou preocupações quanto à possibilidade de aplicações de IA não exigirem investimentos de centenas de bilhões de dólares em infraestrutura de “data centers”."

Fonte: Valor Econômico; 18/03/2025

Juiz dos EUA impede que a EPA de Trump recupere subsídios climáticos

"Na terça-feira, uma juíza dos Estados Unidos impediu temporariamente a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos de recuperar fundos de subsídios emitidos como parte de um programa de financiamento climático de US$ 20 bilhões que o governo do presidente Donald Trump decidiu encerrar. A juíza distrital dos EUA, Tanya Chutkan, em Washington, emitiu uma ordem de restrição temporária, interrompendo a rescisão pela EPA dos contratos de concessão de três grupos ambientais sem fins lucrativos e impedindo o Citibank de dispersar os fundos de concessão mantidos no banco em suas contas. Esses subsídios foram encerrados como parte da campanha do administrador da EPA, Lee Zeldin, para recuperar o dinheiro do Fundo de Redução de Gases de Efeito Estufa, que o Congresso autorizou em 2022 como parte da Lei de Redução da Inflação durante o mandato do então presidente Joe Biden para dar início a projetos destinados a reduzir a poluição. Sob a supervisão de Zeldin, a EPA sustentou que o programa não se alinhava com as prioridades da agência e citou preocupações com possíveis fraudes, desperdícios e abusos. A EPA disse que o FBI e o Departamento de Justiça também estão investigando o programa, inclusive por possíveis fraudes, desperdícios e abusos."

Fonte: Reuters; 19/03/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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