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“Tarifas de Trump” e o impacto no setor de energia renovável nacional e global | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Tarifas impostas por Donald Trump ameaçam expansão da energia limpa nos EUA

Na mídia. Ofensiva tarifária de Donald Trump gera turbulência no setor de energia verde – Financial Times, 7 de abril (link)

Nossa visão. Nesta semana, as tarifas propostas por Donald Trump provocaram grande volatilidade no mercado de ações dos EUA. Entre as medidas relacionadas ao pilar ambiental (E) mais relevantes, destacam-se as tarifas sobre importantes importações da China, incluindo componentes elétricos, sistemas de armazenamento de baterias e outras tecnologias e equipamentos de energia limpa. Nesse contexto, o setor de energia limpa dos EUA deve ser um dos mais afetados. A forte dependência do setor em relação a insumos importados - principalmente da China - o torna altamente vulnerável à inflação de custos e a interrupções na cadeia de suprimentos. Por exemplo, dados da Rho Motion mostram que mais de 90% das células de bateria de lítio usadas no mercado dos EUA em 2024 eram provenientes da China. Embora os preços globais das baterias de íon-lítio estejam caindo em meio aos ganhos de escala do setor (-20% em relação ao ano anterior em 2024, de acordo com a BloombergNEF), espera-se que os preços das baterias nos EUA aumentem devido às pressões de custo impulsionadas pelas tarifas. Da mesma forma, tanto os painéis solares quanto os componentes usados em sistemas de energia eólica são em grande parte importados, principalmente da China, Europa e Sudeste Asiático. Em relação ao setor doméstico, mesmo com esforços para aumentar a produção interna de energia limpa, a capacidade atual dos EUA continua insuficiente para compensar a dependência das importações. Como resultado, as tarifas propostas, somado a perda de protagonismo da Lei de Redução da Inflação (IRA), podem ameaçar o rápido desenvolvimento do setor de energia renovável nos EUA. Embora reconheçamos que ainda há um alto grau de incerteza pela frente, com as tarifas mudando constantemente, os planos tarifários de Trump podem atrasar as decisões de investimento e o desenvolvimento de projetos das empresas, o que vale ser monitorado adiante.

#2. Reino Unido flexibiliza regras para veículos elétricos em meio às tarifas globais dos EUA sobre importações de automóveis

Na mídia.Reino Unido flexibiliza regras para veículos elétricos em meio às tarifas globais dos EUA sobre importações de automóveis – Canal Energia, 10 de abril (link)

Nossa visão. Nesta semana, o Reino Unido anunciou que vai flexibilizar suas metas de vendas de veículos elétricos (EV) em resposta à tarifa de 25% proposta por Donald Trump sobre as importações globais1 de automóveis. Embora a proibição da venda de novos veículos com motor de combustão interna (ICE) em 2030 permaneça em vigor, o governo do Reino Unido introduziu vários ajustes importantes para aliviar a pressão sobre as montadoras nacionais. Esses ajustes incluem: (i) o adiamento das metas de eliminação progressiva de veículos híbridos e híbridos plug-in para 2035; (ii) a suavização dos marcos intermediários de redução de emissões, permitindo que as montadoras tenham mais flexibilidade para se recuperar de um desempenho abaixo do esperado, considerando os anos desafiadores recentes do mercado; e (iii) a redução das penalidades por não conformidade de £12.000 para um novo nível de £3.000 por veículo. Em nossa visão, a mudança de política do Reino Unido reflete a crescente incerteza global em relação às tarifas propostas por Trump e seu potencial para interromper as cadeias de suprimentos internacionais. À medida que os países avaliam os riscos para seus setores automotivo e de tecnologia limpa, um número crescente de governos pode acabar adiando seus planos de transição em um esforço para proteger as indústrias nacionais, o que vale ser monitorado adiante.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.



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